Fanfic: Amor de Aluguel | Tema: Vondy

Christopher toca a bochecha da Dulce com a ponta dos dedos e roça seu nariz no dela suavemente. Os dois acabam se afastando rapidamente num pulo ao ouvirem o barulho da porta abrindo.

— Desculpe srta. Saviñón! Não sabia que ainda estava por aqui. — disse o zelador do prédio.

— Tudo bem, Mathias. Eu já deveria ter ido mesmo. — seu tom de voz soa nervoso — Pode limpar tudo. Estamos de saída.

Ela se apressa em recolher suas coisas enquanto Christopher sai de fininho na frente. Ele percebeu o quanto Dulce ficou tensa de repente. Não queria acompanhá-la no elevador e deixá-la ainda mais nervosa. Provavelmente, ela viria com aquele papo de "isso nunca aconteceu" ou, então, "isso não deve se repetir, precisamos ser profissionais". Decidido a não ter essa conversa mais uma vez com a Dulce, é exatamente assim que ele passa a agir no restante da noite: como se nada tivesse acontecido. No caminho de volta para casa, ele falou sobre coisas aleatórias, contou algumas situações engraçadas de quando era adolescente, até conseguiu arrancar um sorriso tímido da Dulce. Mas o que aconteceu no escritório não foi mencionado.

***

— E foi isso o que aconteceu. — Christopher termina de relatar o ocorrido na noite anterior para o Poncho.

— Cara, que azar o seu! E que mulher complicada! — ele pega três copos e prepara os cafés.

— Eu não entendo porque ela tem tanto medo de viver e se entregar, de sentir.

— Ela deve ter tido uma péssima experiência com relacionamentos.

— Sem dúvidas foi alguém que a deixou assim. Juro que se eu soubesse quem foi... — balança a cabeça negativamente como que para afastar as atrocidades que passaram em seu pensamento — A Dulce fica tão mais encantadora quando baixa a guarda, fica leve e sorri.

— Olha, lá! O cara quando tá apaixonado fica todo abobalhado. — debocha e entrega os copos numa bandeja.

— Cala a boca. — Christopher sorri e deixa uma nota no balcão.

***

— Uau! Ela tá bonita hoje, hein? — Christopher brinca com a Maite, que gira em torno de si e sorri.

— Eu estou sempre bonita, queridinho.

— Trouxe um café decente para você. Deveria ter comentado antes que o daqui é horrível.

— Obrigada! — ela pega o café e toma um gole arregalando os olhos — Que delícia! Preciso do endereço dessa cafeteria.

— Depois te passo. — abre a porta do passageiro ao lado do motorista para ela e depois entra no carro — E aí? Qual é a nossa programação de hoje? — coloca o cinto.

— Vamos visitar o local que a srta. Saviñón escolheu e agendá-lo para o show. Podemos voltar para a gravadora depois disso. O restante das coisas eu resolvo por telefone mesmo.

— Tudo bem. — Christopher dá de ombros — Então, o que me diz de fazermos um almoço digno já que vamos ter tempo? Por minha conta. Chega de sanduíches e salgados. — dá partida no carro.

— Como recusar comida de graça? — eles sorriem e Maite indica o caminho do local.

***

— Vamos aquecer mais um pouco! — Christian fala para Eddy. — Ajuda aqui, Any?

Dulce observa Anahí se aproximar dos rapazes e solfejar. A voz dela é incrível. Dulce não sabe porque ela perde tempo com questões administrativas da empresa. Eddy a imita no exercício. Mais adiante, sentado no banco da bateria, Michel não para de olhar para Dulce e sorrir sugestivamente. Ela retribui com um sorriso fraco. Talvez se fingisse estar ocupada, ele não se aproximasse para falar besteira. Dulce passa a mão no bolso em busca do celular, mas não o encontra. Então, ela lembra que esqueceu em cima da mesa quando foi abrir a sua sala para Maite trabalhar o resto da tarde. Aproveitando que a gravação não começou, vai buscá-lo. Ao se aproximar da sala, encontra a porta entreaberta e Maite gargalhando. Ela sabe que o que está prestes a fazer é errado, mas não controla o impulso e se aproxima mais da porta para ouvir do que se trata.

— Ai, amiga! Ele foi um príncipe. Me levou naquele restaurante italiano novo, puxou a cadeira para eu sentar e pagou a conta no final. Tivemos uma conversa muito agradável!... Depois ele me deixou aqui. Não sei para onde foi em seguida. É uma pena que tenha sido nosso último dia de trabalho juntos. Até que foi divertido os nossos momentos.

Dulce fica paralisada na porta, absorvendo cada palavra. Um misto de sensações explode em seu peito. Será que entendeu corretamente? Não... Não tem espaço para enganos nesta situação. Tudo está muito claro! Isto só pode ser um sinal divino para que ela seja mais forte e não ceda facilmente a Christopher. Dulce volta para o estúdio com a cara fechada. Christian e Eddy começam a gravar e Anahí se aproxima dela sussurrando.

— Dul, o que houve?

— Nada! — responde seca.

Anahí a olha desconfiada.

— Tenho um encontro esta noite. Vou jantar com o Michel.

Dulce olha para Michel do outro lado da sala e sorri dando uma piscadinha. Anahí franze a testa ainda mais desconfiada e confusa. Mas não quer desencoraja a amiga, então, trata de abrir um sorriso largo.

— Essa é a minha garota!

__________________________________________________

Calma, pessoal!. Não se afobem ainda. Prometo que vou recompensar essa frustração em breve. Beijos!