Fanfics Brasil - Capítulo 13 Amor de Aluguel

Fanfic: Amor de Aluguel | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 13

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Christopher sai apressado e  em completo silêncio com a chegada de Anahí. Após ver o carro partir, Dulce não contém mais as lágrimas e começa a chorar. Anahí se aproxima e a abraça.


— Calma, amiga! — acaricia os cabelos de Dulce, que enterra o rosto mais ainda no pescoço de Anahí — Vem, vamos entrar. Está frio aqui fora.


Ela abraça a Dulce de lado e a guia para dentro de casa. Dulce passa a mão no rosto secando algumas lágrimas, mas as próximas já caem em seguida.


— Eu sou uma estúpida! — gesticula as mãos no ar.


— Senta aí. Eu vou te fazer um chocolate quente.


Dulce solta o peso do corpo no sofá e tenta se acalmar. Ela tira as botas e a jaqueta, deixando-os de qualquer jeito no chão, e encolhe as pernas para cima, abraçando os joelhos. Um tempo depois, Anahí senta ao seu lado e lhe entrega uma xícara, esperando ela falar.


— Me sinto uma estúpida por ter sentido ciúmes dele.


— O que aconteceu?


— Enquanto você ajudava o Christian, eu fui buscar meu celular na sala e ouvi a Maite conversando com alguém sobre o almoço incrível que ela teve com o Christopher.


— Ai, Dul! Você deve ter entendido errado, não?


— Não parecia isso na hora. Fiquei cega. Agora, já não sei. Estou confusa! Muito confusa.


Anahí afaga sua cabeça novamente e Dulce bebe do chocolate.


— Ele vem mexendo comigo desde que apareceu na minha porta com aquele maldito sorriso. É verdade que algo mudou em mim depois do pub. Eu comecei a sentir falta de pequenas coisas no dia-a-dia que, antes, eu ignorava. E o Christopher acabou preenchendo esse espaço. Ele não pediu por isso. Foi algo que simplesmente aconteceu, sabe? — Dulce olha para Anahí e ela assente — Me sinto mais leve e segura ao seu lado. Cheguei a pensar que era só a carência me confundindo, mas quando o Michel me beijou eu não senti nada. Foi um beijo bom, tecnicamente falando, mas não me causou nada.


— Você acha que o Christopher sente o mesmo?


— Não sei, Any. Seja lá a chance que eu tinha, tenho quase certeza de que estraguei tudo hoje. Ele viu o Michel e eu nos beijando. — suspira e bebe mais um pouco do chocolate antes de continuar — Sem falar que os dois também brigaram por minha causa.


— Quê?? — arregala os olhos.


— Michel me beijou e, até aí, tudo bem. Como não senti nada, ia dispensá-lo. Mas ele insistiu por mais. — Dulce vê a Anahí arregalando os olhos ainda mais — Então, Christopher surgiu do nada e deu um soco nele.


— É uma pena imaginar aquele rostinho ferido. — faz um biquinho.


— Foco, Anahí! — estala os dedos.


— Desculpa, querida! Ele é um cretino, sem sombra de dúvidas, mas também é bonito... — suspira — Bem, e depois disso tudo, você ainda não tem certeza sobre os sentimentos do Christopher por você?


Dulce dá de ombros.


— Não quero pensar nisso agora.


As duas ficam em silêncio por um momento e Dulce termina de tomar o chocolate.


— Desculpa, ficamos falando o tempo todo sobre mim. Aconteceu alguma coisa? Você pareceu chegar um pouco aflita.


Anahí desvia o olhar e levanta pegando a xícara das mãos de Dulce.


— A tia me ligou preocupada, não conseguiu falar com você e me pediu para vir conferir se estava tudo bem. — vai até a cozinha e volta — Vou dormir aqui hoje e amanhã vamos juntas para o trabalho, ok?


Dulce concorda com a cabeça e se deita no sofá.


Na manhã seguinte, Christopher leva as duas para o trabalho e se mantém formal durante todo o percurso. Elas saem do carro e caminham em direção a gravadora, enquanto Anahí revira a bolsa.


— Droga! Acho que meu gloss caiu no carro. Vai na frente que eu já te alcanço.


— Ok!


Dulce entra no prédio e Anahí volta correndo para o estacionamento. Ela vê Christopher prestes a partir e grita seu nome. Ele desliga o carro e observa ela se aproximar. Anahí apoia as mãos na porta e solta o ar pela boca, passando cuidadosamente, em seguida, a mão na testa para enxugar uma gota de suor.


— Sim? — a olha confuso.


— Escuta, aqui! — seu tom de voz é de irritação — A Dulce é minha melhor amiga e é uma pessoa incrível! Eu não vou deixar que alguém brinque com seus sentimentos e a machuque. — aponta o indicador pra ele — Então, acho bom você esclarecer quais são as suas intenções de uma vez por todas. Assim, ela pode seguir em frente e você pode ter todas as mulheres do mundo aos seus pés.


— Espera! — Christopher balança a cabeça confuso — O que? Do que você está falando?


— Não se faça de sonso! Você sabe do que isso se trata. Senão, você é um idiota e não serve para a minha amiga.


Ela dá as costas, deixando Christopher ainda mais intrigado. Foi a Dulce que machucou ele e não o contrário.


 


***


 


— Oi, tia! — Dulce equilibra o celular entre o ombro e o ouvido enquanto enrola um cabo no estúdio.


— Oi, minha querida! Você está bem? Fiquei tão preocupada ontem!


— Estou bem, tia. Não foi nada. Meu celular deve ter perdido o sinal, só isso. A senhora tinha ligado ontem para falar o que?


— Ahn... — pensa um pouco — Para que você venha jantar comigo hoje a noite. E eu não aceito "não" como resposta. — cantarola a última frase.


Dulce respira fundo antes de confirmar que vai com a Anahí mais tarde.


Durante o trajeto, ela percebe o Christopher um pouco estranho. Ele estaciona em frente a casa da Sra. Saviñón e abre a porta do carro. Anahí sai primeiro e se apressa em tocar a campainha.


— Você está bem? — Dulce pergunta baixinho após sair.


— Sim. — ele evita olhá-la diretamente.


— Vocês chegaram! — a voz estridente da tia soa na rua.


Ela abraça Anahí e se volta para Dulce, enquanto Christopher tenta sair de fininho de volta para o carro.


— E este rapaz? Vai ficar aí esperando? Venha! — chama ele com a mão — Venha jantar conosco.


Christopher arregala os olhos e ele, Dulce e Anahí se entreolham. A tia permanece com um sorriso no rosto aguardando uma resposta.


— E-eu estou b-bem, Sra. Não se preocupe.


— Ora, vamos! Não precisa se intimidar. Entrem!


Ela dá passagem e todos entram. A mesa está disposta para quatro pessoas, duas de cada lado, como se tivesse sido planejado. A tia se senta e bate na cadeira ao lado, olhando para Anahí.


— Venha, minha querida! Sente-se aqui ao meu lado!


— Desse jeito a senhora vai deixar a Dulce enciumada, tia. — ela brinca ao se sentar.


— Não seja boba. — Dulce revira os olhos sentando de frente para Anahí.


Christopher senta-se ao lado da Dulce e de frente para Sra. Saviñón, torcendo para que seu nervosismo não esteja tão aparente.


— Como se chama, meu rapaz? — ela o olha sorrindo sem mostrar os dentes.


— C-christopher!


— Ahhh, é um belo nome! Não acham? — olha para Dulce e Anahí, que concordam. — Muito prazer!


Christopher abaixa a cabeça meio sem graça e ela chama a empregada para servir mais um prato para ele. Todos começam a jantar e a Sra. Saviñón engata uma conversa corriqueira com a Anahí, enquanto Dulce e Christopher comem silenciosamente trocando olhares um pouco constrangidos.


— Então, Christopher, a sua família é de onde? — a Sra. Saviñón chama sua atenção.


Dulce o olha curiosa.


— Minha família por parte de mãe é toda sueca.


— Bem que imaginei! Você tem uma beleza um pouco diferente do padrão por aqui. Não acha, Dulce? — sorri para sobrinha.


— Tia! Não comece...


— Nossa, com certeza! — Anahí fala excedendo na empolgação para descontrair e Christopher reprime um sorriso.


— E a família do seu pai?


Seu sorriso se desfaz.


— Não a conheço. — responde seco.


— Como assim, querido?


Ele respira fundo e bebe um pouco de suco.


— Meu pai abandonou a minha mãe quando soube que ela estava grávida. Nunca o conheci e nem pretendo.


Sem pensar, Dulce estende a mão e aperta seu braço como forma de consolo. Eles se olham fixamente um instante. Dulce se dá conta do que está fazendo e afasta a mão rapidamente. Eles voltam a comer em silêncio até que a Sra. Saviñón surge com um novo assunto.


— Como vão as coisas no serviço? A minha sobrinha te dá muito trabalho?


— Não, senhora. A srta. Saviñón é uma excelente chefe.


Dulce sorri de lado e Anahí a olha com uma cara de "seja menos óbvia". A tia olha do Christopher para Dulce e sorri presunçosamente.


— Sabia que vocês dois formariam um belo casal? Eu acho que combinam. Não acha, Any?


Anahí concorda e sorri ao ver os dois se contorcendo na cadeira.


— Não vamos deixá-los envergonhados, tia. Queremos que o Christopher volte mais vezes.


— Menina esperta! — a tia pisca para Anahí.


— Vem, Dulce. Me ajuda a retirar a mesa?


Anahí se levanta e Dulce a acompanha recolhendo tudo. Quando as duas saem da sala de jantar, a tia olha séria para Christopher.


— Que história é essa de abandono? Você quer que a Dulce te enxergue como um fracassado, um coitadinho, alguém que não pode dar-lhe algo na vida?


Christopher cerra os punhos por baixo da mesa e comprime os lábios.


— Dá próxima vez, invente  qualquer outra coisa, mas passe uma imagem de boa família.


— Já não basta eu ter que esconder da Dulce todo o seu joguinho, agora vou ter que mentir para ela sobre quem eu sou também?


— Sim!


— Inacreditável!


Christopher se levanta rapidamente da mesa e sai. Dulce e Anahí voltam logo em seguida.


— Cadê o Christopher? — Anahí pergunta.


— Saiu para tomar um ar, minha querida.


— Eu já volto. — Dulce fala para as duas e sai a procura dele.


Ela o encontra do lado de fora, na rua, encostado no muro e fumando um cigarro. Sua camisa está desensacada, com a gola desarrumada e o nó da gravata folgado. Ela se aproxima.


— Não sabia que fumava.


Christopher a olha de lado.


— Te incomoda?


— Não.


— É só às vezes, quando estou nervoso.


Ela se encosta no muro também, retirando o cigarro de seus dedos e dando uma tragada. Christopher olha a fumaça saindo de sua boca com o cenho franzido e pega o cigarro de volta. Os dois ficam ali, em silêncio, compartilhando o cigarro até a brasa chegar no filtro. Christopher joga no chão e apaga com o pé.


— Christopher... Desculpa pela minha tia. Ela fala demais, às vezes, mas é uma ótima pessoa.


Ele solta um sorriso sarcástico e olha para o lado.


— Desculpa por ontem também. Eu não queria... — ela não termina a frase e abaixa a cabeça.


Christopher vira o corpo completamente em sua direção, ficando de frente para ela, e segura seu rosto entre as mãos para olhá-la nos olhos. O coração de Dulce acelera e sua respiração fica desregulada, mas seu olhar está preso no de Christopher.


— Dulce, eu vou ser honesto com você. Eu te acho uma mulher incrível, única, doce, engraçada, autêntica. Não paro de pensar em você um minuto sequer desde que começamos a trabalhar juntos. Bem... Antes disso, eu lembrei algumas vezes da ruiva misteriosa que me deixou sem ar no pub.


Christopher revira os olhos e os dois seguram um sorriso. Então, ele volta a ficar sério.


— Mas a sua atitude de ontem me magoou bastante, porque estou gostando de você e pensava que estava sentindo o mesmo.


Dulce sente os olhos marejar e abre a boca em protesto, levantando as mãos.


— Por favor, me deixa terminar.


Ela descansa as mãos nos braços dele e balança que sim com a cabeça.


— Se eu estiver enganado a respeito do que está acontecendo entre a gente, nós vamos seguir em frente como bons amigos. Mas se você sente o mesmo que eu... Dulce... Não se esconda, não se feche, não tenha medo de demonstrar o que sente. Nem pra mim nem pra quem quer que seja.


Dulce deixa uma lágrima escapar de seus olhos e Christopher a limpa com o polegar, acariciando sua bochecha.


— Vou te dar um tempo para assimilar todas essas coisas, sem pressão. Enquanto isso, eu serei o seu motorista e você será a minha chefe, a srta. Saviñón. Ok?


— Dulce, a tia está... — Anahí se cala ao encontrar os dois daquele jeito.


Eles se afastam, Christopher vai em direção ao carro, sem obter uma resposta, e Dulce se volta para Anahí.


— A tia quer se despedir de você. — ela conclui num tom de voz baixo e preocupado.


— Ok, eu já estou indo.


Dulce passa as mãos no rosto e entra na casa acompanhada da Anahí.


 



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Autor(a): donnareywas

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Os dias passam e o relacionamento de Christopher e Dulce se mantém profissional. Não tem mais conversas pós-expediente em frente a casa dela, ele a trata como "srta. Saviñón" e os dois só falam o essencial sobre o trabalho durante o trabalho. Christopher anseia para que Dulce tome a iniciativa de conversar sobre o que ocorreu na casa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • dayanerodrigues Postado em 06/11/2020 - 17:16:05

    Oiii posta mais

  • Manuzinhaa Postado em 29/10/2020 - 23:16:18

    Estamos com saudadeeee

    • donnareywas Postado em 11/11/2020 - 11:08:38

      oooi, amg. eu to com bloqueio criativo :( em breve atualizo, não esqueci da fic

  • Manuzinhaa Postado em 29/10/2020 - 23:15:47

    Oiiii, cadê vcccc

  • dayanerodrigues Postado em 09/10/2020 - 23:16:08

    Cadê vc ?

    • donnareywas Postado em 13/10/2020 - 10:38:15

      atualizei, amg. costumo demorar um pouco pq meu tempo para escrever é curto

  • dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 23:14:48

    A fic é a EASY

  • dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 19:58:35

    Estou com fic nova, quem puder dá uma passada lá. A história é b intensa e radiante. Está no Top 10 mensal "EASY"

  • dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 07:01:23

    Oiiiiigostando da fica, posta mais por favor

  • _vondy Postado em 04/10/2020 - 11:43:28

    por favor, continuaaaaaaa estou amado

  • raylane06 Postado em 21/09/2020 - 02:20:24

    Eles são fofos juntos

  • baah Postado em 20/09/2020 - 01:57:37

    Ah meu Deus e muito fofo.


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