Fanfic: Amor de Aluguel | Tema: Vondy
Na manhã seguinte, Anahí se encontra dormindo de bruços na cama, toda torta, quando seu celular começa a tocar sobre o criado-mudo. Ela apalpa por cima da cômoda até encontrá-lo e cancela a chamada sem nem abrir os olhos. Poucos minutos depois, ele toca novamente. Ela solta um suspiro pesado e se apoia sobre o cotovelo para pegá-lo. É a tia da Dulce.
— Ai, meu Deus! Agora não! Me desculpa, tá, tia? Mas não vai rolar!
Ela cancela a chamada mais uma vez e coloca o celular no silencioso, perdendo-o entre os lençóis. Anahí se vira na cama numa posição mais confortável com um sorrisinho de satisfação nos lábios, pois nada mais pode incomodá-la agora. Exceto sua campainha que começa a soar.
— Arrrrgh! — cobre os ouvidos com um travesseiro, mas o som não desaparece e a alguém segue tocando a campainha com insistência.
Ela se levanta furiosa e vai resmungando até a sala. Quando abre a porta, vê a tia da Dulce parada com o celular em mãos.
— Any, minha querida! Como você está? — ela segura Anahí pelos ombros e dá um beijinho em cada bochecha — Eu estava de passagem e decidi fazer uma visitinha para saber das novidades. — empurra ela pra o lado e vai entrando na casa.
— Tia, são... — se vira para olhar o relógio na parede — Sete da manhã. Hoje é sábado! Você pode fazer sua visitinha mais tarde quando eu não estiver parecendo uma múmia de sono, ok?
A tia da Dulce senta no sofá, ignorando completamente o que a Anahí acabara de falar.
— Venha, minha querida! Sente aqui e me conte todos os detalhes da noite de ontem! — batendo no assento do sofá ao seu lado.
Sabendo que a única forma de se livrar dessa mulher é dando o que ela quer, Anahí caminha rendida até o sofá e afunda ao seu lado, agarrando uma almofada.
— Você deveria ir perguntar para a sua sobrinha já que ela não me disse nada.
— Como não? — ela se espanta — Vocês são melhores amigas, quase irmãs. Ela sempre conversa com você sobre tudo.
— Pois é! Mas não sobre isso, aparentemente. — mexe pensativa na ponta da almofada — Quer dizer, na maioria das vezes, é normal que ela evite falar sobre relacionamentos, sabe? Mas sempre que vemos um cara interessante ela não deixa de apreciar e fazer comentários, como uma mulher normal. Dessa vez aconteceu alguma coisa muito estranha para ela agir assim. Eu nunca a vi tão séria, tia, nem no trabalho.
As duas ficam em silêncio por um momento.
— Any, precisamos fazer alguma coisa, querida. Talvez uma faísca tenha acendido dentro dela e, agora, ela não está sabendo como reagir.
Anahí abre a boca e arregala os olhos encarando a Sra. Saviñón como se tivesse acabado de ter uma idéia. Rapidamente, ela ajeita sua postura e se inclina para a tia toda empolgada.
— Tia! Isso é totalmente possível! Como não pensei nisso antes? O beijo deve ter mexido com a sua cabeça. É por isso que ela está em silêncio. — gesticulando com as mãos — Mas, com certeza, isso significa que ela ficou interessada nesse cara! Precisamos fazer alguma coisa, tia. Eu não quero ver a minha melhor amiga ficando velha, sozinha e ranzinza.
— Nós vamos fazer, minha querida. Antes, eu preciso que você descubra quem é esse homem e tudo sobre ele. — dá um sorrisinho malicioso que passa despercebido pela Anahí.
— Sim, senhora!
***
1 mês depois, a Sra. Saviñón e a Anahí estão numa cafeteria discutindo sobre a situação da Dulce.
— Tia, eu desisto! Já falei com todos os meus contatos e ainda não consegui achar esse cara. — ela toma um gole do café — Sem falar que a Dul não tocou no assunto nenhuma vez. Acho que ela não ficou tão interessada quanto a gente pensou. — apoia o cotovelo na mesa e descansa o queixo sobre a mão, olhando desesperançosa para as pessoas sentadas nas outras mesas.
— Não seja boba, minha querida! Não podemos desistir tão fácil. Se você não conseguiu do seu jeito, então vou contratar um investigador particular e...
Anahí para de escutar o que a tia da Dulce está falando quando seus olhos encontram um par de olhos esverdeados numa mesa próxima a elas. Ela suspira e começa a prestar atenção na conversa do dono dos olhos mais bonitos que ela já viu — depois dos dela, óbvio.
— Relaxa, cara. Você tá precisando é de outro beijo surpresa daquela ruiva misteriosa para se acalmar um pouco. Depois daquilo você passou uma semana calminho, calminho. — ele debocha, batendo de leve nas costas do amigo, e os dois começam a rir.
Ela arregala os olhos e pede para Sra. Saviñón fazer silêncio.
— Anahí, isso são modos? O que está acontecendo?
— Shhh! Talvez a gente tenha encontrado o nosso cara.
A Sra. Saviñón vira a cabeça na direção do olhar da Anahí e observa os dois homens sentados na mesa ao lado.
— Algum deles? Meu Deus do céu! Isso não é possível! Eles parecem que saíram de um filme zumbi com esses jeans velhos e rasgados e com essas correntes penduradas nas calças. Não acredito que a Dulce se interessou por esse tipo de gente. Ai, meu Deus! — com a voz chorosa.
— Tia, não faça drama. Estou tentando escutar a conversa, ok?
— Não viaja, Poncho! Eu só preciso pagar as contas atrasadas, cara. Só isso! Aí fico tranquilo. Te contei que o proprietário me deu três dias para pagar? Depois disso eu vou pra rua. — eles ficam sérios e em silêncio um instante.
— Sinto muito, Ucker! Gostaria de poder ajudar.
— Fica tranquilo! Eu agradeço! Mas vou dar um jeito de resolver. — solta um suspiro — Bem, eu vou ao banheiro. Já volto. — se levanta e vai em direção ao banheiros que ficam no fundo da cafeteria.
— Tia, é ele. — Anahí sussurra para Sra. Saviñón e sinaliza com a cabeça para o homem que se levantou.
A tia da Dulce se levanta logo em seguida.
— Espera aí! Onde você vai? Ficou maluca? — sussurrando.
— Já volto! Me espere aqui. — segue em direção aos banheiros.
Quando Ucker sai do banheiro, ela para na sua frente e o analisa. Cabelos castanhos cacheados precisando de um corte. Barba precisando ser feita também. Olhos muito bonitos, apesar de estarem confusos. Brinco horroroso na orelha, vai ter que deixar de usar isso. Péssimas roupas, parece um roqueiro adolescente, rebelde e mendigo. Boa altura e parece ter bom condicionamento físico. É! Vai servir para o que ela quer.
— Senhora? A senhora está bem? Posso lhe ajudar?
— Fico feliz que tenha perguntado, meu filho! — ela sorri — Pode sim. Como se chama?
— Christopher. Quer que eu pegue um copo com água ou chame alguém?
— Não, não precisa. Eu estou bem. Preciso apenas de um minuto do seu tempo para conversarmos.
Christopher a encara e franze a testa ainda mais confuso, mas consente.
— Ouvi que está endividado e eu tenho um pequeno trabalho para você.
Christopher não acredita no que acaba de ouvir. Um trabalho é tudo o que ele mais precisa no momento. Seus olhos brilham e ele fica entusiasmado.
— Uau! Sim! É claro! Qual trabalho?
— Preste bastante atenção, pois isso é uma coisa muito séria. — sua expressão muda de uma senhora simpática para fria e ameaçadora. Christopher se assusta um pouco, mas assente que está prestando atenção — Preciso que você conquiste minha sobrinha, case-se com ela e depois suma da sua vida.
Christopher fica atônito encarando a Sra. Saviñón. Ele pisca algumas vezes e, então, começa a rir.
— Isso é uma piada, certo? Estou participando de um daqueles quadros de TV? Onde estão as câmeras? — olhando para os lados — Meu Deus! Eu quase acreditei. — passa a mão no rosto.
— Isso não é uma brincadeira, rapaz! — ela se irrita por terem duvidado da sua palavra — Preciso que a minha sobrinha se case. E preciso que seja com você.
Percebendo que a mulher não está brincando, Christopher fica sério e tenta se manter calmo.
— Senhora, eu não sei o que está acontecendo, mas não estou interessado. Até mais! — ele desvia da Sra. Saviñón e caminha para sair dali.
— 100 mil reais. — ela se vira para olhá-lo e encontra Christopher congelado no lugar com os punhos cerrados — Depositados na sua conta ainda hoje.
Ele vira lentamente para olhá-la e ela sorri com superioridade. "100 mil reais... na sua conta ainda hoje." Isso dá pra ele pagar as contas atrasadas e sobreviver durante uns bons meses, talvez uns 2 ou 3 anos sem se preocupar com nada. Que proposta tentadora! Mas o que ele precisa fazer em troca é algo absurdo. Enganar uma pobre mulher, casar com ela e depois partir. Que idéia maluca! Quem é essa senhora? E por que ela quer que ele faça algo desse tipo? Christopher começa a andar de um lado para outro com as mãos na cabeça.
— Eu não tenho o dia todo, filho. É pegar ou largar. Uma oportunidade como essa não vai bater duas vezes na sua porta.
Ele para e fita o chão com um olhar envergonhado, soltando um suspiro pesado.
— Tudo bem! Eu aceito! — as palavras saem pesadas, arranhando por sua garganta.
Autor(a): donnareywas
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Horas depois, no mesmo dia, Christopher aparece no endereço que a Sra. Saviñón lhe passou. Ele hesita antes de apertar a campainha. Não pode acreditar que aceitou um trabalho como esse. Mas como o dinheiro não foi depositado ainda, então está em tempo de desistir. "100 mil reais!" , a voz da Sra. Saviñó ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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dayanerodrigues Postado em 06/11/2020 - 17:16:05
Oiii posta mais
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Manuzinhaa Postado em 29/10/2020 - 23:16:18
Estamos com saudadeeee
donnareywas Postado em 11/11/2020 - 11:08:38
oooi, amg. eu to com bloqueio criativo :( em breve atualizo, não esqueci da fic
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Manuzinhaa Postado em 29/10/2020 - 23:15:47
Oiiii, cadê vcccc
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dayanerodrigues Postado em 09/10/2020 - 23:16:08
Cadê vc ?
donnareywas Postado em 13/10/2020 - 10:38:15
atualizei, amg. costumo demorar um pouco pq meu tempo para escrever é curto
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dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 23:14:48
A fic é a EASY
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dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 19:58:35
Estou com fic nova, quem puder dá uma passada lá. A história é b intensa e radiante. Está no Top 10 mensal "EASY"
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dayanerodrigues Postado em 06/10/2020 - 07:01:23
Oiiiiigostando da fica, posta mais por favor
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_vondy Postado em 04/10/2020 - 11:43:28
por favor, continuaaaaaaa estou amado
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raylane06 Postado em 21/09/2020 - 02:20:24
Eles são fofos juntos
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baah Postado em 20/09/2020 - 01:57:37
Ah meu Deus e muito fofo.