Fanfics Brasil - Capítulo 14 Perdida (1ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Perdida (1ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 14

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Fomos até a sala de jogos depois do jantar uma mesa redonda e antiga, que para a época era novinha, claro, com cartas de baralho e dominó espalhados sobre ela, foi ocupada pelos três. Angelique queria jogar, mas eu estava tão cansada que recusei. Esperei que um deles se retirasse primeiro dizendo que já estava tarde. Christopher já havia reclamado do cansaço.


Eu não queria ser mal educada nem nada, mas como ninguém parecia querer dormir tão cedo, perguntei se eu poderia me retirar. Recebi o “boa noite” de todos e fui para o quarto.


Entretanto, alguns minutos depois voltei apressadamente para a sala, na esperança de que Christopher ainda estivesse por lá. E, graças aos Céus, ele ainda estava.


Christopher: Algum problema, senhorita Dulce? Pensei que estivesse dormindo. - ele se levantou imediatamente e veio ao meu encontro. O rosto um pouco aflito.


Angelique: Estávamos agora mesmo falando de sua pessoa, senhorita Dulce. - disse Angelique.


Dulce: Eu estou indo dormir, Christopher - respondi a ele, ignorando Angelique. Imaginei que debateriam sobre o assunto, que discutiriam sobre mim, mas pensei que não perguntar sobre o que falavam deixaria Angelique mais frustrada do que acabar sendo grosseira com ela. - Mas eu queria tomar um banho primeiro. Este vestido é muito quente! Eu encontrei a banheira que você mencionou, o que eu não encontrei foi a água!


Ele sorriu, assim como eu sabia que faria. Não me senti ofendida por ele achar graça dos meus problemas. Se a situação fosse inversa, eu faria exatamente o mesmo.


Christopher: É preciso levar a água até lá, senhorita. - ele explicou, o rosto divertido.


Dulce: Dulce. - o corrigi. - E onde eu pego?


Christopher: Pedirei aos criados para que preparem seu banho. Voltarei logo. - ele se curvou ligeiramente e saiu.


Fiquei ali, parada, admirando as duas moças, sentadas tão eretas e elegantes. Só podia ser por causa do espartilho. Não dava pra se afundar no sofá usando um, eu tinha certeza disso.


Ouvi o tagarelar incessante de Angelique. Ela não deu a menor chance para Anahí expressar suas opiniões sobre umas fitas dos chapéus.


Pouco depois, Christopher retornou dizendo que meu banho já estava sendo providenciado. Eu agradeci sua ajuda e me apressei em voltar para o quarto. Encontrei Madalena testando a temperatura da água. Ela me disse que arrumaria a bagunça pela manhã, já que eu parecia acabada e devia estar querendo cair na cama. Claro que ela não usou exatamente estas palavras, mas o significado foi mais ou menos esse.


Fechei a porta e entrei na banheira. Levei minha calcinha comigo. Eu só tinha uma. Apenas uma calcinha! Depois de me deleitar na água quente por alguns minutos, alcancei alguns objetos aos quais eu ainda não havia sido apresentada. Identifiquei o sabonete. Na verdade, o cheiro dele lembrava azeite de oliva, e a cor escura e lamacenta lembrava sabão em barra para lavar roupas. Apesar de sentir um leve ressecamento na pele, funcionou até que bem. Não molhei os cabelos. Já os tinha lavado pela manhã e não tinha certeza se o conteúdo do vidro âmbar sobre o pequeno aparador era mesmo xampu.


Após uns dez minutos, a água começou a esfriar e fui obrigada a sair. Alcancei o pano bege e me sequei. Devia ser uma toalha, porque era bem grosso, áspero e duro. E, pra dizer a verdade, não secava muito bem.


Espremi minha calcinha entre as mãos, dei umas sacudidas e a pendurei no encosto de uma das cadeiras da mesa, na esperança que secasse até a manhã seguinte, e me vi frente a um dilema. Eu não tinha roupas para vestir. Pela primeira vez na vida, essa máxima era real!


Meditei um pouco e concluí que dormir sem roupa alguma não era boa ideia naquela época medieval! Então, vesti minha regata, sem sutiã, e o shortinho de quadrilha. E não é que o shortinho era confortável?


Uma penteadeira, ou ao menos se parecia com uma com uma bacia e um jarro prateado cheio de água chamou minha atenção. Imaginei que fosse o lavatório. Procurei pela pequena nécessaire que levava todos os dias para o escritório. Lá estava! Minha nécessaire com minha escova de dentes, meu creme dental, meu fio dental e um desodorante daqueles pequenininhos de viagem.


Após escovar meus dentes e dar uma arrumada na bagunça, me lembrei da caixinha do celular. Eu a peguei avidamente, à procura de alguma coisa no manual do usuário, só para me frustrar logo em seguida, O pequeno manual não tinha sequer uma única letra impressa em suas centenas de páginas, todas estavam em branco.


Fui pra cama exausta, não apenas por estar me recuperando de uma ressaca física, mas também começava a sentir os efeitos da ressaca mental.


Eu estava mesmo em 1830, no século dezenove, na casa de um cara estranhamente gentil, sem absolutamente nada que pudesse me ajudar a voltar para minha casa. Nada exceto a conversa ao telefone com a vendedora.


Tentei repassar mentalmente toda a conversa, procurando por pistas, por alguma dica, qualquer coisa que pudesse me ajudar a voltar para casa.


Você esta exatamente onde deveria estar, ela disse. Só que eu não deveria estar ali! Eu deveria estai no meu apartamento, cheio de coisas úteis como banheiro, xampu e toalhas macias. Por que eu deveria estar no século dezenove? Não me lembrava de nenhum fato ou acontecimento importante em 1830 que fizesse uma maluca enviar uma garota inocente para lá, apenas para procurar alguma coisa.


Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo além das que os seus olhos podem ver, sua voz ecoou em minha cabeça. Isso era meio verdade. Pelo menos até aquela manhã eu não acreditava nas baboseiras de magia ou destino ou sorte. Mas o que tinha de errado em se viver no mundo real? Nem todo mundo queria viver um faz de conta. Não mesmo! Não eu!


Conheço cada segredo de sua alma. Por isso precisei intervir. De fato, ela realmente parecia saber o que eu estava pensando, como na parte em que pensei que ela tivesse falado com a Maite e ela respondeu “não” antes mesmo que eu concluísse o pensamento. Mas se isso fosse verdade, conhecer os segredos da minha alma, mesmo que isso fosse possível, como é que ser enviada para 1830 me ajudaria? Claro que eu era fascinada por romances dessa época, mas, como regra geral, toda garota era. “o que Jane pensaria?” virou até camiseta! No entanto, gostar de um livro era muito diferente de querer viver a experiência pessoalmente. Imensamente diferente! Então, se meus romances, minha única ligação com o passado, minha resposta estaria aí? Os livros seriam minha resposta? Mas qual?


Você não voltará até que encontre o que procura. Terá que completar sua jornada. Mas terá que ficar aí até que a complete. Você não está sozinha, acredite!


Certo! Encontrar o que eu procurava, mesmo que eu não tivesse a menor ideia do que fosse. Mas seja lá o que fosse essa coisa, sabia que ela seria a minha passagem de volta. E se o que eu procurava tinha alguma relação com livros, então... Argh!


Eu não conseguia fazer a associação. Completar minha jornada seria encontrar o que procurava. Seria de muita ajuda se eu descobrisse exatamente o que procurar!


Resolvi que tinha que começar por aí. Descobrindo o que seria a tal coisa. Uma parte resolvida! Entretanto, subitamente minha mente tomou outra direção.


Você não está sozinha.


Eu não estava sozinha? Eu... Não... Estou.. Sozinha...? Eu não estou sozinha!!!


Ah! Meu Deus! Tinha mais alguém perdido ali! Mais alguém que aquela mulher maluca tinha resolvido ajudar. Tão perdido quanto eu estava!


Então, como o clarão daquele maldito celular, minha cabeça se iluminou e juntei algumas coisas. Tinha mais alguém ali. Se eu encontrasse essa pessoa, talvez juntas pudéssemos descobrir alguma coisa, alguma pista ou engambelar aquela bruxa e sair daquela confusão mais depressa! Poderíamos voltar pra casa mais rápido!


Isso! Eu precisava encontrar essa pessoa, descobrir quem ela era e o que sabia. Não seria tão difícil, contudo, se ele ou ela estivesse tendo as mesmas dificuldades que eu. Eu precisava encontrar a outra vítima e, assim que voltássemos para casa, eu denunciaria a vendedora bruxa às autoridades por vodu. Ela não iria brincar com a vida de mais ninguém!


Foi a última coisa que pensei antes de adormecer naquela cama dura, com as velas ainda acesas.


*******************************


Coragem, Dulce. Você já enfrentou coisas piores! Eu disse a mim mesma, parada em frente à casinha, me lembrando do banheiro químico que usei no último show de rock e, em vão, tentei me convencer de que a casinha não era tão ruim assim. Ela era um centro cirúrgico esterilizado comparada aos banheiros químicos. E eu não podia esperar mais, já estava no limite.


Juntei coragem e fechei a porta, amaldiçoando aquela vendedora macumbeira por não me mandar para algum lugar que pelo menos tivesse banheiros decentes. Porque ela tinha que ser uma bruxa, já que podia fazer uma garota ir para o século passado. Dois séculos passados, na verdade.


Quando eu conseguisse voltar pra casa, precisaria de muita vodca pra me esquecer daquilo, pensei. E, sem dúvida alguma, jamais comeria alface outra vez na vida!


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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • vondy_dulcete Postado em 18/09/2020 - 22:53:57

    Aaaah não acredito, omg, posta maaaaaaais mulher. Seria legal mostrar a parte do Christopher quando a Dulce sumiu.

  • anne_mx Postado em 18/09/2020 - 19:07:45

    MEU DEUSSSS não vejo a hora do reencontro deles, tadinha da Dul, espero que Mai a ajude, continuaaaa <3

  • vondy_dulcete Postado em 15/09/2020 - 23:25:22

    Aah adorei haha fiquei com raiva do ucker por ele achar que a dulce ta doida kkkkk seris legal se ela pudesse levar ele pro futuro né? Imagina a cara dele vendo td kkkk

    • delenavondy Postado em 17/09/2020 - 00:05:37

      seria legal Christopher no futuro....kkkk Quem sabe ele não vá?

  • anne_mx Postado em 15/09/2020 - 21:31:45

    Meu Deusssss, finalmente tá tudo correndo bem, quero só ver como eles vão ficar juntos, tô muito apaixonada nessa casal, sinceramente tudo pra mim, amooo romances de época, continuaaaa <3

    • delenavondy Postado em 17/09/2020 - 00:04:36

      tbm amo romances de época. Já já vou postar

  • vondy_dulcete Postado em 13/09/2020 - 00:57:21

    Continuaaaaa mulher

    • delenavondy Postado em 13/09/2020 - 22:35:35

      Continuo sim :) Já já vou postar

  • vondy_dulcete Postado em 10/09/2020 - 23:39:00

    Confesso que fiquei puta com a Dulce por ela rejeitar ele, aceita que ele é gostoso mulher kkkkk

    • delenavondy Postado em 11/09/2020 - 22:06:03

      KKKKKKKKKKKK.... vdd ele é mesmo

  • vondy_dulcete Postado em 10/09/2020 - 23:36:43

    Omggg arrepiei toda amiga scrr kkkk que perfeita sus fanfics. Continuaaaaa pelo amor de Deeeeeus. Não vejo a hora deles ficarem juntos de vez... aliás pq a Dulce não conta que veio do futuro??

    • delenavondy Postado em 11/09/2020 - 22:07:03

      Ela vai tentar contar a ele. Já vou continuar ok

  • vondy_dulcete Postado em 08/09/2020 - 12:44:30

    Quero maisss

    • delenavondy Postado em 09/09/2020 - 23:24:11

      Continuando...

  • vondy_dulcete Postado em 07/09/2020 - 19:36:50

    Tu não postou hoje

    • delenavondy Postado em 07/09/2020 - 22:58:23

      Já vou postar ;)

  • vondy_dulcete Postado em 07/09/2020 - 11:06:31

    Leitora nova, menina estou amando sua fic &#10084; perfeita, quero maratona.

    • delenavondy Postado em 07/09/2020 - 22:57:53

      Olá Seja bem-vinda! Vou tentar fazer uma maratona essa semana ok


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