Fanfic: Perdida (1ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy

Dulce: Nem pensar! Eu canto muito mal! - exclamei horrorizada.

Christopher: Não me importo com isso. - um sorriso brincalhão apareceu em seu rosto. - Queria poder conhecer as coisas que você tanto aprecia... Como vou conhecê-las se você não me mostrar?

Dulce: Christopher, de verdade, eu não sei cantar!

Christopher: Por favor, Dulce? - suplicou.

Dulce: Mas é em inglês! - tentei fazê-lo desistir da ideia.

Christopher: Acho que posso acompanhar. - seus olhos intensos me coagindo. - Por favor, deixe-me entendê-la melhor!

Suspirei. Não dava para negar nada a ele quando me pedia daquele jeito! Deitei minha cabeça em sua barriga chata, tentando esconder meu rosto, tornei a fechar os olhos e cantarolei baixinho, enquanto sua mão brincava em meus cabelos. Quando terminei, ele suspirou. Tive que olhar para ele.

Dulce: Eu te avisei que não sabia cantar!

Ele sorriu e, depois de alguns segundos seu rosto ficou muito sério. Meu coração disparou assim que li o que estava escrito em seus olhos.

Christopher: Eu a amo, Dulce.

Meu corpo reagiu imediatamente, meu pulso se acelerou, meu coração disparado feito uma britadeira e cada parte de mim parecia ter virado gelatina. Arrastei-me sobre ele com dificuldade até alcançar seu rosto, o segurei entre as mãos.

Dulce: Eu te amo, Christopher. Não importa para onde eu vá, nem quanto tempo passe. Vou te amar pra sempre! - prometia olhando para as profundezas de seus olhos castanhos. E eu sabia, que nunca, jamais amaria outro alguém.

Uma de suas mãos se enroscou em meus cabelos, me puxando delicadamente para mais perto.

Christopher: Para sempre. - concordou, me silenciando com seus lábios.

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Acordei com uma batida na porta. Demorei em entender onde eu estava.

Olhei em volta e vi Christopher, com seus braços ainda me envolvendo, dormindo ao meu lado. Eu ainda estava em seu quarto.

A batida se repetiu.

Gomes: Senhor Uckermann? Preciso muito de sua ajuda, senhor. Por favor, abra a porta. - a voz abafada de Gomes suplicava.

Ah! Merda!

Gomes: Estou ficando preocupado, patrão, se não abrir, eu vou arrombar! - ameaçou.

Droga! Droga! Droga!

Christopher não se moveu. Dormia profundamente. Toquei seu braço, apavorada.

Dulce: Christopher, acorde! - sussurrei. Ele não se moveu. - Christopher acorde, por favor! - sacudi com mais vigor.

Se Gomes arrombasse a porta e nos visse juntos, não poderia mais fingir como fez quando nos flagrou aos beijos no corredor e a casa toda saberia. Seria um escândalo, bem no dia do baile especial de Anahí. Isso não podia acontecer! Sacudi Christopher outra vez, com um pouco mais de força. Ele piscou os olhos algumas vezes, depois focalizou meu rosto e sorriu.

Christopher: Bom dia, senhorita. - murmurou com a voz rouca, me puxando para mais perto.

Percebi que ele todo havia despertado.

Tum! Tum! Tum!

Seus olhos se arregalaram e ele rapidamente se sentou na cama.

Gomes: Estou avisando, Senhor Uckermann, vou invadir este quarto se não abrir esta porta!

Christopher: Errr... Espere um minuto. - respondeu aturdido.

Rapidamente Christopher já estava de pé, colocando as calças apressadamente e me olhando com cara de pânico.

Dulce: O que vai fazer? - sussurrei.

Christopher: Tentar me livrar dele. - sussurrou de volta, pegando a camisa do chão. - Não se mova.

Eu concordei com a cabeça. Não dava para sair por outro lugar que não fosse pela porta. A janela era alta demais e a queda certamente deixaria alguma coisa, ou muitas, quebrada em meu corpo.

Christopher foi em direção à porta, tropeçou em alguma coisa no caminho (meu All Star), recolheu habilmente todas as minhas roupas e as atirou no canto oposto ao da porta, abriu apenas o suficiente para que pudesse passar por ela e voltou a fechá-la.

Fiquei imóvel. Tentei ouvir o que diziam. As coisas estavam ficando cada vez piores!

Gomes alertou Christopher que eu havia desaparecido. Pela manhã, um dos empregados notou que a porta do meu quarto estava aberta e que eu não estava dentro dele, minha cama estava arrumada. Vários empregados estavam me procurando por toda a propriedade, mas ninguém tinha noticias minhas.

Claro que não tinham!

Christopher fingiu surpresa e eu mordi o lábio para não rir de seu falso assombro. Em seguida, garantiu a Gomes que me encontraria ainda antes do almoço, apenas precisava trocar de roupas antes de sair. Sugeriu que Gomes desse uma olhada na sala de leitura, já que Anahí lhe contou que eu era fascinada por livros.

Depois de fechar a porta e esperar um momento, correu até a cama e se sentou ao meu lado.

Dulce: E agora, Christopher? - me apoiei em um cotovelo e prendi o lençol branco com os braços. - Como vou sair daqui? Eu te arrumei um problemão!

Christopher: Na verdade, isso aconteceu quando a vi pela primeira vez! - brincou tocando meu queixo.

Dulce: Não tem graça! - e não tinha mesmo, era a mais pura verdade. - Como vou sair daqui sem que me vejam?

Suas sobrancelhas arquearam e um sorriso muito significativo surgiu em seus lábios.

Christopher: Então não saia nunca.

Dulce: Tô falando sério! - ralhei. - Que horas são agora?

Ele tirou o relógio do bolso preso à calça por uma corrente dourada.

Christopher: São exatamente dez e meia.

Dulce: Dez e meia? - levei as mãos a testa.

A casa inteira estava acordada há horas! Por que não escapei durante a madrugada enquanto todo mundo ainda dormia? Por que permiti que Christopher me abraçasse daquele jeito, me prometendo que não dormiria, ao invés de voltar para o meu quarto? Era óbvio que acabaríamos desmaiando de exaustão, depois de fazermos amor durante quase a noite toda.

Sentei-me na cama, prendendo o lençol mais firme, e suspirei frustrada. Nenhuma ideia mirabolante apareceu para me livrar da enrascada.

Percebi que Christopher me encarava.

Dulce: O que foi? - passei a mão pelos cabelos pra ter certeza de que não estava a cara da Medusa.

Christopher: Você está linda! - sua voz suave, os olhos intensos - Apenas quero me lembrar deste momento. - ele tocou meu cabelo e, delicadamente, colocou uma das minhas ondas atrás da orelha.

Entendi o que ele quis dizer. Queria se lembrar daquele momento quando eu já não estivesse ali. E imediatamente me lembrei do motivo que me levou até seu quarto na noite passada.

Dulce: Caramba, Christopher ! Acabei não te contando o que eu vim te contar! - eu disse meio enrolada.

Ele riu.

Christopher: Eu também tenho um assunto de máxima importância que preciso discutir com você, senhorita, mas teremos que adiar ou, caso contrário, seremos obrigados a nos explicarmos aos criados e a Anahí. Aposto que se eu não sair daqui logo, Gomes voltará e, desta vez, entrará no quarto a força como prometeu!

Franzi a testa.

Dulce: Promete que vamos conversar ainda hoje? É importante!

Christopher: Prometo. - afirmou solene.

Concordei com a cabeça. Joguei o lençol para o lado e me levantei na intenção de pegar minhas coisas e sair dali sorrateiramente, mas Christopher foi mais rápido. Seus braços de serpente me puxaram e eu estava, de repente, em seu colo.

Christopher: Não sei se gosto da ideia de deixá-la sair deste quarto. - eu já sabia bem o que aquele brilho em seus olhos significava.

Dulce: Christopher, você mesmo disse que Gomes... - mas não pude terminar, sua boca me impediu.

E, quando uma de suas mãos começou a traçar uma trilha de fogo dos joelhos até minhas coxas, pensei que não teria problema se eu me demorasse só um pouco, só mais um beijo.

Christopher: Você precisa se vestir. - ele disse, ao mesmo tempo em que me abraçava mais firmemente.

Dulce: Assim que você me soltar. - sussurrei, me agarrando a ele.

Christopher: Acho melhor se vestir de uma vez.

Dulce: Tudo bem. - murmurei desanimada, tentando me soltar dele, mas sua língua invadiu minha boca, bagunçando minha capacidade de raciocinar.

Ele me beijou até que, de repente, me deitou na cama, sua boca deslizando por meu pescoço até alcançar meu coração já acelerado e querendo sair do peito, como era de se esperar. Perdi o controle da situação. O que eu tinha que fazer mesmo? Decidi que, seja lá o que fosse que eu tinha que fazer, poderia esperar só mais um pouquinho...

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