Fanfic: Perdida (1ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy

Dulce: Você quer me vencer?

Christopher: Não! - ele se apressou. O horror cruzou seu rosto. - Não! Não! Claro que não! Acho que não me expressei corretamente... Storm sempre foi um objetivo, eu queria ser capaz de montá-lo, vencê-lo, como eu disse. Mas logo que a conheci... Meus objetivos mudaram, não as dificuldades. Depois entendi que, assim como ele, você não se deixa dominar, se prender... - Seus olhos ficaram muito intensos. - Eu queria encontrar uma forma de prendê-la a mim para sempre, Dulce! Que nunca mais se fosse, que eu fosse capaz de mantê-la aqui. - ele me abraçou mais forte.

Dulce: Christopher... - eu comecei, sem saber o que dizer.

Christopher: Não se preocupe, você já me disse muitas vezes que não pode ficar. No entanto, não posso deixar de desejar fervorosamente que isso aconteça ainda assim. - o sorriso triste em seus lábios colocou um nó em minha garganta.

Dulce: Eu também - me ouvi sussurrando.

Ele ficou surpreso com minha resposta. Muito surpreso. Mas não tão surpreso quanto eu.

O que eu estava dizendo? Eu ficaria ali se tivesse a chance?

A dança acabou e todos começaram a aplaudir e, nem ele nem eu tocamos no assunto outra vez.

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Christopher e Anahí se revezavam em entreter todos os convidados e eu era alvo constante de seus conhecidos. Alguns se aproximavam por pura curiosidade e, mesmo eu tentando muito me comportar educadamente, a diferença entre as outras mulheres e eu era gritante. Como Lady Catarina tão cortesmente apontou.

Lady Catarina: Senhorita Dulce, estou admirada com sua ousadia. - ela disse, o rosto pálido me analisava. - Faz muito tempo que não encontro uma jovem que não teme ser alvo da sociedade.

Dulce: Alvo? Alvo de que?

Lady Catarina: Ora, minha cara, é preciso muita coragem para se vestir de forma tão original. Nem toda mulher tem a sua ousadia. - e examinava curiosamente minha saia de volume modesto.

Dulce: Bom, não é ousadia. É calor mesmo. Esses vestidos já são sufocantes o bastante. Acho muito engraçado as mulheres daqui usarem tanta roupa. - principalmente num lugar sem ar condicionado ou mesmo um ventilador portátil. - Tipo a moda cebola!

Lady Catarina se engasgou com seu ponche.

Lady Catarina: Moda o que?

Dulce: Cebola. Camadas e mais camadas de roupa. - expliquei.

Ela me olhou incrédula. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, seu filho, Dimitri aquele para quem Angelique estava se desmanchando em sorrisos, interrompeu.

Dimitri: Mamãe, será que se importaria em me apresentar tão formosa dama? - disse ele, me encarando de um jeito pouco lisonjeiro.

Lady Catarina: Você já foi apresentado a ela, Dimitri. Logo que chegamos. - Lady Catarina parecia zangada.

Dimitri: Oh! Quanta indelicadeza, a minha. Perdoe-me, senhorita, mas com tantas jovens encantadoras reunidas nesta sala, fica difícil lembrar-me de todos os nomes. Não tenho como me desculpar por esquecer o nome de tão bela flor! - ele esboçou o que pensei ser um sorriso sedutor.

Dulce: Não tem problema. Eu também tenho dificuldades para guardar nomes.

Pobre Angelique! Era por isso que ela esperava? Um loiro sem graça com problemas de pele e que, aparentemente, era o maior xavequeiro?

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Mais tarde, finalmente, Santiago apareceu. Christopher logo se apressou em cumprimentá-lo e eu o segui.

Santiagao: Desculpe-me pelo atraso, Senhor Uckermann. Cheguei há menos de uma hora na vila. Mal tive tempo de alimentar o cavalo. - ele disse a Christopher , mas seus olhos estavam em mim o tempo todo.

Christopher: Não está atrasado, Senhor Santiago. O baile mal começou.

Christopher pareceu desconfortável com o modo com que Santiago me olhava. Pra dizer a verdade, eu também não gostei muito da forma com que seus olhos se prendiam em meu decote de vez em quando.

Christopher o apresentou a algumas pessoas e eu não saí do seu lado. Depois de um tempo, porém, ele foi convocado pela Senhora Almeida, muito irritada, a ajudá-la a encontrar uma faca para cortar o assado. Aparentemente, esqueceram de colocar a faca na mesa.

Christopher: Se me derem licença. - e me atirou um olhar de cautela.

Dulce: Claro! - eu disse, confirmando que estava tudo bem.

Santiago: Certamente, Senhor Uckermann. - Santiago pareceu entusiasmado. Não pude dizer se era pelo assado que observava ou por ficar sozinho comigo.

Christopher pareceu relutante em me deixar sozinha com o estranho, mas depois de hesitar por um segundo, se desculpou e saiu à procura de Gomes. Eu fiquei bem ali, ao lado de Santiago.

Se ele tinha alguma pista, eu precisava saber. E se sabia como voltar, eu também precisava saber. Apesar da confusão emocional em que eu me encontrava, essa era uma informação que eu não podia deixar passar. Mesmo que não tivesse mais certeza se realmente queria voltar pra casa. Porque eu já me sentia em casa.

Dulce: E então? - comecei meio insegura. -Já descobriu como voltar? - fui direto ao ponto. Não havia motivos para rodeios.

Santiago: Sim. - ele me fitava daquela forma esquisita outra vez. - Amanhã, se nada sair errado, eu estarei a caminho de casa.

Dulce: Amanhã? - Tão depressa?

Ele assentiu.

Dulce: Então... - era melhor saber logo, para que eu pudesse... Me preparar. - Do que precisa?

Ele olhou em volta para se certificar de que ninguém nos ouvisse.

Santiago: Vejo que ainda tem interesse nesse assunto.

Dulce: Claro que eu tenho! E você sabe bem o porquê. - ergui uma sobrancelha sugestivamente.

Ele assentiu outra vez, um pequeno sorriso nos lábios.

Dulce: Então... - instiguei para que ele abrisse a boca e falasse de uma vez. Se eu iria embora no dia seguinte..,

Meu estômago se revirou e não consegui respirar direito a dor rasgou meu peito.

Santiago: Creio que seria mais adequado se discutíssemos sobre isso em um lugar mais reservado. - murmurou.

Dulce: Claro, - estava tão atordoada que minha cabeça parecia estar cheia de minhocas devoradoras de cérebro. - Vamos até a sala de leitura.

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Santiago me seguiu até a sala de leitura, mas não conseguimos entrar. A maior parte da mobília da sala de visitas havia sido deixada ali. Seguimos, então, para a sala de música. Estava menos amontoada, apenas um sofá e uma mesinha foram adicionados ao cômodo. Entrei e fechei a porta.

Dulce: Então, me diga logo o que descobriu. - exigi, cruzando os braços sobre o peito.

Estava ficando impaciente, queria voltar logo para perto de Christopher. Ainda mais agora!

Santiago: Se acalme. Temos tempo para isso. - e andou em minha direção.

Dulce: Não temos tempo! Se partiremos amanhã...

Santiago: Mas não partiremos amanhã! - ele me interrompeu e sorriu maliciosamente, não como Christopher fazia, mas de forma assustadora e repulsiva.

Dulce: Não? - exclamei mais alto do que pretendia, aliviada.

Santiago: Não. Eu partirei! Não posso levá-la comigo. Tenho esposa e filhos. - ele se aproximou um pouco mais. Fiquei confusa.

Dulce: Pouco me importa se é casado ou não! Se você sabe como voltar, exijo que me diga como fazer! Tem alguma coisa a ver com o celular? - perguntei apressada.

O jeito como ele me olhava estava me deixando mais nervosa a cada segundo.

Santiago: Celular? - sua testa se enrugou. - Não importa! Vamos resolver o seu problema primeiro e depois conversamos sobre minha viagem, está bem? - ele avançou em minha direção.

Recuei um passo e acabei batendo nas costas do sofá, ficando encurralada.

Dulce: Meu... problema? - repeti lentamente

Santiago: Sim, minha cara. Notei que me olha de uma forma... Diferente. - Sei o motivo do sorriso assustador em seus lábios me disse que eu tinha me metido numa roubada. Numa bem grande! - Não é a primeira vez que uma belezinha como você se encanta por minha pessoa.

Dulce: O que? - eu não tinha mais para onde ir. - Ficou louco?

Santiago: Sim, fiquei. Esse seu vestido... - seus olhos me examinavam minuciosamente meu estômago deu um salto, me deixando enojada. - Bem, vou ensinar lhe algumas coisas, meu bem!

Dulce: Meu bem o cace...

Mas Santiago rapidamente me atacou.

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