Fanfics Brasil - Changes Panic

Fanfic: Panic | Tema: the GazettE


Capítulo: Changes

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Reita POV


 


     O ensaio finalmente acabou e eu me apressei em ir guardar meu baixo, desejando sair logo dali. Não é como se eu não gostasse da minha banda… Na verdade Ruki, Aoi e Uruha estavam entre as poucas pessoas cujo a companhia me agradava, mas a presença do novo baterista, Kai, ainda me incomodava. Bom, talvez já não fosse mais tão novo assim… Yutaka já estava ali há quatro meses, mas eu ainda sentia falta do Yune. Não que o nosso novo líder fosse ruim, mas eu realmente odeio mudanças:


     — Hei, o que acham de irmos tomar uma cerveja? - o membro mais novo da banda convidou a todos com um sorriso de covinhas encantador. Ele estava realmente se esforçando pra se enturmar, mas… Não era o Yune.


     — Ótima ideia. - nosso guitarrista loiro, Uruha, obviamente aceitou. Ele nunca foi de recusar bebida. - Estou precisando relaxar.


     — Eu também. - Ruki, nosso vocalista baixinho e meu amigo mais antigo ali, concordou com um sorriso bobo que parecia pregado em sua cara sempre que Uruha estava perto. - Tem um bar ótimo no final da rua.


     — Eu não vou beber, ainda estou de ressaca de ontem. - nosso outro guitarrista, o moreno, Aoi, comentou fazendo uma careta e eu acabei por rir dele. - Mas faço companhia.


     Kai sorriu pro moreno e então virou-se pra mim e eu desejei que ele não o tivesse feito. Às vezes só queria poder ser invisível:


     — E você, Suzuki-san?


     — Ah… Eu passo. Fica pra próxima.


     O sorriso de covinhas se foi por um instante e logo um outro forçado tomava seu lugar. Me sentia tão culpado por aquilo. Eu não queria magoar o Yutaka, mas nunca fui muito fã de sair, especialmente com pessoas com as quais não estou acostumado:


     —Ah… Claro… Tudo bem. Na próxima.


      A verdade é que eu estava dizendo aquilo desde o primeiro dia do baterista com a gente. Eu sabia que estava bancando o idiota. Kai sempre fora simpático e já se dava bem com todo o resto da banda. Eu era o único ali a colocar empecilhos, mas… Não é como se eu estivesse fazendo birra. Quer dizer, talvez fosse, mas… Eu não estava tentando atingir ninguém, eu só… Não sabia lidar com aquilo.


 


Kai POV


 


     — Por que o Suzuki-san me odeia? - acabei perguntando aos demais membros da banda enquanto tomava minha terceira long neck.


     — Ele não te odeia, Yutaka. - Ruki me respondeu com um olhar culpado. - O Akira não gosta mesmo de sair.


     Acabei revirando os olhos porque aquilo só podia ser uma desculpa pra me fazer sentir melhor. Ok, podia até ser verdade, mas ao menos nos intervalos dos ensaios o Reita estava sempre de papo com os outros três enquanto comigo… Digamos que ele mal olhava na minha cara:


     — Mesmo nos ensaios, ele parece que corre de mim.


     — O Akira tem síndrome do pânico, ele corre de todo mundo.


     Eu fiquei um pouco sem reação diante da resposta, embora não soubesse o quanto podia confiar nela, já que veio de um Uruha completamente bêbado.


     — Kouyou! - Ruki o repreendeu, mas o maior apenas deu de ombros.


     — Que é? Mais cedo ou mais tarde ele ia ter que saber.


     — Etto… - acabei por interromper. - Isso é sério?


     — É. - Aoi confirmou acendendo seu cigarro e eu engoli em seco ao ouvir aquilo do único sóbrio da mesa. Não que eu soubesse exatamente o que era síndrome do pânico, mas não me parecia bom.


     — Mas… - comecei sem ter certeza de como terminar a frase. O tópico não me agradava muito, mas eu queria entender do que se tratava. - Se ele corre de todo mundo… Quer dizer… Como ele sobe no palco assim? - eu estava incrédulo. Não sabia como eu podia ter convivido com alguém assim nos últimos quatro meses e não ter percebido nada. Tudo bem que não éramos tão próximos, mas… Eu passava a maior parte do dia trancado em cubículo com ele.


     — Yune pegou uma faixa e colocou no rosto dele pra “escondê-lo”. - Aoi explicou fazendo aspas com as mãos, sem se importar com as cinzas do cigarro caindo com esse gesto. - Eu não entendo nada disso, mas funcionou, apesar de ele ainda ficar muito nervoso antes dos shows.


     — Sei que parece ser bobo. - Ruki complementou o pensamento do moreno. - Mas bem, isso é tudo psicológico. Não faz mesmo muito sentido… Racional, digamos assim.


     — E eu tomei o lugar do Yune. - concluí. - Ele nunca vai gostar de mim mesmo.


     — Você não tomou o lugar de ninguém. - Uruha interveio. - O Yasushi saiu porque quis e o Akira sabe muito bem disso.


     Podia até ser verdade, mas como o Ruki havia dito, a situação pro Reita não era exatamente racional:


     — Não o leve a mal. - nosso vocalista pediu. - Ele tem dificuldade em se relacionar com as pessoas, mas vai acabar se acostumando com você. É só dar um tempo pra ele.


     — Tá bem. - concordei com um sorriso fraco apenas pra tirar aquele olhar de culpa e pena do baixinho. A verdade que rondava minha cabeça era: se quatro meses não foram tempo suficiente, o que seria?


 


Reita POV


 


     — Droga... - resmunguei pra mim mesmo.


     Embora o silêncio do meu apartamento fosse acolhedor, eu não conseguia simplesmente relaxar. Havia acabado de avisar ao Ruki que eu não iria trabalhar naquele dia, alegando que estava doente. Ele provavelmente sabia que era mentira, mas não questionou. Apenas pediu que eu me cuidasse.


     Suspirei pesadamente abandonando o celular sobre a cama desarrumada e dirigi-me até a cozinha para fazer um chá. Eu precisava me acalmar. Odiava tanto aquilo... Não queria ter que mentir daquele jeito, mas eu simplesmente não tinha condições de encarar aquela reunião de última hora.





UMA HORA ANTES





     Acordei mais cedo do que o necessário aquela manhã. Me arrastei até o banheiro pra tomar um banho rápido e comecei a me arrumar para o trabalho. Estava quase pronto quando meu celular apitou. Debrucei-me sobre a cama para pegar o objeto no criado mudo e sentei-me já lendo a mensagem.


 


     "Reunião hoje 10hs."


 


     Meu coração acelerou de imediato. Por que não me avisaram isso antes? Eu teria ao menos me preparado mentalmente:


      — Calma, Akira - sussurrei pra mim mesmo. - É só uma reunião. Você já fez isso antes.


      Ainda que eu dissesse isso, minhas mãos tremiam e logo as lágrimas pediam passagem. Agarrei o lençol branco abaixo de mim com uma força desnecessária e fechei os olhos:


     — Calma... Respira fundo.


     Por fim o líquido salgado acabou por inundar meu rosto sem pedir permissão e aos poucos minha respiração se tornava cada vez mais pesada:


     — Calma, Akira. - eu implorava a mim mesmo, mas já não conseguia me controlar e o choro apenas se intensificou. - Inferno!


     Levantei dali me obrigando a terminar de me arrumar. Eu precisava. Corri até o banheiro vendo a imagem patética no espelho. Eu ia precisar de muita maquiagem pra cobrir todo aquele vermelho. Abaixei a cabeça desejando não olhar pra aquilo e liguei a torneira para enxaguar o rosto. Não adiantava... Eu não conseguia parar de chorar. Acabei desistindo de tentar me acalmar, puxei a toalha de rosto pra me enxugar e peguei uma base pra fazer a maquiagem assim mesmo. Minhas mãos tremiam tanto que deixei o pincel cair no chão e aquilo parecia de alguma forma me desesperar ainda mais:


     — Merda! - gritei pro nada, deixando a base cair também ao levar as mãos à cabeça. - Merda. - repeti, dessa vez mais baixo, encarando minha imagem no espelho.


     Acabei por pegar um vidro de perfume sobre a pia e jogar contra meu reflexo. Eu não queria ver aquilo, eu... Olhei em volta observando todos os cacos no chão. Ainda podia ver meu reflexo neles e ele era horrível. Eu não podia ir trabalhar daquele jeito.


     Joguei-me sobre a cama, afundei o rosto no travesseiro e me deixei chorar, esmurrando o colchão algumas vezes. Eu odiava tanto aquilo. Por que eu não podia simplesmente ser como qualquer pessoa normal?


     Peguei meu celular e mandei uma mensagem pro Ruki dizendo que estava doente, mas isso não significava que eu ficaria bem. Estava apenas fugindo do problema... Mentindo pros meus amigos e deixando minhas responsabilidades de lado. Sabia disso, me odiava por isso e ficaria remoendo o que eu fiz pelo resto do dia:


      — Droga...


 


Ruki POV


 


     Se tem uma coisa que eu odeio é levantar cedo. Pena que eu divido o apartamento com um ancião que acorda às seis da madrugada. Kouyou é meu amigo desde… Sempre. Nós crescemos no mesmo bairro, estudamos na mesma escola e viemos pra Tóquio juntos. As coisas não acabaram bem como planejamos… Eu vim pra estudar arquitetura e o Kou fazia história. Nenhum dos dois gostou do curso, mas ao menos conhecemos pessoas novas na faculdade que, como nós, nutriam uma paixão por música. Nós não imaginávamos acabar em uma banda, mas as coisas estavam indo muito bem pra gente com o the GazettE.


      Mas bom, voltando à minha tristeza, eu devo morar com o único músico do planeta que acorda cedo. O Uruha é impossível, ele sempre arruma alguma coisa pra fazer barulho. Eu já estava há uma hora me revirando na cama tentando pegar no sono de novo, mas ele não parava, então acabei desistindo e me levantando. Precisava comprar tampões de ouvidos. Ou talvez eu devesse me mudar, mas… Não, aquele tonto não sobreviveria sem mim na cidade grande:


      — Ohayou, chibi. - me cumprimentou com um sorriso ao me ver sair do meu quarto. A minha vontade era de tacar a frigideira na cara dele.


      — Você sabe que a gente podia dormir mais umas duas horas, né? - resmunguei emburrado.


     — Mas aí você não teria tempo pra tomar um café da manhã decente. - retrucou, terminando de arrumar as duas bandejas que ele preparava. - Senta aí.


      Obedeci, e o mais alto logo trazia a bandeja com peixe grelhado, arroz, sopa miso, alguns legumes e chá gelado. Tão exagerado. Eu teria feito apenas um omelete. Esperei o guitarrista se sentar à minha frente e comecei a comer, tentando diminuir meu mau-humor antes de interagir com qualquer ser humano, especialmente aquele ser humano que é exageradamente feliz pela manhã. Ele pelo menos teve o bom senso de comer em silêncio e me deixar em paz até quase o fim da refeição, quando ele conferiu seu celular:


     — Eh? Vai ter uma reunião hoje.


     — Ótimo, o Akira vai surtar. - esfreguei os olhos já irritado. Desde que o Yune voltou pra Kanagawa eu me preocupava com o Reita quase vinte e quatro horas por dia.


     — Ele anda tendo crises demais. - comentou. - Acha que a gente devia ligar pro Yasushi?


     — Se eu ligar pra ele toda vez que eu achar que o Reita tá precisando de ajuda o coitado nunca mais sai do celular. - suspirei. Queria que o baixista não fosse tão teimoso. Ele insistia em lidar com o problema sozinho, por mais que claramente não estivesse dando certo. - E por falar em Reita, o que foi aquilo no bar ontem?


     — Desculpa. - ele suspirou. - Eu preciso aprender a controlar minha língua quando bebo.


     — Se o Kai for perguntar alguma coisa disso pra ele…


     — Não vai. - me cortou antes mesmo que eu precisasse dizer o quanto o Akira iria surtar. - Eu vou falar com o leader. Relaxa, tá?


     O Uruha devia saber que “Relaxa” era pedir muito pra mim, principalmente quando o assunto era nosso baixista. Eu me preocupava demais com ele. Suspirei concordando com um aceno de cabeça e deixei que o loiro mudasse de assunto, embora eu não estivesse realmente prestando atenção. Depois de um tempo recebi uma mensagem do Akira dizendo que estava passando mal. Eu tinha certeza que era por causa da reunião. Só esperava que aquela porcaria não demorasse porque eu realmente precisava ir até a casa dele. Deixar o Reita sozinho num dia de crise não era uma opção pra mim.


 


Aoi POV


 


     Eu estava deitado na minha cama, sem a menor coragem pra me levantar, por mais que o relógio no criado mudo me avisasse que eu estava perigosamente perto de me atrasar. Reuniões já são naturalmente um saco, eles podiam pelo menos ter a decência de marcar aquilo pela tarde quando todos já estavam acordados direito e conseguindo raciocinar. Peguei meu celular e olhei o visor, na esperança vaga de alguém ter cancelado aquela porcaria, mas claro que não ia acontecer. Obriguei-me a sentar na cama e não resisti em enviar uma mensagem antes de realmente me levantar:


 


     “Reunião de manhã… Muito bonito o Sr. ir embora e me deixar sozinho com essa porcaria só pra não acordar cedo.


 


     Eu conheci o Yune durante o ensino médio, já que nós dois viemos estudar em Tóquio para nos preparar pro vestibular. Bom, ele queria se preparar pro vestibular. Eu nunca liguei pra isso, mas meu pai insistiu em me mandar com meu irmão porque ele realmente achava que música era só uma fase. Claramente não era. O Yasushi queria ser médico, desde que o conheço, e é claro que ele passou no vestibular e terminou o curso sem problemas, porque ele sempre foi um nerd. Imaginem a minha surpresa quando, faltando apenas a residência pra ele concluir seus estudos, o loiro me chamou pra entrar em uma banda.


     Eu já tinha minha cota de tentativas frustradas, mas pensei que pelo menos dessa vez o Yune estaria comigo, mesmo se desse errado. Parece que fui iludido, não é mesmo? Mas bom, eu não posso reclamar. A banda estava dando certo, além de que foi fácil fazer amizade com os outros membros e todos se davam bem. Por mais que eu gostasse de resmungar com ele por pura implicância eu sou bem grato ao Yasushi por ter me colocado no the GazettE.


 


     “Eu estou no hospital desde às seis, Yuu.


 


     Acabei rindo ao ler a mensagem enquanto seguia pro banheiro pra me arrumar.


 


     “Seus pacientes não dormem não?


 


     “Você ficaria surpreso.


 


     O Yasushi voltou pra sua cidade natal para fazer residência em psiquiatria. Sabe quando dizem que todo psiquiatra tem um pouco de louco? Só pode ser verdade, porque trocar a música por aquilo era muita loucura na minha cabeça.


 


     “Boa sorte com isso então, Dr.


 


     “Boa sorte com sua reunião.


 


     Deixei o celular de lado após ler sua mensagem. Eu precisava me apressar ou acabaria realmente atrasado e o Kai iria me matar.


 


Kai POV


 


     Terminei de arrumar toda a papelada para a reunião e segui para o estúdio pra chamar o resto da banda. Vasculhei o local com os olhos, sentindo falta de alguém:


     — Onde está o Suzuki-san?


     Uruha e Ruki se entreolharam antes de o nosso vocalista me responder:


     — O Akira não vem hoje. Ele não está se sentindo bem.


     — O que ele tem? - perguntei de imediato. Eu sempre tive essa mania de me preocupar demais quando alguém está doente.


     — Provavelmente é só um resfriado, Yutaka-san. Não se preocupe. - o baixinho falou com descrença, dirigindo-se para a porta. - Vamos? Já está na hora.


     Aoi o seguiu para fora dali e eu fiz menção de ir atrás deles, mas fui impedido pelo guitarrista loiro, que segurou meu braço:


      — Tanabe! - chamou e logo depois me soltou, parecendo nervoso. - Ah, me desculpe... É que, sobre ontem... Eu estava bêbado, acho que acabei falando demais sobre coisas que não são da minha conta e...


     — Isso é sobre o Suzuki-san?


     Seu olhar culpado me pareceu uma confirmação:


     — Sei que mais cedo ou mais tarde você teria que saber, mas... É o Akira quem devia contar quando se sentisse confortável pra isso, não eu.


     — Tudo bem, Kouyou-san. Eu não vou falar nada a respeito com ele.


     Ele suspirou em alívio voltando a segurar meu braço:


     — Obrigado por entender.


     — Sem problemas. - sorri cúmplice. No fundo eu era grato por ele ter acabado falando demais. Minha situação com o Reita me incomodava e, ainda que não pudesse deixar ele saber que eu sabia de seu problema, era bom ter uma ideia de como agir.


     Não vou mentir, eu fiquei a maior parte da noite pesquisando sobre síndrome do pânico no Google e ainda não entendia direito. Quer dizer, muita coisa não fazia sentido pra mim e, pelo que li, os sintomas e crises variam muito de uma pessoa pra outra, mas pelo menos eu tinha alguma ideia geral da situação.


     Adentramos a sala relativamente pequena e nos sentamos os quatro do mesmo lado da mesa enquanto nosso empresário e nossos chefes na PSC sentavam-se à nossa frente. Antes que a reunião se iniciasse eu peguei meu celular e comecei a digitar a mensagem. Achei que o fato de Reita estar doente seria uma boa desculpa pra falar com ele, além de que eu estava realmente preocupado.


 


     “Suzuki-san, você está bem? O Takanori disse que está doente.


 


     A resposta veio rápido e acabei sorrindo ao imaginar se ele era um daqueles viciados em celulares e computadores.


 


     “Vou ficar bem, Tanabe-san. É só um resfriado, não se preocupe.


 


     Eu revirei a minha mente e cheguei a conclusão de que aquela sem dúvida era a maior frase que ele já havia me dito. Talvez eu tivesse encontrado ali uma forma de me aproximar. Digitei outra mensagem, dessa vez com o celular escondido debaixo da mesa, visto que a reunião estava pra começar.


 


     “Se cuida. Se precisar de alguma coisa é só falar.


 


     “Obrigado, Tanabe-san, mas eu estou bem. Não se preocupe.


 


     Acabei por deixar o aparelho de lado para prestar atenção na reunião, afinal eu era o líder da banda e precisava estar atento àquilo mais do que qualquer outro, mas não pude evitar um sorriso fraco que ficou passeando por meu rosto. A verdade é que como líder eu me sentia na obrigação de unir a banda e eu acreditava ter finalmente encontrado um meio para isso.



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Autor(a): enilavk

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Kaguraway Postado em 05/09/2020 - 12:03:20

    Adoro essa história. Kai descobriu uma forma de conversar com o Reita.


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