Fanfic: Starlight Em Busca Do Mais Forte | Tema: medieval, rpg, ficção, fantasia, violência e superação

CONFRONTO FINAL: PRÓLOGO

Depois de anunciado que a final do torneio terá início daqui

a dois dias, todos os presentes no reino foram tomados por uma

ansiedade descontrolada.

Todas as pessoas do reino parecem mais excitadas que o

normal, e comentam freneticamente sobre os possíveis

resultados do confronto, deixando o reino fervoroso.

Essa expectativa em excesso pode tomar grandes proporções

e posso perceber que está afetando até mesmo os participantes,

todos parecem nervosos diante de seu confronto.

Rossard se mostra inquieto e desconfortável, pois pessoas de

todas as partes do reino vão ao seu encontro por curiosidade ou

simplesmente por que querem ver o dragão mais de perto.

É como se ele tivesse se tornado um tipo de celebridade, e

isso deve ser algo novo e inusitado para o dragão.

Ele não deve saber, mas sua raça é vista como as criaturas

mais magníficas que guardam os céus de nosso mundo, e não é

de se imaginar que as pessoas queiram vê-lo de tão perto.

Algumas pessoas querem até tocá-lo, já que não é qualquer

dia que se pode encontrar um dragão, posso até arriscar o

palpite de que essas pessoas o admiram como uma espécie de

divindade.

Já do outro lado, nosso grupo está sendo seriamente

assediado por seus “fãs”, em qualquer lado que eu olhe, vejo

que sempre tem alguém querendo conversar, apertar a mão ou

até mesmo abraçar nossos guerreiros.

Essa é uma situação que eu não esperava que acontecesse em

um torneio como este, ainda mais depois de toda a violência

que ocorreu até agora.

Mas o verdadeiro motivo do Starlight ter dado dois dias para

o início do confronto foi a preocupação de dar uma arena que

favorecesse ambos os lados.

Havia a necessidade de reparo da arena, pois durante o

torneio, ela sofreu grandes danos devido aos fortes impactos

que deformaram toda a paisagem.

Foi simplesmente inevitável que isso acontecesse, mas o solo

que se encontra nesta região é conhecido por ser muito duro, e

por isso que escolhemos este lugar.

Mas tivemos participantes muito poderosos, e, claro, o chão

não suportou tanta pressão, então não há o que fazer, agora é

esperar o período de dois dias até que a arena seja recuperada.

No fim da noite, Augustos chama o nosso grupo para uma

reunião em sua tenda. Ao entrar vejo que todos estão com uma

expressão séria, parece que algo muito importante está para

acontecer.

Augustos: Bem, meus caros amigos, finalmente estamos na

reta final do nosso torneio. Chamei-os aqui para dizer que

assim que o dragão for derrotado, não importando quem seja o

vencedor, eu irei de fato dar-lhe o “despertar de seu poder”.

Então quero um combate justo, pois se o dragão vencer, ele terá

o mesmo direito ao prêmio que todos aqui.

Rei Volon: Quer dizer que, independente de quem vença,

você irá conceber o prêmio?

Augustos: Sim.

Aslan: Por que faria isso, Augustos? Não faz sentido o que

está dizendo.

Augustos: Caro Aslan, para que todos aqui entendam, serei

mais claro. Em paralelo ao nosso objetivo principal, eu quero

alguém, uma pessoa ou criatura que seja capaz de receber este

poder, alguém que se compare a mim. Todos vocês

demonstraram serem capazes de ocupar essa posição, mas essa

“chave”, esse poder só pode ser passada para uma única

pessoa, “a pessoa certa”, então quero realmente que um de

vocês vença. Mas caso o dragão vença, ele pode assumir essa

posição, mas claramente ele pode não querer se aliar a mim, e

isso é uma aposta perigosa que terei de fazer. Em outras

palavras, quero dar continuidade ao poder que meu pai passou

para mim, e para isso preciso de alguém que seja digno desse

poder.

Clover: Augustos, então você deseja que lutemos contra

você?

Augustos: Sim.

Rei Volon: Ainda não entendo o porquê de querer discutir

isso conosco. É só escolher.

Augustos: Não é tão fácil assim, Volon. Dentro do meu clã

existe uma regra na qual eu baseei toda a minha vida e meu

treinamento. Para confiar sua vida nas mãos de alguém, devese testar a coragem e a determinação do guerreiro, pois só se

sabe quem a pessoa realmente é quando a testamos até o limite

de sua razão. E por isso quero que todos lutem contra mim.

Não estou duvidando da lealdade e nem da amizade de vocês,

mas quero que me provem que são dignos de receber tal

responsabilidade.

Aslan: Entendo sua preocupação, Augustos. Garanto que eu

darei tudo de mim para ser digno.

Clover: Farei o mesmo, darei o melhor para ser digna.

Rei Volon: Então está decidido. Mas já vou lhe deixar um

aviso, Starlight, caso um de nós o derrote, e você não queira

passar a “chave”, serei obrigado a tomá-la à força.

Clover: Pai! O que acha que está dizendo!?

Augusto: Não se preocupe Volon. Não irei faltar com a

minha palavra. Eu disse que passarei, então vou passar a chave.

Rei Volon: Ótimo! Então encerramos nossa reunião.

Clover: Perdoe meu pai Augustos. Eu não sei o porquê de ele

ter agido assim.

Augustos: Não se preocupe. Seu pai só quer o melhor para

todos.

E de uma forma inquietante, essa reunião acaba com uma

discussão sobre a decisão tomada por Augustos.

Mas as palavras ditas pelo Rei Volon me fizeram parecer que

o Rei está deixando de confiar nas decisões tomadas por

Augustos, e isso deixou Aslan e Clover, assim como eu,

apreensivos.

Não sei o que se passa na cabeça do Rei, pois ele sempre foi

uma pessoa muito fechada, só espero que nada grave aconteça.

E assim se passam os dois dias, e aquela onda de excitação e

ansiedade que se acumulou. Todos do reino está aqui para

assistir ao combate entre os três guerreiros remanescentes do

Reino dos Ventos e o Dragão Rossard.