Fanfic: Starlight Em Busca Do Mais Forte | Tema: medieval, rpg, ficção, fantasia, violência e superação
LADY DAS ARANHAS LUZANI
Durante esse período de dois dias que antecedem o torneio,
decidi investigar o paradeiro da criatura que não apareceu.
Peço ao Augustos permissão para partir em uma expedição
ao pântano de Solari, pois descobrir o motivo da criatura
Luzani não ter vindo para o torneio é algo essencial e
importante.
Mas antes de minha partida, peço ao Augustos um favor:
que encontrasse alguém que pudesse descrever os detalhes dos
combates, já que estarei longe quando o torneio começar e não
sei quanto tempo ficarei fora.
Afinal, quero colocar esse registro do torneio em meu livro
quando tudo isso estiver acabado.
E então sigo em direção ao continente central, a viagem
durou três longos dias, e então, logo depois, ao chegar ao porto
do Rio Bravo, minha expedição segue em direção ao Pântano de
Solari gastando mais um dia de viagem a cavalo.
Ao chegar às fronteiras, fomos em direção ao altar de
oferendas e bolamos um plano para atrair a criatura, pois nosso
objetivo é atraí-la e capturá-la para mais tarde revelar os
mistérios que envolvem essa criatura.
Mas, estranhamente, eu sinto estar sendo vigiado por todos
os lados, como se algo estivesse nos seguindo, e essa sensação
vai além de uma mera desconfiança.
Mas deixando essa sensação de lado, chegamos à mesa das
oferendas, trouxemos bastante coisa: animais, objetos de prata,
tecidos e comida em abundancia. Só espero que isso atraia a
atenção dela.
Ao arrumar todas as coisas na mesa, surge então a surpresa:
nada! Ficamos esperando durante três dias, e nem um
movimento sequer no pântano.
Chego a pensar que, ou a criatura está esperando que a gente
desista, ou que essa criatura é apenas um mito.
E quando menos esperávamos, a armadilha que estava na
mesa das oferendas dispara!
Corremos até a armadilha para conferir o que tínhamos
capturado, e, ao olhar, tivemos uma surpresa realmente
fantástica.
Havia uma “criança”! Mas não uma criança qualquer. Ela
possuía patas de aranha! Seus braços e pernas eram envoltos
por uma pele escura e reluzente, muito bela e impressionante.
Os homens ficaram nervosos ao verem a criatura pendurada
na rede, eles não sabiam como reagir diante dela. A primeira
coisa que fizeram foi apontar as armas para a pobre criança.
Isso me pegou de surpresa! Rapidamente pedi que todos
abaixassem as armas. Então me aproximei da rede e perguntei
se ela era quem chamavam de Luzani.
Ela ficou em silêncio. Dava para ver em seus olhos o medo
de estar diante de estranhos e de ser ferida por nós. Foi então
que reparei na comida da mesa de oferendas, ela comeu um
monte!
Ela estava faminta, todos estavam chocados e tinham medo
da pequena criatura, mas olhando para aqueles olhos cheios de
medo, não podiam simplesmente tratá-la como uma ameaça.
Então me aproximei mais e cortei
a corda da armadilha, liberando a
jovem. Ela rapidamente larga as
frutas e corre em direção a uma
árvore e se esconde.
Logo depois vejo que ela está me observando com o ar de
curiosidade. Peço para que os homens me deixem ir até ela
sozinho, mas eles temem por minha segurança e não querem
que eu me aproxime dela.
Temem que ela me ataque e me mate pelo fato de estar com
medo e de representar uma ameaça a ela. Convenço-os a me
deixar ir, e ao me aproximar novamente da jovem,
cautelosamente pergunto: “Você está bem? Está ferida? Como
se chama?” Ela me reponde que seu nome é Eluzia, que ela está
bem. Pergunto a ela quem é Luzani.
Ela responde que foi a antiga rainha de seu povo e que ela
havia falecido há muitos anos devido a uma obsessão por uma
joia rara que estava em uma antiga ruína no pântano, e que
havia se ferido mortalmente em uma armadilha enquanto
tentava pegá-la.
Ao mencionar “seu povo”, então percebo que no pântano
não havia apenas uma criatura, havia várias, um povo formado
por criaturas como ela.
E penso que o motivo de ninguém tê-las visto é porque
enquanto uma distraia os visitantes, a outra pegava as
oferendas e assim faziam todos que tentavam atraí-las de
bobos.
Fiquei intrigado com essa nova espécie, mas espere um
momento! Se ela está aqui, onde será que estão as outras? E, de
repente, somos cercados por várias dessas criaturas e somos
rapidamente neutralizados.
Nem tivemos chance de agir perante seu ataque rápido.
Fomos enrolados em grandes bolsas e levados para sua vila.
Ao sermos colocados diante de sua líder, ela se direcionou a
mim.
Rainha Venox: Quem ousa invadir nosso território e capturar
a princesa de nosso reino? Acha mesmo que sairão com vida
depois dessa afronta!?
Almir: Não viemos afrontar ninguém, minha Rainha. Viemos
em busca de respostas.
Rainha Venox: Sobre o que estão procurando respostas?
Almir: Sobre uma criatura chamada Luzani.
Rainha Venox: O que deseja saber sobre nossa ex-rainha?
Almir: Bem, é que até o presente momento, nós não tínhamos
nenhum conhecimento sobre Luzani e seu povo. Em nenhum
lugar do mundo existia sequer um documento sobre suas
características, sua forma de vida, entre outras coisas. E isso
despertou minha curiosidade sobre como seria o povo de Solari,
e foi então que descobri ao me reunir com amigos no
monastério do Monte da Luz, que havia uma criatura com o
nome de Luzani que habitava essas terras há muito tempo, e
que ninguém jamais havia visto seu rosto. Isso criava boatos
que tal criatura era famosa por matar e comer homens nas
fronteiras do seu território. Houve relatos do desaparecimento
constante do gado de muitos pastores da região. E é claro, há
algumas semanas ela foi convidada a participar de um evento
que está ocorrendo no Reino dos Ventos. Você, como Rainha,
poderia ter respondido ao convite.
Rainha Venox: Sobre a nossa ex-Rainha, havia realmente o
boato de que ela matava homens, mas não era para comê-los.
Ela criava essa reputação para afastar estranhos com más
intenções de nosso território. E isso causou consequências, por
causa desses boatos de uma criatura comedora de homem neste
lugar, muitos aventureiros vinham para derrotar o “monstro”,
mas acabavam sendo mortos pela própria Rainha. E sobre o
convite, nós o recebemos em nossa mesa de pedra, mas
recusamos a participar de tal evento, pois nossos interesses
estão totalmente voltados para nossas terras.
Almir: Entendo sua posição. Posso perguntar seu nome,
minha Rainha?
Rainha Venox: Meu nome é Venox.
Almir: Rainha Venox, me chamo Almir, mas, sem querer
ofendê-la, por que não nos matou assim que nos avistaram em
suas terras? Já que nós entramos sem permissão em busca de
seu povo?
Rainha Venox: Minhas guardas viram o desenrolar do que
aconteceu na mesa de pedra, que vocês capturaram a princesa,
e que elas estavam prontas para atacar e matar todos. Mas elas
viram você soltar a princesa, e que você se preocupou com sua
segurança. Então elas resolveram trazê-los para mim. Eu
mesma queria saber o que vocês pretendiam em minhas terras,
principalmente trazendo tantas oferendas. Vejamos isto: peles
de animais, frutas, especiarias, perfumes, coisas que muitos
nobres apreciam.
Almir: Sendo sincero, Rainha Venox, os suprimentos eram
para atrair Luzani, mas nos deparamos com algo realmente
inusitado. Encontramos seres de muita inteligência e que
possuem sua própria cultura, moradia e estilo de vida, mas não
pude deixar de reparar em algo. Depois de ver aquela criança
toda suja de comida, percebi que seu povo deve passar por
muitas dificuldades com a escassez de comida nessa região
árida. Mas nosso principal objetivo era apenas conversar, e ao
descobrir que existe um povo aqui, me faz querer saber ainda
mais sobre vocês. E por fim acabamos com o mito da criatura
comedora de homem.
Rainha Venox: O que fará agora que sabe de nossa
existência? Trarão mais homens e armadilhas para nos
capturar?
Almir: Não! De forma alguma! É extremamente o oposto
disso. Estamos formando uma aliança com os povos de cada
continente, convidando para que todos se unam para dar um
fim nas guerras que estão constantemente destruindo
civilizações. Quero, acima de tudo, preservar e proteger todas
as raças que existem neste mundo, pois acho injusto que
criaturas como eu e você, sofram em prol da guerra criada por
pessoas que buscam enriquecer e crescer na vida usando
pessoas inocentes como degraus.
Rainha Venox: Muito nobre de sua parte Almir. Admiro sua
determinação, se prometer que ajudará meu povo, aceitarei com
prazer em me juntar a sua aliança. Mas primeiro devo resolver
o problema mais urgente para meu povo, estamos sofrendo por
falta de alimentos e recursos.
Almir: Espere! Não seja por isso! Fique com nossos
suprimentos, acredito que isso será o suficiente até nosso
retorno, não pretendo deixá-las em dificuldade, me recuso a
deixar isso desta maneira, ainda mais agora. Ou então venha
conosco!
Rainha Venox: HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! Aprecio sua vontade,
Almir, mas não podemos deixar nossas terras, por hora o que
nos foi oferecido já é o suficiente, aguardaremos ansiosas por
sua volta. Você promete?
Almir: Sim.
Rainha Venox: Como prova de minha confiança, permitirei
que uma de minhas guerreiras o acompanhe. Esta é Sora, minha
guerreira mais promissora, ela irá com você. Cuide bem dela e
ela cuidará bem de você.
Nossa expedição foi um sucesso! Nós alcançamos nosso
objetivo, com a descoberta do povo de Solari e a confiança da
Rainha Venox depositada em minhas mãos, a chance de firmar
seu povo na aliança fez com que a chama da esperança por um
mundo sem guerras brilhasse ainda mais forte em meu peito.
Agora meu dever é voltar para o Reino dos Ventos, relatar
nosso progresso e acompanhar os confrontos do torneio.
Autor(a): acdellorto
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O TORNEIO SANGRENTO Nossa expedição retorna ao Reino dos Ventos com boas notícias. Estou ansioso para contar minha aventura para os outros, e não posso esquecer que o torneio já começou. Preciso saber como estão as coisas. Ao chegar na arena percebo um ambiente muito “pesado” e sombrio, todos que estão ...
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