Fanfic: Tu amor - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

No dia do museu após reencontrar Dulce, quando cheguei em casa percebi que ela tinha me pregado uma peça, eu havia dito pra ela que não queria esperar mais uma semana pra vê-la de novo, e ela me disse onde poderia encontra-la aos sábados, ou seja, de todo jeito eu teria que esperar uma semana inteira pra vê-la já que quando nos reencontramos foi num domingo. Que menina danada!

Quando me toquei da pegadinha que ela me armou pra mim ri como um retardado, por alguma razão esse jeito da Dulce me encantava desde do dia que a conheci. Aguentei uma semana inteira, até que o sabádo chegou, enfim eu a veria novamente. 

" Ei, onde  você pensa que vai  Christopher ? " Mamãe pergunta quando me vê caminhando até a porta 

Eu me viro e a encaro " preciso sair " 

" Ah, você precisa sair ? e posso saber onde meu filho de 16 anos precisa ir  ás ... " Ela pega o celular e olha a tela " ...ás 6 da manhã da um sábado " ela me encara estreitando os olhos " onde vai Christopher ? " 

Suspiro, e passo a mão nos meus cabelos " são coisas minhas mamãe " 

" Coisas suas ? que coisas suas ? " ela insiste 

" Coisas minhas são coisas minhas ué, eu tenho mesmo que contar tudo que faço pra senhora ? " Pergunto na defenciva 

" Bom, tendo em vista que é meu filho e que é menor de idade ... " 

" Mamãe não é nada ilegal se esse é seu medo, eu só vou encontrar uma amiga ok  ?" Digo dando de ombros 

" Muriel ? " Mamãe questiona 

" Sim mamãe, Muriel " digo fazendo uma caretinha

" E onde esta Christian ? ele não vai com você ? " ela pergunta

Bufo " não, ele deve estar domindo ainda, qual é o problema ? não posso ir sozinho ? não posso mais encontrar meus amigos ? a senhora e o papai vão me manter e cárcere privado agora ? " pergunto colocando as mãos na cintura. 

" Ninguém nessa casa te mantêm em cárcere privado Christopher " Ela diz séria 

" Não é o que parece, desde o lance da manifestação papai não sai do meu pé, ele não me deixa ir ao clube, não me deixa ir nas festas que meus amigos me chamam, só posso ir de casa pro colégio e do colégio pra casa " Reclamo 

Mamãe suspira, e se aproxima tocando meu rosto " fazemos isso pelo seu bem querido, seu pai ainda esta mal visto na mídia, alguém pode querer fazer algum mal pra você pra atingir ele " 

Dou um riso irônico " como se isso fosse atingir ele, se querem atingir meu pai tem que atingir algo que ele se importe como a bendita empresa " rebato 

" Não gosto quando você insinua que não é importante pro seu pai, e muito menos quando insinua que não é importante pra mim " Mamãe diz com a voz embargada " você me magoa Christopher, me magoa muito por que não há nada nesse mundo que eu ame mais que você meu amor, e você sabe bem disso " 

Respiro fundo, e desvio os olhos " me desculpa mamãe, eu não queria te chatear " 

" Se pergunto onde vai é por que me preocupo " Ela afirma 

" Eu sei, eu sei " a encaro " mas, pode ficar tranquila ok ? eu vou ficar bem, só vou mesmo dar uma volta " comento 

Mamãe assente e se afasta " tudo bem, não vou te impedir, tudo que eu peço é que tome cuidado ok ? as coisas na mídia não estão nada boas em relação ao seu pai, pensavamos que tudo ia se acalmar nessas semanas mas, parece que só piorou, tome cuidado " aconselha, e eu assinto. 

Olga entra com um pacote em mãos "  poder ir pode mas, não vai sem o café da manhã " me estende o pacote " é seu sanduíche preferido " diz sorrindo 

Pego o pacote e dou um sorriso " obrigado Olga, eu já vou indo, não se preocupem, vou ficar bem, nos vemos mais tarde " eu aceno pra elas, e caminho até a porta saindo. " Bom dia Esteban " 

Esteban estava lavando o carro, e se vira pra encarar " bom dia menino Uckermann, madrugou hoje e " 

" Pois é, preciso ir a um lugar, tenho um compromisso " digo 

" Quer que eu o leve ? " Esteban pergunta fechando a mangueira 

Analiso o carro " não, não, eu vou andando mesmo, é bem perto, é no parque central " digo dando de ombros 

" Andando ? tem certeza menino Uckermann ? talvez não seja conveniente " Esteban comenta 

Sorriu " tenho certeza, não se preocupe, qualquer coisa eu ligo pra você ok ? " Esteban assente " tenha um bom dia Esteban " desejo, e me caminho pra longe. 

Caminhei por quase 10 minutos, o parque era perto de casa por sorte, conforme ia me aproximando eu ficava nervoso. Observei um bom grupo de pessoas com blusas verdes, algo me disse que Dulce estaria no meio daquelas pessoas, então me aproximei devagar. Eles estavam com mudas de plantas nas mãos, alguns cavando o chão e plantando, sorri ao vê um menininho todo animado plantando sua pequena árvore. 

" Espero que esteja disposto a colocar a mão na terra " a voz dela diz em minhas costas 

Abro um sorriso, e me viro, me deparo com Dulce sorrindo, ela também usava uma blusa verde como as outras pessoas " então, seu trabalho aqui é plantar arvóres ? " pergunto, ela assente e dou um riso " parece que além de se amarrar em árvores pra salva-las, você também as planta " digo bem humorado

Ela ergue uma muda que tinha nas mãos " é, parece que sim " Ela desvia o olhar pras pessoas que plantavam suas mudas " o projeto se chama por um mundo melhor, e é basicamente isso, plantar árvores que daqui a uns anos estarão grandes e ajudarão o planeta " diz, e volta a me olhar " e como eu disse, espero que esteja disposto a colocar a mão na terra " 

" Eu estou, eu com certeza estou " afirmo ansioso 

Dulce ri " então, temos que procurar um lugar pra plantar essa aqui " ela diz, e olha ao redor " pior que não vejo onde possa ser " comenta 

Eu olho ao redor atento " olha, daquele lado não tem ninguém, podemos plantar ela ali não acha  ?" pergunto 

Dulce observa o lugar que indico, e sorri " sim, é um bom lugar, toma segura a muda, eu vou pegar as pazinhas pra cavarmos " diz, me entrega a muda e se afasta, a observo conversar com uma mulher, e pegar duas pazinhas, depois ela se aproxima " vamos ? " pergunta 

" Vamos " afirmo, e caminho ao lado dela até o lugar que indiquei " prontinho " coloco a muda e o pacote que Olga que deu no chão, e me sento 

Dulce se senta do meu lado " Marque bem o lugar " ela diz me entregando uma das pazinhas

Estreito os olhos " por que ? "  pergunto confuso 

" Como por que ? não é obvio ? daqui uns anos você pode estar passeando nesse parque, e ai vai encontrar a árvore que plantamos, ela vai estar enorme, com seus galhos fortes, e suas folhas terão uma cor de verde única, você vai toca-la e e uma emoção vai te encher, e sabe por que essa emoção vai aparecer ? " pergunta, e me encara, nego com a cabeça a observando com carinho " essa emoção vai aparecer por que você vai lembrar de quando ela era isso " ela pega a muda nas mãos " e você vai se sentir especial por ter sido quem a plantou, por ter sido quem a ajudou a crescer, quem a ajudou a ser aquela bela e enorme árvore, a sua árvore  " sussurra 

Eu abro um sorriso pra Dulce " então vamos logo plantar ela, por que eu quero muito um dia voltar aqui e sentir tudo isso que você disse mas, tem uma coisa "

" O que ? " ela pergunta

" Não quero lembrar dela como minha árvore, quero lembrar dela como nossa árvore, a árvore que plantamos juntos  " comento, e estendo a outra pazinha pra ela, que abre um enorme sorriso ao pegar.