Fanfic: Tu amor - Vondy | Tema: Vondy

Christopher 

O dia não podia ter começado de pior forma, Christian estava extremamente abalado, todos nós estavamos, até mesmo meu pai. Victor Uckermann era um homem durão, muitas vezes conseguia ser até cruel mas, quando o assunto era seu irmão Otávio Uckermann ele mudava completamente.

Meu tio sempre foi a pessoa mais importante na vida do meu pai, os dois eram grudados, um não fazia nada sem consultar o outro, um não viajava sem que o outro fosse junto, perdê-lo fez meu pai se perder um pouco, e descobrir depois de 10 anos que seu irmão foi assassinado o deixou destruído. 

Passei a manhã com Christian, queria fazê-l o se sentir bem mas, nada adiantou, ele estava péssimo e eu não sabia como ajuda-lo, mamãe se encarregou de conversar com ele. Papapai tomou o café  e foi pra empresa, ele não disse nenhuma palavra como sempre, eu me aprontei e segui até a praça com sorte veria minha namorada e ai podemos matar a saudade dela. 

" Ei, namorada " digo sorrindo ao vê Dulce se aproximar 

Ela suspira, e se senta do meu lado " oi namorado " diz, e vejo suas bochechas corarem " eu ainda não acredito que você fez tudo aquilo " 

" E eu ainda não acredito que sai de lá ensopado " digo, e nós dois rimos " sabe o que também não acredito ? " 

" O que ? " ela pergunta 

" Que você tenha me dito sim " Eu ergo a mão e acaricio seu cabelo colocando uma mecha atrás da orelha 

" Eu seria muito louca se tivesse dito não " afirma, me deixando sorridente " eu amei seu pedido sabia ? " pergunta 

Dou um risinho " poderia ter sido melhor se Christian não ficasse me interrompendo " 

" Ele deixou tudo mais divertido, falando nele, por que não veio com ele ? eu gostaria de conhecer ele oficionalmente " comenta 

Suspiro " ele não ta muito afim de sair de casa, esta trancado no quarto " 

" Por que ? " ela pergunta curiosa 

" Descobrimos uma coisa séria relacionado ao acidente dos meus tios, ao que parece não foi bem um acidente, meus tios foram assassinados pequena, e essa descoberta deixou meu pai e Christian muito abalados " comento 

Dulce me olha surpresa " nossa, mas, não entendo, como vocês descobriram isso depois de tanto tempo ? quando aconteceu você me disse que tinha 6 anos não ? " questiona 

" Sim, eu e Christian tinhamos 6 anos, se passou 10 anos até descobrimos o que realmente aconteceu, uma testemunha apareceu, parece que essa testemunha presenciou tudo " 

Dulce estreita os olhos " por que só apareceu agora ? " pergunta confusa 

" Acho que devia ter medo, não sei pequena, só o que sei é que tudo mudou, meus tios foram mortos e meu pai com certeza vai fazer de tudo pra descobrir quem fez isso " afirmo, Dulce assente se mantendo calada, toco seu queixo " ei, o que houve ? você não parece bem " 

" Desculpa, você esta passando por um momento complicado, deve querer que eu te distraia e eu aqui com cara de enterro " Dulce comenta negando com a cabeça 

" Não, não precisa me pedir desculpas, apenas me diz o que esta te deixando com essa carinha " peço 

Dulce passa a mão no cabelo " eu me lembrei da minha mãe " 

" Mesmo ? como foi isso pequena ? " Pergunto surpreso 

Dulce abaixa o olhar " Vi o ursinho da Maria, o peguei e me lembrei, eu tinha um igual quando a mulher me levou ao hogar, era meu brinquedo predileto, eu lembro, e quando peguei a pelúcia as imagens vieram na minha mente, mas, não eram imagens boas Christopher " diz com a voz embargada 

Sinto meu coração apertar, ao vê-la triste " o que era ? " 

" O acidente, na verdade não tenho certeza se foi realmente um acidente, eu era bem novinha, as imagens vieram um pouco borradas na minha mente mas, mamãe estava lá, eu me lembro da voz dela pedindo pra que a mulher que me levou ao hogar me salvasse, me lembro dela dizer que meu nome era Dulce ... " ela faz uma pausa, e ergue o rosto me encarando " ... eu ainda tinha esperança de que meus pais pudessem estar vivos, de que a mulher que me deixou no orfanato fosse minha mãe, e que ela tinha feito isso por que não podia me sustentar mas, quando essas imagens apareceram, toda essa esperança foi embora e a ficha de que estou sozinha caiu " 

Nego com a cabeça, e seguro o rosto dela limpando suas lágrimas com carinho " não, não meu amor, você não esta sozinha, você tem suas amigas e agora tem a mim, você nunca vai estar sozinha " afirmo 

Dulce dá um sorriso entre as lágrimas " você me chamou de amor " diz 

Faço uma caretinha " é, eu chamei, fiz mal ? " 

" Não, não, eu amei " ela afirma, e isso me faz abrir um pequeno sorriso " bebê, você sempre vai estar comigo ? " pergunta 

Observo Dulce com cuidado, seus lábios estavam trêmulos, e seus olhos castanhos marejados, sua bochecha vermelhinha " Dul, eu sempre vou estar com você, sempre ... " Acaricio seus cabelos " ... Você não esta sozinha, e nunca vai estar, eu te prometo " 

Ela abre um pequeno sorriso assentindo " obrigado " 

" Pelo o que meu amor ? " pergunto 

" Por gostar de mim " ela responde 

Dou um riso " seria impossível não gostar de você, é perfeita Dulce, completamente perfeita " afirmo.

Me inclino pra pressionar meus lábios aos dela, no estante que nossos lábios se conectam Dulce solta um pequeno suspiro, como se estivesse se segurando pra isso a muito tempo, minhas mãos vão pro seu pescoço, enquanto eu aprofundo nosso beijo. Nos afastamos minutos depois após a falta do ar, eu beijo sua testa com delicadeza, e a puxo pra um abraço apertado. 

Eu gostaria de ficar mais tempo com Dulce mas tinha que ir na casa de Poncho, fazer um trabalho em grupo, faria o possível pra conseguir fazer também a parte de Christian. Quando cheguei todos já estavam lá, procurei não contar nada sobre a ausência de Christian, era um assunto pessoal demais, e quando ele estivesse pronto contaria aos nossos amigos. 

Após um tempo, me levantei e fui até a cozinha me servi de um pouco de água, enquanto enchia o copo, observei Muriel entrar " é incrível como você é inteligente, além de fazer sua parte esta fazendo a do Christian que esta na farra, com certeza" ela diz 

Bebo um gole de água " ele não esta em farra Muriel, já disse, se ausentou por problemas pessoais " 

Muriel suspira " eu sei, me desculpa " assinto fazendo pouco caso, Muriel bufa "  Christopher até quando vai me ignorar ? " 

" Não estou te ignorando, estou te respondendo " rebato, e abro a geladeira guardando a jarra de água 

" Você sabe do que estou falando, desde daquela noite em que dançamos juntos você anda me ignorando, ignora minhas ligações, mal troca palavras comigo, esta me torturando" ela reclama 

Me viro a encarando " reformule sua fala, foi desde da noite que dançamos juntos e você me beijou, o que você estava esperando que iria acontecer depois daquilo ? " questiono sério 

Muriel dá um riso de nervoso " pega leve Christopher, eu não beijo tão mal assim " resmunga 

" O problema não é esse Muriel, o problema é que você não devia ter feito isso, não sem minha permissão, não sem meu consentimento " 

" Esta dizendo que não queria me beijar ? "  pergunta incrédula 

" Sim, é isso que estou dizendo, olha ... " respiro fundo, passando a mão no rosto " ... eu gosto de você, gosto de verdade mas, não é da maneira que você quer, eu gosto de você como amiga, só isso, e eu gostaria muito que você pudesse aceitar isso numa boa Muri por que não quero perder sua amizade " 

Muriel me olhava chocada " eu ... mas ... você e eu ... " 

" Não existe você e eu Muri, nunca vai existir " digo a interrompendo " eu gosto de outra garota, esotu apaixonado, estou namorando e preciso que entenda isso ou vamos ter que deixar de ser amigos, e eu não quero isso " falo sincero. 

Muriel me olha uns segundos surpresa, e então se vira e sai, suspiro me escorando no balcão, até que vejo Mai na porta sorrindo " quer dizer que você esta namorando " comenta 

" Eu ia te contar " digo 

" Claro que ia " Mai ri, e se aproxima me abraçando " quero que me conte tudo, e que me leve até Dulce também, eu adorei ela " afirma, e dou um sorriso assentindo.