Fanfic: Tu amor - Vondy | Tema: Vondy

Dulce 

Christopher estava diante de mim, no mesmo lugar que um dia plantamos uma árvore juntos, no mesmo lugar que eu lhe disse que voltariamos e veriamos nossa árvore já grande. Ele parecia ter visto um fantasma, estava pálido, com os olhos arregalados, não se moveu ou disse nada, seus olhos estavam focados em mim, e eu podia notar que estava respirando ofegante pela forma que seu peito subia e descia. 

Aproveite o tempo pra admira-lo, Christopher estava lindo, ainda mais lindo do que era quando namoravamos, seu corpo parecia bem mais desenvolvido, ele adquiriu musculos, podia notar pela camiseta que já estava molhada o suficiente pra colar em seu corpo, sua barba rala lhe dava um ar de sexy, a única coisa que podia jurar que não havia mudado era seu olhar, o Christopher que eu conhecia estava preso naquele olhar, o olhar que eu desejei rever durante todo esse tempo. 

Christopher abriu a boca e a fechou em seguida, parecia buscar as palavras certas pra dizer, a chuva não deu tregua, continuava a cair forte, os pingos deslizavam pelo rosto dele, o deixando ainda mais atraente, eu mordo os lábios procurando me controlar diante dele. 

" Quando ... " ele nega com a cabeça, e passa a mão no rosto molhando " ... quando voltou ? " pergunta

 Passo a mão nos meus cabelos ensopados " hoje, praticamente acabei de chegar " digo, engulo a seco " você esta bem ? " 

Christopher ri irônico " se estou bem ? você foi embora, você ficou fora por anos e quando volta o primeiro que me pergunta é se estou bem  ? " pergunta, podia notar um fogo em seu olhar 

" Christopher, aconteceu muita coisa ... " 

" Sim, aconteceu muita coisa Dulce " ele rebate me interrompendo, e se vira ficando de costas pra mim, passa a mão nos cabelos, parecia tentar se controlar " aconteceu muita coisa, entre tudo o que aconteceu você me deixou " diz baixo 

Me aproximo cautelosa, e toco seu ombro " Christopher, você sabe que eu tinha que ir, era minha familia, era importante pra mim " sussurro 

" E eu ? " ele se vira, e prendo a respiração notando nossa aproximação " eu não era importante ? " pergunta entre os dentes, não tinha certeza se estava chorando ou estava prestes a chorar, as gotas forte da chuva faziam minha visão ficar turva. 

" Claro que era, claro que era, era muito mas, eu também era de menor, tinha só 15 anos Christopher, não podia decidir meu destino entende ? não dependia de mim " digo sentindo meu coração bater forte 

" E você nem tentou, você simplesmente aceitou ir Dulce, você não demonstrou nem por um segundo que não queria ir pra longe, você não lutou por mim, não ficou do meu lado " ele acusa 

" Você esta sendo injusto " digo 

" Eu ? eu sou injusto ? " ele questiona apontando pra si mesmo, em meio a um grito 

" Não pode afirmar que eu não queria ir, eu estava dividida Christopher, foi a decisão mais difícil que já tive que tomar na vida, será que não entende ? acha que eu não sofri ? acha que eu queria deixar você e meus amigos ? não, eu não queria, mas, o que podia fazer ? sempre sonhei em estar com minha familia Christopher, e não sabe o quanto me doeu ter que abdicar do nosso namoro e das minhas amizades pra realizar isso " digo com a voz embargada " eu não queria, eu juro que não queria te perder, eu te amava, você foi o primeiro em tudo, o meu primeiro amor, o meu primeiro beijo, meu primeiro homem, não foi fácil ir, não foi e não é justo, não é justo que você diga que eu queria ir, não é justo comigo " choro, e dou tapas eu seu peito, o empurrando. 

Christopher seguras minhas mãos, e me encara, eu abaixo a cabeça chorando " por que ? " pergunta, eu ergo os olhos pra ele " por que sempre tem que bater ? " pergunta e dá um sorriso. 

" Eu sou bruta " digo, e vejo ele dá uma pequena risada 

Dou uma risada entre as lágrimas, e ele me surpreende me puxando pra um abraço apertado, eu respirava ofegante mas, podia sentir minha respiração se acalmar conforme Christopher me apertava mais em seus braços. Inspirei e pude sentir seu perfume, o perfume que eu tanto amava, dei um meio sorriso aproveitando a sensação boa que era estar com ele. 

Christopher se afasta e acaricia meu rosto " temos que sair daqui, ou vamos acabar ficando doentes " comenta 

Eu respiro fundo e assinto " sim, claro " 

" Meu carro esta estacionado logo na entrada, vem comigo, pelo menos não vamos estar na chuva " argumenta, eu viro o rosto pra olhar a árvore, e depois o encaro novamente, ele sorri " eu sei, esta enorme não ? " 

" Sim, esta " dou um meio sorriso " sentiu ? sentiu o orgulho que eu disse que sentiria ? " pergunto 

" Sinto todas as vezes que venho aqui eu sinto " sussurra, e pigarreia " podemos ir ? " pergunta 

" Claro " digo, e caminho ao lado dele em direção a entrada do parque. 

Christopher coloca a mão no bolso, tirando a chave, ouço as portas detravarem " anda, entra " diz 

Faço uma careta " eu vou molhar seu carro inteiro " 

" E você acha que eu não vou ? " ele diz irônico, e então abre a porta do motorista " anda, entra ai, não se preocupe com isso " afirma,e entra 

Eu olho pros lados, e abro a porta do carro, entro, Christopher se estica pra pegar algo no banco de trás, e quando volta a se recostar no banco, me estende uma pequena toalha, eu pego e seco o rosto " Por que você anda com uma toalha do ben 10 no carro ? " pergunto, e estreito os olhos vendo um brinquedo no canto do meu banco" e com um briquedo ? " pergunto,e pego o brinquedo " você tem filhos ? " minha voz dá um tremida ao perguntar 

Christopher ri " o que ? não, não, isso é obra do Christian " ele pega o brinquedo da minha mão e joga no banco de trás " ele vive deixando o carro dele no concerto, então sempre pega o meu emprestado, e este é o resultado por ser um bom primo, ele deixa tudo bagunçado " resmunga, e pega a tolha secando o rosto e os cabelos 

" Então, Christian tem filhos " comento 

" Sim, ele tem um menino de 3 anos, se chama Felipe, e é tão arteiro e safado quanto o pai " Christopher diz dando um riso, podia notar o seu amor pelo menino " o garoto nem tem 4 anos e já deixa Mai enlouquecida " 

Olho surpresa pra " Mai? Mai é a mãe ? " 

" Sim, ela é a mãe, já tem uns anos que ela e Christian estão juntos, são felizes e se amam é o que importa " ele responde, e bati no volante, olhando pra frente " por que voltou ? " 

Pigarreio, e me remexo inquieta no banco " tenho coisas pra resolver " 

" Que coisas ? " pergunta novamente 

" Então, você não tem filhos ? " pergunto, tentando mudar o assunto 

Christopher vira o rosto pra mim " eu não já respondi essa pergunta ? " questiona 

Dou de ombros, desviando os olhos " respondeu ? eu nem me liguei que tinha perguntado" 

" Dulce, que coisas são essas que precisa resolver ? " ele insiste na pergunta 

Estreito os olhos " isso é um interrogatório ? " 

" Você pode me fazer perguntas e eu não ? é isso ? " ele rebate 

" Eu não fiz nenhuma pergunta " me defendo 

" Claro que fez, você perguntou 2 vezes se tenho filhos, e não, a resposta é não " ele afirma, e mordo os lábios " agora que eu te dei uma resposta, por que você não me dá outra ? " 

Engulo a seco " não é o momento Christopher, na hora certa iremos conversar " 

" O que ? " 

" Eu tenho que ir agora " eu vou abrir a porta, e ele a trava, o encaro " Christopher destrava a porta " peço 

" Você não vai sair daqui assim, não sem conversarmos " Christopher diz sério 

" Eu já disse que na hora certa vamos conversar, tem muitas coisas que quero te dizer mas, agora não é a hora " afirmo 

" Então quando é a hora Dulce ? " 

Suspiro " olha, eu realmente preciso, estou na cidade com minha prima e ela ja deve estar loua por que sai dizendo que ia comprar algumas coisas e ainda não voltei, te juro que na hora certa vamos conversar mas, não pode ser agora, pra conversa que vamos ter vamos precisar estar calmos e num lugar melhor do que dentro do seu carro no meio da rua " argumento 

Ele respira fundo, e destrava o carro, eu abro a porta mas, antes de sair sinto ele agarrar meu braço " é bom que essa conversa aconteça Dulce " diz 

Assinto " vai acontecer, tem coisas que não podem deixar de ser ditas, até mais Christopher "digo, ele assente me soltando, eu saiu do carro, bato a porta, e atravesso a rua correndo em direção ao mercado.