Fanfic: Reencontros (Vondy, Ponny e Chaverroni) | Tema: RBD

No hospital, Dulce estava na sala de observação com Victória quando Anahí entrou.

Anahí: Como ela está? - aproximou-se e Dulce deu espaço para que a irmão se aproximasse da filha que dormia após a medicação - Já falaram o que houve? 

Dulce: Uma intoxicação alimentar. Deve ter sido algo que comeu no colégio. - Anahí assentiu concordando. - Mas depois da medicação ela melhorou muito, até conseguiu dormir.

Anahí: É bom que descansa. - deu um beijinho na testa da filha e afastou-se - Não sabe o que aconteceu. - Dulce a olhou atenta - Ou melhor, quem eu encontrei lá no shopping. 

Dulce: Não me diga que...

Anahí: Alfonso. 

Dulce: Está brincando. - Anahí negou - O que está acontecendo com eles?

Anahí: Fiquei muito nervosa quando me ligou, acabou que ele quem veio dirigindo. 

Dulce: Ele quem te deixou aqui? - Anahí assentiu. - Annie, como confiou?

Anahí: Ele não está maluco de vir aqui, Dul. - era o que esperava - Ficou lá embaixo.

Dulce: Bom, se você confia. - deu de ombros. 

Uma, duas. Exatamente três horas depois. Alfonso já estava impaciente. Era evidente que Anahí ainda não havia saído do hospital, ele passou exatas três horas com o olhar vidrado naquela porta. Não tinha um telefone para o qual pudesse telefonar para buscar informações sobre a menina, então levantou-se e foi até a recepção, conseguiria algo lá, tinha certeza.

R: O senhor é...

Alfonso: Sou o pai dela. - disse tão certo que era impossível alguém duvidar de sua palavra. 

R: Certo. - mais alguns segundos e a mulher entregou o adesivo a Poncho, informando-o em seguida andar e número do quarto onde Victória estava em observação.

Em questão de segundos, Alfonso já estava á frente do quarto, conferiu o prontuário na porta e sim,estava correto. Bateu na porta levemente antes de abri-la, porém, não obteve resposta. Bateu novamente e nada. Então a abriu aos poucos, buscou Anahí ou Dulce com os olhos, mas não as encontrou, entrou e fechou a porta atrás de si. Aproximou-se de Victória que dormia, como era linda, parecia uma bonequinha, a cópia de Anahí, mal imaginava Alfonso que suas características, gostos e gênio, eram tais quais os seus. A admirou por alguns minutos com lágrimas nos olhos, como pôde ser tão omisso, tão covarde a ponto de abandonar sua filha, naquele momento sentiu-se o ser mais desprezível do mundo. Victória abriu os olhos com dificuldade, a medicação forte havia a deixado sonolenta, quase grogue.

Vick: Onde está minha mãe? Tia Dul? - as procurou pelo quarto - Quem é você? 

Alfonso sequer conseguia mencionar alguma palavra, aquilo a deixou ainda mais nervosa.

Alfonso: Perdão, não quis te assustar. - disse por fim, aquelas palavras lhe saíram rasgando, sentia-se extremamente mal. - Me perdoa. - apertou os lábios na tentativa de ser forte e evitar chorar ainda mais.  

Vick: Quem é você?

Alfonso: Eu...Eu sou seu pai. - soltou e a menina negou - Me perdoa.

Vick: Isso não é verdade. Meu pai não estaria aqui, nunca quis saber de mim, ele jamais viria. - aquelas palavras foram e eficazes para dilacerar o coração de Alfonso.

Alfonso: Eu sinto muito por ter perdido tanto tempo, por não haver sido o pai que eu acho que deveria ser. - desabafou. 

Vick: Não está brincando comigo? - duvidosa - Onde está minha mãe?

Alfonso: Eu não sei, quando cheguei não estavam. 

Alfonso contou toda sua versão da história á filha, chegando á ficar surpreso com tamanha maturidade em uma menina de apenas 9 anos. 

Vick: Estou feliz. - confessou timidamente - Só não entendo porque minha mãe mentiu. - sua expressão mudou ao lembrar-se de Anahí.

Alfonso: Não mentiu, ela só quis... - defenderia Anahí, mas foi interrompido por Dulce e Anahí que entraram no quarto.

Dulce arregalou os olhos. Anahí olhou Alfonso, depois para a filha que lhe desviou o olhar.

Anahí: O que você fez? - aproximou-se da filha que recuou, evitando-a - Por quê fez isso?

Dulce: Annie, calma! 

Alfonso: Está tudo bem, Anahí. - olhou Victória e depois Anahí - Vamos resolver essa situação.

Vick: Mentiu para mim. - foram as únicas palavras de Victória.

Dulce: Victória está de alta, vamos embora e depois, com calma, vocês sentam, conversam e resolvem essa situação.

Alfonso concordou, Anahí não disse nada. 

 Assim que Dulce estacionou o carro Victória e Anahí desceram e seguiram para o elevador. Alfonso estacionou o carro de Anahí e caminhou até Dulce.

Alfonso: Volto assim que ela se sentir melhor para sentarmos e conversarmos todos juntos. Não queria que tudo tivesse acontecido assim e talvez não acredite em nada do que eu digo, mas senti necessidade quando a vi alí. - explicou-se.

Dulce: Não tem que me explicar nada. E também acredito que tudo irá se resolver. 

Alfonso: Obrigada. - sorriu e entregou a chave do carro de Anahí a Dulce. 

Alfonso saiu do prédio de Anahí, pegou um táxi em direção ao shopping. Tentaria buscar seu carro ainda aquela noite.

Dulce saiu do elevador direto para seu apartamento onde Anahí era consolada por Maite.

Maite: Calma, Annie! Tudo vai se resolver. 

Anahí: Pensei que ao menos me consultaria antes de tomar qualquer decisão, mas não. - revoltada com a situação.

Maite: Sabe como é o gênio da Vick ás vezes. Está magoada, mas vai passar. 

Anahí: Mais uma vez eu deposito minha confiança nele e o que ele fez? 

Dulce: Não pensa muito no futuro, Annie. As coisas vão se resolver. Me disse que volta para conversarem todos juntos, assim que vocês se sentirem melhor, e é o correto.

Anahí: Não quero vê-lo.

Maite: Não é assim, Annie. 

Dulce: Se quiser deixa-la aqui, vai para casa, descansa e depois vocês sentam para esclarecer tudo isso, afinal, quem tem que se explicar para vocês, ou pelo menos para ela, é ele. 

Maite: Exatamente. - concordou.

Cerca de meia hora depois. Dulce convenceu Victória a ir embora com a mãe, uma vez, que Anahí não quis deixar a filha dormir na casa da tia áquela noite. 

Mais tarde.

Dulce e Christopher conversavam por telefone.

Christopher: Não quero que com a gente seja assim. - comentou receoso, Alfonso o havia telefonado e contado tudo o que aconteceu.

Dulce: Também não, mas não faço ideia de como chegar e contar tudo. 

Christopher: Posso estar com você quando decidir contar, faço questão. 

Surpreendeu Dulce. Por mais difícil que sentisse que fosse aquela situação, no fundo, sentia-se feliz por ver a evolução, preocupação e o interesse de Christopher com a filha.

Dulce: Não é isso. É que ainda não me imagino chegando na Mel e dizendo: seu pai apareceu e... - calou-se assim que seus olhos ficaram fixos ao da filha parada na porta de seu quarto.

Christopher: Dulce? Dulce? - preocupou-se - Ela está aí?

Dulce: Sim. - limitou-se - Depois conversamos. - disse e encerrou a ligação. - Filha, me ouve por favor. - a chamou com a mão - Senta aqui, vamos conversar.

Melissa: Estava falando com o meu pai? - Dulce demorou, mas assentiu - Mas como, por quê não me contou? - trêmula - Eu acabei de perguntar se me contaria e me disse...

Dulce: Eu te disse que contaria no momento certo, filha. Foi isso que eu disse. Eu e seu pai só estavamos vendo a melhor forma para te contar. Está trêmula, por favor se acalma.

Melissa: Eu quero ver o meu pai. Quem é ele, mamãe? - chorou - Me fala, mamãe. - pediu.

Dulce:  Então, lembra de quando você esbarrou... - contou quase toda história, assim como Anahí, deixou que a parte de Christopher, ele se encarregasse de esclarecer. 

Melissa: Christopher é meu pai? - eufórica. 

Dulce: Sim, meu amor. 

Melissa: Não acredito. - sorriu - Eu gostei tanto dele, mamãe. E agora eu descubro que ele é meu pai. - ainda sem acreditar - Quando poderei vê-lo?

Dulce: Calma filha. Vamos com calma, por favor.