Fanfic: Orgulho e Preconceito: o final que não tivemos | Tema: Orgulho e Preconceito

Sr.Darcy levou-me à uma campina de extrema beleza, entretanto, apesar de seu porte a andar característico era notável que seu nervosismo latejava no coração.

Chegamos no centro de todo aquele esplendor verde que nos cercava, olhei para o lorde, que me fitava timidamente, e todo o passado que nos trouxe até aqui corria por meus pensamentos mais delicados e convidativos, dessa forma eu tive a única certeza que realmente prezei em minha vida: me casarei com Lorde Fitzgerald Darcy.

Suas mãos brincavam entre si discretamente e seu olhar passava por cada folha de grama abaixo de nós, passava rapidamente por meu entorno e subia até meus olhos, que perdidos procurava como falar. O nervosismo também me abalava. As certezas eram claras, mas os medos me instabilizavam. Mudar de nome, de vida e a alteração de tudo que eu conhecia como meu.

Quase que lendo meus pensamentos, ele gaguejou:

-Elizabeth, nossos contextos conflitantes não são um empecilho para que não tenhamos o conforto que almeja, o que quiser lhe será dado sem restrições ou desavenças. Podemos mudar de Pemberley e vir para mais perto de suas origens, creio que não se incomodariam com um novo vizinho. - Eu pude ver a ociosidade em sua última proposta, sua pouca inclinação para que se concretizasse tal mudança.

-Senhor Darcy, agradeço por pensar em minha situação hostil, no entanto, tal preocupação não é pertinente. O senhor, com vosso consentimento em ouvir minhas palavras, mostrou-me que o branco é muito além de uma cor pálida, e sim é todo um arco-íris. Tive fortes represálias internas quanto ao senhor, contudo, todas essas barreiras foram quebradas quando percebi a maior das atuais verdades: meus sorrisos, lorde Darcy, e coração palpitante são destinados a um homem que não tem apreço pela dança. Então sim, lorde Darcy, aceito me casar com o senhor e com toda a sua integridade.

Nesse momento, meu futuro marido se pôs imóvel, parecia que o tempo havia parado repentinamente. E foi num impulso solene que me segurou em seus braços, onde encontrei cativo. Com toda certeza foi um dos momentos mais espirituosos e belos de minha vida, mas teria que guardá-lo para mim pela indiscrição do ato.

Ele, me soltando, pôs a palma de sua mão em minha face e o analisou com extrema sabedoria. Nisso, vi que Darcy é um homem como os outros também, levado pela paixão.

Nossos dedos brincaram entre si e arrumei sua lapela. Os olhos dos agora noivos se encontraram e sei que posso ter isso como algo mútuo quando digo que vislumbramos uma longa vida de amantes e reciprocidade.  

Estamos finalmente a um passo de nossas vidas finalmente começarem.