Fanfics Brasil - Capítulo 18 O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 18

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Christopher


 Quando voltei, Dulce estava sentada em um dos banquinhos altos. Havia uma garrafa de vinho aberta e ela estava bebendo de uma taça, analisando os papéis à sua frente. Inspirei fundo e atravessei a sala. Eu tinha a lista dela, então poderíamos discutir os detalhes. Precisávamos alinhar ao máximo nossas histórias naquela noite para blefar no dia seguinte. Tínhamos de convencer Franco de que éramos de verdade. Eu sabia que seria uma noite longa. Ainda estava tenso de mais cedo, o que acontecia toda vez que falava de meus pais, independentemente do quanto fosse breve. Detestava pensar neles e em meu passado.


Os olhos brilhantes de Dulce encontraram os meus. Seu cabelo caía sobre o ombro e não pude deixar de notar como o vermelho combinava com sua pele pálida e com a cor escura de seu cabelo. Sem falar nada, enchi uma taça de vinho e me sentei ao seu lado, parando de ter aqueles pensamentos estranhos.


— O jantar chegará logo. Pedi canelone. Espero que goste.


Ela assentiu.


— É um dos meus favoritos.


— Eu sei.


Dei um gole do meu vinho, curtindo o sabor. Ela escolhera um dos meus preferidos. Bati nos papéis em cima do balcão.


— Podemos começar?


Horas mais tarde, esvaziei o vinho de minha taça. Eu estava exausto. Nunca tinha falado do meu passado ou revelado tantos detalhes íntimos, então foi uma noite torturante. Felizmente, já que tínhamos de saber muita coisa, não tive de me aprofundar em muitas coisas. Ela sabia que eu era filho único, que meus pais haviam falecido e todos os fatos pertinentes: onde estudei, minhas atividades, cores e comidas preferidas, gostos e desgostos. Fiquei surpreso de ver que ela já sabia muitos daqueles fatos — ela era bem mais observadora no escritório do que eu lhe dava crédito.


Fiquei sabendo um monte de informação sobre Dulce. Enquanto ela era observadora, para mim, ela sempre foi apenas uma sombra no canto do meu mundo. Estava reticente assim como eu em falar sobre seu passado, mas me disse o suficiente. Também não tinha irmãos — seus pais morreram quando ela era adolescente e morou com a tia que, agora, vivia em uma casa de repouso. Não terminou o Ensino Superior, foi trabalhar na Bustamante Inc. como um emprego temporário e nunca mais saiu. Quando perguntei por quê, ela disse que, na época, estava indecisa sobre seu futuro e escolheu trabalhar para saber o que queria. Deixei passar, embora parecesse meio estranho. Eu não fazia ideia de como sua mente funcionava. Sentei-me com um suspiro. Dulce ficou tensa ao meu lado, e eu joguei a cabeça para trás, dirigindo-me a ela com uma impaciência mal disfarçada.


— Acho que temos os fatos fundamentais agora, Dulce. Até sei o nome do seu creme de mãos favorito se precisar. — A lista dela foi muito mais detalhada do que a minha. — No entanto, nada disso vai dar certo se você endurece toda vez que me aproximo de você.


— Não estou acostumada — ela admitiu. — Você, ahn, normalmente me deixa nervosa.


— Teremos de ficar próximos — eu a informei. — Amantes são assim. Eles se tocam e acariciam. Sussurram e trocam olhares. Há uma familiaridade que vem com a intimidade. Tenho a sensação de que a família de Colucci é muito afetuosa. Se eu não posso pegar sua mão sem que estremeça, nenhuma quantidade de fatos vai nos ajudar quando Franco estiver observando.


Ela brincava com sua taça de vinho, passando os dedos pela haste repetidamente.


— O que está querendo dizer?


— Vou tocá-la, sussurrar coisas em seu ouvido, acariciar seu braço e até te beijar. Chamá-la de docinho e outros apelidos carinhosos. Como qualquer casal apaixonado.


— Pensei que tivesse dito que nunca se apaixonara?


Ri debochado.


— Fiz comerciais disso, consigo fingir. Além disso, já vivi muito na luxúria, que é basicamente a mesma coisa.


— Sexo sem amor é só partes do corpo e fricção.


— Não há nada errado com esse tipo de fricção. Sexo sem amor é o jeito que eu gosto. Amor faz coisas com as pessoas. Muda. Torna-as fracas. Complica tudo. Não tenho interesse nisso.


— Isso é triste.


— Não no meu mundo. Agora de volta ao trabalho. Está preparada para não sair gritando quando eu te tocar de repente ou te beijar? Consegue lidar com isso? — Cutuquei as listas diante de nós. — Precisamos de mais do que fatos para termos sucesso.


Ela ergueu o queixo.


— Consigo.


— Ok, precisamos tentar alguma coisa.


— O que você sugere.


— Bom, já que foder por foder está fora de questão, acho que precisamos descobrir um jeito. A não ser que queira tentar.


Ela revirou os olhos, mas suas faces se escureceram.


— Não. Sugira outra coisa.


Contive minha risada. Ela era divertida às vezes. Segurei minha mão no ar, com a palma da mão para cima, como um convite.


— Venha comigo.


Devagar, ela colocou a mão na minha e eu fechei os dedos ao redor de sua mão pequena. Sua pele era fria e macia e, com um sorriso, apertei seus dedos antes de soltar.


— Viu, não queimei nem lhe causei nada.


Sentindo-me agitado, levantei-me e andei de um lado para o outro.


— Vamos ter de agir de forma confortável um com o outro. Se eu beijar sua bochecha ou abraçar sua cintura, terá de agir como se fosse normal. — Segurei a bainha de minha camiseta. — Você vai precisar fazer a mesma coisa. Aproximar-se de mim, sorrir, rir quando eu me abaixar e sussurrar alguma coisa. Esticar-se nessas pernas ridiculamente curtas para me beijar no rosto. Alguma coisa. Entendeu?


— Sim. — Então ela sorriu e uma expressão maligna passou por seu rosto.


— O quê?


— Se me chamar de docinho, posso te chamar de alguma coisa, ahn, especial também?


— Não sou fã de apelidos. O que tem em mente?


— Algo simples.


Poderia viver com isso.


— Como?


— Lobo Mal — ela informou com a expressão firme.


— Não.


— Por que não? É um apelido para seu nome e, ahn, combina com você, em muitos aspectos.


Eu lhe lancei um olhar duro. Tinha certeza de que ela sabia que o apelido estava ligado a mim no mercado e estava tentando me provocar.


— Não. Escolha outro.


— Preciso pensar.


— Faça isso. Mas Lobo Mal está fora de questão.


— Desista, Dulce.


— Tudo bem. Lobo Mal combina tanto, mas vou tentar. Ignorei sua ironia óbvia.


— Não... chegar. — Fiquei à frente dela, encontrando seu olhar divertido. — Agora, vamos praticar?


— Praticar?


Peguei o controle remoto e apertei play, trocando de música até uma melodia baixa e calma ressoar pelas caixas de som.


— Dance comigo. Acostume-se com o jeito que se sente quando está perto de mim. — Ergui uma mão, dizendo a única palavra que eu nunca usara com ela até os últimos dias. — Por favor.


Ela me deixou levantá-la e se aproximou de forma esquisita. Com um suspiro, coloquei meu braço em volta de sua cintura, puxei-a para mais perto e inspirei a essência de seu cabelo que pairou no ar. Começamos a nos mover, e me surpreendi como pareceu natural. Muito menor que as mulheres com quem eu estava acostumado, ela mal chegava em meus ombros. Sua cabeça cabia debaixo de meu queixo. Ela parecia leve e frágil em meus braços, mas se moldava bem contra meu corpo. Depois de alguns minutos, ela perdeu a rigidez nos ombros, deixando-me guiá-la pela sala sem esforço. Ela era inesperadamente graciosa quando dançava, levando em conta o quanto era frequente vê-la tropeçar nos próprios pés.


Uma voz falou na minha cabeça que, talvez, tudo de que ela precisava esse tempo todo era alguém que a segurasse, mais do que a humilhasse. Isso me fez parar de repente, recuei e a olhei. Ela piscou para mim, toda trêmula, e vi que ela esperava algum tipo de comentário maldoso. Em vez disso, peguei seu rosto e seus olhos se arregalaram.


— O que está fazendo?


— Beijando você.


— Por quê?


— Para praticar.


Seu “oh” sussurrado atingiu minha boca quando meus lábios tocaram os dela. Eram surpreendentemente macios e maleáveis, fundindo com os meus com facilidade. Não era uma sensação desagradável; na verdade, senti um calor descendo por minha espinha quando tivemos contato. Livrei-me de seus lábios só para abaixar a cabeça e beijá-la de novo, desta vez passando mais rápido minha boca na dela. Dei um passo para trás, soltando-a. O ar à nossa volta estava denso, e eu sorri.


— Viu, não é tão ruim. Não vai te matar se me beijar.


— Nem a você — ela retrucou, com a voz trêmula. Dei uma gargalhada.


— Acho que não. O que for preciso para fazer dar certo.


— Isso.


— Muito bem, Dulce. Conversamos bastante hoje. Amanhã será um grande dia, então acho que nós dois precisamos descansar.


— Ok — ela sussurrou.


— Você fez um bom trabalho hoje. Obrigado.


Virei-me e a deixei boquiaberta atrás de mim.



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Autor(a): Primasvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1078



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  • anne_mx Postado em 15/10/2020 - 00:40:36

    Que história lindaaaa, tenho acompanhado O Jogador e confesso que também estou apaixonada, obrigada por tantas histórias inspiradoras <3

    • Primasvondy Postado em 20/10/2020 - 09:30:36

      Ahhh, fico feliz que tenha gostado. Eu amo compartilhar com Vcs essas histórias maravilhosas.

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:44

    E já vou partir pra próxima. Até lá

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:34

      Te espero lá, bjx e muito obrigada!

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:24

    Ameeei demais essa história

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:15

      Ahhh que bom!

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:54

    Miga, parabéns. Essa conseguiu superar egomaníaco pra mim

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:06

      Sério? Sou cadelinha Egomaniaco haha

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:20

    Eu sabia que vinha baby vondy

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:50

      Tinha que vir né?

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:05

    AI QUE PERFEITAAA

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:39

      Ne verdade?

  • thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:23:07

    O mais legal é que eu leio adaptada depois quero o livro hahahaha culpa sua

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:17

      A LOKAAA

  • thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:22:40

    Aí amiga eu não canso de te agradecer por adaptar tantas boas histórias! Estou encantada

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:06

      Vc sabe minha luta né? Obrigada por acompanhar mesmo já tendo lido antes *-*

  • taianetcn1992 Postado em 04/10/2020 - 23:38:13

    gente que linda, ja terminei aqui e ja vou para &quot; o jagador&quot;, todas as webs que vc escreveu eu favoritei

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:43:23

      Ounnn, que bom! Obrigada *-*

  • capitania_12 Postado em 04/10/2020 - 17:03:46

    Aaaaaaaah não. Terminou.. Quero te desejar meus parabéns,essa fanfic foi sensacional . sucessoooooo

    • Primasvondy Postado em 04/10/2020 - 17:27:47

      Ahhh que bom! Te espero na outra hein... É bem hot, do jeitinho que a gente gosta.


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