Fanfic: O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy
Ahhh, tô amando como Vcs estão interagindo... Que tal 280 por +1?
— Aprendi muito cedo na vida que amor era um sentimento que não me interessava. Me deixava fraco. Então parei de tentar.
— Não havia ninguém? — Ela sussurrou.
— Só uma pessoa. Uma cuidadora de quando eu tinha uns seis anos. Seu nome era Nancy, mas eu a chamava de Nana. Ela era mais velha, gentil e diferente comigo. Lia para mim, conversava, brincava, escutava minhas tagarelices de criança. Dizia que me amava. Enfrentava meus pais e tentava fazê-los prestar mais atenção em mim. Durou mais do que algumas, que é o motivo pelo qual minha lembrança dela é mais clara do que as outras. Ela foi embora, no entanto; todas elas foram. — Expirei forte. — Acho que meus pais pensavam que ela estava me mimando, então a demitiram. Eu a ouvi discutindo com minha mãe sobre como eles me mantinham isolado e que eu merecia mais. Acordei alguns dias depois com uma nova babá.
— É ela que se parecia com Penny?
— Sim.
— E depois disso?
— Ninguém.
— Você também não era próximo de seu avô? Parecia que era ele que te queria mais. Balancei minha cabeça.
— Ele me queria para continuar o nome Von Uckermann.
Raramente o via. Ela uniu as sobrancelhas, mas permaneceu em silêncio. Eu me levantei, andando pela sala, meu estômago com nós enquanto me permitia lembrar.
— Às vezes, meus pais mal conseguiam se suportar, então me deixavam sozinho. Meu avô morreu, e eles se separaram. Fui mandado para lá e para cá entre eles por anos. — Segurei minha nuca conforme a dor em meu peito ameaçava tomar conta de mim. — Nenhum deles me queria. Ia de um lugar para outro, só para ser ignorado. Minha mãe ficava saindo, viajando e socializando. Havia muitas vezes em que eu acordava e tinha um estranho para ficar como babá, enquanto ela continuava alegre. Meu pai ia de mulher em mulher; eu nunca sabia quem encontraria na sala ou na cozinha. — Fiz uma careta. — Na verdade, fiquei feliz quando eles me mandaram para a escola. Pelo menos lá eu conseguia esquecer.
— Conseguia?
Assenti.
— Aprendi cedo a ignorar. Eu não significava nada para eles. Eles me diziam com frequência, demonstravam com sua negligência. — Bufei de desgosto. — Eu não tinha sentimentos por eles também. Eram as pessoas que pagavam pelas coisas que eu precisava. Nosso contato era quase limitado a conversas de dinheiro.
— Isso é terrível.
— Foi assim a minha vida inteira.
— Nenhum deles se casou de novo? — Ela perguntou depois de alguns instantes de silêncio. Dei risada; o som foi um pouco amargo e duro.
— Meu avô havia estipulado uma condição em sua herança: se eles se divorciassem, o dinheiro do meu pai seria bloqueado. Minha mãe não poderia tocar no dinheiro, então eles ficaram casados legalmente. Meu pai não se importava; ele tinha muitos recursos. Ele fodia todo mundo quando estavam casados e continuou quando se separaram. Eles combinaram um valor mensal, e ela vivia a vida que queria e ele também. Todo mundo saía ganhando.
— E você estava perdido nessa confusão.
— Dulce, eu nunca estive na confusão. Era descartado como o coringa no deque. No entanto, no fim, não importava.
— Por quê?
— Quando eu tinha quase dezoito anos, meus pais estavam com uma parceria. Esqueci o que era.... Algum tipo de sociedade. Estavam engajados. Por algum motivo, saíram juntos. Acho que ele a estava levando para casa, e um motorista bêbado bateu neles de frente. Ambos morreram instantaneamente.
— Você ficou triste?
— Não.
— Deve ter sentido alguma coisa.
— A única coisa que senti foi alívio. Não tinha de ir a lugares onde não me queriam, mas para manter as aparências. Mais importante, não tinha de fingir me importar com duas pessoas que nunca deram a mínima para mim.
Ela fez um barulho estranho com a garganta, baixando a cabeça por um instante. Sua reação me deixou confuso. Ela parecia chateada.
— Já que eles ainda eram legalmente casados, e seus testamentos nunca mudaram, herdei tudo — continuei. — Até o último centavo, o que é bem irônico, considerando que a única vez que fizeram alguma coisa boa para mim foi quando morreram.
— É assim que consegue pagar seu estilo de vida?
— Não totalmente. Eu raramente uso minhas poupanças. Usei para coisas importantes, como para comprar este apartamento e pagar minha educação. Nunca quis a vida que meus pais tinham: frívola e perdida. Gosto de trabalhar e saber que consigo sobreviver sozinho. Não dependo de ninguém.
— É isso que está usando para me pagar?
— Sim, considero você importante.
De novo, ela baixou a cabeça, seu cabelo caiu para frente e cobriu seu rosto. Sentei-me ao seu lado e a encarei.
— Ei. Olhe para mim.
Ela ergueu a cabeça. Suas faces estavam molhadas com lágrimas, seus olhos arregalados e suas mãos apertadas no sofá tão forte que estavam brancas.
— Por que está tão chateada?
— Você espera que eu fique calma depois de ouvir como você foi negligenciado a vida inteira?
Dei de ombros.
— É passado, Dulce. Eu te disse que não era bonito. Ainda assim, não faz parte do aqui e agora.
— Discordo. Acho que faz, Christopher.
— Nada vai mudar porque te contei minha história.
— Talvez não para você.
— Não entendo.
— Não, não estou surpresa.
— O que isso significa?
— Explica muito para mim. Por que você é do jeito que é quando interage com as pessoas. Por que não se aproxima de ninguém na vida. E por que não deixa as pessoas se aproximarem.
Olhei para ela.
— Não comece a me analisar.
— Não estou analisando. Estou dizendo o que penso, só isso.
— Não quero suas lágrimas nem sua empatia.
— Isso é muito ruim, Christopher.... Porque você tem as duas. Seus pais eram pessoas horríveis, e você, aliás, nenhuma criança merece ser maltratada ou ignorada. — Ela sorriu triste. — Mas você escolhe o modo de viver sua vida agora. Você acha que esqueceu o passado, mas não. A forma como vê o mundo, a forma como trata as pessoas é reflexo de como você foi tratado. — Ela se levantou, limpando as bochechas. — Se tentar, acho que pode descobrir que as pessoas nem sempre são horríveis como você pensa. Alguns de nós valem a pena, na verdade.
Suas palavras me deixaram paralisado.
— Não acho que você seja horrível, Dulce. É totalmente o oposto, na verdade. Eu sou uma pessoa desprezível.
— Não, Christopher. Você não é desprezível. Acho que é perdido. Você não se permite sentir. Quando o fizer, quando se permitir se conectar a outra pessoa, acho que vai achar o mundo um lugar muito melhor. Amor não o torna fraco. Amor de verdade, sincero, o torna forte.
Com essas palavras, ela se abaixou e me beijou no rosto. Senti sua tristeza na minha pele, a umidade de suas lágrimas.
— Obrigada por me contar. E, para seu governo, não acho que você seja igual ao seu pai. Você só acha isso porque não conhece outra forma. Eu acho que, se tentar, pode ser um grande homem.
Ela se virou e saiu da sala, deixando-me com muita coisa para pensar.
Autor(a): Primasvondy
Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
300 por +2? Hahaha É com Vcs minhas divas! Christopher Eu não sabia o que fazer depois da conversa com Dulce. Suas palavras ficaram ecoando em minha cabeça, fazendo-me questionar as verdades às quais eu me segurei por todos esses anos. Eu me senti drenado, e precisava parar essa onda de pensamentos, então mudei isso, indo para a ac ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1078
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
anne_mx Postado em 15/10/2020 - 00:40:36
Que história lindaaaa, tenho acompanhado O Jogador e confesso que também estou apaixonada, obrigada por tantas histórias inspiradoras <3
Primasvondy Postado em 20/10/2020 - 09:30:36
Ahhh, fico feliz que tenha gostado. Eu amo compartilhar com Vcs essas histórias maravilhosas.
-
gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:44
E já vou partir pra próxima. Até lá
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:34
Te espero lá, bjx e muito obrigada!
-
gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:24
Ameeei demais essa história
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:15
Ahhh que bom!
-
gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:54
Miga, parabéns. Essa conseguiu superar egomaníaco pra mim
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:06
Sério? Sou cadelinha Egomaniaco haha
-
gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:20
Eu sabia que vinha baby vondy
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:50
Tinha que vir né?
-
gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:05
AI QUE PERFEITAAA
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:39
Ne verdade?
-
thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:23:07
O mais legal é que eu leio adaptada depois quero o livro hahahaha culpa sua
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:17
A LOKAAA
-
thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:22:40
Aí amiga eu não canso de te agradecer por adaptar tantas boas histórias! Estou encantada
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:06
Vc sabe minha luta né? Obrigada por acompanhar mesmo já tendo lido antes *-*
-
taianetcn1992 Postado em 04/10/2020 - 23:38:13
gente que linda, ja terminei aqui e ja vou para " o jagador", todas as webs que vc escreveu eu favoritei
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:43:23
Ounnn, que bom! Obrigada *-*
-
capitania_12 Postado em 04/10/2020 - 17:03:46
Aaaaaaaah não. Terminou.. Quero te desejar meus parabéns,essa fanfic foi sensacional . sucessoooooo
Primasvondy Postado em 04/10/2020 - 17:27:47
Ahhh que bom! Te espero na outra hein... É bem hot, do jeitinho que a gente gosta.