Fanfics Brasil - Capítulo 39 O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 39

43 visualizações Denunciar


Virei-a de costas, ficando acima dela, olhando seu rosto na escuridão. Os flashes de luz dos raios iluminavam seu rosto pálido, e as lágrimas escorriam de seus olhos.


— Me perdoe por tudo, Dulce.


— Eu perdoei.


— Como? — Sussurrei. — Como consegue perdoar assim? Como consegue ficar perto de mim?


— Porque você está tentando.


— É assim tão fácil para você? Um pouco de esforço da minha parte e você perdoa?


— Eu tinha de te perdoar para fazer isso com você.


— Para certificar de que Penny estivesse bem cuidada.


Hesitante, ela ergueu uma mão, colocando-a em meu rosto, seus dedos acariciando minha pele.


— Esse foi um motivo.


— Qual foi o outro?


— Vi alguma coisa…. No dia em que me contou da reunião com Franco. Vi um lado diferente seu. Pensei...


— Pensou o quê? — Perguntei quando sua voz sumiu.


— Pensei que poderia ajudá-lo a sair dessa atmosfera venenosa da Bustamante, talvez você conseguisse encontrar o Christopher verdadeiro.


— O Christopher verdadeiro?


— Eu acho.... Acho que você é mais do que deixa as pessoas verem. Mais do que deixa você mesmo ver. Vejo cada vez mais seu eu verdadeiro aparecer.


Cedi ao seu toque, absorvendo suas palavras. Automaticamente, torci um cacho de seu cabelo nos dedos, acariciando sua maciez.


— Como é meu eu verdadeiro? — Perguntei, com a voz baixa, quase implorando. Eu queria conhecer seus sentimentos... o que ela pensava de mim.


— Forte, carinhoso. Capaz. Talentoso. — Ela parou e suspirou. — Gentil.


— Você vê coisas que não existem.


— Existem, sim. Você não está pronto para ver ainda. Mas vai — ela me assegurou.


Eu a encarei maravilhado. Gentil não descrevia sua alma. Não chegava nem perto. Eu não sabia se conhecia uma palavra que o fizesse. Angelical, talvez? O que quer que fosse, o que quer que ela fosse, eu não merecia seu perdão, a opinião positiva que ela tinha de mim — com certeza eu não a merecia. Uma rajada forte de vento balançou o vidro nas janelas grandes, a chuva furiosa batia contra os painéis. Dulce ficou tensa, direcionando seu olhar para o barulho.


Abaixei e a beijei. Foi gentil, nada mais que um encostar de nossos lábios; o dela trêmulo e macio pressionado na minha boca humilde e sem valor. Eu a beijei com a delicadeza que deveria sempre usar ao falar com ela.


Eu me movi, encostando suas costas em meu peito.


— Durma, docinho. Você está segura. Nada vai te machucar, eu juro.


— Eu nunca dormi com alguém assim, Christopher.


Dei outro beijo em seu pescoço, querendo que ela entendesse, conhecesse algo de mim que me fizesse valer sua fé.


— Nem eu, Dulce. Você é a primeira mulher com que estive nesta cama.


— Oh, ahn...


— Nunca deixei ninguém ficar aqui. Este é meu porto seguro. Só meu. — Apertei meu abraço. — Agora, deixe ser seu. Durma. Estou com você.


Fechando meus olhos, relaxei em seu calor. Nossos corpos unidos do peito aos quadris, nossa carne procurando e encontrando alguma coisa no outro.


Conforto.


Sussurros. Eu podia ouvir sussurros quando acordei, sonolento e quente — quase quente demais. Eu estava rodeado pelo calor e alguma coisa que cheirava sedutoramente bem. Meu travesseiro pinicava meu rosto e enruguei o nariz, tentando diminuir a coceira, enterrando-me mais fundo na maciez bem-vinda. Meu travesseiro riu um pouco, e os sussurros começaram de novo. Forcei-me a abrir os olhos. A luz incomodava, o céu ainda estava escuro e chovia muito lá fora. Ergui minha cabeça e vi o olhar divertido de Annie, que estava sentada no chão ao lado da minha cama, com uma xícara de café na mão.


— Bom dia — ela disse com um sorriso.


— A tempestade está tão ruim que você teve de se esconder aqui?


— Vim pegar Dulce, mas ela não conseguiu sair debaixo de você, então estamos tomando café bem aqui — ela ironizou.


Olhei para baixo, percebendo que ela tinha razão. Eu estava abraçado o mais firme possível em Dulce. Cada centímetro de mim tocava seu corpo. Eu estava com uma mão emaranhada em seu cabelo e a outra a segurava como uma barra de ferro. Minhas pernas estavam entrelaçadas nela e meu pau — meu pau absolutamente ereto e desesperado por alívio — estava pressionado em sua bunda. Sua bunda firme e aconchegante parecia o paraíso aninhado em minha ereção dolorosa. Enterrei o rosto de volta no pescoço de Dulce, ficando maravilhado em como era natural acordar com ela desse jeito.


— Vá embora, Annie — resmunguei. Dulce empurrou meu braço.


— Me solte.


Beijei seu pescoço, gostando do arrepio daquela manhã. Diferente dos tremores medrosos da noite anterior, aquele era de prazer. Descia por sua espinha, flexionando seu corpo, endurecendo sua bunda em meu pau.


— Cinco minutos, Annie. Me dê cinco minutos — adicionei com uma voz gutural. Ia levar só dois.


Ela se levantou, rindo.


— Homens — ela bufou. — Encontro você lá embaixo.


Assim que a porta se fechou, virei Dulce, grudando minha boca na dela. Beijei-a forte, precisando sentir seus lábios nos meus. Acariciei sua língua, traçando o contorno de sua boca, mordiscando, ainda desesperado. Recuei, arfando.


— Você está me matando.


— Eu estava dormindo — ela protestou. — Dormindo.


— Você é muito boa. — Empurrei contra seu quadril. — Jesus, Dulce.


Seus olhos se arregalaram; o brilho do medo cintilando o desejo no qual eu estava me afogando. Que porra eu estava fazendo? Voei para longe dela, meu peito arfando. Joguei meu braço sobre o rosto.


— Desça. Preciso de um banho. Um banho frio e demorado.


— Sinto muito.


— Está tudo bem — resmunguei, pegando seu braço. — Espere. Não vá ainda. Só... só fique aqui por um ou dois minutos. Não quero que Annie pense que eu, ahn, tenho falta de vigor.


Sua boca se abriu, mas nenhum som saiu. Erguendo meu braço, flexionei os dedos ao olhar para ela.


— Juro que estou sofrendo de síndrome do Túnel do Carpo. Vou precisar de cirurgia.


Dulce começou a rir. Seus ombros vibravam conforme ela enterrava o rosto no travesseiro, suas risadas se tornaram uma gargalhada. A cama tremia com a força de sua risada. Os cantos de minha boca se ergueram.


— Não é para rir.


Ela não parava, e comecei a rir com ela. Propositalmente, fiquei sobre ela, deixando meu pau pesado e duro encostar em seu corpo. Ergui seu rosto do travesseiro; suas bochechas estavam rosadas, seus olhos brilhavam com diversão. Eu a beijei de novo.


— Precisamos conversar sobre expandir nossos limites. Antes que eu exploda.


Eu a deixei deitada lá, sem palavras. Mas ela ainda estava sorrindo. E não disse que não.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Primasvondy

Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Que tal 400 por +2? Christopher  Annie recebeu uma ligação de Poncho enquanto tomávamos café da manhã, dizendo que ele ficaria fora até domingo. Com a tempestade à nossa volta, asseguramos a ela que ela era bem-vinda a ficar até que ele viesse pegá-la no dia seguinte. Não havia outra opç&atil ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1078



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 15/10/2020 - 00:40:36

    Que história lindaaaa, tenho acompanhado O Jogador e confesso que também estou apaixonada, obrigada por tantas histórias inspiradoras <3

    • Primasvondy Postado em 20/10/2020 - 09:30:36

      Ahhh, fico feliz que tenha gostado. Eu amo compartilhar com Vcs essas histórias maravilhosas.

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:44

    E já vou partir pra próxima. Até lá

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:34

      Te espero lá, bjx e muito obrigada!

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:24

    Ameeei demais essa história

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:15

      Ahhh que bom!

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:54

    Miga, parabéns. Essa conseguiu superar egomaníaco pra mim

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:06

      Sério? Sou cadelinha Egomaniaco haha

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:20

    Eu sabia que vinha baby vondy

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:50

      Tinha que vir né?

  • gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:05

    AI QUE PERFEITAAA

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:39

      Ne verdade?

  • thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:23:07

    O mais legal é que eu leio adaptada depois quero o livro hahahaha culpa sua

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:17

      A LOKAAA

  • thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:22:40

    Aí amiga eu não canso de te agradecer por adaptar tantas boas histórias! Estou encantada

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:06

      Vc sabe minha luta né? Obrigada por acompanhar mesmo já tendo lido antes *-*

  • taianetcn1992 Postado em 04/10/2020 - 23:38:13

    gente que linda, ja terminei aqui e ja vou para &quot; o jagador&quot;, todas as webs que vc escreveu eu favoritei

    • Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:43:23

      Ounnn, que bom! Obrigada *-*

  • capitania_12 Postado em 04/10/2020 - 17:03:46

    Aaaaaaaah não. Terminou.. Quero te desejar meus parabéns,essa fanfic foi sensacional . sucessoooooo

    • Primasvondy Postado em 04/10/2020 - 17:27:47

      Ahhh que bom! Te espero na outra hein... É bem hot, do jeitinho que a gente gosta.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais