Fanfic: O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy
Cadê vocês minhas amoras lindas? Apareçaaaam! Hahahaha
Saudades de Vcs hein... Comentem, que eu volto!
Christopher
O prédio onde ficava o Grupo Colucci era o extremo oposto de Bustamante Inc. Diferente do arranha-céu de aço e vidro no qual eu trabalhava diariamente, aquele edifício era de tijolos, tinha apenas quatro andares, e era rodeado por árvores. Estacionei meu carro depois de passar com o guarda da entrada, que sorriu para mim agradavelmente e me entregou um crachá de visitante. Entrando no prédio, outro guarda me cumprimentou e me disse que o escritório de Franco Colucci ficava no último andar, depois me desejou um bom-dia.
Minutos depois, uma secretária me levou a uma sala de reuniões, me deu uma xícara de café fresco e me disse que Franco estaria comigo em um instante. Aproveitei o tempo para observar os detalhes da sala em que estava, mais uma vez impressionado pela diferença entre as duas empresas.
Bustamante Inc. era toda moderna. Os escritórios e a sala de reuniões eram decorados com arte — branco e preto era a paleta predominante. Até a arte era monocromática com bastante metal por todo lugar. Cadeiras duras e modernas, mesas com tampo de vidro e piso laminado — tudo frio e vago. Se fosse analisar por aquela sala, eu não estava mais no Kansas. As paredes eram decoradas com painéis de carvalho, havia uma mesa de reunião oval de madeira rodeada por cadeiras de couro acolchoadas, e tinha um tapete alto e macio no chão. Uma área aberta à direita abrigava a cozinha eficiente. As paredes mostravam muitas campanhas bem-sucedidas, todas emolduradas e apresentadas de forma graciosa. Muitos prêmios decoravam as prateleiras.
Em um canto da sala estava o quadro de ideias. Havia rabiscos e ideias esboçadas nele. Aproximei-me, analisando os desenhos, rapidamente absorvendo a estrutura da campanha que eles estavam criando para uma marca de sapato. Estava tudo errado.
Uma voz profunda me tirou das minhas reflexões.
— Pela sua expressão, eu diria que não gostou do conceito.
Meu olhar encontrou uma expressão divertida de Franco Colucci. Havíamos nos encontrado por causa da indústria algumas vezes, sempre educado e distante — um aperto de mãos profissional e uma conversa breve foram as únicas interações. Ele era alto e confiante, com muitos cabelos grisalhos que brilhavam sob as luzes.
Mais de perto, a cordialidade em seus olhos verdes e o baixo tom de voz me atingiram.
Pensei se o quadro de ideias não tinha sido deixado de propósito — um tipo de teste.
Dei de ombros.
— É um bom conceito, mas não é novo. Uma família usando o mesmo produto? Já foi feito. Ele encostou o quadril na beirada da mesa, cruzando os braços.
— Foi feito, mas foi bem-sucedido. O cliente é Kenner Shoes. Eles querem conquistar mais clientes. Assenti.
— E se você fizesse isso, mas só destacasse uma pessoa?
— Gostaria de ouvir mais.
Apontei o desenho da família, batendo o dedo no caçula.
— Comece aqui. Foque nele. A primeira aquisição deles: sapatos comprados por seus pais. Siga-o ao crescer, enfatizando alguns pontos pertinentes na vida conforme os usava: primeiros passos, primeiro dia de aula, escalar com amigos, praticar esportes, ir a encontros, formatura, casamento... — Minha voz sumiu.
Franco ficou quieto por um instante, então começou a assentir.
— O produto fica com você conforme cresce.
— É uma constante. Você muda; o produto não. É seu para sempre.
— Brilhante — ele elogiou.
Por algum motivo, seu elogio fez meu peito se aquecer, e inclinei minha cabeça com essa sensação esquisita. Ele saiu de perto da mesa, segurando sua mão no alto.
— Franco Colucci.
— Christopher Von Uckermann.
— Já me impressionei.
— Desculpe. — Olhei para a tela, esperando parecer envergonhado. — Preciso atender. Peço desculpa.
— Sem problema, Christopher. — Ele sorriu. — Preciso de um café.
Me virei ao atender.
— Dulce — murmurei, baixando o tom de voz. Por um instante, houve silêncio, então ela falou.
— Sr. Von Uckermann?
— Sim. — Ri, sabendo que eu a confundiria toda.
Acho que nunca a tinha chamado de outra coisa sem ser srta. Saviñón, e certamente nunca com uma voz que acabara de usar.
— Hum, você pediu para me ligar e dizer que seu compromisso das quatro foi alterado para três.
— Três horas agora? — Repeti.
— Sim?
— Ok, vou ajustar. Está tudo bem aí?
— Sr. Von Uckermann, o senhor está bem?
— Claro que estou. — Não pude resistir e brinquei mais com ela. — Por quê?
— Você está, ahn, diferente.
— Pare de se preocupar — acalmei-a, sabendo que Franco estava ouvindo.
— Está tudo bem.
— Leon o procurou.
— O que disse a ele?
— Exatamente o que me instruiu a dizer. Ele...
— O quê? O que aconteceu?
— Ele está um pouco mal-humorado esta manhã.
— Leon sempre está mal-humorado. Almoce mais cedo e tranque a porta do escritório. Vou falar com ele quando voltar — instruí enquanto sorria para o telefone, dando um tom preocupado à minha voz.
A confusão a deixou corajosa.
— Trancar o escritório e almoçar mais cedo? Você está bêbado?
Não aguentei. Gargalhei com as palavras dela.
— Só faça isso, Dulce. Se cuide, e te vejo quando eu voltar. — Desliguei, ainda sorrindo, e me virei para encarar Franco. — Minha assistente — expliquei.
Ele me olhou com um olhar de sabedoria.
— Acho que sei por que está querendo sair da Bustamante Inc.
Respondi ao seu olhar levantando os ombros discretamente. Eu o ganhara.
— ME CONTE SOBRE você.
Sorri para a pergunta dele.
— Acho que você já sabe muito sobre mim, Franco. Pelo menos já ouviu falar de mim.
Ele assentiu, bebendo seu café.
— Sua reputação diz muito sobre você.
Inclinei-me para frente, torcendo para parecer sincero.
— As pessoas mudam.
— Você mudou?
— Mudei o que quero na vida e como. Assim, a pessoa que eu era não existe mais.
— Apaixonar-se faz isso com uma pessoa.
— É o que estou descobrindo.
— Bustamante Inc. tem uma política rígida sobre relacionamentos interpessoais.
Bufei.
— Leon não gosta que seus funcionários se relacionem nem dentro nem fora do escritório. Ele acha que distrai dos negócios.
— E você discorda?
— Acho que é possível ter os dois... Com a pessoa certa.
— E encontrou essa pessoa?
— Sim.
— Sua assistente.
Engoli seco, capaz apenas de assentir.
— Me conte sobre ela.
Merda. Quando o assunto eram negócios, eu poderia falar eternamente. Estratégias, ângulos, conceitos, visualizações — eu poderia continuar por horas. Raramente falava de assuntos pessoais, então o que poderia dizer de uma mulher que mal conhecia e da qual não gostava? Não fazia ideia. Engoli de novo e olhei para a mesa, passando os dedos pela superfície lisa.
— Ela é a pessoa mais burra que já conheci — soltei, isso pelo menos era verdade.
Ele franziu o cenho com meu tom de voz, e eu rapidamente disfarcei meu erro.
— Detesto quando ela se machuca — expliquei com uma voz mais branda.
— É claro. — Ele assentiu.
— Ela é, ahn, ela é perfeita.
Ele riu.
— Todos achamos isso das mulheres que amamos.
Busquei em meu cérebro, fazendo uma lista mental das coisas que eu sabia sobre ela.
— Seu nome é Dulce. A maioria das pessoas a chamam de Dul, mas eu gosto de usar seu nome completo.
Não era realmente uma mentira. Eu a chamava de srta. Saviñón toda vez. Ele assentiu.
— Um nome tão adorável. Tenho certeza de que ela gosta de ouvi-lo dizer seu nome.
Sorri, lembrando da reação dela mais cedo.
— Acho que a confunde.
— Ela é minúscula e comedida. Seus olhos são como o oceano, tão azuis que você se perde neles. Todos gostam dela no escritório. Ela faz cookies para as pessoas; elas amam. — Titubeei, tentando pensar em mais coisas. — Ela detesta ser acordada mais cedo que o necessário. Sua voz fica bem rouca, o que me faz rir.
Ele sorriu de forma encorajadora.
— Ela me mantém na linha, é uma assistente maravilhosa e eu ficaria perdido sem ela. — Suspirei, incerto do que mais falar. — Sem dúvida, é boa demais para mim — admiti, sabendo lá no fundo que era verdade. Eu tinha certeza de que era a má pessoa dessa história, principalmente pelo que estava fazendo naquele momento.
— Quer trazê-la para cá com você?
— Não! — Exclamei. Essa era minha chance de me livrar dela.
— Não entendo.
— Ela, ahn, nós queremos começar uma família. Prefiro que ela fique em casa e que eu tenha outra pessoa no trabalho. Quero que ela tenha a chance de relaxar e aproveitar a vida por um tempo... sem trabalhar.
— Ela não está aproveitando agora?
— Está difícil, por causa da situação, e ela trabalha demais — adicionei, torcendo para soar da maneira correta. — Está cansada nos últimos tempos. Quero que ela durma o quanto quiser.
— Você quer cuidar dela.
Estávamos entrando em um território perigoso. Eu não fazia ideia do que responder; nunca quis cuidar de alguém, com exceção de mim mesmo. No entanto, assenti, concordando.
— Presumo que morem juntos? Imagino que seja a única hora que têm de relaxar e ser um casal. Merda. Não tinha pensado nisso.
— Ah, nós, sim... Valorizamos nosso tempo a sós.
— Você não gostar de conversar sobre sua vida pessoal.
— Não. Estou acostumado a mantê-la em segredo. — Isso, pelo menos, era verdade.
— Somos uma empresa especial aqui no Grupo Colucci, em muitos níveis.
— Algo do qual estou ansioso para participar.
Ele apontou para o quadro.
— Acreditamos em trabalho de equipe, aqui e em nossa vida pessoal. Trabalhamos em campanhas como um grupo, alimentando um ao outro, quase igual nós dois fizemos há alguns instantes. Compartilhamos vitórias e desastres. — Ele piscou. — Não que tenhamos muitos. Valorizo cada funcionário.
— É uma forma interessante de fazer as coisas.
— Funciona para nós.
— Obviamente. Seu nome é bem respeitado.
Autor(a): Primasvondy
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Oi minhas lindezas! Que bom que apareceram por qui, sejam muito bem vindas... Como prometi, mais capítulos! Então comentem bastante que eu volto! Nossos olhares se encontraram. Mantive minha expressão aberta, nivelada e, esperava, sincera. Ele recostou em sua cadeira. — Me diga mais sobre sua ideia. Relaxei também. Isso era fácil ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1078
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anne_mx Postado em 15/10/2020 - 00:40:36
Que história lindaaaa, tenho acompanhado O Jogador e confesso que também estou apaixonada, obrigada por tantas histórias inspiradoras <3
Primasvondy Postado em 20/10/2020 - 09:30:36
Ahhh, fico feliz que tenha gostado. Eu amo compartilhar com Vcs essas histórias maravilhosas.
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gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:44
E já vou partir pra próxima. Até lá
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:34
Te espero lá, bjx e muito obrigada!
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gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:24
Ameeei demais essa história
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:15
Ahhh que bom!
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:54
Miga, parabéns. Essa conseguiu superar egomaníaco pra mim
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:06
Sério? Sou cadelinha Egomaniaco haha
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:20
Eu sabia que vinha baby vondy
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:50
Tinha que vir né?
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:05
AI QUE PERFEITAAA
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:39
Ne verdade?
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thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:23:07
O mais legal é que eu leio adaptada depois quero o livro hahahaha culpa sua
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:17
A LOKAAA
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thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:22:40
Aí amiga eu não canso de te agradecer por adaptar tantas boas histórias! Estou encantada
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:06
Vc sabe minha luta né? Obrigada por acompanhar mesmo já tendo lido antes *-*
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taianetcn1992 Postado em 04/10/2020 - 23:38:13
gente que linda, ja terminei aqui e ja vou para " o jagador", todas as webs que vc escreveu eu favoritei
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:43:23
Ounnn, que bom! Obrigada *-*
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capitania_12 Postado em 04/10/2020 - 17:03:46
Aaaaaaaah não. Terminou.. Quero te desejar meus parabéns,essa fanfic foi sensacional . sucessoooooo
Primasvondy Postado em 04/10/2020 - 17:27:47
Ahhh que bom! Te espero na outra hein... É bem hot, do jeitinho que a gente gosta.