Fanfic: O Contrato - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy
Christopher
O apartamento estava silencioso. Dulce, depois de outra noite em silêncio, havia ido dormir. Ela não comera muito no jantar, mal bebeu seu vinho, e respondeu às minhas perguntas com pequenos murmúrios e balançar de cabeça. Eu a ouvi se movendo no piso superior, o som das gavetas abrindo e fechado, e eu sabia que, provavelmente, ela estava arrumando e reorganizando tudo. Ela fazia isso quando estava chateada.
A preocupação estava acabando com meus nervos; era algo pelo qual eu nunca tinha passado. Não estava acostumado a me importar com alguém. Pensei em como ajudá-la a se sentir melhor, como ajudá-la a falar. Ela precisava falar.
A cerimônia foi pequena, mas especial, já que Alma e Franco lidaram com a maioria das coisas, não era surpresa. Alma se sentou com Dulce e a ajudou a escolher algumas fotos, as quais eles colocaram pela sala. A preferida de Penny eles colocaram perto da urna que estava decorada com flores silvestres. Flores foram enviadas por pessoas diferentes, o último arranjo veio de Dulce e de mim. Todas as favoritas de Penny preenchiam o vaso ao lado de sua foto a maioria das flores eram margaridas.
Grande parte dos funcionários do Grupo Colucci foram prestar suas homenagens. Eu fiquei ao lado de Dulce, meu braço envolvido em sua cintura, segurando seu corpo rígido perto do meu, em apoio silencioso. Apertei suas mãos, aceitando as palavras murmuradas de condolências; consciente da forma como ela tremia às vezes. Alguns cuidadores e funcionários da Golden Oaks apareceram, e Dulce aceitou seus abraços e palavras sussurradas de luto compartilhado, então sempre recuava para o meu lado, como se buscasse abrigo em meu abraço. Havia alguns amigos de Penny que sobraram para aparecer — Dulce deu tratamento preferencial para aqueles que o fizeram. Ela se encolhia para falar em tons de sussurro com aqueles nas cadeiras de roda, certifica-se de que aqueles com muletas fossem acompanhados para um assento rapidamente e, depois da breve cerimônia, passou o tempo com todos eles.
Fiquei de olho nela e me mantive perto, preocupado pela falta de lágrimas e o constante tremor de suas mãos. Eu nunca tinha passado por luto até aquele dia. Quando meus pais morreram, eu não sentira nada exceto alívio depois de tudo pelo que me fizeram passar. Fiquei triste quando Nana foi embora de casa, mas era tristeza de criança. A dor que eu sentia por Penny era uma dor que queimava em meu peito. Brotava e se espalhava da forma mais estranha. Lágrimas contidas queimavam meus olhos quando eu menos esperava. Quando as caixas contendo as coisas dela chegaram, eu tive de ficar no depósito, tomado por uma emoção que não conseguia explicar. Eu me vi pensando em nossas conversas, na forma como seus olhos se iluminavam quando mencionava o nome de Dulce. Suas histórias engraçadas e doces da vida delas juntas. Meu calendário ainda estava com todas as terças à noite bloqueadas com o nome de Penny. De alguma forma, eu não conseguia apagá-los. Somado a todos esses sentimentos já estranhos, eu estava preocupado com minha esposa.
Achava que ela estivesse conseguindo lidar com tudo. Eu sabia que estava de luto pela perda da mulher que amava como uma mão, mas, mesmo assim, ela esteve calma. Estável. Chorara uma vez, mas eu não a via chorar desde o dia em que Penny falecera. Desde a cerimônia mais cedo naquele dia, ela se fechou. Ela saíra para caminhar, silenciosamente balançando a cabeça quando me ofereci para acompanhá-la. Quando ela voltou, foi direto para seu quarto até eu chamá-la para jantar. Agora, com meu conhecimento limitado em ajudar pessoas, eu estava perdido. Não poderia chamar Annie ou Franco e perguntar o que eu deveria fazer para minha própria esposa. Eles pensavam que nós éramos íntimos e presumiam que eu saberia exatamente o que fazer. Hoje, quando saímos da casa funerária, Annie me abraçou e sussurrou?
— Cuide dela.
Eu queria, mas não sabia como. Não tinha experiência com emoções tão intensas. Andei pela sala e cozinha, impaciente, bebendo meu vinho. Eu sabia que poderia malhar para aliviar um pouco da tensão, só que não estava no clima. De alguma forma, a academia parecia muito longe de Dulce e, caso ela precisasse de mim, eu queria estar perto.
Sentei-me no sofá e a almofada fofa me fez sorrir. Outro toque de Dulce. Cobertores de seda, almofadas aveludadas, cores quentes nas paredes e a decoração que ela adicionara faziam o apartamento ficar aconchegante. Parei quando ergui minha taça. Eu já tinha dito a ela que gostara do que ela fez?
Com um gemido, bebi todo meu vinho, colocando a taça na mesa. Inclinando-me para frente, segurei meu cabelo, puxando-o até ficar doloroso. Eu havia evoluído nas últimas semanas, disso tinha certeza, mas havia mudado o suficiente? Eu sabia que minha língua não estava mais tão afiada. Sabia que era uma pessoa melhor. Mesmo assim, não tinha certeza se era o bastante. Se ela estava sofrendo, confiaria em mim o suficiente para vir até mim?
Fiquei chocado em perceber o quanto eu queria isso. Queria ser a rocha dela. Ser a pessoa na qual ela poderia depender. Eu sabia que dependia dela — em muitas coisas na vida. Desistindo, apaguei as luzes e fui para o meu quarto. Coloquei as calças de pijama e fui até a cama, hesitando, então saí do meu quarto. Cheguei à porta dela, surpreso em vê-la parcialmente aberta. Como meus “barulhos noturnos”, como ela chamou educadamente, trazia-lhe consolo, eu não entendia, mas desde o dia em que ela admitiu precisar deles, nunca fechei a porta à noite.
Por um instante, pareceu estranho estar parado do lado de fora de sua porta, sem saber por que estava ali. Até eu ouvir. O som do choro abafado. Sem pensar mais nada, entrei em seu quarto. A persiana estava aberta, a luz da lua entrava pela janela. Ela estava curvada em uma bola, chorando. Seu corpo tremia tanto com a força de seus soluços, que eu conseguia ver a cama se movendo. Erguendo o cobertor, passei meus braços ao seu redor, segurando-a no colo e carregando-a para o meu quarto. Embalando-a, abaixei até a cama, nos cobrindo. Ela se endureceu, mas eu a segurei firme.
— Desabafe, Dulce. Vai se sentir melhor, docinho.
Autor(a): Primasvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1078
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anne_mx Postado em 15/10/2020 - 00:40:36
Que história lindaaaa, tenho acompanhado O Jogador e confesso que também estou apaixonada, obrigada por tantas histórias inspiradoras <3
Primasvondy Postado em 20/10/2020 - 09:30:36
Ahhh, fico feliz que tenha gostado. Eu amo compartilhar com Vcs essas histórias maravilhosas.
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gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:44
E já vou partir pra próxima. Até lá
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:34
Te espero lá, bjx e muito obrigada!
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gabie Postado em 05/10/2020 - 08:00:24
Ameeei demais essa história
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:15
Ahhh que bom!
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:54
Miga, parabéns. Essa conseguiu superar egomaníaco pra mim
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:45:06
Sério? Sou cadelinha Egomaniaco haha
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:20
Eu sabia que vinha baby vondy
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:50
Tinha que vir né?
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gabie Postado em 05/10/2020 - 07:59:05
AI QUE PERFEITAAA
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:39
Ne verdade?
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thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:23:07
O mais legal é que eu leio adaptada depois quero o livro hahahaha culpa sua
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:17
A LOKAAA
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thailavondy Postado em 05/10/2020 - 00:22:40
Aí amiga eu não canso de te agradecer por adaptar tantas boas histórias! Estou encantada
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:44:06
Vc sabe minha luta né? Obrigada por acompanhar mesmo já tendo lido antes *-*
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taianetcn1992 Postado em 04/10/2020 - 23:38:13
gente que linda, ja terminei aqui e ja vou para " o jagador", todas as webs que vc escreveu eu favoritei
Primasvondy Postado em 05/10/2020 - 10:43:23
Ounnn, que bom! Obrigada *-*
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capitania_12 Postado em 04/10/2020 - 17:03:46
Aaaaaaaah não. Terminou.. Quero te desejar meus parabéns,essa fanfic foi sensacional . sucessoooooo
Primasvondy Postado em 04/10/2020 - 17:27:47
Ahhh que bom! Te espero na outra hein... É bem hot, do jeitinho que a gente gosta.