Fanfic: Encontrada (2ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy
Bufando, inspirei fundo e prendi o fôlego. Virei a bebida de uma vez, como costumava fazer quando minha mãe me dava remédios. O líquido era grosso, viscoso, doce e se prendeu a cada canto de minha boca.
Christopher: Tudo. - Ele segurou a caneca em meus lábios, inclinando-a para cima até que não restasse nada ali.
Dulce: Argh! - resmunguei, limpando a boca nas costas da mão e estremecendo ao sentir aquele creme escorregar para o meu estômago.
Christopher: Não se deite - ele alertou.
Dulce: Não era bem isso que eu pretendia fazer - gemi, lutando para manter a gemada dentro de mim.
Um minuto inteiro se passou até que eu conseguisse controlar os espasmos e respirasse aliviada.
Christopher: Tudo bem? - Christopher quis saber, tocando meus cabelos e colocando-os atrás de minha orelha.
Dulce: Humm... Acho que... vai ficar aqui dentro.
Christopher: Vai sim. - Ele se inclinou e me beijou de leve. Ao menos no começo. Quando as coisas começaram a ficar realmente boas, ele se afastou. - A porta está aberta. Alguém pode nos ver. Deseja alguma coisa?
Arqueei uma sobrancelha, sugestivamente.
Christopher: Sabe do que estou falando - Christopher riu.
Examinei meu vestido sujo, as manchas de sangue seco próximas ao curativo.
Dulce: Acho que um banho seria legal.
Christopher: Vou providenciar. - Ele fez menção de se levantar, mas se deteve.
Christopher: Quer algo para ler mais tarde?
Dulce: Não. Tenho que ir até a vila de novo. A gente ficou de buscar o resto da tralha que você comprou pra mim. Não coube tudo na carruagem ontem.
Christopher: Anahí me contou quando veio visitá-la mais cedo. Ela deixou aquele pacote - ele indicou o embrulho sobre a mesa no canto. - Mas preferia que ficasse em casa hoje.
Dulce: Só machuquei o braço, Christopher. Você precisa parar de pirar toda vez que eu caio. Ou tenho gripe. Ou quase sou atropelada.
Ele comprimiu os lábios, visivelmente contrariado.
Christopher: Então vou acompanhá-la.
Dulce: Porque gosta de estar perto de mim ou por medo de que eu me meta em problemas?
Christopher: Porque também tenho assuntos a resolver na vila. Mas posso adiar, caso consiga convencer a senhorita a ficar em casa.
Dulce: Bom, eu ficaria se você não tivesse comprado a vila toda. Sabia que tem mais de doze camisolas no meu enxoval? E você sabe que eu nem uso camisolas! - Preferia dormir usando as confortáveis camisas surradas manchadas de tinta do meu pintor preferido. Humm... Talvez Christopher estivesse querendo me dizer alguma coisa ao comprar toda aquela lingerie... - Sério, Christopher, você tem que parar com isso agora. Daqui a pouco não vai ter espaço pra guardar tanta... - porcaria, eu quis dizer, mas pensei melhor - coisa. E olha que sua casa é do tamanho de um museu!
Christopher: Não vamos discutir esse assunto novamente. Eu me recuso. - Ele ficou de pé.
Eu me arrastei para a beirada da cama e me levantei também.
Dulce: Vamos sim! Você precisa escutar o que eu digo. Eu não quero mais nada. Já tenho tudo, porque tenho você. E é a única coisa que eu quero e preciso: você! Nada de camisolas, lençóis, paradas com renda que eu nem sei o que são. Você, e apenas você!
Aquele sorriso malicioso que eu amava deu as caras. Um de seus braços encontrou o caminho de minha cintura. O outro subiu para o meu rosto, e ali ele encaixou a mão e o inclinou. Prendi a respiração.
Christopher: Você não pode me dizer esse tipo de coisa e esperar que eu me comporte como um cavalheiro, senhorita.
Seus lábios encontraram os meus. Ergui os braços para enlaçar seu pescoço, mas Christopher soltou minha cintura e deteve meu pulso esquerdo a tempo.
Fiquei um pouco perturbada, até que ele o estreitou contra o peito, rijo, repleto de vales recoberto por uma pele sedosa e pelos macios, e o manteve ali, sua mão grande engolindo a minha. Seu coração batia rápido e forte contra a minha palma. O ferimento em meu antebraço, aquele que ele mantinha cativo com tanto cuidado, pulsava no mesmo ritmo. Eu me derreti contra ele.
Cedo demais, Christopher separou nossa boca e encostou a testa na minha. Os dedos em meu rosto traçavam de leve a linha de meu maxilar.
Christopher: É melhor eu procurar a senhora Madalena, antes que ela nos encontre assim e me proíba de chegar perto da senhorita - sua voz estava rouca.
Dulce: Tá - murmurei, meio zonza.
Ele me beijou mais uma vez antes de sair do quarto. Só quando fechou a porta, me lembrei da discussão e de que ela não chegara a lugar nenhum. Como em todas as outras vezes.
Dulce: Droga, Christopher!
Soltei um longo suspiro e fui pegar os óleos. Desembrulhei os frascos, mas me detive quando, sem querer, deixei cair o papel de embrulho. Alguns documentos e a caneta Bic que eu dera a Christopher estavam sobre a mesa. Ao que parecia, ele passara um bom tempo fazendo anotações e contas. Dei uma olhada em uma delas. Franzi a testa tentando entender melhor aqueles números, mas, antes que pudesse analisá-los com mais atenção, Madalena e um empregado adentraram no quarto carregando baldes de água.
Madalena: Bom dia, senhorita - saudou-me a governanta dos Uckermann, entrando e despejando a água na banheira. - O patrão nos contou sobre o acidente. Lamento muito que tenha se ferido, mas fico contente que não tenha batido a cabeça dessa vez.
Dulce: Vou ser a noiva mais esquisita que já viram, não vou? - comentei, olhando para a atadura suja que já começava a se soltar em meu braço. Nem o lindo anel em formato de flor, com seu brilho cintilante, conseguia suavizar minha aparência sinistra.
Madalena: Não, querida. Será a mais bela, pois estará se unindo ao homem que ama. E um simples ajuste na manga pode esconder o curativo.
Isso! Madame Georgette devia ter alguma coisa meio à mão para emergências como aquela, certo?
Madalena: Já levei todos os seus pertences para o novo quarto. - Madalena testou a temperatura da água. - O baú está preparado para a viagem. Tomei a liberdade de incluir algumas camisolas de seu enxoval.
Dulce: Valeu.
Ainda não acreditava que teríamos uma lua de mel. Christopher e eu iríamos para as montanhas! Não sei bem o que isso significava, mas tinha consciência de que não era nenhum resort cinco estrelas com garçons trazendo caipirinha na beira da piscina. Mesmo assim, eu estava ansiosa. E Christopher também.
Ele me contou que a casa na região montanhosa pertencia à família Uckermann havia décadas. Os pais dele passavam muito tempo lá quando ele e Anahí eram crianças, para desfrutar de alguns momentos de privacidade. Christopher pretendia seguir os mesmos passos, e seria a primeira vez que ficaríamos totalmente sozinhos. Quer dizer, sem contar os empregados, mas até nisso ele dera um jeitinho. Alguém prepararia tudo no chalé, e levaríamos comida que não estragasse com facilidade. Eu não me importava com nada disso desde que, com os olhos brilhando, Christopher mencionara um lago. Anahí ficaria sob os cuidados de Madalena e Gomes, e os Moura permitiram que Angelique permanecesse na fazenda enquanto estivéssemos fora.
A governanta terminou com a banheira e me entregou o potinho com o creme de abacate, banana e água de coco. Madalena era uma dádiva! Juntei um pouco dos óleos à papa e misturei bem com os dedos. Eu não tinha certeza se eles fariam meu condicionador caseiro durar mais, como informara o boticário, mas o aroma ficou muito agradável, parecido com o de um cosmético de verdade. Pedi à Madalena que me arrumasse uns vidrinhos para guardar o restante e fazer alguns testes de durabilidade. Ela assentiu e saiu assim que comecei a desabotoar o vestido.
Tomei um banho demorado, mas foi complicado não molhar a atadura no antebraço. Eu me recostei na banheira, deixando meus membros doloridos relaxarem, e me espantei ao perceber que a dor de cabeça havia desaparecido como mágica.
Sorri. Christopher sempre tinha razão. Não que eu fosse dizer isso a ele um dia...
O sorriso morreu quando lembranças de sua expressão triste invadiram, sem convite algum, minha cabeça. Meus dedos se enroscaram por vontade própria no pingente do meu colar. Aquele com a letra C que Maite me dera pouco antes de eu voltar para o século dezenove. Eu entendia quanto aquele relógio significava para Christopher, a dor que aquela perda lhe causava.
Eu tinha de fazer alguma coisa quanto àquele relógio, decidi, saindo da banheira e me secando apressada. Mas o quê?, a pergunta fervilhava em meus pensamentos.
Enquanto me vestia, eu não fazia a menor ideia de que encontraria a solução para o problema naquela mesma manhã. Nem de que aquilo alteraria meu futuro de maneira irreversível.
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Autor(a): delenavondy
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Quando chegamos à vila, o sol já estava a pino. Christopher me ajudou a descer da carruagem e não saiu de perto de mim um só instante. Ele ficava olhando para todos os lados esperando que um homem-bomba se atracasse a mim, ou algo do tipo. Era muito ridículo. Isaac mais uma vez empilhava caixas sobre o teto. Anahí explicava ao garot ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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mandinha.bb Postado em 04/09/2021 - 09:47:14
Amei, amei e estou ansiosa para começar a ler Destinados..... Vc escreve de mais
delenavondy Postado em 04/09/2021 - 12:41:00
Oi já comecei a postar
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thainagabriella2 Postado em 01/09/2021 - 22:59:21
Eu estou chorando! Que nascimento mais lindoooooo. Eu amo a sua escrita, demais mesmo. Senti cada pedacinho da emoção desse parto!
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thainagabriella2 Postado em 30/08/2021 - 11:07:53
Vem bebê vondy por aiiiiiii!!
delenavondy Postado em 30/08/2021 - 15:07:14
SIMMM!! Hoje tem poste ok 😉
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thainagabriella2 Postado em 25/08/2021 - 14:17:55
Posta maisss!!
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amandita.britinho Postado em 23/08/2021 - 17:19:53
Meninaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pelo amor de Deus e de tudo o que é mais sagrado continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssss, quero ler mais ainda mais agora que eles estão de boa e o Christopher vai apoiar a Dul e eles bem podiam ter um baby Vondy... Não acredito que a Ninel sequestrou a Any, estou pirando... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
delenavondy Postado em 23/08/2021 - 23:51:30
olá, desculpe por não ter postado. Mas aconteceu alguns problemas aqui em casa e não pude postar. mas vou tentar postar mais alguns capítulos essa semana ok Obrigada pela compreenção
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amandita.britinho Postado em 22/08/2021 - 11:28:59
Pelo amor de Deus continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssss, quero ler mais ainda mais agora que eles estão de boa e o Christopher vai apoiar a Dul e eles bem podiam ter um baby Vondy... Não acredito que a Ninel sequestrou a Any, estou pirando... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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mandinha.bb Postado em 16/08/2021 - 12:12:01
Continuaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssss
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thainagabriella2 Postado em 09/08/2021 - 21:57:34
Genteeeeee, eu to pirando!!!!!!!!!!!!!! Christopher tinha que entender um pouquinho o lado da Dulce também :( Posta maissss!
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amandita.britinho Postado em 06/08/2021 - 23:11:26
Leitoraaaaaaaaaaaa novaaaaaaaaaaaaa, assim como a mandinha.bb não comentei antes, pois primeiro leio as histórias como fantasminha e só depois de ler comento e como antes de ler essa tive que ler a 1 temporada e lê a 1 temporada em 6 dias e essa eu consegui em 3 e agora quero, estou ansiosa e curiosa por mais, acho que o Christopher vai ficar louco com essa saída da Dulce e a Madalena vai se sentir super culpada, mas e eu acho q esses enjoos que a Dul vem sentindo seja uma gravidez não? Continuaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssss
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mandinha.bb Postado em 06/08/2021 - 14:23:26
Leitoraaaaaaaaaaaa novaaaaaaaaaaaaa, não comentei antes, pois primeiro leio as histórias como fantasminha e só depois de ler comento e como antes de ler essa tive que ler a 1 temporada e lê a 1 temporada em 6 dias e essa eu consegui em 3 e agora quero, estou ansiosa e curiosa por mais, acho que o Christopher vai ficar louco com essa saída da Dulce e a Madalena vai se sentir super culpada, mas e eu acho q esses enjoos que a Dul vem sentindo seja uma gravidez não? Continuaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssss