Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA

Já estamos de pé, caminhamos devagar ele se recusa a segurar em mim, anda rastejando uma perna, mas se apoia em um pedaço de tronco, eu ando devagar, sinto muitas dores no corpo e principalmente meu tornozelo esquerdo, andamos bastante, olho para trás e ainda estamos na areia, mas tenho força de que conseguiremos, olho poncho ele é lindo, sua braveza o deixa tão lindo, mas ao vê-lo sinto que vamos demorar mais do que imagino. Entramos na floresta e percorremos por um caminho "aberto" andamos bastante.

Poncho: Anahí vamos parar por aqui!? Estou cansado, minha cabeça está latejando!! – Ele se apoia em um tronco e vai descendo até se acomodar no chão, eu olho para ele quero continuar, mas vejo que ele está cansado, e pálido, pego alguns galhos secos que encontro e que consigo carregar, com muito esforço e persistência, consigo fazer uma fogueira, e me sento ao seu lado..

Any: Sabe Afonso, eu não sei o que realmente você tem contra mim, mas ...... – Sou interrompida por um sorriso sínico de poncho ele olha para o fogo, e está nervoso.

Poncho: Acho que tenho tudo!! Garota, seu pai MATOU o meu pai! Então você não quer que eu beije, e lambo seus pés né? – Ele me olha com um olhar desafiador, penso que sim, queria sim que estivesse aos meus pés.. 

Any: Mas eu não tenho culpa! Aliás meu pai também não tem! Ele realmente não viu!! – eu falo com os olhos cheios de lágrimas, ao falar de papai sinto saudades e preocupação, como ele deve estar agora?  - olho para a fogueira enquanto penso em papai.

Poncho: E porque você diz que não foi ele ? – ele está mais calmo, mas tem um ar de cinismo., Em suas palavras.

Any: Porque ele me disse, ele me garantiu que não fez nada com seu pai, foi um acidente! – Ele sorri e eu me contraio, tenho medo dele.

Poncho: Não seja tão ingênua, os pais mentem! – Ele e eu ficamos quietos, ele abre a bolsa e pega uma pequena vasilha no fundo, ela está sem rachaduras, ele abre e parte um pão com presunto ao meio e me dá a metade e ficamos quietos, saboreio aquele pão, como se fosse um prato de grãos e carne, após essa pequena refeição, me ajeito para descansar um pouco, poncho faz o mesmo, mas vira de costas para mim, e assim dormimos. Pela madrugada acordo com frio, estou sem minha blusa de frio, a fogueira já apagou, olho para ponho ele dorme virado para mim, vejo que ele está arrepiado, eu fecho os olhos na tentativa de voltar a descansar, quando escuto sua voz rouca:

Poncho: Deita mais perto de mim, assim nossos corpos aquecem.. – Ele diz com os olhos fechados , mas o abre para abrir os botões de sua camisa, eu me aproximo e ele me abraça, eu não falo nada, apenas engulo as salivas e fecho os olhos - meu Deus que homem é esse?! Se for para morrer e ser assim.. tudo bem! ..

Poncho: Desliga o tico teco e dorme, amanhã temos que andar bastante! – Sorrio pois sei que ele foi convencido, agora sei que estou segura, fecho realmente os olhos e esqueço de tudo!