Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA

Escuto um barulho, e gemidos, reluto em abrir meus olhos, me certifico de onde estou, e fecho novamente, mas algo acontece de estranho, vejo Afonso, vejo seu rosto, abro os olhos outra vez, e sorrio, com certeza ele chegou, me levanto e devagar sigo para a sala, lá está ele, tomado banho, com roupas limpas, curativos na cabeça. Ele está sentado em um sofá de dois lugares está com os olhos fechados, meus olhos quase transbordam, fico um tempo parada, sem acreditar que estamos bem, quer dizer que ele está bem, chego perto dele e passo minha mão enfrente aos seus olhos!

Poncho: Você conseguiu garota! – ele fala com uma voz rouca e baixinha, e dando um breve sorriso, sento-me ao seu lado, e sorrio enquanto lhe abraço.

Any: Sim garoto, eu consegui, na verdade nós conseguimos! – ele me aninha e fico assim por um tempinho, sinto que nesse momento não queriamos o mal um do outro, até que Filipe se aproxima e eu abraço ele. 

Any: obrigada senhor Filipe, por encontrá-lo na escuridão, apesar da sua pouca visão! – Ele ri.

Filipe: como ela ousa falar isso para você? – Nós rimos, dona Amélia se aproxima de nós, carregando um prato com caldo para poncho, eu pego de suas mãos, e ofereço para poncho, dou a ele de colher em colher.. após comer, Filipe ajuda ele ir ao banheiro eu vou para o quarto ajeitar a cama.

Amélia: Me desculpa, não ter outra cama, sinto que vou lhes causar constrangimento. – ela disse me entregando uma outra manta.

Any: Fica tranquila, daremos um jeito, somos adultos! – dou um beijinho no rosto, e logo ajudo Poncho se deitar na cama, Filipe e dona Amélia, nos dá boa noite, e encostam a porta, eu sento do lado de Poncho.

Any: Sabe Afonso, eu não queria isso, mas não temos outro jeito, até você melhorar o cuco e eu o pé, teremos que nos aguentar um pouco aqui – passeio minha mão pela cama.

Poncho: Garota, relaxa! Estamos vivos e isso é o que importa.. você conseguiu, e olha onde estamos.. – Ele olha para o teto e está com lágrimas nos olhos, eu deito igual a ele e pego sua mão que está entre nós dois, faço um pequeno carinho, ele retribui mas logo ele se esquiva e vira de costas para mim, eu me levanto ajeito o pequeno sofá que a em um canto do quarto, deito e me cubro com a manta, e ali eu durmo outra vez.

Logo pela manhã escuto barulho de passos, me levanto, vou até a cozinha, dou beijo em dona Amélia, ela sorri para mim e conversamos bastante, vamos até o galinheiro, procurar pelos ovos, botados nós puleiros, estou feliz em poder retribuir o carinho que dona Amélia me dá, estou tão focada e algo me assusta.

**** ANAHÍÍÍÍÍÍ...... – Escuto um grito, bem alto, uma voz rouca carregada de choro !? Saio correndo do galinheiro, coloco a cesta com alguns ovos sobre a mesa, e vou correndo até o quarto, encontro poncho de olhos fechados, mantém-se em posição de concha e abraçado o travesseiro que eu dormi antes dele chegar, logo Filipe e dona Amélia aparece.

Filipe: Esse foi o jeito que encontrei ele, mas abraçava uma mochila, ele está bem? - me aproximo dele e deito-me atrás dele e lhe deposito um beijo em sua cabeça

Any: ei, estou aqui, calma... shiuuuu.... calma, nada vai te acontecer! – Sinto o coração dele se acalmar, ele abre os olhos e vai respirando mais devagar, ele segura meu braço, em um sentido de certificar que sou eu mesma.

Poncho: Bom dia!! Desculpa!! – ele se solta de mim e senta na cama, todos respondemos, me levanto, e abro a cortina, ele fecha os olhos, vamos até a cozinha e tomamos café.