Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA

Ando um bom tanto, pelo caminho reflito tudo que aconteceu, e penso sobre a promessa de Poncho, ele não é tão verdadeiro assim.. Chego em casa paro na porta de entrada e vejo papai deitado no sofá e  Júnior limpando a pequena estante da sala..

Any : Eu poderia entrar, tomar um banho, e comer algo, que nem iria se dar conta de que voltei! – Papai está tão magrinho, mas consegue se sentar rapidamente, me sento ao seu lado e o abraço, Júnior se junta a nós.

Júnior: Você voltou Any, você voltou! – disse em meio a tantas lágrimas!

Eduardo: Filhinha, que saudade, por onde esteve? O que aconteceu? - Disse chorando.

****: Sabia que você voltaria! – olho para trás e vejo Ucker de avental, eu corro para abraça-lo..

Any: Estava morrendo de saudade de vocês três! Eles me bajulam, beijo muito eles, logo Ucker nos serviu o jantar, contei tudo que aconteceu, em partes, falei que estávamos no meio do mato, e que achamos um barraquinho de madeira e que ficamos ali até nos recuperar.. fizeram muitas pergunta, uma delas a roupa, e eu logo tratei de dizer que foi a mesma do dia do acidente, após horas conversando e matando a saudade, vou para o fundo para ver meu jardim e respirar o perfume das flores.

Júnior: Any! O tio, está mal, eu cuidei dele, mas ele não comeu bem, nem dormia direito!

Any: Obrigada meu amor! Agora que estou aqui, e ele viu que estou bem, é capaz dele melhor! – Júnior como sempre bem prestativo, me ajuda colocar papai na cama, o menino logo lhe dá um beijinho e vai para o sofá, depois de muita conversa ele foi deitar na minha cama, fiquei na sala sentada, estou pensando em tudo que aconteceu, em meio as lágrimas agarro uma almofada para abafar o som dos meus gritos.. Não entendo as lágrimas, mas sei que preciso libera-las..

Dois dias depois, vejo que papai progrediu bastante, mas tenho medo dessa melhora, sigo para a praça do lado Norte, logo pela manhã, preciso trabalhar, já estamos sem comida! 

Ao chegar monto minha barraquinha, começo as vendas, mas sinto um pingo, olho para o céu, uma nuvem carregada, sinto medo, frio, começo fechar minha barraca e pego minhas flores, o vento toma conta, todos em volta já fecharam, o vento é forte e seu barulho assusta, começa uma chuva tremenda, penso no que fazer, mas não dá estou parada, não consigo me mover, estou com medo, olho a minha volta, só vejo água, meu Deus não pode acontecer outra vez.

**** ANYYYYYYYY!!!

Any: Ucker!? – Ele me abraça.

Ucker: Any não acreditei que você veio trabalhar!

Any: Eu preciso!

Ucker: O pior é que não sei como vamos embora! O Barco não vai funcionar hoje! – Ele me abraça para conseguir caber nós dois debaixo do guarda chuva.

**** Oii, ANYYYYYYYY!! – tento ver da onde vem a voz, e logo vejo Dulce!! Está saindo do carro e nos chama com a mão, nós nos aproximamos.

Any: Dul que saudade, olha assim que eu tiver como, vou lhe comprar uma roupa igual aquela que você me emprestou!

Dul: Vem entram, e não se esquenta. – eu e Ucker entramos depois de Dul insistir muito, vamos para sua casa, ao chegar lá Dul diz que está sozinha com poncho, mas que o mesmo está no quarto com a namorada.

Ucker: Parabéns pela casa, muito linda. – Abre um sorriso.

Dulce: Obrigada -pisca para ele...

Percebo tudo o que aconteceu aqui, mas não consigo reagir ao que Dul disse poncho está com a namorada.

Dul: Anyyyy acorda! Você quer trocar de roupa ?

Any: Desculpa Dulce eu não ouvi chamar, não quero não, logo essa seca, eu só preciso avisar o papai que estou bem.

Ucker: Claro Any, Dul empresta o telefone? Vou avisar minha avó, assim ela leva o recado ao seu pai. - apenas olho para ele, Dul e Ucker se afastam um pouco para chegarem ao telefone, eu paro enfrente a uma parede que contém várias fotos, olho para todas.

Poncho: Any! O que faz aqui? - ele me olha assustado.

Any: Está chovendo, sua irmã trouxe eu e Ucker, estava com medo.... - sou interrompida por poncho. Ele vai se aproximar e eu vou para trás.

Poncho: Deixa eu explicar sobre o que houve?! Me desculpa! Eu sou .... - estou olhando ele nos olhos.

Any: Eu acho que você se enganou. - olho para as fotos.

Poncho: Com o que? - ele me vira colocando uma mão no meu ombro.

Any: Com duas coisas: primeiro eu não sou frágil, eu sou forte, muito forte, e segundo não é para mim que você deve desculpas e explicações. - olho para Fernanda que está descendo as escadas, Poncho me olha com um olhar de quem mataria um.

Ucker: Any! Vamos? Liguei para o dono do bar, ele disse que leva a gente, assim que a chuva passar, mas acho que é melhor irmos agora. 

Poncho: Estamos indo para lá, eu levo vocês dois!

Ucker: Pode ser! Dul você vem?

Dul: Claro! - Eu não opino em nada, no carro estou atrás, vou atrás do banco do motorista que é Poncho, ele vai o caminho todo me olhando pelo retrovisor, estou com o pensamento longe.