Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA

Médico: Infelizmente, o senhor Puente teve uma parada cardíaca, tentamos reanima-lo, fizemos 3 ciclos de adrenalina, massagem cardíaca e ventilação, mas ele não resistiu, ele estava muito debilitado! Fizemos o que podíamos. 

Apartir do momento que o médico disse infelizmente eu não escutei mais nada, apenas me veio lembranças de papai, lembranças essas de moemntos felizes, eu vejo tudo ficar preto.

30 minutos depois.

Abro meus olhos, vejo Ucker, ele está acariciando meu rosto, ele chorou, seus olhos estão vermelhos, assim como a ponta de seu nariz, ele me abraça.

Ucker: Eu sinto muito, conte comigo para o que precisar! - eu apenas olho para ele. Mais tarde eu sou liberada, Ucker vai reconhecer o corpo de papai, depois vamos para casa para ajeitar a burocracia do enterro, chego em casa e vou para o quarto de papai, deito em sua cama e choro. Na manhã seguinte seguimos para o velório, estou sentada ao lado de Ucker, Junior e dona Mercedes, vejo Dulce se aproximar, e mais para trás vejo Poncho que assiste de longe. Após o enterro estamos em pé, agradecendo as palavras de conforto, quando chega a vez de Dul, ela me abraça e a única coisa que faço é ficar parada, vejo poncho mais perto, porém ainda longe.

Dul: Any, não temos culpa! Naquele dia, chegamos em casa, mamãe riu ao falar para nós que sabia onde e com quem estávamos, e perguntou se tínhamos alguma notícia do seu pai, perguntando se ele já tinha ido.. poncho ficou uma fera, e é claro que, eu entendo o que você está sentindo, meu... – eu a interrompo!

Any: Obrigada Dulce pelas palavras, mas nada vai adiantar! Meu pai não fez nada para o seu! Ele tentou ajudá-lo! Ninguém ouviu ele! Ninguém quis ao menos saber o que aconteceu! Então não venha com um discurso, de que você entende o que estou sentindo. Seu pai, morreu por um acidente ou doença, mas não pelo mal de outra pessoa.. Já o meu morreu sendo acusado de assassinato! Pensa bem, o meu sentimento não é o mesmo que o seu! – Após minhas palavras, ela se afasta e vai até o irmão, e o abraça chorando, eu engulo seco, levanto minha cabeça e vou embora acompanhada dos meus amigos.

Os dias passam, Junior está morando comigo, fizemos algumas mudanças na casa.. mas está sendo difícil viver aqui... É tarde da noite, escuto cascos de cavalo, logo batem na porta de casa, ao abrir levo um susto:

Any: Dona Amélia, senhor Filipe, o que fazem aqui ?

Amélia: Ah minha querida, recebemos a visita de poncho, ele nos contou o que aconteceu, viemos o mais rápido possível.. sentimos muito, pelo seu pai!

Any: obrigada! Mas entrem ! – Eu lhes dou passagem, ambos entram e se sentam..

Filipe: Estamos envergonhados, pelo o que aconteceu, minha filha é muito mal! Gostaríamos de alguma forma te recompensar, sei que não trará seu pai de volta.

Any: Do que estão falando? – Olho para os dois.
Amélia: Any! Queremos que você venha ficar com a gente na casa da montanha! Queremos cuidar de você! – Eu estou paralisada.
Any: Não isso não, eu estou bem, e tenho que cuidar de um amigo – ainda bem que Júnior apareceu nesta hora.

Amélia: Venha os dois ! Será um prazer Any, cuidar de você, sinto falta, da sua alegria, das nossas conversas, eu preciso de você..

Filipe: Venha Any, você pode levar esse garotão e você não precisa ficar para sempre, apenas por um tempo, até tudo melhorar. 

Any: Não posso! Eu fico muito agradecida, muito mesmo, mas não posso largar tudo para trás. - os dois entendem, eles garantem que se eu mudar de ideia as portas estão abertas, logo eles se desprendem. Na manhã seguinte eu e Junior seguimos para o lado Norte, estamos vendendo as flores, quando vejo poncho e Fernanda eles vem até a banca, Júnior ajuda ela a escolher as flores, eu olho tentando não olhar Poncho.

Poncho: Dulce ficou triste! - ele me olha.

Any: Que pena, não posso agradar todos! - olho para ele, nossos olhos se encontram, quero lhe dar um beijo, mas não posso..

Fernanda: Querida eu quero essas aqui! - Pego as flores e faço um arranjo, e entrego para ela.

Fernanda: Ah deixa eu te falar a novidade, vamos nos casar! Ninel tocou no assunto hoje pela manhã, poncho achou uma boa ideia, - eu respiro fundo, olho para os dois e finjo um sorriso.

Any: Nossa que legal! Parabéns! -  Poncho me olha e baixa a cabeça.

Fernanda: E ah, já que você salvou a vida do papai - ela fala acariciando a barriga - Gostaria de te convidar para ser madrinha do nosso bebê! - eu congelo, movo meus olhos para Poncho, ele ergue a cabeça sem entender o que ouviu.

Any: Obrigada, pela consideração, mas não posso aceitar, eu não vou poder nada para seu filho. - Ela ri e não entendo o porquê.

Fernanda: Claro que não né, você é louca? - eu lhe entrego o troco, e rio com ela.

Any: Ainda bem né, pensou eu madrinha, do filho de vocês!? Seria uma tragédia! Não sei nem pegar criança no colo! - ela fica séria, e pede para sair dali, Poncho me olha sorrindo e sai atrás dela.

Descido voltar mais cedo para casa, Júnior como sempre me acompanha, arrumo nossas coisas, já estou decidida, eu preciso ir embora, ficar longe de tudo um tempo, vamos até a casa de Ucker, converso com ele, o mesmo compreende, ele leva eu e Junior até certo ponto, me despido de Ucker, e sigo junto com Júnior para a casa da floresta.