Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA

Estamos todos no chão da sala, brincamos com as crianças, noto que Poncho começa a ficar quieto, pego sua mão.

Any: Está tudo bem? - ele me olha e fecha os olhos.

Poncho: Sim só estou sentindo meu coração na boca - ele encosta a cabeça no sofá.

Any: Júnior liga para a vovó, diga que a mamãe vai levar o papai ao hospital. - Maitê olha para a gente, levanta e abraça poncho, uns 10 min. Depois Ninel chega, Poncho levanta mas logo desmorona.

Ninel: Júnior leva Maitê para o quarto. - ela pega o telefone e disca para a ambulância, enquanto isso vou abanando Poncho que transpira muito, e está com a mão no peito, com uma feição de dor no rosto e a mão no peito.

Any: Meu amor calma, relaxa vai dar tudo certo tá! - seguro sua mão, nem 5 min depois da ligação a ambulância chega, o médico consta um possível infarto (como ele já havia apresentado um vez)… Os médicos colocam uma máscara de oxigênio, e vários fios com adesivos no peito de Poncho, e após a segurança dele na maca, eles o levam para a ambulância, eu pego minha bolsa e a carteira dele e vou junto com ele na ambulância.

Estou na sala de espera, Ucker logo chega.

Ucker: Ei alguma notícia? - ele me abraça.

Any: Não nenhuma, faz quase 20 minutos que ele entrou, cadê Dul? - eu olho a nossa volta.

Ucker: Dul ficou com Ninel, ela estava apavorada! - ele ainda me abraça.

Any: Poncho vai ficar bem né? - eu olho para ele.

Ucker: Espero que Sim Any! - nós sentamos, logo me levanto, sento de novo, me levanto outra vez a falta de notícias, me deixa impaciente, estou na máquina pegando um café quando a porta se abre e o médico sai, vou o mais rápido possível até ele.

Any: E aí Dr° como está meu marido? - eu o olho.

Médico: Senhorita Herrera é melhor sentar. - eu começo a chorar, já escutei essa frase de que é melhor, e na verdade nem eles sabem o que é melhor.

Any: Pode dizer! - ele me encara e Ucker coloca suas mãos em meus ombros.

Médico: Bom, como quiser, senhor Herrera, teve um Infarto, foi submetido a um exame de angioplastia, para repararmos o dano causado, senhor Herrera é jovem, mas já foi seu 2 ° infarto, a musculatura cardíaca não é a mesma.

Any: O que quer dizer? Ele morreu? - olho para o Ucker.

Ucker: Deixa o médico falar Any. - ele me abraça.

Médico: Bem, durante a Angioplastia, senhor Herrera sofreu um queda brusca dos sinais vitais, ele não chegou a parar, para não acontecer o pior, optamos pela entubação, e realizar o exame assim que a condição hemodinâmica dele estabelecer. - eu olho para ele sem entender nada, ele percebe então conclui. - Senhorita Herrera, o Senhor Afonso, foi submetido a um coma induzido e respira por aparelhos, assim, que a musculatura cardíaca se estabilizar ficar mais forte, faremos o procedimento. Porém asseguro que a cada minuto que passa e que não é possível realizar a angioplastia, é um risco de sequelas e de morte. - nessa hora eu paro, fico parada, limpo minhas lágrimas, não escuto mais ninguém, sento um uma cadeira distante e ali fico, sem escutar e sem falar com ninguém. As horas passa, e assim que Poncho é transferido para o peito certo da UTI, eu entro para ve-lo,  Ucker me acompanha, eu paro ao lado de Poncho e pego sua mão, beijo sua testa e me aproximo de seu ouvido.

Any: Eu te amo! Eu sou forte, vou lutar ao seu lado, garoto! - eu acaricio sua cabeça e fico ali por um tempo, depois sento em uma poltrona, dali não saio mais, logo depois Ucker me diz algo, eu não escuto, e logo sai, meus olhos estão fixos em Poncho, e assim eles ficam durante a noite.

Vejo tudo acelerado, menos o movimento que Poncho faz com o tórax devido as máquinas que o ajudam respirar, tudo que me é oferecido eu recuso, poncho recebe a visita de Dul e Ninel, ambas choram, falam comigo eu não me mexo, fico sentada encolhida na poltrona, até que alguém entra na minha frente, atrapalhando minha visão para poncho, eu pisco e olho para cima, é Hugo! Ele se abaixa e segura meu rosto.

Hugo: Você precisa entender Anahi, Afonso precisa da sua força! - eu o olho e meus olhos enchem de lágrima.

Any: Estou sendo forte! Por isso estou aqui! - eu desvio meu olhar para Poncho.

Hugo: Não! Você está se esquecendo de ser forte! Você está demonstrando fraqueza! Ele não irá reagir bem, sabendo que você não se cuidou! - ele me abraça! 

Any: Hugo eu preciso sair daqui! - eu seguro seus antebraços e aperto, ele me ajuda levantar, Dul e Ninel que estão ao lado de Afonso me olham, saio às pressas com Hugo, passo pela recepção e Ucker me olha, ele se levanta mas Hugo faz um sinal para deixar, ao sair lá fora, eu respiro fundo, Hugo chega logo atrás eu me viro, lhe dou um abraço e desabo, choro e grito como se Ponho tivesse ido embora, me dói saber que posso sofrer tudo que sofri com a perda de papai. 

Hugo: Isso minha menina! - ele me segura com força, mas aos poucos estamos no chão, a porta se abre e é Ucker, ele agaixa e me olha.

Ucker: Você está bem? 

Hugo: Psiuuuuuu.. deixa ela! - ele fa carinho na minha cabeça eu vou me acalmando e ele continua - Xiuuuuuuuu - ele faz como se tivesse me ninando.

Ucker: O que você está fazendo cara? - eu fecho meus olhos.

Hugo: Preciso levá-la para casa! - Ucker sem entender entrega as chaves para Hugo, ele me pega no colo e me leva embora, ele me dá um banho, e me coloca para dormir.