Fanfic: Os dois lados da Ilha - AyA | Tema: Rebelde AyA
Quando me é permitido, entro para ver Poncho, ele está entubado, faço carinho em seu rosto, e converso com ele, assim revivo o passado , todos os dias faço a mesma coisa, de casa para o hospital, do hospital para casa, na 2 semana em que Poncho ainda está no hospital, a equipe médica me orienta que será necessário realizar uma traqueostomia, os mesmo me garante que pela manhã irei receber um termo, para autorização, o procedimento será só centro cirúrgico, pois também acontecerá a colocação do marca passo, Poncho está com o coração cada vez mais fraco. A noite não vou para casa, durmo com Poncho no hospital, na verdade nem durmo, fico apenas olhando para ele, e imaginando o que ele queria.
Olho para o relógio, 06:30 hrs, o médico disse que as 07:00 hrs passaria para conversarmos, sento ao lado da cama, e pego na mão de Poncho.
Any: Poncho meu amor, farei o necessário para te-lo comigo, se não for da tua vontade, eu lhe peço desculpas, mas preciso de você comigo! - abaixo a cabeça e as lágrimas caem do meu rosto, as mãos de Poncho estão frias, escuto aquele barulho vindo do monitor cardíaco, a enfermagem chega, logo os médicos, e só posso escutar:
" ..... Ciclo 1, 30... Adrenalina.... Ciclo 2 ...... 29, 30... Ventila... " E assim ocorre nos meus 40 minutos de tortura, massagem, medicações, ventilação, estou parada no meio de todos, olho apenas para Poncho e grito:
Any: PARAAAAAAAA! CHEGADA MEU MARIDO NÃO ESTA MAIS AQUI! - todos me olham, o médico segura minha mão.
Médico: Hora da morte, 07:00. - fecho meus olhos, talvez Poncho não queria mais sofrimento, chego perto dele, e todos me dá passagem, toco em seu rosto, percebo que alguns choram, outros seguram suas lágrimas.
Any: Eu te amo meu Garoto! - acaricio seu rosto e lhe dou um último beijo, e vou me sentar, fico olhando para seu corpo enquanto a enfermagem arruma tudo, isso é uma tortura, logo escuto batidas na porta e ela se abre.
Hugo: Meu Deus! - ele deixa o buquê de flores cair no chão.
Any: Poncho se foi Hugo! Ele se foi! - começo a chorar e sou amparada pelo meu amigo, após algumas burocracias, vou para casa, preciso falar com todos, especialmente com as crianças, quando chego, a família de poncho está em casa, chego com Hugo, todos me olham.
Dul: A cirurgia do Poncho deu certo? - Dul me olha aflita, olho para a sala e não vejo meus filhos, olho para Ucker.
Ucker: As crianças estão com Bia, na brinquedoteca. - eu olho para dona Amélia, ela me entende, e começa a chorar.
Amélia: Ele sofreu? - faço que não com a cabeça, mas meu coração grita que SIM! Poncho sofreu, sofreu calado, sofreu com tantas apertadas no peito, todos começam a chorar, eu abraço dona Amélia ela me abraça, Ninel cai no chão e grita pelo filho, e é amparada por Hugo, Dul chora e Ucker abraça ela, senhor Filipe, fica sereno, acariciando eu e dona Amélia, depois da notícia triste, vou para o banheiro, tomo uma ducha gelada, coloco uma calça jeans e uma blusa presta com a foto da nossa família em branco, entro na brinquedoteca, Júnior e Maitê estão sentados, eu me aproximo e sento com eles.
Any: Como estão? - Eles se despertam, pelo incrível que pareça Maitê fez um desenho da família, e sobre a cabeça de Poncho um arco em amarelo, aponto para o desenho e ela sorri.
Maitê: Você sabe mamãe, papai é nosso guardião, estilo anjo, mas não tem asas.. - eu começo a chorar Júnior me olha e me abraça.
Any: Mamãe queria dizer que o Papai não vai volta! - Júnior me abraça forte.
Júnior: Ele foi com o vovô Edu?
Any: Sim! E com o vovô James - olho para Maitê, e ela simplesmente sorri.
Maitê: Eu sonhei com o papai, e ele brincava com a gente, e dizia para eu ter juízo, e para o Júnior criar coragem! - eu abraço ela, e aí sim ela chora.
A exatamente 16 hrs estamos todos no velório, não saio nenhum minuto do lado do corpo de Poncho, no fim, recebo o carinho das pessoas de toda ilha, foi algo rápido, depois vamos para casa, a família de poncho toma o chá preparado por Boa, eu fico sentada na poltrona olhando para o nada, pensando no que será de todos!
Hugo: Any! Ninel quer que leiamos o testamento deixado por Poncho! - olho para ele incrédula.
Any: Ela acabou de enterrar o filho! - ele me olha.
Hugo: Ah muito poder envolvido, Poncho era representante da Ilha…
Any: Você vai ficar? - ele sorri.
Hugo: Poncho Confiou a mim, e queria que eu estivesse presente. - ele me ajuda levantar e vamos todos para a mesa, todos estão sentados inclusive Júnior que está ao meu lado.
Autor(a): vilera.vick
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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mileponnyforever Postado em 21/10/2020 - 09:24:19
Sigo aqui lendo os capitulos...
vilera.vick Postado em 21/10/2020 - 22:11:35
Obrigada lindeza 😘
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mileponnyforever Postado em 06/10/2020 - 10:28:51
A historia parece boa! Aguardando os próximos capítulos!
vilera.vick Postado em 06/10/2020 - 19:42:37
Obrigada Mile, vou postar mais!