Fanfic: Eclipse AyA (Terminada)

- Alfonso. Eu já estou preocupada em sobreviver até a formatura, imagine até o próximo inverno ou verão.

Os olhos dele se fecharam ao meu redor.

- Ninguém vai te machucar. Você tem todo o tempo do mundo.
Eu suspirei.

- Eu vou enviar o extrato da minha conta para o Alaska amanhã. Esse é o único álibi que eu preciso. Isso é longe o suficiente pra que Charlie não espere que eu venha visitá-lo até o Natal pelo menos. Até lá eu tenho certeza que consigo pensar em uma desculpa. Sabe - eu brinquei sem muita vontade. - esse segredo todo e essa coisa de decepção é um pouco chata.
A expressão de Alfonso endureceu.

- Fica mais fácil. Depois de alguma décadas, todos que você conhece terão morrido. Problema resolvido.
Eu enrigecí.
- Desculpe, isso foi duro.
Eu olhei para o grande envelope branco, sem vê-lo.

- Mas ainda é a verdade.
- Se eu resolver isso, o que quer que seja com o que estamos lidando, você por favor consideraria esperar?
- Não.
- Sempre tão teimosa.
- Sim.
A máquina de lavar fez um barulho e parou de funcionar.
- Pedaço de lixo estúpido - eu murmurei enquanto me afastava dele. Eu retirei a toalha que era a única peça na máquina, e a liguei de novo.
- Isso me lembra - eu disse. - Será que dá pra você perguntar a Maite o que ela fez com as coisas que ela limpou no meu quarto? Eu não conseguí encontrar em lugar nenhum.
Ele me olhou com olhos confusos.

- Maite limpou o seu quarto?
- É, eu acho que era isso que ela estava fazendo. Quando ela veio pegar os meus pijamas e o meu travesseiro e essas coisas pra me fazer de refém. - Eu encarei ele brevemente. - Ela pegou tudo que estava jogado, as minhas camisas, minhas meias, e eu não sei onde ela os colocou.
Alfonso continou a parecer confuso por um breve momento, e depois, abruptamente, ele ficou rígido.
- Quando você reparou que as suas coisas estavam faltando?
- Quando eu voltei da falsa festa do pijama. Porque?
- Eu não acho que Maite pegou nada. Nem as suas roupas, nem o seu travesseiro. Essas coisas são coisas que você havia usado... e tocado... e dormido?
- Sim. O que é, Alfonso?

A expressão dele estava repuxada.

- Coisas com o seu cheiro.
- Oh!
Nos olhamos nos olhos um do outro por um longo momento.
- O meu visitante - eu murmurei.
- Ele estava juntando pistas... provas. Pra provar que ele havia te encontrado?
- Porque? - eu sussurrei.
- Eu não sei. Mas, Any, eu juro que eu vou descobrir. Eu vou.
- Eu sei que vai - eu disse, colocando a minha mão no peito dele. Inclinada alí, eu sentí o telefone dele vibrar no bolso dele.
Ele puxou o telefone e olhou para o número.

- Exatamente a pessoa com quem eu precisava falar - ele murmurou e abriu o telefone. - Carlisle, eu - Ele parou e escutou, o rosto dele ficou enrugado de concentração por alguns minutos. - Eu vou checar isso. Ouça...
Ele explicou sobre as coisas desaparecidas, mas do lado que eue estava ouvindo, parecia que Carlisle não tinha intuições pra nós.
- Talvez eu vá... - Alfonso disse, parando quando os seus olhos passaram pra mim. - Talvez não. Não deixe Emmett ir sozinho, você sabe como ele fica. Peça a Maite que fique de olho nas coisas. Nós vamos descobrir isso depois. - Ele fechou o telefone. - Onde está o jornal? - ele me perguntou.
- Um, eu não tenho certeza. Porque?
- Eu preciso ver uma coisa. Charlie já o jogou fora?
- Talvez...
Alfonso desapareceu.