Fanfic: Destinos Cruzados - Ponny | Tema: AyA
Anahí, Ana e Analu desceram do carro e atravessaram o pátio da fazenda às pressas. A ansiedade para reencontrar o avô, Inácio Portilla, era tamanha, que até ignoraram a presença de Alejandro, um amigo querido e filho de um funcionário da fazenda, o pobre garoto ficou todo sem graça ao ser deixado de lado, plantado em frente à porta principal, segurando um cartaz de boas vindas.
As trigêmeas pararam de correr quando chegaram em frente a porta que as separava do avô, um corredor antes da escada que levava para os quartos.
"Eu bato e você fala", Ana disse para Anahí.
"Não, eu bato e você fala, Ana!", contestou a outra.
Analu, a mais resolvida entre as três, tomou partido e deu duas batidinhas na porta do escritório de Inácio. Richard, um funcionário de confiança do sr. Portilla, abriu a porta de cara fechada, o administrador da fazenda não suportava as três garotas.
"O que desejam?" Ele as olhou com descaso. "O avô de vocês está bastante ocu..."
Antes que pudesse concluir, Anahí já tinha entrado junto à Ana e Analu. As meninas saltitaram em direção a Inácio, que as recebeu com muito amor e carinho.
Irritado, Richard se retirou do cômodo mesmo sem ter concluído a conversa com o patrão.
"Mas quanta saudade eu estava sentindo de vocês, minhas meninas.", disse o senhor, envolvendo-as num abraço terno.
"Nós também vovô.", Ana concordou, afastando-se do idoso e indo em direção à poltrona detrás da mesa de madeira.
Passaram apenas três semanas fora em uma viagem com os pais, mas a falta do velhinho esteve presente durante todo o momento. Faziam tudo na companhia do avô, desde a lição de casa até a hora de dormir.
Anahí acompanhou a irmã e sentou ao seu lado, num banquinho um pouco mais baixo que a poltrona, onde Inácio descansava os pés.
Analu continuo junto ao avô e ambos sentaram no parapeito da janela.
"Então, bonecas, estão prontas para a festa de amanhã?" Perguntou Inácio. "Vocês finalmente vão completar nove anos."
Anahí assentiu sorrindo.
"Sim, vovô. Vamos nos fantasiar de princesa." Analu contou. "Mas não vamos completar nove anos amanhã. Fizemos na semana passada, não se lembra?"
"Vocês convidaram a tia Sarah?" Ana interrompeu Analu, e fitou o avô cheia de curiosidade.
"Sim, mas é claro que convidamos os Rodríguez." Inácio garantiu. "Convidamos todos os vizinhos, meninas, excerto os Bittencourt, pois eles estão viajando."
Ana sorriu e tapou os olhos com as mãos.
Se a tia Sarah estava convidada, consequentemente, Hugo, o filho mais velho dela, também estava. Este sempre fora a paixão secreta (ou quase isso) de Ana. Era o tipo de rapaz que chamava sua atenção: um pouco mais alto que os outros garotos, Hugo tinha uma pele bem bronzeada, cabeleira loira invejável e de olhos heterocromáticos profundos, um olho azul e o outro verde acizentado; era muito inteligente, mas não do tipo "sabe tudo" e sim de ter aquele ar de "malandrinho" e, além disso, o galego sempre foi extremamente carinhoso com ela, deixando a menina ainda mais apaixonada.
"Estou com saudades dela e do Hugo também." Admitiu Anahí.
Essa não tinha nenhum interesse no garoto, ambos eram tão amigos que era impossível cogitar algo assim. Se tratavam como irmãos.
"Onde será que estão o papai e a mamãe?" Analu perguntou.
Imediatamente, a voz graciosa de Angela ecoou pelo cômodo.
"Meninas?"
"Bem na hora!" Inácio acenou para a filha, encorajando-a a se aproximar. "A Analu acabou de perguntar por você, querida."
"Já está na hora das mocinhas irem dormir. Terão um longo dia amanhã e precisam estar descansadas."
As meninas fizeram beicinho em protesto mas de nada adiantou, Angela seguiu firme e as levou para o quarto. Inácio despediu-se das netas com um beijo no topo da cabeça de cada uma e também resolveu que já era hora de ir para a cama, teve um dia longo e estressante, precisava relaxar.
•••
(Dia seguinte)
Anahí foi a primeira a acordar. Ela estava super entusiasmada com a sua festa e louca para rever as amiguinhas, então, assim que o sol apareceu, saltou da sua cama e foi buscar a sua mãe, deixando as irmãs num sono profundo em seu quarto.
"Anahí são seis e meia da manhã." Angela resmungou.
"Mas mãe tudo tem que estar perfeito."
Angela levantou a contragosto e mandou que Anny fosse tomar um banho enquanto ela pedia para Madalena, a cozinheira da fazenda Portilla, que preparasse um café reforçado.
Após o banho, Anny chamou as irmãs e as três partiram em direção a cozinha, onde encontraram o resto da família reunida.
"Bom dia, filhas!" Desejou Juan para as trigêmeas.
"Bom dia, pessoal!" retribuíram as meninas.
Inácio estava entretido com o seu jornal matinal e bebericava uma xícara de café bem forte, então, ele apenas deu um sorrisinho maroto para as meninas e logo voltou sua atenção ao papel em sua mão.
Madalena serviu as três quando as mesmas se acomodaram à mesa. Ela preencheu os copos vazios com suco de uva e deu duas panquecas com mel e granola para cada uma.
"Obrigada, Madalena." Agradeceram em uníssono.
A cozinheira sorriu para as meninas e se retirou, deixando a família comer com privacidade.
"A tia May vai vir?" Analu perguntou a mãe.
Angela deu de ombros e continuou comendo sua porção de salada de frutas.
Ela e a irmã estavam brigadas há três anos e não pensavam em se reconciliar tão cedo. Tinham tido uma baita discussão e tudo o que Maite havia lhe dito ainda estava muito vivo em sua memória. Sentia muito a falta dela, mas não daria o braço a torcer.
"Mandamos um convite para ela, princesa." Juan respondeu por Angela.
Inácio observava a cena por cima do jornal. Tinha vontade de contar o quanto estava insatisfeito com aquela situação para Angela, mas não queria se meter na relação das filhas. Elas tinham brigado sozinhas, então que se resolvessem sozinhas.
Isso fazia com que ele se lembrasse de Norma, sua antiga esposa e mãe da Angela e da Maite, ela saberia o que fazer se ainda estivesse viva. Certamente ela apareceria com alguma solução para salvar a relação das duas irmãs, mas, como isso não era possível, restava a Inácio rezar por um milagre, pois a cada dia que passava, mais impossível parecia que as duas poderiam se perdoar.
Quando terminaram de comer, Ana e Analu seguiram rumo ao primeiro andar para tomarem um banho e se prepararem para ir ao salão. Como já estava arrumada, Anny foi antes com a mãe, e Juan ficou de deixar as outras duas mais tarde.
"Vou pintar as unhas de rosa." Anahí disse a Angela, apontado os dedos pequeninos para a mesma enquanto as duas adentravam no salão do Tácio, cabeleireiro mais famoso da cidade e amigo íntimo da Angela.
"Finalmente! O combinado era para vocês chegarem às oito e meia, Angel. Já são quase dez horas." Ele avançou em cima de Anny e a puxou até o lavadouro mais próximo. "Vamos começar com uma lavagem."
Angela sorriu do jeito do amigo e sentou em uma poltrona próximo de onde Anny estava.
"Você vai me deixar bem bonita não é?" Anahí piscou os olhos azuis para o cabeleireiro, que sorriu e começou a mexer no cabelo dela.
"Bem, bonita você já é, gatinha, eu vou apenas realçar mais a sua beleza." Tácio deu uma pincelada no nariz arrebitado da menina com o seu indicador. Isso fez com que Anahí se sentisse mais confiante. "Onde estão as outras duas?"
"Vão chegar a qualquer momento."
E o dia se passou no salão do Tácio, em meio a risos, brincadeiras e fofocas.
Quando as meninas voltaram, a fazenda já estava toda enfeitada. Haviam balões espalhados em cachos por todo lado; uma mesa gigante toda decorada com a temática de floresta encantada; seis carrinhos, um de pipoca, um de churros, dois de milkshake e outros dois de algodão doce, ao canto; mesas redondas espalhadas pelo pátio; duas camas elásticas e várias pessoas contratadas para se fantasiarem de personagens da Disney. Tudo o que uma criança poderia desejar.
Elas correram para o quarto a fim de trocar logo de roupa e poder aproveitar a festa. Anny colocou um vestido rosa idêntico ao da princesa Aurora e sapatilhas da mesma cor, já Analu se vestiu como a Cinderela na noite em que conheceu o príncipe (inclusive, até calçou sapatos com transparência para imitar os sapatinhos de cristal), e a Ana vestiu um top roxo de conchas e uma saia colada verde imitando uma cauda de sereia, esta optou por ficar descalça.
Depois de prontas, as trigêmeas retornaram para o pátio, onde alguns convidados já estavam presentes.
As meninas cumprimentaram a família Esperanza com sorrisos falsos e abraços vazios, loucas para encontrarem as amigas e poderem brincar. Felizmente, a família Saviñón chegou logo em seguida.
"Dulce!" As três correram em direção a amiga.
Dulce era um ano mais velha que as trigêmeas. Se conheceram através de Christian, irmão mais novo de Dul e colega de classe de Anahí, Ana e Analu.
"Onde está o Chris?" Anny perguntou, procurando o amigo entre as pessoas mais próximas.
"Ele não pôde vir", contou Dulce. "Está de castigo."
As quatro foram para um lugar mais reservado, queriam conversar sem ter o perigo de algum adulto enxerido se intrometer na conversa. Sentaram à mesa que ficava mais afastada, ao lado do carrinho de pipoca.
Porém, antes que voltassem ao assunto, Ana avistou a família Rodríguez: Sarah e Fernando acompanhados por Hugo, Sabrina e Júlio.
A menina de olhos azuis levantou e saiu correndo em direção aos novos convidados, deixando a amiga e as irmãs para trás sem dar nenhuma satisfação.
"O que deu nela?" Analu quis saber.
Anahí e Dulce se entreolharam com um sorrisinho maroto e deram de ombros, fingindo descaso.
Enquanto seguia em direção ao Hugo, Ana ajeitava alguns fios rebeldes com as mãos.
"Olá, Ana. Como você cresceu!" Sarah a abraçou, entregando um embrulho em seguida. "Espero que você goste. Foi o Hugo quem escolheu."
O garoto lhe sorriu.
"Obrigada."
Ela correu até a caixa de presentes e o guardou ali com um cuidado especial, depois voltou para perto do amigo a fim de convida-lós para brincar.
Porém, Sabrina, a irmã mais nova de Hugo, era super ciumenta e odiava a atenção especial que o irmão dava as trigêmeas, especialmente com Anahí. Então, quando Ana se aproximou para dar um abraço de agradecimento ao amigo, ela agarrou a mão de Hugo e o chamou para acompanhá-la até um dos carrinhos de algodão doce.
Derrotada, Ana resolveu brincar um pouquinho com
Júlio, o caçula dos Rodríguez. Ele era o bebê mais lindo em sua opinião.
"Ele está fazendo dois anos e cinco meses hoje." Revelou Sarah.
Júlio amava as irmãs Portilla, pois, sempre que o visitavam, o mimavam com doces e brincadeiras.
"Quer pula-pula, Anáá." Pediu ele.
Ana o pôs no colo com certa dificuldade e foi atender à vontade do pequeno. Logo, Dulce, Anahí e Analu também se aproximaram do pula-pula, todas elas querendo um pouco dá atenção de Júlio.
Quando Sabrina foi ao banheiro, abriu uma brecha para Hugo se aproximar das meninas e fazer um convite:
"Vocês topam ir lá para a fazenda amanhã? Mamãe vai fazer um almoço especial e pediu que eu convidasse vocês. A gente pode tomar banho de piscina e andar à cavalo depois."
Ana foi a primeira a consentir.
"Claro que vamos!" Ela disse sorrindo.
Anahí e Dulce também concordaram.
"Eu não vou!" Declarou Analu.
Autor(a): beatriz_herrera
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"Você não vai por quê?" As irmãs perguntaram em uníssono. "Porque eu não quero. Tenho coisas a fazer, não sou nenhuma desocupada." Analu deu de ombros e se retirou, seguindo em direção aos pais, que cumprimentavam a família Abraão, donos da fazenda ao lado. "A Analu est&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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Any_Kelly Postado em 06/10/2020 - 11:28:03
Já tô gostando. Posta mais
beatriz_herrera Postado em 06/10/2020 - 13:41:00
Que bom que tá gostando :3
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mileponnyforever Postado em 06/10/2020 - 09:29:08
Aguardando os próximos capítulos!!!!
beatriz_herrera Postado em 06/10/2020 - 13:41:25
<3 faço questão da sua opinião