Fanfic: the magic of your eyes | Tema: Harry Styles, One Direction
MADELYN
- Será que o senhor pode pegar outra avenida para ir mais rápido?
Perguntei ao taxista na esperança de que houvesse alguma parte de Nova York sem trânsito. Olivia com certeza me mataria pelo atraso e não adiantaria nada dizer que eu acordei uma hora mais cedo para conseguir chegar a tempo. Ela sempre achava que eu era privilegiada de alguma forma por ser a filha do dono da empresa, o que era mentira, pois eu trabalhava tanto quanto qualquer outro funcionário.
Ambas éramos gerentes de eventos em Nova York e em todo o território americano. Williams Productions foi fundada há 15 anos por meu pai depois de ter sido demitido da empresa de engenharia de que ele trabalhava. Ele investiu seu dinheiro nessa empresa, pois finalmente iria fazer algo que ele amava: trabalhar com música.
Meu pai era genial. Tinha um talento musical excepcional e sempre acreditava em seus sonhos. Mas meu avô nunca o apoiou, sempre dizia "Faça uma faculdade para sustentar sua própria família”, e foi ai que ele foi parar na engenharia.
Sempre admirei meu pai, pois mesmo com os contra tempos da vida, ele nunca deixou sua chama se apagar. Mesmo depois de tantos anos, ainda se encontrava com os amigos da banda de sua adolescência e tocavam para se divertir. Eu achava isso o máximo!
Cresci ouvindo meu pai cantar e tocar para mim e por isso também tive esse amor e respeito pela música. Fiz aulas de piano desde criança, frequentei o coral da escola e me apresentava nas festas da família. Meu pai morria de orgulho.
Sempre fomos próximos um do outro. Então, sempre que possível, o visitava na Williams Productions e o observava trabalhar. Agora cá estou eu, formada em publicidade e propaganda, marketing e mais um monte de curso que você possa imaginar para dar o meu melhor da empresa da família, e não vai ser uma Olivia da vida que vai me tirar a paciência hoje.
- Infelizmente não, senhora.
Olivia não vai me tirar a paciência hoje porque o trânsito maldito de Nova York já fez isso.
- Estou pensando seriamente em comprar uma bicicleta, viu moço. Porque essa Nova York está cada vez pior...
O motorista riu sem graça e continuou concentrado no semáforo a frente.
Alguns longos minutos depois, cheguei na empresa e disparei para o elevador.
- Bom dia, Mônica.
Passei pela recepção do meu andar e cumprimentei a secretária. Ouvi um "Olivia já está a sua espera" de longe enquanto eu corria para a sala de reuniões. Dei dois toques breves e entrei.
- Desculpa o atraso. O trânsito está impossível hoje.
Me ajeitei na cadeira, joguei minhas pastas na mesa. O slide já estava pronto e alguns gráficos apareciam lá.
- Estávamos a sua espera para começarmos.
Olivia diminuiu as luzes da sala e começou a apresentar os slides das últimas marcas alcançadas pela Williams no último ano. Falou sobre os pontos fortes e pontos fracos do ano que se passou e na esperança de que 2019 e 2020 fosse ainda melhor que 2018. Apresentou alguns projetos e alguns dos contratos já fechados para este ano. E por fim, que um grupo de 5 pessoas iriam para Londres no próximo mês para um curso de especialização de shows internacionais que duraria um mês. A equipe ficou animada e Olivia finalizou a reunião.
Guardei meu tablet com algumas notas da reunião e já me preparava para ir para a minha sala quando Olivia me interrompeu.
- Madelyn. Precisamos conversar e acertar alguns pontos.
- Claro, Olivia. Do que você precisa?
- Eu gostaria que você fosse com a equipe para o treinamento em Londres. Digo, você já conhece a cidade e seria ótimo uma de nós estar presente.
Pensei por um momento e fiz um retrospecto da minha agenda para o próximo mês. Lançamento em Chicago, aniversário da mamãe e vacina periódica de Horácio. Nada tão importante que eu não pudesse faltar.
- Ok, pode ser, Olivia. Eu vou com a equipe.
- Ótimo! Vou pedir para o setor de compras providenciar a passagem de vocês e avisar a equipe para conferirem se seus passaportes estão em dia.
- Combinado!
Nos despedimos e fui para minha sala. Havia alguns lembretes em minha mesa que provavelmente Mônica havia deixado. Na bancada, algumas encomendas que precisavam ser levadas para os Correios ainda hoje senão não chegariam em Los Angeles a tempo. Liguei meu notebook e naquele instante me lembrei que havia esquecido do meu capuccino.
- Com licença. - A porta se abriu brevemente e meu pai apareceu com um copo da Starbucks como se tivesse lido meus pensamentos - Posso entrar?
- Ah, papai. O senhor não sabe como eu precisava desse café.
Ele sorriu e o estendeu a mim enquanto se sentava na cadeira a frente de minha mesa.
- Como foi a reunião?
- Foi ótima.
- Olivia lhe falou sobre o treinamento na Inglaterra?
- Falou sim. Eu achei ótimo, papai. Treinar funcionários nunca é demais.
- Ela te falou que eu quero que você vá?
- Então é o senhor que quer que eu vá? - Sorri bebericando meu café.
- Sim, sei que você gosta muito de Londres. E quem sabe não arruma um namorado para te distrair um pouco...
- Papai!
- Madelyn... Você só pensa em trabalho. Você tem apenas 26 anos! Precisa aproveitar mais a vida...
- Papai, eu amo o que eu faço. Adoro te ajudar na empresa e sempre quero estar presente. Um namorado agora não me deixaria tão focada assim.
- Tudo bem, filha. Você sabe tomar suas decisões sozinha. Mas eu só queria te ver mais... Jovem. Se é que essa é a palavra certa. Digo... Fazer coisas de jovens. Sair com as amigas, ficar bêbada por aí, transar com caras que você não conhece...
- Olha, senhor Newton, está para nascer pai mais sem noção do que você, viu.
Sorri e levantei para lhe dar um abraço.
- Eu te amo, filha.
- Eu te amo, papai.
27 dias depois eu estava a caminho do aeroporto para nosso voo para Londres. Confesso que encarar um voo de 7 horas não era nada animador, mas saber que o destino era Londres sempre me deixava feliz.
Me encontrei com Steve, Mary, Carol, Lucas e Teddy no despacho de bagagem. A maioria deles pareciam estar animados com a viagem, menos Mary. Aparentemente ela nunca tinha viajado por tantas horas num avião e nem saído do continente. Carol tentava acalmá-la e fazer ela prestar atenção nos pontos positivos da viagem.
Nos preparamos para o embarque e eu fiquei próxima de Mary. Assim, pude ver sua ansiedade de perto e tentei acalmá-la.
Depois de decolar, peguei meu livro na bolsa e continuei lendo durante um bom tempo da viagem. Depois o jantar foi servido e mais tarde a ceia, e dentro de alguns minutos, as luzes estavam todas apagadas na madrugada.
Às 5h17min estávamos pousando em solo britânico. Demoramos um pouco mais para que todos pudessem pegar suas bagagens despachadas e fomos em direção a saída para pegar um táxi.
Nosso hotel ficava em Paddington, um bairro que eu adorava, e naquele instante pensei em dar um aumento para o pessoal de Compras por terem acertado em creio na vista do meu quarto para o Hyde Park.
Era um domingo frio em Londres e não chuvoso, o que era atípico nesta época do ano. Desfiz as malas e guardei as roupas no armário. Esquentei um pouco de água na chaleira elétrica que havia em todos os quartos e fiz um chá da cortesia que eles sempre deixavam. Me sentei na poltrona em frente a sacada mesmo com as portas fechadas. Aquele silêncio e paz que Londres me passava era realmente surreal. O parque verde e as folhas levemente molhadas pelo sereno da madrugada, os ônibus vermelhos tão típico da cidade. Como eu amava aquele lugar!
Desde a faculdade, eu tinha viajado para Londres por três vezes, todas foram breves e a passeio. Desta vez, eu precisaria me concentrar no curso e buscar absorver o máximo possível, o que seria difícil não me distrair com essa cidade tão linda. Mesmo assim, fizemos um roteiro de alguns dias de passeio para as meninas que ainda não conheciam a cidade.
Depois de nos acomodarmos em nossos quartos, saímos para tomar um café de fato e encher a cara de croissant. As meninas estavam animadas e nem pareciam que haviam dormido por poucas horas na madrugada.
- Vamos em Westminster! Não vou aguentar esperar até sábado que vem!
Mary dizia empolgada e ao mesmo tempo suplicando para que levássemos ela no ponto turístico mais lindo e clichê de Londres.
- Mas nossos ingressos são somente para daqui uma semana, Mary. - Carol respondeu.
- Mas não é para subir na London Eye, é só para passear por ali mesmo... Comer alguma coisa, ver as pessoas passando...
- Eu topo. - Lucas disse.
- Eu também. - Steve e Teddy disseram juntos.
- Maddie? - Mary me olhou como se suplicasse que eu aceitasse, mas eu estava cansada demais para uma Westminster lotada em um domingo sem chuvas.
- Hum... Não. Me desculpa... Não estou na vibe hoje. Mas vocês podem ir! Fiquem à vontade, gente. Não sou a chata da Olivia não.
Todos riram e se animaram então. Terminaram seu café e se despediram.
Aguardei por mais uns minutos na cafeteria que estávamos próximas ao nosso hotel e fiquei tentando pensar em alguma coisa para eu fazer. Olhei as horas e já se passavam das 10h. Peguei meu celular e busquei no Google "museus desconhecidos em Londres" para me dar uma ideia. Decidi então conhecer o Guildhall Art Gallery. Pesquisei a estação de metrô mais próxima do museu e caminhei até a estação de Lancaster Gate. Em pouco menos de 30 minutos, já havia chegado à estação Mansion House. Caminhei por 5 minutos até a entrada do Guildhall Art Gallery, que as pessoas se acumulavam na entrada pois ainda faltavam alguns minutos para a abertura.
Mesmo com o pequeno tumulto na entrada, logo as pessoas já se dissiparam entre os corredores e suas obras. Peguei um mapa e fui andando aleatoriamente por entre as exposições. Obras enormes, antigas e fascinantes estavam todas ali. Li um breve resumo das histórias contadas por aqueles quadros e fiquei ainda mais impressionada em como a Europa sempre foi um continente à frente de seu tempo. As obras foram agrupadas por temas – trabalho, diversão, fé, imaginação e beleza – e, em cada área temática, há uma explicação sobre o contexto da época.
Uma obra me chamou atenção num corredor bem ao fundo das salas. Havia um casal naquele cômodo que passeavam olhando rapidamente para as telas. Mas aquele quadro, daquela criança de vestido vermelho me prendeu a atenção. De alguma forma, aquela garotinha me hipnotizou.
- Ela é incrível, não é?
Me assustei ao perceber que havia um rapaz alto ao meu lado também observando a mesma obra. Ele tinha cabelos encaracolados e despenteados. Suas mãos estavam escondidas em seu casaco preto. Olhei para o quadro novamente, mas não conseguia mais me concentrar. Me lembrei de papai dizendo “vai para Londres e arruma um namorado”. Sorri disfarçadamente.
- Sou o Harry.
O rapaz se virou para mim e me estendeu a mão. Seus olhos eram verdes profundos e havia covinhas em suas bochechas. Estendi a mão em resposta.
- Madelyn.
- Muito prazer, Madelyn. Primeira vez vendo essa obra?
- Sim. Na verdade, a primeira vez visitando o museu.
- Você não é daqui né.
Harry perguntou enviando as mãos nos bolsos novamente e se voltou para a obra, mantendo nosso diálogo.
- Não, sou de Nova York. Estou na cidade a trabalho.
- Nova York, hein...
- Conhece?
Olhei para seu rosto ao perguntar e observava seu olhar fixo na garotinha de vertido vermelho. Ele riu sem graça e disse que sim. Apesar de nunca ter ido aquele museu e muito menos conhecido Harry, ele me parecia familiar. Talvez seu sorriso, ou seu cabelo... Despistei minha mente dizendo a mim mesma que talvez ele parecesse com alguém conhecido.
- Sim... Já tive a oportunidade de conhecê-la...
- Entendi..., mas você é do típico turista que só vai em lugares clichês ou típico “Madelyn Williams” que quer sempre conhecer lugares novos?
- Digamos que... Um pouco dos dois.
Harry sorriu novamente e andou para a próxima obra acenando para que eu o acompanhasse.
- Legal...
- Vai ficar na cidade por muito tempo?
- Aproximadamente um mês. Eu acabei de chegar.
- É mesmo? Você faz o quê?
- Sou gerente de uma empresa de eventos. Vim com minha equipe para um treinamento.
- Legal... Eu também... Digo, trabalho com eventos...
Harry caminhava olhando as obras e segurando o riso como se estivesse prestes a ser pego por uma mentira.
- É mesmo? Que coincidência. Você é daqui mesmo? Digo... De Londres. Porque britânico está na cara que você é.
Ri colocando a mão na boca para abafar a risada. Harry me olhou franzindo a testa sem entender e eu fiquei confusa.
- Sou... De Holmes Chapel.
- Não conheço.
- É um pouco longe... Você já viu o museu todo?
- Acho que sim.
- Já foi no anfiteatro?
- Anfiteatro?
Harry saiu discretamente da sala onde estávamos e me guiou até uma escada que dava ao subsolo do museu. Ele caminhava como se o conhecesse de ponta a ponta.
Logo chegamos à entrada do anfiteatro que estava bem iluminado nas escadas, mas escuro por dentro. Ele era amplo e lembrava o Coliseu, de Roma. A ambientação do anfiteatro nos dava a sensação de que estávamos de fato há 200 anos atrás. Harry apontava para algumas coisas e explicava outras. Foi divertido e o tempo se passou.
- Você quer comer alguma coisa?
- Quero...
- Eu conheço um lugar legal aqui perto.
Saímos por uma saída lateral do museu e entramos numa viela apertada demais para a quantidade de pessoas ali. Surpreendentemente, havia inúmeros pubs e cafeterias por ali e por ser um domingo, as pessoas estavam lotando cada um deles.
- Eu adoro Londres, sabia?
- É mesmo?
- Sim. Ela sempre tem um lugar diferente para ir, outro para conhecer... Vielas cheias de restaurantes...
- Qual é! Você mora em Nova York.
- Sabe, eu gosto de NYC. Mas Londres faz bem mais meu estilo. Mais calma, tradicional e aconchegante.
Harry me olhava como seu eu fosse de outro mundo e ria da minha cara.
- É cedo demais para eu te chamar de estranha?
Harry me perguntou rindo e eu fiquei boquiaberta. Sem pensar duas vezes, dei um tapa em seu braço para mostrar meu falso descontentamento.
- Sim! É cedo demais, Harry.
Caminhamos mais um pouco, passamos por uma Starbucks, atravessamos duas ruas e chegamos a um restaurante no final do beco. “The Telegraph”. Havia um recepcionista na porta que abriu a porta para nós e disse “Mr. Styles” quando passamos por ela. Passamos por um bar grande e iluminado, algumas pessoas conversavam entre si e eu fiquei encantada com o design do local. Harry colocou a mão em minhas costas me guiando atrás do senhor que nos recepcionou.
- Sua mesa, mr Styles.
- Só Harry, Rob.
Rob acenou com a cabeça e puxou a cadeira para mim.
- Você é sócio do lugar ou é algum tipo de celebridade? – Harry riu apoiando os braços em cima da mesa e olhando fixamente em meus olhos – É sério. Não tivemos que esperar para solicitar uma mesa, o funcionário já te chama pelo nome... Ou melhor, sobrenome.
- É sério que você ainda não sabe quem eu sou?
Neste momento meu coração parou e gelei dos pés a cabeça. Meu sorriso se foi e Harry segurou minhas mãos sobre a mesa.
- Quem é você?
Harry gargalhou discretamente virando a cabeça para trás e eu ainda estava com cara de otária sem saber o que estava acontecendo.
- Me desculpa..., mas você é estranha... Ou eu não faço sucesso o suficiente em Nova York. Vou reclamar com o pessoal do marketing que meu nome não está grande o suficiente na Times Square.
Harry fazia piada e as coisas pareciam começar a fazer sentido. Esse Harry que eu havia conhecido no museu não era qualquer Harry. Era Harry Styles. O cantor. O cara da boyband britânica. Madelyn, você é realmente estranha e burra.
- Harry Styles? – Perguntei incrédula.
- Muito prazer. Harry Styles. – Ele estendeu a mão novamente como se estivéssemos nos conhecendo agora - Trabalho com eventos. Meus próprios eventos.
- Eu sou a pessoa mais idiota que eu conheço.
Abaixei a cabeça e a apoiei em minhas mãos tentando esconder meu rosto extremamente envergonhado.
- Madelyn... Ei. Está tudo bem...
Harry tentava puxar uma de minhas mãos para olhar no meu rosto.
- Me desculpa, Harry. É sério. Estou muito envergonhada...
- Envergonhada por quê? Nos conhecemos hoje. Você não tem a obrigação de saber quem eu sou. Talvez você não seja fã número 1 da música britânica ou meu som seja alternativo demais para seus ouvidos.
- Não! Não é isso, Harry. Eu realmente não estou muito ligada com as músicas atuais... De uma maneira geral.
Eu tentava arrumar uma desculpa e me fazer sentir menos pior do que eu estava me sentindo naquele momento. Ao contrário de mim, Harry não parecia levar a sério e continuava rindo.
- Você está começando a me deixar desconfortável.
- Não, me desculpe. Eu vou parar. - Ele disse segurando o riso - Me desculpe.
- E eu adoro a música britânica! Beatles é um clássico. Eu amo. Mas tiete eu sou do Ed Sheeran. O cara é incrível. Super talentoso e suas composições são fora de série.
- Concordo. Ele compôs algumas músicas na época de One Direction... Foi ótimo trabalhar com ele.
Eu olhava Harry conversar comigo e ainda não entendia o que estava acontecendo ali. Deixei de sair com meus amigos e acabei encontrando um astro da música pop. Agora provavelmente ele iria me pagar um almoço e eu estava bem sem graça com toda essa situação. Harry pediu um prato do restaurante que já conhecia e perguntou se eu queria alguma cerveja. Conversamos por mais um pouco e saímos do restaurante.
- Eu deixei meu carro num estacionamento privativo aqui perto. Eu te deixo em seu hotel.
- Não, de jeito nenhum!
- Por quê?
- Não precisa se preocupar, Harry. Eu pego o metrô, é bem rápido.
- Eu insisto.
Como se tivesse algum poder de hipnose, Harry me convenceu a entrar em sua Lamborghini. O carro cheirava a couro e tinha algumas embalagens descartáveis na lixeira. Coloquei o cinto e passei o endereço do hotel. Harry percorria as ruas de Londres como se fosse de fato sua casa. Dentro de alguns minutos, ele estava parando em frente ao Columbia Hotel.
- Muito obrigada por me trazer, Harry. E foi ótimo nosso almoço.
- Foi um prazer, Madelyn.
Fiquei para olhando Harry e esperando que ele fosse me dizer algo como “vamos nos ver de novo?” Ou “me passa seu whatsapp”, mas não. Não houve nenhuma palavra e eu fiquei com uma vergonha alheia de sequer ter pensado isso. Qual é, Maddie. O cara é famoso, não vai querer nada com você.
- Então tá... É melhor eu ir antes que o manobrista do hotel venha dizer que você está atrapalhando a saída dos hóspedes.
Ele riu, nos abraçamos rapidamente e Harry acelerou seu carro rumo a sei lá aonde. Fiquei parada feito uma trouxa na porta do hotel por tempo demais até que um funcionário do hotel veio me perguntar se eu precisava de alguma coisa. Patética, Madelyn.
Autor(a): S. Writer
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