Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

- Não tive que tira-la de cima de mim! Assim que ouviu o som do helicóptero do hotel recolheu suas coisas e partiu a toda velocidade. Fim da história. Bom, fim desse capítulo, em todo caso - corrigiu. - Poderia ter desmaiado na outra noite quando apresentaram Tory como lady Mulligan. Bom, para resumir uma história longa e perfeitamente inocente, quando se fez óbvio que não ia permitir que algo tão corriqueiro como seu anel de casamento se interpor em uma pequena aventura, decidi que precisava de uma esposa para detê-la.

- Com certeza também pensa que o açúcar pode deter as formigas - riu com ironia.

- Foi a melhor idéia que me ocorreu assim, de repente.

- De acordo. Mas, por que, quando a Austrália tem uma população de nove milhões de mulheres, a cujo quarenta por cento conhece intimamente, tinha que ser eu quem terminasse por ser a senhora do Garanhão Fox?

- Céus, Annie, me dê uma pausa! A quem mais ia pedir - respondeu com exasperação. - Além do fato de que precisava de alguém em quem pudesse confiar e que usasse a cabeça para pensar, se mencionasse a palavra casamento, de verdade ou de mentira, ante a maioria das mulheres que conheço, encontraria - me diante do altar antes de poder respirar de novo.

- Destino que, em sua opinião, é pior que a morte. Poderia ter me contado toda a história me ver colocada totalmente nela.

- Quando? No aeroporto? No helicóptero? Seja razoável, Annie. Esta é a primeira oportunidade que tivemos de conversar, e como resultado terminei com um drinque no rosto. Quanto acha que teria durado minha credibilidade se tivesse começado a me atirar drinques em público?

- Oh, compreendo - assentiu. - Permite-se ser sensível à humilhação, mas a minha não. Sem falar que é dupla!

- De onde tirou isso de humilhação? Não fiz nada para humilhá-la! A menos, certamente, que se refira a beijar você no aeroporto, e se isso a ofendeu, então é uma puritana. Com certeza não incomodaria nenhuma das esposas de meus amigos.

- Deixa sem fôlego muitas das esposas de seus amigos, não?

- Referia-me a que não lhes teria incomodado que seus maridos as beijassem no aeroporto. Ou em nenhum outro lugar.

- Pode ser que não, mas aposto que se sentiriam ressentidas em frente da mulher que seu marido beijou às escondidas. Em especial se soubessem que essa devoradora de homens pensava que podia repetir.

- Está zangada porque Tory me beijou?

- Bingo!

- Por quê? - ficou desconcertado, já que esperava ouvir uma negativa. - É estúpido. Você e eu não estamos casados.

- Sei! Mas Tory não. E é evidente que ainda acredita que tem uma oportunidade contigo. Depois de tudo, no passado foram amantes, e como a deixou beijar você na praia é óbvio que vai supor que ainda a acha atraente.

- Aonde quer parar?

- Não é evidente?

- Para mim não - repôs ele com sinceridade.

- Olhe, Alfonso - começou com exasperação, - fingir que estamos casados e que estou terrivelmente apaixonada por meu marido é uma coisa, mas fingir que estou loucamente apaixonada por um homem que não se sente atraído só por mim... é... é humilhante - quando a única resposta que obteve de Alfonso foi um olhar silencioso, Anahí quis acreditar que ao ver a luz, o que fazia era procurar uma desculpa. Não gostava de brigar com Alfonso, mas se queriam ter êxito em frustrar as intenções da predadora Tory Mulligan, ele tinha que saber qual era sua postura. - E? - insistiu. - Entende agora o quanto é embaraçoso parece para mim toda a situação? - olhou-a alguns momentos mais antes de ficar de pé, sacudir a cabeça e murmurar algo.

- Alfonso... Aonde vai?

- Tomar uma ducha e ficar sóbrio.

- Ficar sóbrio? Se só bebeu uma cerveja e... - agitou a lata -... Nem sequer a terminou.

- Sei. Mas tendo em conta o que acabo de ouvir, um dos dois deve estar bêbado. Como você encontrou coisas mais criativas que fazer com seu gim - tônico que bebê-lo... Suponho que tenho que ser eu.