Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

Essa noite Anahí se distraiu enquanto dava os últimos toques na maquiagem quando o penhoar de um homem passou voando ante ela para aterrissar pela metade sobre a cadeira diante da penteadeira. Voltou-se e encontrou Alfonso apoiado com gesto negligente na porta. Usava uma elegante camisa de seda e calças negras, mas tinha o cabelo molhado e sem pentear e os pés descalços.

-Por favor, não atire coisas quando estou aplicando rímel. O padrinho não gostaria que denunciasse a empresa por me deixar cega.

- Sinto muito - aproximou-se do armário e tirou os sapatos. - Se incomoda que termine de me vestir aqui? - para evitar a especulação e os rumores das arrumadeiras concordaram em compartilhar o armário do dormitório e deixar coisas pelo quarto para que desse a impressão de que o ocupava um casal feliz. Mas ela tinha insistido que Alfonso usasse o banheiro para vestir-se.

- Acredito que meu coração suportará que coloque os sapatos e uma gravata - sorriu para ele através do espelho.

- Estamos em um hotel de férias. Acha que é necessária uma gravata? Pensava que bastaria um blazer.

Dado seu atrativo, seu corpo atlético e seu inconsciente senso de elegância, Anahí suspeitava que o aceitariam em um casamento real inclusive com jeans rasgado e uma camiseta. Sugeriu-lhe a gravata porque temia que uma olhada nesse peito bronzeado faria com que Tory ficasse a babar.

- Tem uma dessas camisas que se abotoam até acima, estilo Nehru?

- Como esta? - dirigiu-se ao armário e tirou uma de linho.

- Perfeita.

Voltou-se para o espelho para continuar com o processo de se maquiar, quando toda a concentração se desvaneceu ao ver refletida a imagem de um peito masculino nu. Seu pulso disparou.

- O que está fazendo? - exclamou, girando para olhá-lo.

- O que me sugeriu. Trocar de camisa.

- Mas... Mas... Supõe-se que deve se vestir no banheiro.

- Pelo amor de Deus, Annie estou trocando de camisa, não de cueca. Quando saímos para navegar viu-me com muito menos.

Saber que tinha razão a tornava a  mais concentrada de toda a história. Como pode não se fixar em um peito tão impressionante como o que nesse momento tinha a alguns metros de distância? Era uma das coisas mais tentadoras de tocar que tinha visto.

- Olhe, se tanto a incomoda, vou me virar - Alfonso acompanhou as palavras com a ação. - Melhor?  - Anahí conteve um gemido. Abrir a boca era se arriscar mais. - A propósito - continuou ele enquanto colocava a camisa, - tem uma linha de maquiagem que cruza a sua bochecha.

- Sei!

- Ei, não se lance na minha jugular. Só tentava ajudar.

- Sinto muito - girou para o espelho e tirou alguns lenços de papel. - Estou um pouco nervosa esta noite, isso é tudo - era uma meia verdade.

- Não esteja. Ficará bem. Só deve seguir meu exemplo.

- Seu exemplo! - explodiu em uma gargalhada. - Tem tanto conhecimento de como um homem casado deve se comportar quanto do estilo de vida de um monge! - sacudiu a cabeça e o observou através do espelho. - Não, Alfonso, você me seguirá, ou esta farsa será descoberta em dois minutos.

- Hmmm... - disse deitando-se sobre o colchão de água, - isto sim que é conforto - moveu o corpo e provocou uma suave ondulação.

- Sabe Annie? Se aceitasse compartilha - lo comigo na base do rodízio. voltou a mover-se, - aceitarei seguir suas regras - apoiou-se em um cotovelo e sorriu de forma sedutora, fazendo a mente confusa de Anahí sobrepor a imagem de seu peito nu sobre seu torso já coberto, e seu estômago começou a imitar o vaivém do colchão.

- Esqueça Alfonso. A cama é minha.

- Devo recordar a você, querida, que assim como talvez tenha aspirações ao casamento, a realidade é que também falta a você experiência.

- Ah! Mas diferente de você, estudei o tema e conheço as teorias nas que se apóia. De modo que é razoável que você me siga. Entendido?

- Serviria de algo dizer que não? - sorriu.

- Absolutamente.

- Nesse caso, acho que neste casamento quem usa calças é você.

- Exato. E agora... - atirou-lhe um pente. - Arrume o cabelo.

- Ótimo - grunhiu, estirando o braço esquerdo para capturar com destreza o pente. - Inclusive em um casamento falso, levo bronca e recebo ordens.

- Não o repreendo, ajudo; há uma diferença.

- Correto. Então, me diga, Oh, Perita em Casamento, como vou saber, um ingênuo solteiro com fobia de casamento, se esta noite cometer algum erro?

- Farei um sinal. E nesse momento se calará imediatamente...

- Como faria qualquer marido respeitável.

- Então, dependendo do grau de sua gafe, iniciarei o controle de danos apropriado - fez uma pausa e estudou as poucas jóias que tinha levado. - Não estou segura do anel que devo usar... tenho um de esmeralda, o de pérola que Duncan me deu de presente em minha graduação e um com uma safira e um diamante que comprei. Além de três anéis gravados... - voltou-se e o olhou. - Qual acha que deveria usar como aliança de casamento?