Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

Alfonso esteve a ponto de morder a língua pela surpresa e o impacto do sapato do Annie ao encontrar com sua tíbia.

- Alfonso, querido... Eu adoraria dançar - Alfonso titubeou, tentando descobrir se podia andar. - Oh, por favor, querido - quase ronronou enquanto passava as unhas pelo dorso da mão com uma eficácia sedutora que suplantou a dor palpitante que ele experimentava na perna esquerda e lhe sensibilizou uma seção superior de sua anatomia. - Além do mais, esta é nossa canção.

- Claro, meu amor. Acabei de notar - agarrou a mão de Annie e sorriu para seus acompanhantes. - Se nos desculparem...

- É obvio, é obvio! - animou sir Frank. - Eu já não posso dançar, mas ainda sou capaz de apreciar o quanto é agradável ter uma mulher bonita nos braços.

- Mais provavelmente o velho verde gostaria de tê-la deitada - murmurou Annie quando saíram à pista de dança pouco iluminada. - Se não tivesse me afastado desses dois acredito que teria vomitado! Meu Deus, a come com os olhos como se fosse um adolescente aceso. Embora ela tampouco é melhor! - exclamou acalorada. - Coloca os seios na cara dele ao mesmo tempo que seduz você! E você a encoraja, droga!

- Absolutamente! O mais que fiz foi falar com ela.

- Exato.

- Seja razoável, Annie, não posso ignorá-la. Além disso, paquerar para Tory só é um jogo. Poderia gostar de ganhar, claro, mas o mais importante é a perseguição.

- Verdade? - olhou-o com expressão sarcástica. - Bom, se por acaso não notou seus latidos, saiu atrás da raposa!

Assim como sempre tinha apreciado o humor de Annie, começava a ser consciente que não tinha notado outras coisas dela. Por exemplo, o modo sedutor em que seu corpo se entregava ao ritmo da música. Isso implicava que, dada a irritação e preocupação que sentia com os Mulligan, era improvável que pensasse de forma consciente em seu papel de mulher felizmente casada e, por isso, a fluidez e suavidade com que se movia ao redor da pista devia ser instintiva. Era um conceito mais excitante que interessante, já que suas leves; mas tentadoras curvas se grudavam a ele de uma maneira que disparava seus instintos mais baixos.

- Alfonso... Está prestando atenção?

- Mais que nunca.

- Bem. Então não baixe a guarda com Tory - suspirou; isso elevou seus seios e a freqüência cardíaca dele. - Por algum motivo os homens têm o costume de subestimar do que é capaz uma mulher.

«Diga-me isso», pensou, e seus dedos desejaram checar se seu pescoço era tão suave como seus ombros nus.

- Deixa de se preocupar, Annie. Poderei ir em frente de Tory. Embora não devemos esquecer que é o tipo de mulher que se sentir-se rejeitada, poderia dizer algo a sir Frank e acabar o negócio para vingar-se.

- Devo me surpreender?

- Só estou dizendo é que seria inteligente que deixasse de provocá-la cada vez que abre sua linda boquinha.

- Eu? - abriu muito os olhos. Eu a provoco? Alfonso Fox, usava abafadores nos ouvidos toda a noite? Não deixou de me disparar farpas desde que foi no buscar. Não fiz nada deliberado para agitá-la.

- É mesmo? Então o beijo que me deu no exterior da cabana não foi provocá-la, e sim para me excitar, não?

- O que lhe...? Não seja ridículo! Pelo amor do céu, esse beijo não foi pior que o que você me deu no aeroporto!

- Concordo com você em um ponto - disse, fascinado pelo súbito rubor que cobriu suas bochechas e a ênfase em sua negativa. - Absolutamente foi pior. De fato, tenho que dizer que sua técnica melhorou em apenas algumas horas.

- Perdão?

- Bom, havia bastante diferença entre a estátua de boca fechada que beijei no aeroporto e a mulher que me esmagou contra a porta da cabana.

- Hmm... Isso se deve que na cabana não estava catatônica pela surpresa; já sabia o que acontecia.

«Bom, pois ao menos já é um», pensou Alfonso, porque em nenhum momento soube o que o tinha golpeado. No instante em que sua boca se posou na sua, sentiu como se o tivessem eletrocutado. Ao olhar seus lábios levemente entreabertos perguntou-se se repetir o exercício demonstraria de forma concludente se tinha sido a mulher ou as circunstâncias as responsáveis por que seu pulso se disparasse.