Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

A realidade era que sentia por muito mais, embora reconhecer algumas das coisas que lhe passavam pela cabeça não ajudaria em nada. Essa noite o tinha sacudido, inclusive antes que o estúpido do Brad Carey tivesse entrado na equação. O único pensamento que tinha na pista de dança tinha sido saber se Anahí tinha fantasiado alguma vez fazendo amor com ele. Agachou-se para tirar outra cerveja do frigobar e o som alto e inesperado de uma risada feminina fez que elevasse a cabeça com brutalidade sem pensar na borda do balcão.

- Ai!

- Bem! Mereceu isso!

A cara de Anahi exibia uma careta de satisfação malvada, que fez que ele pensasse estava lendo sua mente. «O que me faltava!», pensou, levando a mão ao ponto palpitante logo acima da orelha.

- Sangra? - perguntou ela, quando ele baixou a mão e a inspecionou.

- Lamento decepciona-la. O melhor que podemos esperar é uma dor de cabeça.

- Talvez isso embote seu excesso de libido que projeta um matiz sexual em tudo - murmurou. «Céus!», pensou Alfonso. «Tinha lido sua mente!» - Apóia a garrafa na cabeça.

- Anh? - piscou.

- O frio freará o inchaço.

- Minha libido?

- Isso! - burlou-se. - Nem a Antártida conseguiria. Refiro-me a sua cabeça.

- Oh, é verdade - seguiu seu conselho e fez uma careta ante o contato. - Explique.

- O frio parará...

- Isso não! Explica o que lhe pareceu tão engraçado faz uns momentos.

- Oh... Sua hipótese de que me retirava de nosso «matrimônio» porque estou louca por Brad - Fixou-lhe o olhar como um laser. - Jamais disse isso.

- Você disse...

- Sei exatamente que disse - indicou com altivez. - E não foi isso. Entendeu mau.

- Entendi mau «Ódio dizer isto, Alfonso, mas nosso casamento acabou. Brad Carey acaba de entrar no elevador»?

-Sim! - exclamou. - Entendeu mau! - cruzou a estadia com o cenho franzido. - Deixa eu ver sua cabeça.

Não havia nenhuma simpatia evidente em sua voz, mas os olhos tinham uma expressão claramente mais suave. Alfonso afastou a garrafa e inclinou a cabeça, e segundos depois os dedos dela se moveram entre seu cabelo para medir o pequeno galo. A sensação formigante que experimentou poderia ter sido causada pelo golpe, mas, nesse caso, o mesmo tinha acontecido com seus hormônios, porque era como se estivessem na Disneylandia.

Profundos olhos azuis olharam os seus enquanto continuava lhe acariciando o crânio.

- Dói muito? - perguntou com voz branda pela preocupação. - Não parece muito inchado.

- Não? - perguntou; «continue assim e não demorará para inchar», pensou, e imediatamente esclareceu a garganta. - É como o inferno - na realidade, uma melhor comparação era o céu, mas não tinha ficado completamente estúpido.

Anahí tirou a garrafa de sua mão e com suavidade a apoiou contra a zona golpeada. A ação a aproximou mais dele  e estar emparedado entre suas suaves curvas e a o balcão reativou a lembrança da sensação de te-la moldada a seu corpo na pista de dança.

- A questão, Alfonso - disse, sem ter idéia do efeito que causava nele, - é que Brad Carey sabe que eu não estou casada, com você nem com ninguém.

- Hmm - voltou a respirar fundo, tentando identificar seu perfume, que começava a envolver seus sentidos. - E?

- E? - impacientou-se e deixou a garrafa com força sobre o balcão e plantou o rosto a centímetros do dele. - Talvez enganemos a sir Luxúria e lady Lascívia, mas não Brad. Começa a entender algo do que quero dizer? - o que desejava Alfonso nesse momento era pôr as mãos em seus quadris, aproxima - la dele e lamber esses lábios franzidos até que se separassem para ele. De repente ela se dirigiu ao outro extremo da sala, remexendo o cabelo. - Não posso acreditar que Brad tenha escolhido este hotel! - murmurou. - Droga, nem sequer sei como pensamos que sairia bem embora ele não tivesse vindo.

- Annie... Isto pode funcionar.

- Deixa disso, Alfonso. Fomos pegos em nossa matreira rede e...

- Não, ainda não.

Anahí suspirou. Quando se tratava de negócios, com a exceção de Duncan, Alfonso era a pessoa mais monotemática que conhecia. O que provavelmente era bom, já que essa noite ela não tinha pensado em nada nos negócios. No passado tinha aceito a aparência de Alfonso como a noite segue ao dia, mas em menos de vinte e quatro horas a aparência dele parecia mais ardente e ofuscante que o sol.

- Annie, escuta... Estou seguro de que podemos conseguir se unirmos nossas cabeças - o tópico invocou em Anahí uma imagem que não tinha nada a ver com a cooperação intelectual e que quase roçava a copulação, por isso sacudiu com vigor a cabeça. Em menos de um abrir e fechar de olhos ele recortou a distância que os separava e a agarrou pelos ombros. - Vamos, Annie, sabe o quanto isto é importante para Duncan - insistiu. - Toda sua vida esteve tentando comprar uma ilha. Morrerá se perder esta oportunidade.

- Isso... isso é chantagem emocional - gaguejou ela quando as mãos dele subiram até seu pescoço e elevaram sua cabeça para que o olhasse - Hmm... reconheço que se sentirá decepcionado, mas não podemos evitar.

- Sim podemos - afirmou, sua proximidade e contato fizeram com que os hormônios dela sugerissem coisas que teriam feito Tory parecer tímida com os homens. - Está se rendendo com muita facilidade, Annie.