Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

Nesse momento lutava a batalha de sua vida contra as tentações que jamais tinha esperado sentir ante Alfonso. Era como da família.

- Estou sendo sensata - «alguma vez se pronunciaram palavras mais certas?», perguntou-se ao se afastar dele. - Não há jeito que possamos continuar com isso. Foi uma idéia maluca desde o começo, mas agora é impossível.

- Annie, por favor? Me escute. Temos que analisar isso com calma - para ele era fácil falar de calma. Não se encontrava a um tris de se despir e se jogar sobre ela! Acaso estava bêbada? Não parecia provável, já que tinha bebido poucas taças de champanhe, embora seria uma forma ideal de explicar o que sentia. - Por que não preparo uma bebida, nos sentamos e consideramos as opções que temos?

Se na pista de dança tinha pensado que era vulnerável, não se comparava com o que sentia nesse momento. Permanecer perto dele e introduzir mais álcool em um corpo já embriagado por sua masculinidade era uma loucura.

- Não quero uma bebida. E se supõe que não se deve beber depois de receber um golpe na cabeça.

- Bem... de acordo. Preparo café e...?

- Não, Alfonso! Não quero nada! - sentindo-se uma tola pelo tom de histeria em sua réplica, respirou fundo antes de adotar um tom mais racional e composto. - Olhe, concordo que ao menos por Duncan deveríamos falar...

- Bem. Então...

- Esta noite não, Alfonso. É tarde e estou muito cansada para pensar com clareza. Está certo?

Alfonso sentia algo menos cansaço. E, para ser franco, pensar era a última coisa que queria que ela fizesse. Estava convencido de que na pista de dança ela não estava pensando, pelo menos até que apareceu o idiota do Carey. Sentiu uma nova onda de fúria. Que demônios via nesse cretino? Ao ouvir o suspiro dela, recompôs-se mentalmente e elevou a vista para vê-la na soleira do dormitório.

- Perdão, o que disse?

- Que conversaremos pela manhã. boa noite, Alfonso - fechou a porta antes de lhe dar uma oportunidade para responder, mas depois de um momento saiu com um travesseiro apertado ao peito; ele já tinha conseguido abrir o sofá. - Não ponha essa expressão tão abatida - Sorriu  a cara já sem maquiagem. - Quem sabe? Talvez depois de uma boa noite de sono poderemos encontrar um modo para continuar na corrida pela ilha.

- Para você é fácil dizer - murmurou. - Você não tem que dormir neste colchão desgraçado.

- É verdade. E como tudo isto de casamento foi idéia sua, poderia ser dura e dizer que você tinha feito a cama e que não deveria se queixar por dormir nela. Mas não o farei... - o rosto se iluminou com uma expressão maliciosa. - Porque não há lençóis!

- Está brincado, não?

- Não. Embora a boa notícia é que tem um travesseiro. Toma, agarre-o!

O travesseiro se chocou contra sua cara no mesmo instante em que a porta do dormitório se fechava.