Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

  -Muito bem, já estou apresentável - a aparição de Alfonso de bermuda cáqui e uma camiseta fez que Anahí estivesse a ponto de soltar um suspiro de alívio; até que a agarrou pela cintura e a aproximou para lhe dar um beijo fugaz nos lábios. - Falava sério sobre descansar hoje - baixou a mão até seu quadril. - Está trabalhando muito.

- Alfonso - começou, parando a mão dele para evitar um ataque do coração. - Estou... eh... muito bem. Sério.

- É verdade - os olhos escuros dele a observaram divertidos. Anahí não pôde fazer outra coisa que sorrir. - Acredito que ainda está um pouco pálida, você não, Tory? - Anahí tomou o grunhido desta como uma confirmação de sua falsa preocupação. - Acho que somos dois contra um, querida. Bom, Tory, para que queria me ver?

- Por desgraça Frank saiu um pouco urgente, e não poderá se reunir com você hoje como tinham planejado...

Anahí tinha ouvido dizer que uma ressaca podia ser «má», «forte», inclusive «terminal», mas jamais «urgente».

- Mas em vez de sofrer a inconveniência de um dia perdido - continuou Tory, cruzando uma perna nua sobre a outra de forma escandalosa, como se quisesse se certificar que seus dois anúncios de cirurgia plástica não deixassem na sombra suas outras qualidades, - sugeriu-me que o ponha a par do que faz que Illusion Island seja tão única.

«Com certeza que começando por seu dormitório!», pensou Anahí. Embora jamais tinha dedicado muito pensamento ao tema de que os títulos podiam estar passados de época, depois de conhecer lady Mulligan ficou convencida de que todo o procedimento precisava com desespero de algum tipo de controle de qualidade.

- Bom, a questão é, Tory - indicou Alfonso com suavidade, - que pensava falar com sir Frank para cancelar a reunião de hoje. Eu não gosto de deixar Annie sozinha quando não se encontra bem.

- Mas, Alfonso, acaba de admitir que está bem - riu. - E estou convencida que sua mulher está tão ansiosa como todos nós para que Porter Resort Corporation e Illusion alcancem um acordo mutuamente benéfico o mais breve possível. Não é assim, Anahí, querida?

- Lady Mulligan tem razão, Alfonso. Sinto-me bastante bem para me unir a vocês no percurso pela ilha.

- Não! - exclamou Tory antes de modificar seu tom de voz. - Quero dizer, o melhor seria que não fizesse isso. Não desejamos que o calor e o sol possam provocar uma recaída.

- Estou de acordo com você, Tory - disse Alfonso. O comentário ganhou um sorriso contente de uma mulher, enquanto a que ainda tinha sob o braço ficou rígida e lhe deu um beliscão. Ele bateu com discrição seu traseiro e sorriu ante seu olhar indignado. - Vamos, querida, não fique assim. Hoje só deveria descansar... - conteve a risada quando em seus olhos viu uma promessa de morte; em seguida acrescentou: - E eu penso ficar com você aqui para me certificar que faça isso - imediatamente o corpo dela relaxou. - Obrigado de todos os modos, Tory, mas terei que declinar seu oferecimento. Diga a sir Frank que me chame logo, e fixaremos uma hora para amanhã.

- Muito bem! - o rosto muito maquiado mostrou sua irritação. - Mas nesse caso, Alfonso, posso sugerir que ligue o telefone para que consiga entrar em contato com você?

- Que demônios quis dizer com isso? - perguntou Alfonso depois de fechar a porta - Anahí dominou o impulso de rir e se encolheu de ombros. - A propósito, me ocorreram várias idéias para solucionar o problema de Carey.

-Agora mesmo preferiria que fizesse um pouco de café, enquanto eu me visto.

- Qual a pressa?

- Uma evidente síndrome de abstinência de cafeína - disse por cima do ombro a caminho ao banho.

- Referia-me à pressa para se vestir. Pessoalmente, acho você arrebatadora com minha camisa favorita...

A voz de Alfonso soou profunda, sedutora e séria. Parecia chegar até o mais fundo de seu ser e acariciá-la em tudo o que a fazia mulher. «É ridículo!», pensou. Só o que fazia era brincar, e em vez de imaginar estupidamente que se tratava de algo mais, deveria lhe responder com uma resposta engenhosa que sem dúvida ele esperava. Mas não lhe ocorreu nada, e embora tivesse pensado, teria resultado impossível verbaliza-la.

Chegou ao banheiro com a suprema força de vontade de pôr uma perna trêmula diante da outra. Nunca antes em sua vida tinha sido tão consciente de um homem. Podia sentir seu olhar nas costas, e se obrigou a não dar a volta e ver o que expressava seu rosto. Assim que esteve sozinha, afundou as costas contra a porta fechada e se deixou cair ao chão.

Tinha que esquecer o fato de que o conhecia de toda a vida e que não se parecia em nada aos homens que a tinham atraído. O que de verdade lhe incomodava não era temer não poder competir por sua atenção, mas sim que desejava fazer isso! Podia ficar aí sentada uma hora praticando técnicas de respiração, mas a fragrância de sua loção pós-barba parecia tão excitante como a masculinidade impregnada no tecido de sua camisa contra sua pele nua. Gemeu ao baixar a vista ao que com carinho chamava seus seios e ver suas cúpulas rígidas.

Como se não bastasse enfrentar a terminante sexualidade de Alfonso, de repente sua própria sensualidade, oculta até então, também pedia atenção.