Fanfics Brasil - Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)


Capítulo: 31? Capítulo

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- Se me pergunta se me casaria para...


- Não - cortou rapidamente. - Me... refiro... consideraria utilizar seus filhos do modo que todo mundo pensa que nossos pais fizeram?


A triste incerteza que viu em seus olhos rompeu seu coração. A ultima coisa que esperava é que tirasse as circunstâncias pelas que tinham sido criados por Duncan Porter.


- Perguntava-me que efeito teria em você o comentário de ontem à noite de Mulligan - murmurou. Ela não respondeu; parecia pensativa enquanto estudava o conteúdo da xícara de café. - Nunca antes tínhamos falado de nossos pais.


- Para ser sincera, e apesar de quanto horrível possa soar... quase nunca penso neles - apertou os lábios. - Costumava fazer isso, mas deixei porque me sentia culpada.


- Por que?


- Tenho dois álbuns cheios de fotografias deles e eu quando era pequena. Antes os olhava todos os dias e desejava que estivessem vivos para poder ter uma família de verdade - encolheu de ombros. - Depois, mais ou menos ao completar doze anos, começou a me incomodar pensar que era desleal com Duncan. Jamais me passou pela cabeça que meus pais lhe tivessem pedido que fosse meu padrinho como uma estratégia profissional. Não até que escutei alguns executivos falar disso em um churrasco durante uma celebração da festa nacional.


- Que idade tinha quando aconteceu?


- Não sei... onze, doze. Perguntei à senhora Clarence se era verdade...


- E o que lhe respondeu a Terrível Flo? - alegrou-lhe que Annie soltasse um risinho. Flo Clarence tinha sido a governanta e babá que Duncan tinha contratado quando os dois foram viver com ele. A mulher brusca, mas amável se aposentou fazia oito anos, quando Annie terminou a escola secundária, mas tinha continuado mantendo contato com seus dois antigos tutelados.


- Oh, me disse que era uma tolice e que se era feliz vivendo com Duncan isso não deveria representar nenhum problema. Depois, deixei que os rumores me resvalassem. Mas, se pudesse dispor de um desejo, não seria que meus pais não tivessem morrido, e sim saber com absoluta certeza que me amavam. Que não pediram ao Duncan que fosse meu padrinho para que papai ganhasse. Duncan merece algo melhor - encolheu de ombros. - É sua vez. Perguntou-se alguma vez o que seus pais sentiam?


- Não - a resposta breve e o olhar impenetrável lhe indicaram que tinha respondido e que não ia oferecer nada mais. No momento que ela ia mudar de assunto soltou uma risada. - Que demônios! Se for comparar cicatrizes com alguém, quem melhor que você?


Como era evidente que não lhe entusiasmava nada falar de seus pais,  Anahí soube que o mais respeitoso seria lhe dizer que não era necessário. Mas calou-se, já que de repente desejava saber tudo o que pudesse sobre Alfonso.


- Todos os meus avós estavam mortos quando nasci - começou. - Minha mãe era filha única e meu pai só tinha uma irmã mais nova, que raras vezes víamos, já que papai e ela não combinavam. Gemma vivia em uma comunidade no norte de Nova Gales do Sul, e era tão hippie e de espírito livre como meu pai um tubarão corporativo e um arrivista. Por algum motivo, veio nos visitar quando eu tinha oito anos. Para mim, um jovem estudante da classe média alta, Clover, assim se fazia chamar - explicou, - não podia ser mais alienígena que se fosse verde e tivesse antenas na cabeça.


A leve hesitação indicou que examinava lembranças que se tornaram imprecisas pela falta de uso.


- Nesse momento Clover estava passando por uma fase em que a morte e a família lhe obcecavam. E, certamente, a reencarnação. Não parou de falar desse tema. Durante meses depois de sua visita foi impossível passar diante de um cão ou um gato sem me perguntar quem teria sido em uma vida anterior... - riu, nessa ocasião com diversão e ternura. - Em qualquer caso - continuou com expressão de novo impassível, - uma noite estávamos todos jantando quando Clover anunciou que meus pais deviam estar plenamente preparados para sua morte e que deveriam redigir seus testamentos para assegurar meu futuro, nomeando-a minha tutora no caso de que morressem juntos. Bom, quando meus pais deixaram de rir, disseram-lhe que já tinham os testamentos feitos. Parafraseando a minha mãe, não só garantiam meu bem-estar quando passassem à próxima vida, mas também garantiam seu futuro nesta nomeando Duncan meu tutor - fixou seus duros olhos negros nela. - Como pode ver, Annie, diferente de você, me economizou a angústia de me perguntar qual era a motivação de meus pais ao nomear Duncan como meu tutor.


Era impossível passar por cima da aspereza na voz de Alfonso, e Anahí não soube como responder a ela. Depois de um silêncio que ameaçava durar uma eternidade, ele voltou a falar:


- Tinha dez anos quando aconteceu o acidente. Era grande o bastante para saber que meus pais não eram perfeitos, ou que nem sequer se pareciam com os de meus colegas, já que nenhum se oferecia como voluntário para realizar alguma tarefa na escola. Como adulto, posso olhar para atrás e reconhecer que não tiveram um casamento feliz, mas para mim é impossível afirmar se permaneceram juntos por algo tão nobre como me dar uma infância estável. Foram as ambições profissionais de meu pai e seu êxito financeiro o que os manteve unidos. Nada mais. Em certo sentido, sua morte durante uma recepção da empresa foi um modo estranho, mas adequado de partir. O irônico é que provavelmente o melhor que já fizeram por mim foi me usar como meio para se aproximar de Duncan, porque para mim ele é mais pai que o que nenhum deles foi capaz de ser. As histórias de que nossos pais competiam entre si sempre me pareceram plausíveis, porque sei exatamente que tipo de homem era meu pai. Não sei como era o seu, de modo que não posso aventurar seus motivos; talvez não queria que o meu tivesse uma vantagem sobre ele; talvez fazer com que Duncan fosse seu padrinho surgiu por algum motivo sincero. Não sei. Mas sei que nós dois fomos muito afortunados por ter Duncan, Annie- ela sorriu. Não era necessária nenhuma resposta verbal. - A resposta a sua pergunta original, que é hipotética, já que não tenho intenção de ter filhos, é não. Não usaria meus filhos para progredir em minha carreira. Como tampouco me casaria por conveniência para conseguir uma promoção. Mas como... - sorriu -  ...me obriga a indicar que se Brad Carey tivesse tido uma disposição similar, não nos acharíamos neste apuro.



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Autor(a): Bela

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  Aliviada ao ouvir que a amargura se evaporou de sua voz, estava mais que disposta a evitar sondar mais seu passado e a se concentrar em seus problemas presentes. - Embora você tenha razão e eu me equivoque na data de volta de Brad a Sydney, como pode se esquivar de ir ao hotel? Mulligan vai insistir em se reunir com você ali para dispor da vantage ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 142



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  • kikaherrera Postado em 29/06/2010 - 23:59:44

    Lindo o Final dessa web.

  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:57:16

    e o fim foi perfeito
    esperando a proxima

  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:57:15

    e o fim foi perfeito
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  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:57:15

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  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:56:29

    tou amando que linda declaração s2
    postaaaaaaaaaaaaaaa
    bjssssssssssss

  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:56:29

    tou amando que linda declaração s2
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  • rss Postado em 28/06/2010 - 11:56:28

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  • ladytristan Postado em 27/06/2010 - 18:47:34

    que lindo!!!!
    ameeeeeeei
    bjx

  • ladytristan Postado em 27/06/2010 - 18:47:26

    que lindo!!!!
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  • ladytristan Postado em 27/06/2010 - 18:47:21

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