Fanfic: Seu Amigo Sedutor Adaptada AyA (Terminada)

Alfonso deixou a um lado a proposta de compra que esteve tentando estudar assim que ouviu uma chamada à porta e Annie indo abri-la. Entrou na cabana no momento que ela empurrava um carrinho com pratos cobertos em direção à cozinha.

- Bem a tempo - comentou, levantando as tampas. - Estou morrendo de fome. O que...? - calou-se com expressão de desagrado e observou a sorridente loira que ainda não tinha visto o conteúdo da bandeja. - Não se entusiasme muito - advertiu. - Tudo está cru!

- Sei - indicou ela com expressão radiante. - Pedi assim.

- O que?

- Quando liguei, perguntaram se queria feito ou cru. Disse...

- Adivinho o que disse, Annie. O que quero saber é por que?

- Para poder prepará-lo eu, certamente.

- Oh, Deus - foi uma autêntica prece para uma intervenção divina.

- Ao princípio não imaginava por que a cozinha era tão completa - continuou ela. - Mas parece que sir Frank teve esta idéia fabulosa para as pessoas que consideram que cozinhar é uma atividade de recreio e que, como eu, adoraria fazer isso durante sua estadia.

A Alfonso não cabia nenhuma dúvida de que Annie gostaria de cozinhar em qualquer parte, mas a verdade era que não podia. E sem descartar que cozinhar podia ser uma atividade de recreio para algumas pessoas, ele, e provavelmente todos os governos estrangeiros, teriam classificado seus esforços como experimentos com armas químicas.

- Annie, acredito que o melhor é que pedíssemos nossas comidas preparadas.

- Por que?

- Hmm... porque representará menos moléstias. Não temos lava-louça.

- Isso não é problema. Tudo volta para hotel; depois de tudo, ninguém considera lavar pratos uma atividade de recreio.

- Annie, querida... continua sendo muito trabalho para você. A verdade é que odeio vê-la ocupada em...

- Para já, Alfonso! - exclamou zangada. - Não sou estúpida. Suas objeções se devem a achar que não sei cozinhar, não é? Vamos, seja sincero! Não é?

- Não - replicou. Queria sinceridade? - Não se deve a achar que não sabe cozinhar. deve-se a que sei que não sabe.

- Disse a você que estive indo a aulas!

- A quantas assistiu?

- Meio semestre.

- Quantas lições, Annie?

- Cinco, de acordo! Assisti cinco lições antes de ter que ir a Perth. E se não tivesse tido que viajar, já quase teria acabado a fase de principiante. Para sua informação, meu professor disse que eu era uma verdadeira promessa.

- O mesmo me disse meu professor de ciências no oitavo ano, e dois anos mais tarde quase faço voar o laboratório - repôs Alfonso.

- Bom, se é tão inútil, mantenha-se afastado da cozinha. Toma! - empurrou-lhe um prato com bacon e dois ovos crus. - Não me importa como come isso, se leva isso ao hotel ou coloca por...

- Pelo amor do céu, Anahí! Não é um pecado que uma mulher não saiba cozinhar. Por que fica voltar louca por fazer algo para o que não nasceu? Qual é sua obsessão por demonstrar que pode cozinhar? Acaso acha que saber montar um suflé a fará mais feminina ou atraente?

- Deixa minha feminilidade em paz! Para sua informação, sou feliz com ela. Quando não for, estudarei procedimentos de implante de seios e não livros de cozinha!

- O que?

- E além disso - agitou um garfo na frente de seu rosto, - não tento provar nada para ninguém. E menos a ti, Alfonso Fox. Me divirto cozinhando. Me relaxa e faz com que me sinta criativa... - Alfonso deu um passo atrás e permaneceu mudo. - E um dia serei tão boa que abrirei meu próprio restaurante. E quando o fizer - estreitou os olhos com férrea convicção, - vou contratar o maior e duro porteiro, e lhe darei instruções para que não o deixe entrar - ele não pôde evitar esboçar um leve sorriso. - O que é tão engraçado? - perguntou Annie.

- Um restaurante, eh? Bom, sim, suponho que é possível...

- De verdade? - a expressão dela se animou no ato.

- Mmm. É obvio, terá que esperar que o porteiro seja barato... - lhe piscou um olho. - Porque, querida, com sua fama asseguro lhe comerá todos os benefícios.

Dominada pela dor e a fúria, empurrou o carrinho em sua direção e saiu da cabana enquanto ele saltava sobre uma perna e se agarrava a outra, amaldiçoando.

Durante um momento ela pensou que ia dizer lhe algo que a animasse, algo como «suponho que é possível... com trabalho duro e decisão». Mas não! Tinha que continuar arrasando-a. Como se ele fosse um perito! Provavelmente não tinha entrado em uma cozinha desde que descobriu que não tinham camas.