Fanfic: Herdeiros do Submundo | Tema: Naruto

Hospital Hope – 27.05.2022 (Cinco dias depois)

Hinata andava pelos corredores com um sorriso de orelha a orelha, tinha recebido a melhor notícia da semana e não conseguia conter a felicidade. Até mesmo os pacientes ficaram contagiados pela alegria da moça.

Já haviam se passado cinco dias desde que Itachi a avisou que precisaram viajar para resolverem negociações das empresas e que ficariam ausentes por um tempo. Precisaria se cuidar bem enquanto os rapazes estava fora.

Até preparou um discurso para quando voltassem ela lhes pedir desculpas e poder voltar a viver com os amigos. Já era de noite quando saiu do hospital, estava distraída escrevendo uma mensagem quando esbarrou em alguém.

Hinata: Wow, lo siento mucho. – Se desculpa escorregando.

-: Você é a Doutora Hinata? – Pergunta pegando em seu braço antes de deixa-la cair.

Hinata: Sim, eu posso te ajudar? – Pergunta um pouco nervosa com o rapaz de capaz.

Yahiko: Eu me chamo Yahiko, tem uma pessoa que precisa da sua ajuda. Pode me acompanhar? – Pergunta revelando o rosto para a garota.

Hinata: Eu posso, mas se ele é um paciente, seria melhor chamar uma ambulância e tratarmos dele no hospital.

Yahiko: Isso não é possível. – Se vira começando a andar. – A escolha é sua em querer ajudar ou não. – Voltou a andar deixando a morena um pouco para trás.

Hinata: ESPERA! – Grita o alcançando. – Como médica eu preciso atender qualquer paciente. – Fala determinada acompanhando o ruino que lhe sorri de lado pela atitude madura.

Yahiko parou ao lado de uma moto e ofereceu um capacete a morena, os olhos da morena brilharam por saber que iria andar de moto novamente, já fazia tanto tempo que não andava. Pegou o capacete e o rapaz a ajudou a prendê-lo.

O ruivo subiu em cima e com um gesto de cabeça pediu para a menina fazer o mesmo. Tentando não mostrar que estava eufórica, subiu se ajeitando no banco e grudou as mãos nas laterais.

Cerca de trinta minutos andando de moto finalmente o ruivo para na frente de uma casa grande um lugar meio abandonado. Era uma vizinhança simples, sem muitos moradores, tinha alguns comércios e fabricas.

Desceram da moto e seguiram para dentro da casa. Por dentro era incrivelmente espaçosa e bem moldada. Não tinha ninguém além deles na casa, mas continuou seguindo-o até pararem na frente de um quarto.

Yahiko: Sou eu. – Bate na porta e entra acendendo a luz.

-: Ah, que bom que voltou, poderia ajeitar o travesseiro por favor?

Yahiko: Claro. – Realiza o desejo do rapaz. – Trouxe nossa esperança. Entre Doutora Hinata.

Hinata: Buenas noches! – Cumprimenta e fica em um cantinho no quarto.

Nagato: Muito prazer, eu me chamo Nagato e este é meu irmão Yahiko. – Cumprimenta sorrindo para a jovem. – Desculpe não me levantar, neste momento eu não consigo.

Hinata: Sin problemas... posso me aproximar? – Pergunta tímida.

Nagato: Claro! Sei que deve ser estranho te chamarmos de última hora, mas realmente você é nossa última esperança. – Comenta surpreendendo a garota.

Hinata: Já visitou outros médicos? – Pergunta medindo sua pressão e analisando os olhos.

Yahiko: Todos que possa imagina, até em alguns países. Mas você é diferente. – Fala puxando uma cadeira para se sentar.

Hinata: Como pode ter certeza? – Pergunta ao rapaz. - Perdón, posso tirar sua blusa por um instante? – Pede à Nagato.

Nagato: Claro. – Diz enquanto Yahiko ajuda a morena a tirar a camisa do irmão. - Porque você foi indicada por um médico do hospital que trabalha. – Diz sorrindo para a moça de olhos perolados.

Hinata: Quem? – Pergunta curiosa e usa um estetoscópio para ouvir seu coração. Se concentra fechando os olhos por um momento.

Yahiko: O médico Hatake, ele disse que não poderia ajudar, mas tinha uma médica que poderia, só que estaria chegando em alguns meses. – Põe novamente a blusa no irmão e se senta. – Depois aguardamos você chegar e soubemos de alguns pacientes que melhoraram muito depois que você chegou.

Hinata: Entendi. – Responde guardando suas coisas. – Talvez o seu quadro Nagato seja mais delicado do que imagina. – Suspira olhando claramente para os olhos do homem.

Nagato: Eu entendo, mas quem sabe... só talvez... esperar um milagre não seja demais. – Comenta com a cabeça baixa.

Yahiko: Escute Doutora, não temos muito agora, mas posso dar um jeito de pagar por qualquer tratamento que fizer ele se curar. – Fala rápido se levantando da cadeira.

Hinata: Esta todo bien, eu estudei para cuidar das pessoas, e não para leva-las a falência. – Sorri docemente deixando-os surpresos pela resposta. 

Nagato: Vo-você vai nos ajudar? Sem nos cobrar nada? Sem nos questionar nada? – Pergunta gaguejando com os olhos marejados.

Hinata: Sim, podem contar comigo que vou fazer o máximo que puder. – Sorri confiante.

Yahiko: Ainda bem. Graças à Deus. – Fala deixando as lágrimas caindo por se sentir aliviado e emocionado, essa garota era um anjo enviado por Deus com certeza. – Por favor, me diga se eu puder fazer algo para ajudar na recuperação do meu irmão.

Nagato: Sim, eu também farei tudo o que puder para melhorar rapidamente! – Fala feliz por uma notícia boa depois de tantos anos tentando e sendo enganado.

Eles riram de como as coisas funcionavam, pois no fim, quem poderia realmente ajudar não cobrou nada de simples estranhos.

Hinata: Claro! Eu já tenho uma base de como podemos começar, mas antes preciso que sejam sinceros comigo tudo bem? – Pergunta deixando-os intimidados.

Se olharam e assentiram.

Hinata: A quanto tempo está sem mexer o corpo exceto os braços e a cabeça? – Pergunta anotando tudo em um caderno.

Nagato: Como você percebeu isso? – Pergunta incrédulo.

Yahiko: Cerca de quase três anos. – Responde rápido vendo a menina anotar no caderno.

Hinata: Levou quantos tiros ao certo? Dois?

Nagato: Sim.

Hinata: Vocês brigaram com alguém depois de levar os tiros por um acaso? – Pergunta levantando a sobrancelha. – Deve ter sido alguém habilidoso.

Yahiko: Na verdade sim. – Se levanta chegando perto da morena. – Desculpe, mas porque pergunta como se já soubesse as respostas?

Hinata: Porque qualquer relacionamento de paciente e médica se baseia pela confiança. Isso eu percebi quando chequei os batimentos do seu irmão, a respiração, os olhos e o corpo frágil.

Yahiko fica olhando para a mulher impressionado. De todos os médicos que passaram, apenas Hatake e a menina tinham se baseado do que aconteceu com poucos exames.

Hinata: Você deve ter sentindo bastante dor nesses anos, certo Nagato? – Pergunta sentando na cama próxima do rapaz.

Nagato: Sim. – Fala com a voz cansada.

Hinata: Antes de te medicar ou fazer qualquer coisa, vou precisar retirar uma amostra de sangue. – Vai até sua mala e tira um kit novo de emergência.

Nagato: Claro! – Responde contente.

Yahiko ajuda o irmão a se deitar novamente para que ficasse relaxado. Viu a morena chegar perto com uma seringa, um tubo e uma liga para apertar o braço. Depois que retirou o sangue despejou no tudo e guardou em uma caixinha dentro da bolsa.

Hinata: Então por hoje é só, vou enviar ao laboratório e pedir uma checagem completa do seu sangue para saber como seu corpo está recentemente. – Sorriu mais uma vez tranquilizando os rapazes.

Yahiko: Doutora Hinata, poderia me fazer apenas mais um favor? – Pergunta meio constrangido.

Hinata: Claro, pode falar.

Yahiko: Não fale para ninguém sobre nós dois tudo bem, pode ser perigoso pra você saberem que estamos vivos, apenas por enquanto. – Comenta olhando para os olhos perolados.

Hinata: Esta todo bien. – Responde o tranquilizando. - Ah, outra coisa, vocês estão comendo direito?

Nagato: Sempre que conseguimos. – Responde constrangido.

Hinata: Entiendo. – Se vira para Yahiko. – Você pode me dar o seu telefone? Apenas para mantermos contato sobre minhas vindas pra cá? – Entende o celular para que anotasse o número.

Yahiko: Sim, mas eu vou lhe buscar todos os dias, não se preocupe. – Devolve o aparelho.

Hinata: Eso es muy amable. Gracias. – Responde agradecida pelo rapaz.

Nagato: Ei doutora Hinata, você não é daqui certo? – Pergunta achando uma graça quando ela falava em Espanhol.

Hinata: Na verdade sou, nasci aqui mas tive que me mudar ainda pequena pra Espanha, então retornei faz poucos meses. – Explica envergonhada. – Algumas palavras ainda saem em Espanhol, lo siento mucho.

Nagato: Imagina, está tudo bem. – Responde rindo, seu interior já se sentia mais leve apenas em saber que podia ter esperança.

Hinata: Então, agora eu preciso ir. Meus amigos devem estar preocupados. – Comenta sem graça.

Yahiko: Vamos, eu te levo. – Diz já oferecendo uma carona pegando dois capacetes.

Hinata: Gracias! Bom descanso Nagato, eu breve eu retorno. – Se despede e sai atrás de Yahiko que já aguardava sentado na moto. – Pode de deixar no hospital, de lá é perto de casa e meu amigo vem me buscar.

Yahiko: Certo.