Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida
The Joker praticamente descia de dois em dois degraus, e eu tinha que acompanha-lo. Pelo menos consegui manter o equilíbrio, uma das vantagens de ser ginasta desde que me entendo por gente.
Quando finalmente saímos dali, percebi que estávamos na área da piscina do Arkham. Aquela área era destinada ao tratamento dos pacientes menos perigosos que tinham fobia de água. Parecia mais um galpão abandonado, com uma piscina de mais de dois metros de profundidade no meio, com alguns pesos e cordas esparramados. Estávamos no subterrâneo do Arkham. Além da porta que dava para a escadaria e, consequentemente, para o restante do prédio, havia uma pequena escada de cimento no canto, onde tinha uma porta facilmente derrubada que dava direto para o gramado do Asilo. Por baixo da fenda da porta, era possível ver luzes vermelhas e azuis, o que indicava que a polícia estava ali.
Quando finalmente saímos dali, percebi que estávamos na área da piscina do Arkham. Aquela área era destinada ao tratamento dos pacientes menos perigosos que tinham fobia de água. Parecia mais um galpão abandonado, com uma piscina de mais de dois metros de profundidade no meio, com alguns pesos e cordas esparramados. Estávamos no subterrâneo do Arkham. Além da porta que dava para a escadaria e, consequentemente, para o restante do prédio, havia uma pequena escada de cimento no canto, onde tinha uma porta facilmente derrubada que dava direto para o gramado do Asilo. Por baixo da fenda da porta, era possível ver luzes vermelhas e azuis. O que indicava que a polícia estava ali.
_ “O que está fazendo?” Perguntei quando fui arrastada na direção dos pesos.
_ “Harley, o papai precisa ter uma séria conversa com você.” Disse me virando bruscamente para ele, segurando-me pelo braço e com a faca próxima ao meu rosto.
_ “Você será uma boa menina e deixará o papai orgulhoso, certo?” Assenti, mesmo sem entender, com a cabeça e ele abriu um mínimo sorriso, antes de se virar e pegar uma corda grossa.
Não tive coragem de me mover, parte disso era medo do que ele iria fazer se eu tentasse escapar. A outra parte era a curiosidade do resultado de ficar tão próxima dele por tanto tempo.
Ele se virou para mim novamente e amarrou meus pulsos com a corda, apertando a ponto de causar ardência naquela região. Não reclamei, não queria irritá-lo.
Logo depois, o vi arrastar um grande peso e prender a corda nele, de forma que eu conseguisse ficar mais ou menos ereta, mas que me impedisse de levantar os braços, já que o bloco de cimento em que eu estava presa era muito pesado.
Comecei a pensar em todas as possibilidades do que ele pretendia fazer, nenhuma das alternativas eram boas. Basicamente, eu estava presa, bem à beira da piscina de mais de dois metros de profundidade, com um grande peso. Eu já imaginava o que iria acontecer, mas antes mesmo de falar algo, vi um vulto preto na porta da escadaria. Era o Batman. Nunca o tinha visto, nem mesmo na TV, já que nenhum câmera conseguia capturar sua imagem antes que o mesmo desaparecesse. Não foi uma surpresa para mim vê-lo ali, mas isso não me impediu de ficar impressionada com o quão assustador ele era. Diferente de mim, meu paciente parecia bem calmo.
_ “Bats!” O homem de cabelo verde gritou quando viu o Batman.
Assim que o morcego ameaçou ir para cima dele, ele foi logo atrás de mim, usando-me como se eu fosse um escudo humano.
_ “Na na ni na não! Qual é, tanto tempo sem nos vermos e você nem pergunta como estou?” Disse gesticulando com a mão.
_ “Solte-a, Joker!” A voz grossa do morcego me fez arrepiar. Mas não era com isso que eu tinha que me preocupar.
_ “O que? Soltá-la?” Ele perguntou em tom de deboche, virando-me novamente para ele, de forma que eu conseguia ver Batman com o canto dos olhos e ficasse de frente para ele.
_ “Ah, que indelicadeza minha, nem a apresentei.” Disse irônico, com os olhos no homem-morcego que estava a uns bons vinte metros de distância.
_ “Essa é a Harley, minha nova namorada.” Falou segurando meu queixo com um pouco de brutalidade enquanto eu tinha uma reação um tanto surpresa.
_ “Ela não é linda, Bats? Uma pena que ainda não esteja pronta.” Continuou, sorrindo e olhando para mim, logo voltando sua atenção para o mascarado.
Ele me puxou para ainda mais perto da beirada da piscina, com um pouco de dificuldade, pelo peso que estava localizado em meus pés, o deixando bem na beirada e o segurando com um dos pés.
_” Vou odiar ter que fazer isso mas não se preocupe, amor, tenho certeza que ele irá salvá-la.” Falou novamente, agora acariciando meu rosto, mesmo com um pouco de brutalidade mas eu estava tremendo.
_” Certo, Bats?” Ele completou e rapidamente encostou seus lábios nos meus. Foi questão de segundos. Nem podia ser considerado um beijo real. Mas assim que ele o fez, se virou para o morcego atrás da gente.
_” Não vai deixar minha garota morrer, vai?” Falou e empurrou-me em direção à piscina, soltando o peso com o pé, que caiu ao meu lado, puxando-me rapidamente para o fundo.
Estava escuro e eu não conseguia me soltar daquela corda em meus pulsos. Não consegui levantar o peso, que parecia estar ainda mais pesado.
Consegui ver um vulto preto pulando na água e consegui reconhecer como o vigilante de Gotham. Ele se aproximou de mim e tentou desfazer o nó da corda em meus pulsos. O oxigênio fez falta em meu sangue e minha visão ficou embaçada. Assim que senti meus pulsos finalmente livres, minha cabeça pesou demais e tudo ficou escuro.
Flashback on
_ “Clarice, por que o papai tá tão estranho?” Perguntei para minha irmã. Conforme ela segurava minha mão íamos mais afundo no mar.
Eu tinha apenas nove anos, estranhava a quantidade de vezes que meu pai levava minha mãe ao médico. Ele dizia que ela estava doente, mas que não era para me preocupar. Bem, eu tentava não me preocupar, mas era quase impossível quando ouvia minha mãe chorando trancada no quarto dela.
_ “A mamãe tá doente, Harleen. Você é muito nova para entender.” Clarice disse, enquanto brincávamos, pulando as ondas.
Era começo de julho. Férias de verão. Estávamos visitando nossos avós, que moravam em uma cidadezinha litorânea. Eu amava visitá-los, principalmente por causa da praia.
Era quase hora do almoço, mamãe estava dentro da casa, com minha avó e Lindsay. E meu pai e meu avô estavam sentados na areia, conversando, enquanto Clarice cuidava de mim. A água estava no meu umbigo e não chegava nem no quadril da minha irmã. Além de já ter doze anos, ela sempre foi muito mais alta que eu.
_ “Nós não estamos muito longe?” Pergunto com um pouco de pânico. A última onda tinha quase me coberto por inteiro.
_ “Não esquenta não, Harls!” Disse tranquilamente, enquanto mergulhava quando outra onda quebrou em cima da gente.
Mergulhei também, um pouco apressada, quase engolindo água. Acabando de voltar para a superfície, outra onda me atingiu. Dessa vez me levando para o fundo. Por não estar esperando, engoli muita água, engasgando com o excesso de sal e não conseguindo permanecer de pé. Comecei a bater os braços desesperada, sentindo um puxão da minha irmã.
_ “Ei, calma, calma! Clarice disse assim que me trouxe de volta. Enquanto eu me agarrava nela com força, lágrimas vindo em meus olhos.
_ “Não se preocupa, irmãzinha! Eu nunca iria deixar que você se afogasse.” Falou novamente, enquanto passava a mão por meus cabelos loiros encharcados.
Flashback off
Eu era capaz de sentir o líquido em meus pulmões. Meu nariz ardendo e minha garganta coçando com a inevitável tosse, tentando tirar toda a água que tinha engolido. Sentia o piso frio abaixo de mim, mas não conseguia abrir os olhos. Uma nova crise de tosse surgiu e eu acabei virando de bruços. Minha visão embaçada quase não permitiu que eu visse a mancha preta que assim que acordei, começou a se afastar. Batman, óbvio. Ele tinha salvado a minha vida. E deixado The Joker fugir. Sentei, tirando os cachos louros que caíam em meu rosto pingando água com um pouco de brutalidade. Eu estava fraca, mas isso não me impedia de ficar irritada e, por mais que eu não quisesse admitir, assustada.
Levantei meio cambaleante, tomando cuidado para não cair novamente na piscina. Após tudo parar de girar, caminhei até a porta que dava para o jardim do Arkham, vendo inúmeros policiais. Próximo à entrada, vi o Dr. Arkham, Jane e o restante da equipe de médicos.
_” Haleen!” Soubemos do que aconteceu. Bem, sabemos que aquele psicopata te arrastou até a área de terapia da piscina e, meu Deus, você está toda molhada, o que aconteceu?” Jane gritou assim que me viu, correndo em minha direção.
Isso pareceu alertar todos da minha presença.
_” Acho que estraguei o vestido.” Digo enquanto a mesma me abraça, soltando uma pequena risada preocupada.
_” Dra. Quinzel!” Meu chefe me chama e assim que tem minha atenção, continua.
_” Sinto muito pelo inconveniente. Há algumas ambulâncias por aqui. É preciso saber se a senhorita está bem.”
-Eu acabei de ser feita de refém pelo psicopata mais perigoso de Gotham e fui deixada para morrer afogada. Bem não seria uma boa definição para o meu estado.” Sussurrei para minha amiga, enquanto a mesma me guiava até uma das ambulâncias, nos afastando do Dr. Arkham.
_ “Harleen!” Ouvi novamente meu nome sendo chamado, reconhecendo a voz de imediato.
_ “Meu Deus, Harleen! Vim assim que consegui!” Minha irmã disse, abraçando-me desesperada.
Eu estava encharcada, agarrada à Clarice e tremendo, assim como anos atrás. Estremeci ainda mais. Não era uma boa recordação.
_” Eu não acredito que isso aconteceu. Vou falar com Rick, ele vai processar essa espelunca que chamam de asilo. Como podem ter uma segurança tão podre?”
_ “Clarice!” Interrompi, vendo-a me olhar com os olhos cheios de lágrimas, abraçando-me novamente.
_ “Eu fiquei tão preocupada quando soube.” Diz com voz de choro, enterrando a cabeça na curva do meu pescoço.
Foi a primeira vez que eu realmente vi minha irmã se permitir chorar e borrar a maquiagem. Eu ainda estava em choque, óbvio. Então, tudo que consegui fazer foi retribuir novamente o abraço.
_ “Já liguei para Rick. Ele está voltando essa noite para Metrópolis. Avisei que vou ficar alguns dias com você.” Clarice disse enquanto eu saía do banho.
Já se passava das quatro da manhã. Havia sido uma eternidade para os médicos me liberarem. Eles até fizeram exame para toxinas, ignorando o fato de eu achar desnecessário.
_ “Obrigada.” Falo baixo, enquanto sento na cama.
_ “Será que há uma pizzaria aberta a essa hora?” Vejo minha irmã falando sozinha, enquanto se dirigia até a lista telefônica em cima da mesa. Provavelmente procurando o telefone de qualquer pizzaria. Passo minhas mãos nos fios loiros, que agora estavam molhados por causa do banho, tirando alguns nós. Fechei os olhos por um momento e os acontecimentos dessa noite passam num flash em minha cabeça.
Autor(a): harleenquinzel
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Nós havíamos conversado, Edward Nygma o libertou. Ele me levou forçadamente até a área da piscina. Batman apareceu. Ele me beijou e me jogou na água, para que eu me afogasse. Ele me beijou. Essas três palavras ecoam por minha mente incansavelmente. Levei meus dedos até meus lábios, sem mesmo perceber. Ele h ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo