Fanfics Brasil - Melhore logo! Daddy's Lil Monster

Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida


Capítulo: Melhore logo!

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Após me alimentar percebo que meu estômago doía muito. " Droga! vamos vomitar" as vozes dizem. Corro em direção ao banheiro próximo a lanchonete do asylum e em segundos me abaixo próximo ao vaso, "isso não me caiu bem essa manhã" penso comigo. Percebo então que minha expressão estava pálida. Retiro da bolsa uma escova de dentes para fazer minha higiene e logo após retoco o batom vermelho nos lábios. O palhaço não pode me ver doente, não hoje.


Respiro fundo indo em direção a minha sala. Ainda não estava bem porém precisava me manter firme. Busco meu jaleco dentro da bolsa e o visto pendurando ao lado meu crachá de identificação. Após sair da minha sala apenas com a ficha do paciente me direciono ao terceiro andar e meu estômago revira uma ou duas vezes até o caminho próximo a sua cela.


_” Aguenta firme Harleen! Nada pode dar errado hoje, nada!” Digo a mim mesma mantendo firmeza na voz. Eu estava péssima, minha cabeça doía muito.


Ao me aproximar da cela noto os seguranças me olhando com aquele olhar pervertido e nojento!


_” Bom dia doutora Quinzel, está belíssima hoje.” Um deles me diz enquanto cruzo os braços.


_” Obrigada, posso?” Digo apontando para a porta da cela. Notando que não gostei do comentário os homens se afastam.


_” Se precisar só gritar, vamos correndo!” Um deles garante e eu apenas concordo com a cabeça.


Ao entrar na cela noto o palhaço sentado assobiando novamente. Por uma incrível coincidência ele estava cantando a mesma música que eu cantava hoje cedo. Novamente me prendo no ar por segundos, como ele é lindo.


_” Pink Floyd, minha banda preferida!” Digo a ele que abre um sorriso com meu comentário.


_” Ótimo gosto musical docinho.” Ele diz me olhando dos pés à cabeça.


_” O que temos pra hoje?” Diz ele me observando organizar as pastas na mesa.


Me sinto frustrada por ele não ter reparado em mim hoje. "Me arrumei pra nada, que tola Harleen" penso comigo.


_” Hoje vamos conversar um pouco sobre seu passado. Sei que pode ser difícil mas estarei aqui para te ajudar.” Digo me ajeitando na cadeira com uma caneta e um bloco de notas em mãos.


_” Ah querida, não posso falar sobre minha vida sem antes você me dizer sobre a sua.” Minha expressão fica confusa e ele percebe.


_” Você tem uma ficha com informações sobre mim mas eu em particular não sei muitas coisas sobre você. Como posso confiar em alguém que não conheço?” O palhaço diz a mim jogando se corpo para trás da cadeira.


_” Está bem, o que quer saber?” Digo soltando a caneta e a folha na mesa. Ele precisava confiar em mim e eu entendia isso.


_” Vamos começar do início? Antes de ser psiquiatra, o que você fazia Harleen?”


_” Eu morava em Metrópolis. Estudei na Universidade central da cidade!” Digo a ele calmamente


_” Antes disso, querida.” Seu tom de voz era irritado porém forçado a parecer calmo.


_” Eu estudava em uma escola de ginástica. Estudei lá quase minha vida inteira. Meus pais trabalhavam muito em uma empresa e quase sempre eram transferidos de local.


Sua expressão muda de séria a um imenso sorriso. Um movimento teatral na cadeira me assusta.  Era como se tudo fosse ensaiado.


_” Que informação mais preciosa. Deixe-me adivinhar. Era bailarina e trapezista?” Ele diz sorridente esperando minha resposta.


_” Como sabe?” Pergunto confusa. Duvidei até se o palhaço sabia ler mentes.


_” Não é difícil imaginar. Na verdade, é magnífico te imaginar em um ginásio olímpico.” Ele então olha para cima sorridente e logo volta seu olhar para mim.


_” Uma pequena arlequina” Sorrio junto a ele. Ninguém nunca havia me dado um apelido tão único.


_” Assim como você cupcake.” Ele diz me encarando sorridente.


Por uma estranha sensação meu corpo se estremece, meu coração acelera e a vontade de vomitar reaparece novamente. Esses sentimentos únicos somente ele causava em mim.


_” E seu passado, como era sua família Mister J?” Pergunto a ele que forma uma expressão triste no olhar. Seu jeito teatral reaparece me fazendo desconfiar se contaria uma mentira ou uma verdade.


_” Ah doc, filho de pais irresponsáveis cresci em uma família onde minha mãe submissa aceitava ser espancada por meu pai, alcoólatra. Como filho único, toda culpa e desgraça caia sobre mim. Meu pai chegava bêbado quase todo dia. Eu apanhava todas as noites, meu gritos eram tampados com uma fita isolante na boca.


Meus olhos marejados começam a mostrar que sua história mexia comigo. Como um pai pode espancar o próprio filho?!” Seu olhar se abaixa para mesa.


_” Mister J a culpa não é sua. Você era apenas uma criança. Não tem culpa da violência ou acusações que seus pais colocavam em cima de você.” Digo a ele enxugando uma lágrima que acabará de escorrer entre meus olhos. Sua cabeça permanecia baixa a consulta inteira...


_” Ah querida, eu sempre me senti culpado. Meu pai sempre despejava a culpa em cima de mim. Entende como minha mente ficou?” Ele diz me encarando com tristeza no olhar. Dessa vez ele olhou pra mim.


Como um ato instintivo levanto da cadeira em direção a ele. O abraço querendo retirar aquela camisa de força de seu corpo. Por isso ele era daquela forma. O passado já o marcou muito. Tudo o que eu queria era retirar todo aquele passado em cima de seu corpo.


_” Estou aqui Mister J. Pode sempre contar comigo!” Digo a ele entre lágrimas. Agora tudo fazia sentido, ele era assim por tudo que havia vivido.


_” Eu sei querida, eu sei.” Sua voz rouca ao meu ouvido reconfortava minhas lágrimas.


Me distanciando dele me ajeito novamente em minha cadeira, coloco então os dedos em minhas têmporas. A dor de cabeça hoje estava infernal.


_” Se sente bem querida?” Sua voz rouca faz novamente meu coração disparar. Os apelidos carinhosos me derretiam por dentro.


_” Não estou me sentindo muito bem hoje.” Digo a ele observando meu relógio. Faltava apenas dez minutos para o fim de nossa consulta. Meu tempo com ele era sempre tão curto!


_” Mister J, nossa consulta está quase no fim, gostaria de dizer mais alguma coisa?” Pergunto a ele tentando não demonstrar dor. Estava insuportável.


_” Você gosta de vermelho amor?” Ele me pergunta olhando meu vestido.


_” Sim, vermelho e preto são minhas cores favoritas!” Digo a ele colocando uma mecha do meu cabelo para trás.


_” Sempre com um ótimo gosto. A propósito querida você está linda hoje.” Ele diz abrindo um longo sorriso em seus lábios.


Mais uma vez sinto meu coração sair pela boca. Ele havia me notado. Observo a porta da cela ser aberta por um segurança informando então que nossa consulta havia acabado. Recolho meus papéis da mesa me distanciando da mesma.


_” Até sexta Mister J.” Digo a ele que pisca em resposta pra mim.


_” Aguardarei ansiosamente!


Me retiro da cela indo em direção a enfermaria. Sinto um enjoo dominar meu cada parte do meu corpo. Eu precisava de medicação ou não conseguiria chegar em casa hoje!


 


Flashback on


 


" Na porta do meu quarto observo atentamente a movimentação no cômodo abaixo. Era o aniversário da minha tia e estavam comemorando sua recuperação rápida da recente cirurgia feita. Quando percebo que ninguém estava por perto tranco a porta com cuidado, retirando de mim rapidamente meu vestido florido que minha tia havia me dado de presente. Ele era horrível mas era obrigada a usar aquilo para agrada-la.


Busco debaixo da cama uma caixa de sapatos e retiro de dentro dela uma sacola com uma calça jeans e um top. Na minha atual casa era proibido o uso de roupas que não fossem da igreja. Visto as peças rapidamente para que ninguém desconfiasse da minha ausência e viesse me procurar. Com uma mochila nas costas busco na mesa ao lado da escrivaninha uma barra de chocolate que também havia sido proibida de comer. Em passos rápidos pulo para fora da janela do quarto andando devagar sobre o telhado. As aulas de ginástica me ajudaram a ter um equilíbrio fora do comum. Pela lateral do telhado desço através de um cano velho que estava quebrado, o mesmo dava acesso à rua atrás da casa. Observo a rua vazia pra uma tarde de domingo e apenas olho para a porta de entrada da casa da minha tia. Respiro fundo e agarro as alças da mochila caminhando para o fim da rua...


 


                   2 horas depois


 


_” Pronto Silvia!” O homem destranca a porta do quarto sem dificuldade pela fechadura ser antiga e velha.


_” Harleen? Harleen cadê você?” Diz Silvia preocupada procurando a sobrinha e não a encontrando na cama. Apenas vários travesseiros cobertos por uma manta.


_” Silvia olhe, ela deixou um bilhete.” Disse uma amiga observando as pessoas fora do quarto com as mãos na boca abismada pela atitude da garota. 


"Agradeço por ter me recebido quando perdi meus pais mas não me encaixo nessa casa, nessa vida. Não quero morrer aqui. Fui embora, levei comigo apenas as economias que meus pais me deixaram. Não me procure. Já completei 18 anos e sou livre, Halrs."


 


Flashback off


 


_” Prontinho doutora Quinzel, o soro da senhorita já terminou. Em breve sentirá o efeito da medicação e ficará bem melhor.” A enfermeira me diz retirando a agulha da minha veia. Uma boa dose de paracetamol já iria melhorar e muito minha condição.


_” Já estou me sentindo bem melhor obrigada.” Digo a ela observando que permaneci por quase uma hora dentro da enfermaria.


Desço da maca em direção a minha sala. Eu precisava descansar. No caminho até minha sala começo a relembrar da minha consulta com o palhaço. Todos os apelidos, a forma como foi gentil e educado a me contar sua história de vida mexeram comigo. Eu precisava cura-lo de todo aquele transtorno horrível que havia sido sua infância. Eu precisava fazer com que ele confiasse em mim.


Abro a porta da minha sala que estava trancada depositando em cima da mesa as fichas de meus pacientes. Por segundos noto algo diferente em minha mesa. Havia um vaso negro com uma rosa vermelha e nela um cartão de visitas. Ao abrir o cartão fico abismada com o que vejo.


 


           " Melhore logo, C."


 


Como ele havia entrado em minha sala? Como ele havia destrancado minha sala? As dúvidas rondavam minha mente até eu segurar a rosa na mão e sentir seu perfume leve. Um sentimento maravilhoso se apossou do meu corpo me fazendo me sentir melhor em segundos.


"Como ele se importa com a gente Harley" A voz infantil disse e eu apenas concordei. Ele realmente era o homem mais incrível que eu já havia conhecido. "Deve ser amor no cérebro" com apenas um sorriso fraco concordo com elas.



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Autor(a): harleenquinzel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Naquela manhã eu havia voltado cedo pra casa. Consegui agilizar meu trabalho sobrando tempo então para finalizar alguns relatórios sobre os pacientes. Essas papeladas tinham que ser atualizadas a cada 3 dias e entregues ao doutor Arkham que era o atual psiquiatra responsável pelo Arkham. Saindo do banho com uma toalha enrolada sobre meu corpo ...


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