Fanfics Brasil - Manipulador? Daddy's Lil Monster

Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida


Capítulo: Manipulador?

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Naquela manhã eu havia voltado cedo pra casa. Consegui agilizar meu trabalho sobrando tempo então para finalizar alguns relatórios sobre os pacientes. Essas papeladas tinham que ser atualizadas a cada 3 dias e entregues ao doutor Arkham que era o atual psiquiatra responsável pelo Arkham. Saindo do banho com uma toalha enrolada sobre meu corpo começo a lembrar do palhaço. Incrível como todo ou qualquer pensamento sobre ele sempre dominava minha mente. Estava relembrando em como ele havia sido gentil e atencioso comigo, de alguma maneira ele havia subornado algum dos guardas do asylum. Era a única maneira, ou não?


"Talvez ele tenha ajudantes dentro do asylum. Nosso palhacinho é tão inteligente" a voz infantil repetiu a mim que sorri em troca. Ele realmente era um gênio, até porque as entrevistas para se trabalhar no arkham eram bem criteriosas. Se ele tinha capangas infiltrados ali dentro com toda certeza conseguiu enganar até mesmo Bruce Wayne.


Apoio então as pastas na mesa a frente do sofá colocando os relatórios por ordem. Ao repassar os relatórios do Coringa noto então algumas anotações que havia feito na nossa primeira consulta.


 


                               " Manipulador"


 


Paro por um instante o que estava fazendo lembrando do jeito na qual ele me tratava, como se tivesse querendo me conquistar. Estaria ele me manipulando para conseguir alguma coisa? penso comigo


" não seja boba amiguinha, ele está gostando da gente"


Um sorriso então volta a aparecer em meus lábios. Penso na hipótese dele realmente estar gostando de mim e meu coração palpita em resposta.


_” Seria muita loucura mas faz sentido!” Jogo minha cabeça para trás em um ato de entusiasmo.


_” Ele não teria como me manipular. Eu saberia. Me formei pra isso. Penso comigo. 


Isso é verdade. Eu me destaquei na faculdade de medicina psiquiatra pelas minhas análises do comportamento humano. Claro que tive uma ajudinha extra mas isso não vem ao caso. O que realmente vem ao caso é que tivemos várias aulas sobre a manipulação dos psicopatas então eu saberia se estivesse sendo manipulada por algum deles. Principalmente pelo palhaço.


_” Admita Harleen, você está apaixonada e ele parece estar também.” Digo a mim mesma apoiando a cabeça no braço do sofá


_” Será um louco amor!” Fecho os olhos sorrindo com a hipótese dele também estar gostando de mim...


- Doutora Quinzel se precisar...” O guarda me diz em frente a cela da paciente.


Aceno com a cabeça confirmando que havia entendido o recado. Todos os dias eles me diziam a mesma coisa, era como se eu não entendesse. A porta da cela se abre e fico abismada como a luz era forte. Na sala era extremamente clara, ao ponto de doer os olhos. Tampo os meus com as mãos e por um momento sinto que estou cega.


- Doutora essa sala é especial. As luzes não podem ser desligadas, ela é meta humana - O guarda diz me segurando pelo braço. As luzes me pegaram de surpresa. Eu não estava preparada pra tudo aquilo de holofotes.


Após alguns segundos me acostumo com a claridade e me direciono para dentro da cela. Tudo era tão branco exceto por uma capa roxa que estava sentada na mesa a frente com as mãos acorrentadas ao chão. Os cabelos também roxos me chamam a atenção.


- Bom dia... Ravena seu nome não é?! Sou a doutora Quinzel. Serei sua psiquiatra por alguns meses até sua transferência chegar.” Ao olhar para a mulher vejo que sua cadeira estava levitando. Pouco mas levitando.


- Ravena está me ouvindo? Como consegue ser meta humana aqui dentro? Eles não colocaram um implante em você?” Vejo então a mulher me encarar. Sua expressão era distante.


- Algumas coisas não se perdem com aquele implante. Quero ficar sozinha, por favor!” Sua voz rouca e firme me fazem ficar paralisada no local. Ela não parecia agressiva.


- Ravena, por que está aqui? Não tenho uma ficha criminal sua...” Busco entre os papéis informações sobre a mulher e nada é encontrado.


- Talvez eu não seja criminosa, já pensou no assunto? Estou presa por ser quem eu sou... Não querem admitir o que estão fazendo conosco... Não posso me tele transportar e me deixam sob a luz pra me enfraquecer... Querem nos matar!” A mulher diz me encarando fixamente. Eu podia sentir seu pedido de socorro.


- Quem quer te matar?” Minha angústia era maior que a dela. Aquela meta humana não tinha fixa criminal. Estava ali injustamente.


_ “O governo Americano.


Sinto um nó se formar em minha garganta. O segurança entra na sala me guiando até a saída, a consulta havia passado do horário previsto por regra do arkham. Porém meus olhos estavam na mulher atrás de mim, por impulso volto a mesa onde estava sentada.


_ “Minhas pastas!” Digo ao segurança que me olha intrigado.


Me aproximo da mesa e deixo cair propositalmente uma caneta ao lado da mulher me abaixando ao seus pés. Por instinto sua cabeça abaixa para me olhar. Próximo ao seu ouvido sussurro para que o segurança não perceba.


_ “Eu vou te tirar daqui.”


Me inclino novamente retirando da mesa minha pasta. Não sabia como. Não sabia o porquê mas eu precisava ajudar...


Próximo a cela da minha segunda paciente o segurança pensa em dizer para gritar caso aconteça alguma coisa mas sou mais rápida que ele dessa vez.


_ “já sei, eu grito!” Digo a ele com um sorriso de canto entrando na cela.


Ao notar que Selina Kyle já me esperava na mesa vou a seu encontro. Me pergunto se hoje sua rispidez estaria mais moderada.


_ “Bom dia senhorita Kyle... Como você está?” Me sento na cadeira enquanto ela me observa minuciosamente retirar de sua pasta uma caneta.


_ “Estou ótima.” Ela então me diz sem fazer cerimônia.


_ “Não vai perguntar como eu estou?”


_ “Com toda certeza está melhor que eu.” Seus olhos reviram.


_ “Então você acha que ser livre é algo bom?” Pergunto com as sobrancelhas arqueadas.


_ “Não no seu caso. Você me parece entediada aqui dentro. Soube pelos seguranças que está tratando o Coringa. Cuidado doutora. Ele pode te usar como isca facilmente.” Selina diz se inclinando na mesa.


_ “Essa consulta é sobre você. Não sobre mim Kyle. E como sabe que estou tratando dele?” Digo irritada.


_ “É a notícia da vez pelos corredores do arkham. Que seja, fique avisada.” Selina se joga novamente para trás da cadeira.


_ “O seu namorado não pode te tirar daqui?” Arrisco perguntando do Batman enquanto ela começa a rir loucamente.


_ “O que houve?” Digo nervosa.


_ “Nós terminamos a muito tempo, ninguém te informou?” Seu tom de voz era agressivo.


_ “Você parece uma pessoa difícil! Como o Batman te aguentou? Você é estressante demais.” Minha irritação por sua risada ficava mais evidente.


_ “Estou disposta a pedir ao senhor Arkham que me tire de seu caso. Você é um poço de sarcasmo!” Digo me levantando da cadeira.


_ “Doutora por favor fique. Não quero ser atendida por outro psiquiatra. O último me mandava fazer coisas sujas.” Ela me olha com uma expressão séria. Percebo então que ela não estava brincando


_ “Eu posso avisar a alguém sobre o que te aconteceu se quiser. Mas vai ter que melhorar seu tom de voz.” Digo a ela já imaginando o que deveria ter acontecido.


_ “Quem vai acreditar em uma ladra de jóias?” Ela me diz encarando meu olhar que parecia distante.


_ “Eu acredito em você. Posso te contar um segredo em troca de outro, o que acha?” Pergunto segurando sua mão na mesa observando seu olhar intrigado.


_ “Acho justo! o que quer saber Harleen?” Ela me diz se ajeitando na cadeira.


_ “Seu passado. Como chegou ser quem você é hoje?” Percebo que minha pergunta lhe pegou de surpresa mas sua expressão estava melhor que antes.


Ela então se ajeita na cadeira respirando fundo antes de começar, as correntes entre suas mãos e pés a deixavam fazer apenas pequenos movimentos, porém era o bastante pra Selina conseguir colocar uma de suas mãos em suas têmporas antes de começar. Pela forma que se movia aquela história mexia muito ela.


_ “Eu não tenho nada fantástico que queira saber doutora. Fui levada ao um orfanato quando criança. Minha mãe era uma descuidada que preferia os gatos de estimação do que a própria filha. Algum vizinho deve ter denunciado. Ela sempre me deixava trancada em casa quando queria sair. Cresci e quando completei 18 anos fui para as ruas. O lugar não poderia me abrigar mais.” Selina dá uma pequena pausa antes de começar a falar novamente.


_ “O sistema é uma grande merda.” Digo irritada pela história dela. A sociedade é um nojo.


_ “Pois é doutora, depois disso eu comecei a me prostituir pra conseguir algum dinheiro. Conheci uma casa noturna que me ajudava com comida se eu trabalhasse pra eles. Eu não gostava daquilo, só fazia por falta de opção mesmo. Eu não tinha nem ao menos uma casa como conseguiria emprego? Ninguém quer um problema a mais, essa é a realidade. Comecei a guardar as "gorjetas" extras que recebia pra poder fugir e consegui. Depois de um tempo me juntei a gangue do pinguim e virei quem sou. Acho que é só isso.” Novamente sua expressão muda em desgosto ao mesmo tempo que me encara com um olhar distante.


_ “E como conheceu o Batman nessa história toda?” Pergunto intrigada.


_ “Por um tempo até ajudei ele a salvar Gotham City. Nosso relacionamento começou nessa parte. Mas eu nunca gostei de bancar a heroína e ele sabia.” Ela então observa o teto como alguém que estava prestes a chorar.


_ “É como aquele velho ditado " uma essência podre não consegue pertencer a um frasco puro." fui pega por ele roubando joias e foi ele mesmo que me trouxe pra cá. Por isso eu digo, ninguém vai acreditar em mim sobre o que já aconteceu aqui dentro.” Ela então me observa. Eu estava paralisada.


_ “Agora é sua vez doutora. Qual segredo semelhante ao meu você tem? Não tem cara de ladra ou bandida.” Selina me diz com um sorriso nos lábios.


_ “Eu tinha um ex namorado e ele era bem estúpido comigo. Terminamos depois de algumas brigas e uma noite eu estava andando pelo centro de MetrópolIs, tinha acabado de sair do cinema. Meu pai tinha me dado um ingresso sabe, como não tinha muitos amigos resolvi ir sozinha o que no fundo foi uma péssima idéia. Naquele dia ele me seguiu, tinha a certeza que ele iria me matar. Tentei ser mais esperta que ele... Antes de se aproximar da esquina onde eu estava acertei a cara dele com um tijolo. Ele caiu ensanguentado no chão e desacordado. Aquilo foi horrível, nunca mais soube dele. Se aquele dia tinha sido o último ou se o rosto dele havia ficado com marcas. Nos mudamos da cidade por causa disso, mas não me arrependo. Ele iria me matar por raiva porém aquele era meu dia de ser caçador.


_ “Ele mereceu, faria o mesmo.” Selina diz com a boca semiaberta.


-Enfim, nossa consulta acabou Kyle. Quer dizer alguma coisa?” Digo a ela me despedindo.


_ “Harleen, não comente nada sobre o que me aconteceu aqui tudo bem?” Selina me diz séria


- Como não? Eu posso te ajudar com isso. Ninguém merece passar por isso Selina!” Afirmo a ela em pé próximo a porta da cela.


_ “Você não entende não é? Não vão me ajudar!”


_ “Como não vão te ajudar?”



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Autor(a): harleenquinzel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Pelo menos nosso palhacinho não é assim amiguinha" Realmente o Coringa era diferente. Com toda certeza o morcego havia feito algo muito grave a ele. Não julgo suas atitudes, ninguém suportava o Batman nem mesmo eu. Ajeito meus cabelos presos a um rabo de cavalo no retrovisor do carro. Busco meu batom vermelho dentro da bolsa o contornando por todo ...


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