Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida
Pelo menos nosso palhacinho não é assim amiguinha" Realmente o Coringa era diferente. Com toda certeza o morcego havia feito algo muito grave a ele. Não julgo suas atitudes, ninguém suportava o Batman nem mesmo eu. Ajeito meus cabelos presos a um rabo de cavalo no retrovisor do carro. Busco meu batom vermelho dentro da bolsa o contornando por todo lábio.
_ “O Mister J gosta de vermelho.” Digo a mim mesma arrumando minha blusa social branca. Estava totalmente elegante hoje.
Eu sempre ficava ansiosa pelas consultas com o palhaço pois ele me fazia sentir viva e renovada. Eu sempre queria vê-lo o mais bela possível. Sua aprovação era algo que buscava nele, como se vivesse por nossas consultas e seus apelidos carinhosos. Desço do veículo já estacionado no Arkham. Em direção a minha sala observo os guardas me olharem de canto e apenas ignoro. Homens sempre tão fúteis, menos o Mister J, ele era cavalheiro e gentil diferente dos outros, diferente de todos. Busco então na mesa da minha sala as fichas de meus pacientes indo em direção a minha primeira consulta. Hera venenosa era mais do que uma paciente na qual eu tratava, eu sentia confiança nela coisa na qual era difícil. Na porta de sua cela entro sem dar credibilidade para os avisos incansáveis e irritantes dos guardas. "toda vez essa ladainha, até parece que nossa ervinha vai nos machucar" A voz infantil diz em minha mente me fazendo soltar uma risada baixa que com toda certeza Hera escutou, sua expressão de confusa era visível.
Flashback on
_ “Eu quero um quarto de hotel.” Informo a mulher da recepção que me analisa de cima a baixo duvidando se eu teria dinheiro.
_ “O pagamento é antecipado!” Ela diz me vendo mexer na carteira. Eu realmente não tinha muita coisa.
- É tudo o que eu tenho...” Entrego a ela algumas notas.
- Só consegue ficar aqui por uma noite com esse dinheiro.” Ela diz me fitando enquanto me entregava a chave do quarto.
_ “Uma noite? Eu não tenho pra onde ir!” Estava preocupada. Eu poderia ficar nas ruas. Não tinha mais dinheiro
_ “Não é problema meu criança. Bem-vinda ao mundo dos adultos!” Seu sorriso debochado encontra meu olhar sem expressão. Sem expressão era a palavra.
_ “Você vai começar hoje criança. Use esse vestido e deixe seu decote bem visível. Você precisa chamar a atenção deles pro quarto. 70% fica pra boate e 30% fica pra você. Pelo menos uns 10 programas por dia você vai ter que fazer ok? Se não der lucro pra boate nós colocamos você nas ruas novamente.” A mulher me dizia enquanto me mostrava o lugar.
_ “Eu não sei fazer essas coisas...” Digo para ela. Eu não tinha opção. Eu não tinha mais nada...
Flashback off
_ “Doutora Quinzel tudo bem?” A mulher me pergunta intrigada.
_ “Bom dia Hera, sim, apenas lembrei de algo engraçado. Eu te trouxe um presente, na verdade são dois presentes que acho que vai gostar.” Digo a ela me sentando na cadeira a frente.
Era meu. Eu trouxe logo quando me mudei pra cá porém estou sem tempo pra cuidar dele então pensei... Quem melhor do que você pra cuidar dele? Digo a ela retirando do meu jaleco um pequeno cacto e logo nossos sorrisos se encontram e noto brilho em seu olhar ao entregar a planta em suas mãos.
_ “É magnífico, perfeito! Obrigada doutora.” Hera me diz sorridente. Só pelo sorriso meu dia já estava ganho.
_ “O segundo presente é uma autorização. Confesso que tive trabalho em conseguir mas finalmente está entregue.” Digo a ela retirando de sua ficha uma folha com a assinatura do doutor Arkham.
_ “É uma autorização pra você ter direito há 1 banho de sol de 20 minutos uma vez por semana.” Estendo o papel a ela que me olha sem entender.
_ “Doutora você é o máximo! Eu não acredito nisso! Como conseguiu isso? Digo, o sol me faz muito, muito bem.” Hera grita em alegria me fazendo abrir um longo sorriso. Eu estava feliz por ela.
_ “Foi nessa ideia que me apeguei, informei ao senhor Arkham que você precisava disso e iria nos ajudar em suas sessões. Eu consigo quase tudo o que quero. A proposito nossa sessão já terminou por hoje Hera.”
_ “Mais já?” Sua expressão muda de alegre para confusa.
_ “Sim, seu banho de sol começa daqui há 5 minutos!” Digo a ela que grita de felicidade novamente.
Observo os guardas entrarem na cela levando Hera para o pátio externo do asylum. Seu olhar de felicidade era confortante e só por isso já me sentia bem.
_ “Não sei como te agradecer Harleen, você é maravilhosa!”
_ “Obrigada, agora vá, esse momento é seu.” Digo a ela batendo em seus ombros enquanto me dirijo a cela do meu outro paciente.
Parecia que meu corpo perdia o controle toda vez que eu me direcionava a cela do palhaço. Minhas pernas tremiam e eu sentia cada pelo do meu corpo se arrepiar, sensações que só eram apresentadas na presença dele como se cada pedaço de mim não suportasse a ideia de ficar tão próximo a ele e não poder o tocar. Ficando frente a frente para a porta da cela os seguranças abrem passagem. Cada barulho dos meus passos é observado por ele dentro da cela. Eu noto seu olhar em cima de mim me devorando, era excitante demais pra mim.
_ “Harley querida, sempre tão bela! já disse que vermelho é sua cor?!” Seu sorriso largo e metálico faz meu coração disparar a uma velocidade inimaginável. Ele havia reparado em mim, eu poderia morrer hoje que não me importaria pois ele havia reparado em mim.
_ “Bom dia Mister J. Como você está?” Digo a ele tentando disfarçar todo o turbilhão de sentimentos que ele me causava, mas pela sua expressão ele já sabia.
- Estou ótimo amor, mas você não parece muito bem.” Seu olhar corre as minhas pernas que tremiam ao ponto da mesa estar balançando levemente.
_ “Meus dentes te assustam docinho?” Sua expressão maliciosa aparece e eu engulo em seco.
_ “Estou com frio só isso.” Tento parecer o mais profissional possível mas meu corpo parece não entender
_ “Que ironia da vida eu estar preso a uma camisa de força! HAHAHA!” Sua gargalhada sinistra aparece e dessa vez sinto um frio subir minha espinha. Aquilo era estranhamente medonho.
- Gostaria de fazer uma pergunta... Como fez isso? Como conseguiu entregar isso?” Retiro uma rosa seca dentro da página de um livro mostrando a ele.
_ “Eu esperava um obrigado sabia? Me preocupei com você doc.” Ele então pisca em minha direção que perde totalmente o ponto do assunto.
" Como você é má. Ele se preocupou com você sua ingrata" A voz infantil diz em minha mente enquanto passo os dedos entre as têmporas, agora não.
_ “Obrigado, mas como conseguiu?”
_ “Eu apenas pedi a alguém que lhe entregasse. Só quis ajudar minha garota a se sentir melhor.”
Uma onda de calor invade meu corpo e posso sentir meu rosto latejando pela temperatura. Droga eu estou vermelha. Fiquei me perguntando se ele tinha dito mesmo minha garota?!
_ “Sabe que posso te entregar não é?” Digo tentando parecer séria." Vamos lá Harleen seja profissional" As vozes antigas dizem.
_ “HAHAHAHA doc, não vamos contar mentiras um ao outro.” Novamente sua gargalhada sinistra volta a aparecer.
_ “Qual a graça? Eu realmente posso contar.” Estava frustrada. Ele estava rindo. Não me levava a sério.
_ “Doc amor, se quisesse fazer já teria feito. Ao contrário disso guardou a rosa que já estava morrendo dentro de um livro pra ter uma "lembrança" do acontecido. E por uma estranha coincidência o livro é de romance. O que me faz pensar que o cartão na qual a rosa estava acompanhada também esteja nesse livro que é importante pra você. Sua capa é velha indicando que já foi lido várias vezes. Então vamos ser sinceros, você não vai contar.” Ele então joga sua cabeça para o lado me fazendo ficar de boca aberta com o ato. Ele havia me detonado como psiquiatra em poucas palavras. Sua análise sobre mim foi tão perfeita que quase não consegui pensar em mais nada. Como alguém tão inteligente como ele estaria fazendo em um lugar como esse? Ele precisava sair daqui. Esse lugar não era pra ele. Sua mente era brilhante.
_ “Você é romântica Doc?” Sua pergunta me pega de surpresa. Estava com a mente distante daquela cela.
Autor(a): harleenquinzel
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
_ “Quase isso, acredito no amor. Você acredita?” Minha voz fraca demonstrava como todo aquele assunto mexia comigo. _ “Não, o amor foi criado pelo ser humano para nos tornamos fracos. Mas acredito em rendição como prova de lealdade. _ “Rendição?” Minha expressão confusa aparece. _ “Sim que ...
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