Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida
_ “Quase isso, acredito no amor. Você acredita?” Minha voz fraca demonstrava como todo aquele assunto mexia comigo.
_ “Não, o amor foi criado pelo ser humano para nos tornamos fracos. Mas acredito em rendição como prova de lealdade.
_ “Rendição?” Minha expressão confusa aparece.
_ “Sim querida. Rendição é a maior prova que você faria tudo por alguém. Se renderia a alguém que ama doc?” Seu olhar ia de encontro ao meu mas sua expressão alegre muda na mesma hora.
_ “Talvez, não sei dizer... É uma pergunta complexa, só dá pra se render testando lealdade...”
_ “Isso mesmo Doc. Essa é a melhor parte da rendição, você tem que provar que está pronta para se entregar... você sabe qual é a função principal de um arlequim?” Seu jeito teatral volta a aparecer com movimentos ensaiados e percebo então que ele havia ficado feliz pela minha resposta, pontos pra mim.
_ “Não... Alegrar o público?” Arrisco no palpite.
_ “Sim, porém a função principal de um arlequim é servir doc. Um arlequim não é nada sem seu amo. Ele foi criado para ser servido, sem reclamações ou demagogias...” Seus sorriso largo e seus olhos fixos aos meus me hipnotizam.
Após longos minutos de silêncio observo meu relógio indicar que nossa sessão havia acabado. Por uma estranha razão permanecemos nos olhando por quase 10 minutos sem dizer uma palavra. Era como se apenas o silêncio completasse aquele momento.
_ “Nossa consulta acabou, tenho que ir.” Sou a primeira a quebrar o silêncio entre nós seguido por ele.
_ “Que pena doc pois eu adoro esses momentos com você. Quando será nossa próxima sessão?” Um novo sorriso reaparece em seus lábios indo de encontro ao meu, nem notara que estava sorrindo.
_ “Segunda feira!” Digo buscando as pastas em cima da mesa me preparando para sair. Algo me puxava para sentar e trancar aquela maldita cela.
- Vou esperar ansiosamente!” Ele me diz jogando o corpo para frente da mesa indo de encontro a mim que apenas fecha os olhos sentindo seu perfume cada vez mais próximo.
_ “Vou sentir sua falta.” As palavras escapam de minha boca sem eu ao menos me preparar. Ao notar o que eu havia acabado de fazer abro os olhos e percebo que também estou inclinada na cadeira. Estamos centímetros de distância um do outro ao ponto de se beijar.
_ “Até segunda baby.” Ele então se afasta de mim com um sorriso diferente nos lábios. Parecia uma criança que acabara de ganhar um presente.
_ “Até Mister J.” Me distancio devagar frustrada. Eu jurava que ele iria me beijar.
Me distancio da mesa trêmula pelo o que acabou de acontecer. Meu Deus eu estava prestes a beijar o palhaço, onde estou me metendo? As perguntas não paravam de vir em minha direção. Em passos rápidos vou sentido ao corredor, precisava de ar. Me sentia sufocada e em choque. Será que ele notou tudo isso? Será que percebeu como estou apaixonada por ele? ele não pode perceber. É arriscado demais. Repito todas as perguntas em minha mente dando apenas respostas em negação. Eu precisava aceitar o fato que não daria certo. Que nós nunca daríamos certo.
Notando o corredor da saída do asylum se aproximar acelero os passos. A falta de ar começava a dominar meus pulmões e eu precisava de ar. Não poderia ficar ali nem mais um minuto se quer. Percebo o olhar intrigado da recepcionista passar por mim enquanto basicamente corro para fora do lugar sentindo a chuva molhar meu rosto. Aquilo era a melhor sensação que eu poderia sentir naquele momento. Eu precisava relaxar e sentir cada gota invadir meu rosto era a única coisa que importava. Noto um guarda se aproximar de mim e só agora percebo que estou completamente molhada. A chuva estava forte.
_ “Doutora Quinzel tudo bem?” O homem me pergunta estendendo a mão para que eu entrasse no lugar novamente.
_ “Tudo bem, eu estou bem. Preciso ir, até logo. Eu tô bem, eu tô bem...” As palavras repetidas saiam da minha boca enquanto eu caminhava em direção a meu carro. Eu só precisava sair dali antes que a sensação de ficar perto dele voltasse a aparecer novamente. E pela forma na qual eu estava era capaz de matar qualquer um somente para vê-lo livre.
Um barulho infernal me perturba e ainda sonolenta tento adivinhar onde estou, retiro minha cabeça de baixo do cobertor e noto que o sol começava a aparecer. Por um infeliz esquecimento não havia desligado o despertador. o barulho continuava a me atormentar e decido finalmente me levantar e desligar o aparelho da cômoda ao lado da cama.
_ “Você viu? Me acordou as 7 da manhã em pleno sábado. Minha folga, despertador idiota.” Reparando que estava falando com o aparelho me levanto sacudindo a cabeça indo em direção ao banheiro, ligo a banheira enquanto faço minhas higienes matinais.
Como havia acordado cedo teria muito tempo pra mim hoje o que era bom, definitivamente bom.
Olhei no relógio e já era 12:00 estava terminando de me arrumar para ir na biblioteca local. Como me restava um tempo extra bem generoso decido dedicar esse tempo ao meu trabalho, assim colocaria em dia os relatórios dos outros pacientes e ainda teria tempo para fazer pesquisas sobre a mente dos psicopatas. Eu daria tudo de mim para encontrar a cura do meu paciente número 1, o príncipe palhaço do crime. Um chamado de ligação me faz buscar o aparelho dentro da minha bolsa. Observo na tela e vejo que se tratava da minha tia Silvia. Ela era irmã da minha mãe e ficou do nosso lado quando meus pais faleceram. Ficou mais "próxima" de mim depois da morte deles. Havia ignorado as ligações dela a semana inteira mas agora eu precisava atender. Pelo tanto de ligações ela parecia preocupada.
_ “Alô?”
_ “Harleen? Querida sou eu, a Silvia.
_ “Oi tia, eu sei que é a senhora.
_ “Meu bem eu não queria incomodar mas tentei falar com você a semana inteira.
_ “Estava ocupada, o trabalho está puxado.
_ “Entendo... Eu só queria saber se você pode me ajudar com algo. Vamos fazer uma cerimônia pro seus pais Harls e sua irmã. Será bem simples mas faz parte da igreja.
- Tia, você sabe que não gosto dessas coisas. Não me envolvo em religião.
_ “Eu sei, eu sei querida. Eu apenas queria saber se podemos usar a foto da sua irmã na cerimônia. Vamos usar a foto de vocês. Não queria usar sem pedir sua autorização.
_ “Pode usar, só não conte com a minha presença.
_ “Tudo bem... Você está bem Harls?
_ “Sim, estou ótima... Sil eu realmente preciso desligar. Estou ocupada preciso ir no centro da cidade.
- Claro, não queria incomodar. Se cuide querida. Se precisar estou aqui, beijos.
Desligo o celular buscando minha bolsa na arara da sala meu dia hoje seria produtivo na biblioteca local.
Observo o céu ensolarado e sinto o calor tocar meu rosto. Por mais que eu morasse próximo ao centro de Gotham hoje a temperatura estava em torno de 38° graus, só pela sensação térmica a pouca distância já seria cansativa. Ao me aproximar das escadas do local arrumo meu coque e sigo em direção a entrada da biblioteca. Só tinha estado aqui uma vez e gostei, a organização e a facilidade para encontrar algo aqui era incrível diferente da biblioteca de Metrópolis que mais parecia ter sido abandonada na era medieval.
Me direciono para a recepção do lugar com meu documento em mãos. A atendente estava de costas e estava sentada em uma cadeira de rodas. Pareceu não notar minha presença.
_ “Com licença, eu gostaria de permissão para entrar.” Digo observando a mulher se virar a mim.
Sua pele branca e suas leves sardas davam um toque de delicadeza para os cabelos ruivos jogados ao ombro.
_ “Me desculpe estava organizando a pastas. Você é de Gotham? aqui não precisamos de autorização para estudar.” Ela então levanta até mim os papéis.
_ “Ah tudo bem. Poderia me dizer onde fica a prateleira sobre psicologia?” Pergunto a ela que aponta para um corredor do meu lado direito.
_ “Precisa de mais alguma coisa?” Ela me diz buscando uma caneta fazendo anotações nas pastas
_ “Não, agradeço... Com licença, qual seu nome?” Digo me virando para o corredor mas pergunto a mulher que diz sem me olhar.
_ “Bárbara Gordon.”
_ “Ah sim, é só pro caso de precisar te chamar... com licença.” Me distancio da mulher que pareceu me ignorar.
Passo entre as prateleiras do corredor que anunciava em uma placa de madeira velha " Psicologia-psiquiatria " busco na prateleira de cima três livros: " Psicologia reversa, Análise do comportamento fase lll psicopatia” ; “como reconhecer um psicopata " e na prateleira debaixo busco um livro enorme com o título " Estudo humano - mente sombria ".
Me sento então em uma das mesas a frente buscando caneta e papéis. Meu estudo sobre a mente do príncipe palhaço do crime teria que ser colocada em papéis. Eu precisava analisar os fatos e tentar de alguma forma cura-lo.
Só percebo que fiquei muito tempo na biblioteca quando noto a mulher da recepção se aproximar informando que iriam fechar. Noto então que já se passava das 18:00. Eu fiquei 6 horas sentada aqui lendo e fazendo anotações. Havia tantos papéis em minha mesa que nem sabia por onde eu começaria a organizar.
Guardo todas as anotações quando percebo a cara de mal humorada da mulher ao me olhar ainda sentada no mesmo lugar. Eu não poderia ir pra casa agora, precisava estudar tudo aquilo que escrevi e só existia uma coisa que me faria pensar sobre tudo aquilo. Uma bebida bem quente.
_ “O que gostaria de beber senhorita?” O barmen me pergunta com uma flanela amarelada nas mãos, provavelmente suja de bebidas.
_ “Quero um bom Martine.” Digo a ele estendendo um longo sorriso.
_ “É pra já princesa.” O homem se afasta enquanto buscava a taça na qual seria servido a bebida.
Abro minha bolsa ao lado do banco na qual estava sentada, o ambiente era aconchegante e movimentado, o barulho não me incomodava eu até gostava de frequentar bares assim. Em MetrópolIs eu virava a noite em muitos cassinos de jogos e bares noturnos. A noite sempre foi uma amiga para mim.
Autor(a): harleenquinzel
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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A batida da música que tocava era boa,e enquanto esperava minha bebida começo a balançar a cabeça para os lados sentindo o movimento do lugar. O barmen notando meu entusiasmome entrega a taça de Martine sorrindo junto a mim. Retirando minhas anotações da pasta começo a pensar nas relações na qual me ...
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