Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida
A batida da música que tocava era boa,e enquanto esperava minha bebida começo a balançar a cabeça para os lados sentindo o movimento do lugar. O barmen notando meu entusiasmome entrega a taça de Martine sorrindo junto a mim.
Retirando minhas anotações da pasta começo a pensar nas relações na qual meus pacientes tinham em comum, confusão mental era uma delas. Alguns deles demonstravam um passado perturbado e constrangedor. Uma sombra ao meu lado se forma e eu noto que alguém havia sentado no banco vazio.
_ “Doutora Quinzel, que coincidência te encontrar. A música te agrada?” A voz masculina graveme faz virar a cabeça observando o homem já conhecido por mim estender uma das mãos para me cumprimentar.
_ “What Goes Around Comes Around é uma boa música. Escolhas erradas... Preços altos.” Digo a ele voltando a ler minhas anotações.
_ “Estudando?” Ele pergunta a mim observando a caneta em minha mão.
_ “Trabalhando pra falar a verdade. Eu gosto de ambientes assim....” Digo levando a taça até meus lábios dando uma pequena pausa na conversa.
_ “Não sabia que frequentava bares nas zona baixa de Gotham senhor Wayne.” Minha fala soa agressiva e ele percebe.
_ “Eu também não sabia que frequentava lugares assim. E você tem uma ideia bem errada da minha personalidade Harleen. Não é porque tenho negócios que tenho que ser arrogante ou esnobe.” O cheiro forte que vinha do copo me fez suspeitar que se tratava de whisky.
_ “Me desculpe, minha criação foi diferente...” Me levanto guardando minhas coisas e tomando o último gole da bebida na taça.
_ “Já vou indo senhor Wayne, até mais.” Antes de me virar pra sair do lugar sinto uma mão em meu braço e me viro para encara-lo.
_ “Eu posso te levar pra casa. Você bebeu!” Ele diz me encarando.
_ “Que gentileza a sua mas o senhor também bebeu. Eu vou de táxi mas agradeço a preocupação. Com licença.”
"Acho que temos um novo admirador secreto amiguinha." A voz infantil soa em minha mente, mas não era mentira. Bruce Wayne estava de alguma forma querendo algo e isso me surpreendia. Eu havia chamado a atenção dele.... Qualquer uma em meu lugar teria se emocionado mas eu não senti absolutamente nada. Naquele momento minha mente só estava no palhaço. Eu só pensava em vê-lo. Nossas consultas eram tão rápidas e aquilo me matava lentamente, não vê-lo me matava. Aceno para um táxi local que para ao meu sinal dando passagem para entrar.
Retirando minhas sapatilhas e colocando no canto da casa vou em direção ao banheiro retirando meu vestido e desprendendo meus cabelos. o chuveiro estava quente e o cheiro de shampoo me agradava, uva era minha fruta preferida e sempre tentava ligar o aroma a muitas coisas. Após minha higiene me enrolo na toalha buscando no armário abaixo da pia meu roupão. Por incrível que pareça eu estava cansada, minha mente turbulenta estava cansada. Ao deitar na cama só sinto meus olhos fecharem lentamente me levando a um sonoprofundo.
Um som conhecido por mim começa então a ecoar pelo cômodo todo me fazendo acordar aos poucos. Observo o despertador que marcava 03:28 da manhã, o barulho com toda certeza não vinha dele. percebo então que o barulho vinha da sala e era meu celular. Me levanto da cama lentamente ainda sonolenta em busca do aparelho. Mesmo esbarrando em tudo consigo finalmente chegar próximo a bolsa e percebo na tela do aparelho que a ligação vinha do Arkham. Quem estaria me ligando do asylum naquele horário? Só poderia ser sacanagem.
- Alô?” Digo séria ao telefone.
_ “Doutora Quinzel? Bom dia.” A mulher diz sem conseguir terminar a frase interrompida por mim.
_ “Bom dia? São 3 da manhã!”
_ “Me desculpe senhora eu não incomodaria se não fosse importante...” Sua voz trêmula me deixa então curiosa.
_ “Precisamos da sua presença no asylum agora...”
_ “O que houve?”
_ “Um de seus pacientes se meteu em uma briga e as enfermeiras se recusam a cuidar dos ferimentos dele por medo. Me informaram que ele reage bem a sua presença.”
_ “Quem é o paciente?” Pergunto irritada. Meu sono estava forte.
_ “Coringa!” Ela diz nervosa ao celular.
_ “O que? Machucaram ele? Como ele está?” Meu sono é perdido em segundos. Não paro de me perguntar como assim machucaram meu paciente.
_ “Eu não sei do estado dele senhora.” Tem como você vir? Ele está na enfermaria.” Novamente não a deixo terminar a frase apreensiva.
_ “Em 30 minutos estou aí.” Digo a ela desligando o aparelho.
Ainda desnorteada procuro a direção do banheiro pois eu precisava ser rápida. Bateram nele e ninguém queria cuidar. Me preocupa muito se recusarem a atender um paciente que esteja precisando de ajuda. Me espanta a atitude das enfermeiras mas se tratando dele todos tem medo, menos eu.
Busco roupas e começo a me vestir. Eu precisava ser rápida não sabia seu estado. Eu não poderia deixá-lo sentir dor, não ele.
Estaciono meu carro com velocidade no asylum chamando a atenção dos guardas que veem ao meu encontro logo que eu saio do veículo. Estava com um vestido cinza e um pouco desbotado. Eu realmente não estava vestida adequadamente. Me perguntava se eu iria procurar meu jaleco e meus saltos enquanto The Joker poderia morrer na enfermaria. Afinal as enfermeiras de plantão se recusaram a atendê-lo e como sua psiquiatra eu tinha a obrigação de zelar pelo bem estar dele!
_ “Doutora, está tudo bem?” O guarda me observa buscando meu crachá com o olhar.
_ “Olha me desculpe não está usando a identificação mas sai com pressa de casa.” Digo me afastando do carro em direção a porta de entrada mas logo sou bloqueada pelo mesmo.
_ “É regra do Arkham estar usando o crachá!” A prepotência dele me faz tomar uma atitude nunca vista em mim antes.
_ “Sério? Deveria ser regra do Arkham uma psiquiatra não ter que ser chamada para entrar no seu trabalho por causa de um bando de enfermeiras que não sabem nem ao menos realizar o trabalho na qual são pagas pra fazer. Deveria ser regra do Arkham também eu não ser importunada pra realizar serviços que não estão na minha grade. Então por favor avise a alguém nesse lugar todas as regras que deveriam existir, não somente aquelas que convém a você. Agora me dê licença que se o senhor não tem o que fazer eu tenho!” Aponto meu dedo indicador para o guarda que encara o mesmo e logo me afasto o deixando paralisado me encarando. Ele certamente não esperava por isso.
Subo em direção ao segundo andar. Cada segundo ali dentro parecia uma tortura enorme. Não conseguia me conter, saber que talvez ele estivesse muito ferido me perturbava. Com a abertura das portas vou correndo em direção a enfermaria do lugar observando duasenfermeiras discutindo entre elas enquanto um segurança estava de vigia na porta de entrada da enfermaria. Reviro os olhos de raiva para a cena que estava vendo diante de mim, um homem ferido em uma sala e ninguém se preocupando com ele.
_ “Onde ele está?" Digo ao segurança que observa meu crachá pendurado no vestido.
_ “Está aqui dentro. Tem certeza que quer fazer isso? Digo, ninguém em sã consciência cuidaria de alguém assim doutora.” O homem diz juntando a sobrancelhas.
Cruzo meus braços para o homem que me encara com o olhar baixo abrindo então passagem. O lugar escuro me arrepiou um pouco mas mesmo assim eu podia sentir cada pedaço do meu corpo se arrepiar com a sensação de estar a poucos metros dele.
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Autor(a): harleenquinzel
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Era emocionante a explosão de sentimentos que o príncipe palhaço do crime me passava. - Doc querida, eu sabia que viria.” Observo uma de suas mãos passarem pela tomada ao lado da parede fazendo então a sala ficar iluminada. _ “Me disseram que está machucado... Meu Deus quanto sangue!” Digo procurando os ferimentos ...
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