Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida
Era emocionante a explosão de sentimentos que o príncipe palhaço do crime me passava.
- Doc querida, eu sabia que viria.” Observo uma de suas mãos passarem pela tomada ao lado da parede fazendo então a sala ficar iluminada.
_ “Me disseram que está machucado... Meu Deus quanto sangue!” Digo procurando os ferimentos em seu corpo quando olho seu ombro aberto.
_ “Isso? ah querida, já tive momentos piores... Isso aqui é apenas um corte superficial.” Sua voz rouca ecoa em minha mente me fazendo ficar entorpecida.
_ “Doc?” Ele percebe e sua risada maliciosa encontra meu olhar fixo em seu peitoral.
As tatuagens encontravam abrigo no abdômen então definido. Cada parte do seu corpo era uma perfeição sem limites e eu não conseguia esconder a sensação maravilhosa que era observar cada detalhe minuciosamente.
_ “Preciso de álcool e gases. Devem estar no armário certo?” Digo apontando para o armário a frente enquanto ele confirma com a cabeça.
_ “Sabe Halrs, algo me dizia você estaria aqui essa noite... Só não esperava te ver tão sexy cupcake.” Seu olhar percorre meu corpo e um sorriso malicioso aparece em seu rosto.
_ “Me arrumei o mais rápido que pude.” Afasto uma mexa do meu cabelo para trás enquanto examino a ferida
_ “Que estranho esse corte. Quem te machucou?” Digo observando seu ombro aberto com um corte superficial. Passa pela minha mente a hipótese que aquilo foi proposital mas me pergunto porque alguém faria isso em si mesmo?!
_ “Os guardas querida. As enfermeiras ainda estão lá fora discutindo entre si? HAHAHAHA! Está assustada Doc?” Sua gargalhada toma o lugar e ele pergunta enquanto observa meu braço se arrepiar.
_ “Não... Sua risada me causa sensações.” Digo terminando de dar os pontos no local ferido.
_ “Que sensações são essas? Não sabia que lhe causava sensações Halrs.” Seu olhar vai de encontro ao meu.
_ “Sensações apenas Mister J. Pronto, um lado já foi agora vamos ver o outro...” Encerro a conversa colocando álcool na bandeira com as gases.
_ “Posso retirar as algemas?” Pergunto enquanto observo que uma de suas mãos estão presas a uma algema na maca de ferro enquanto o mesmo ergue uma sobrancelha para mim.
_ “Eu posso te matar. - sua voz rouca soa séria e firme tentando me passar medo.
_ “Tem um segurança atrás daquela porta. Eu grito e em menos de 5 segundos eles vão estar aqui.” Procuro as chaves no chão enquanto falo.
_ “Eu só preciso de 1 segundo pra te matar querida.”
_ “Você não vai fazer isso, não comigo. Estou te ajudando! Sabe onde estão as chaves?” Cruzo os braços em sua direção e ele ainda sentado me observa com o mesmo olhar devorador de antes.
_ “Creio que estejam em cima do armário. Dê uma olhada querida. No que está pensando doc?” Seu sorriso largo e sua voz rouca novamente me hipnotiza ainda parada quando ouço seu pescoço estalar enquanto fala comigo.
_ “Problemas pessoais... Pronto, agora vamos ver o outro lado da ferida.” Com a chaves em mãos busco a entrada da algema para solta-lo.
_ “Esses cortes... eles são superficiais demais, você tramou isso não foi Mister J.?” Observo novamente cortes superficiais no ombro e o encaro séria dando dois passos para trás quando ouço então tiros sendo disparados do lado de fora da cela e paraliso no local.
_ “Que menina esperta. Gosto de meninas inteligentes... Eu não menti quando disse que os cortes eram superficiais.” Ele rapidamente se põe de pé no chão com uma faca em mãos que logo é grudada ao meus pescoço em fração de segundos.
_ “Você disse que não me machucaria.” Digo firme. Não poderia gaguejar ou demonstrar medo. Não agora, não aqui!
_ “Não, você respondeu por mim dizendo que não te machucaria.”
Sinto a lâmina da faca afiada passar pela pele da minha garganta causando um pequeno corte superficial porém o bastante para sentir um pouco de queimação na região. Um prisioneiro entra na sala com uma arma em mãos e logo percebo que se trata do prisioneiro espantalho. Sua roupa com sangue e seu olhar assustado indicava que algo havia dado errado.
_ “Senhor Coringa o plano deu errado. O Batman já está aqui no prédio.”
_ “Incompetência é seu sobrenome! Seus serviços não serão mais necessários mas foi bom trabalhar com você.” Coringa diz após passar a lâmina da faca na garganta do prisioneiro o fazendo engasgar no próprio sangue observando o homem que estende uma das mãos em pedido de socorro mas é ignorado pelos pés do mesmo. Com as mãos em meus braços Coringa me puxa junto a porta.
_ “Então querida, mudança de planos! Você será o plano B do papai! Mas porque tão séria Doc? Vamos apenas nos divertir um pouco.” Novamente a lâmina vai de encontro a minha garganta me fazendo engolir em seco.
Em passos largos e rápidos saímos da sala em direção às escadas que davam acesso ao primeiro andar do prédio. A todo momento eu pensava em como iria fugir mas julgar pela força e agilidade dele jamais conseguiria sair dali viva. Pra dizer a verdade eu não estava contando com a hipótese que iria sair viva, pelo jeito seria morta sem lápide ou cerimônia.
Ao notar uma porta de ferro enferrujada logo a frente noto que chegamos no térreo do lugar. A chuva forte caia a todo instante enquanto de alguma forma Coringa esperava por alguém.
_ “No meu plano A eu te levaria comigo querida, mas vamos ter que adiar isso.”
Sua mão puxa então meu braço para a ponta do prédio. Embora fosse apenas três andares, uma queda daquela me faria morrer rapidamente só pelo fato que logo abaixo havia uma cerca elétrica de alta tensão, se a queda não me matasse o choque iria. Um barulho é escutado por mim e logo noto as asas noturnas escuras indicando que o Batman já estava ali. Um aperto forte é direcionado ao meu braço e percebo que a lâmina está novamente em meu pescoço. Com a rapidez que foi colocada sinto uma queimação no mesmo e me pergunto se havia escorrido sangue de minha pele.
_ “Solte-a Coringa.” Sua voz forte forçada ecoa pelo terraço.
_ “E acabar com toda a diversão? sabe que eu prefiro o lado errado da coisa Batman... Já lhe apresentei minha nova psiquiatra? Doutora Quinzel, um rosto angelical que eu jamais havia visto...” Sua mão esquerda na qual não estava com a lâmina desliza sobre meu rosto em forma de "carícia me fazendo perceber sangue em seus dedos então confirmando que eu realmente estava com algum corte na região.
- Você não vai machuca-la Coringa. Não irei deixar! - a voz firme do morcego parece mais próxima então percebo que alguns passos para frente foram dados por ele.
_ “Machuca-la? Jamais faria isso com meu novo brinquedo. Ao menos que ela peça!” Sua respiração e seu hálito de menta encosta próximo ao meu rosto.
_ “Ela será meu passaporte para a noite de hoje, não é querida?!Afinal você não mata os pobres e indefesos não é mesmo? você não conseguiria vê-la cair.” Sua piscada encontra meu olhar que não tinha expressão alguma.
Sinto então meu braço ser puxado junto ao seu peitoral me deixando ofegante a cada instante. Eu sabia o que ele iria fazer. Seu plano já havia sido entendido por mim e por uma incrível razão eu não estava com medo. A adrenalina pulsava forte em minhas veias e algo me dizia que ele jamais me mataria, jamais.
_ “Eu sei o que estou fazendo amor, apenas confie em mim.” Seus lábios tocam nos meus por segundos e se afastam logo em seguida.
Sinto então que sou arremessada para fora do terraço sentindo apenas a chuva tocar meu rosto. Eu sabia que teria uma morte sofrida por conta da cerca elétrica logo abaixo do terraço. Meus olhos se fecham por impulso e apenas aceito a morte de bom grado, como uma velha amiga e uma fiel companheira para a eternidade. Como em um filme as lembranças são trazidas de volta à tona em minha mente com flashes de luzes. Uma mão vai de encontro ao meu braço me puxando para o outro lado do prédio como em uma corda elástica. Na grama do outro lado do asylum noto então policiais em toda parte com armas de grande porte procurando o príncipe palhaço do crime que provavelmente havia fugido. Meu estado de choque deixa então as pessoas do local chocadas principalmente ele, Batman.
" Seu imbecil, se não fosse você estaríamos bem e nosso príncipe nos teria salvo " A voz infantil ecoa em minha mente me fazendo "acordar" do transe.
_ “Senhorita Quinzel, você será levada para um hospital mais próximo.” A voz distante do Batman ecoa em minha mente. Eu estava com ódio por ele ter me salvado. Eu sabia que ele iria se arriscar por mim se aquele morcego idiota não tivesse feito aquilo.
_ “Onde ele está?” Digo me levantando buscando por toda parte onde minha visão alcançava algum rastro dele, qualquer um valeria a pena.
_ “Ele não fará mal a você, prometo.” Sua mão encosta em meu ombro e a empurrou com força sem pensar duas vezes.
_ “Não encoste em mim!” Digo firme enquanto ele cruza as sobrancelhas em minha direção sem entender.
Autor(a): harleenquinzel
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