Fanfics Brasil - Segundo dia Daddy's Lil Monster

Fanfic: Daddy's Lil Monster | Tema: Batman; Esquadrão Suicida


Capítulo: Segundo dia

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Meus saltos ecoavam por todo corredor gélido do segundo andar do asylum arkham. Minha bolsa estava um pouco pesada por conta das inúmeras pastas que estavam nela. Nas mãos eu carregava um cacto que havia comprado em uma floricultura, achando que talvez uma planta pudesse dar vida à minha mesa.


Havia conseguido o emprego no arkham há uma semana. Me mudei para Gotham logo após me formar em psiquiatria na Universidade de Metrópolis. Uma bolsa de estudos me favoreceu o suficiente para minhas notas serem a decisão final na vaga como psiquiatra do asylum. Busco dentro do meu jaleco as chaves que a recepcionista havia me entregado uma hora antes. Essas pertenciam a minha sala.


Passando pela entrada do primeiro andar noto uma movimentação estranha e meus olhos percorrem até dois seguranças que carregavam pelos braços um homem. Nossos olhares se cruzaram por segundos e o mesmo piscou para mim abrindo um enorme sorriso em seu rosto me deixando totalmente constrangida. Ele estava bastante machucado e pude notar que se tratava de um prisioneiro, provavelmente conhecido. Sua pele pálida e seus cabelos verdes me chamaram a atenção logo quando passou por mim, não pude notar muito bem seus detalhes pois foi apenas um olhar que não durou dois segundos, porém foi o bastante para perceber que o homem era... diferente. 


Ainda assustada com a troca de olhares que demos, acelerei os passos em direção a minha sala notando um repórter na porta principal do segundo andar. Me dando toda certeza que aquele deveria ser um criminoso bem conhecido. Ao passar por ele noto que se tratava do Clark Kent. Eu já o conhecia em Metropolis pelas suas matérias muito bem feitas mas confesso que jamais imaginaria encontrar o mesmo em Gotham City dentro de um lugar privado. Mais uma vez a ideia de que aquele criminoso era alguém muito importante invadiu minha mente me fazendo ter curiosidade.


Pelas janelas do corredor, eu podia ver o céu escurecendo. E eu sabia que o Asilo ficava mais assustador ainda de noite, mas não me importei. Nesse momento, eu me dirigia à sala do Diretor do Arkham. Em minha mão estavam três pastas, cada uma com a ficha de um paciente e a análise de sua consulta daquele dia.


Pamela Isley ou Poison Ivy, era uma das pacientes menos complicadas. Ao menos comigo. Nós nos dávamos relativamente bem, considerando que ela nunca tinha pulado em meu pescoço e tentado me matar, como fez com a maioria dos outros médicos. Edward Nygma, para muitos, o Charada. Em nossas consultas, sempre me irritava com suas inúmeras charadas, na qual éramos alertados a não responder. Mas isso não significava que não era perigoso. Harvey Dent, ou Duas-Caras, era o que eu menos gostava. Nunca gostei de cantadas baratas, e ser chamada de "Bonequinha" estava na lista.


Finalmente cheguei à sala da diretoria, avisei à secretária que deixaria o relatório dos meus pacientes e já que o Dr. Arkham estava em uma importante reunião, foi ela quem os recebeu.


Voltei para minha sala, apenas para pegar minha bolsa e ir para casa. Vi que havia uma ligação perdida no celular. O nome "Alice”, minha irmã mais velha, apesar de eu ser adotada, estava destacado no visor. Então, retornei à ligação.


Havia uma ligação perdida no celular. O nome "Clarice” se destacava no visor. Clarice era minha irmã mais velha, apesar de eu ser adotada. Então retornei à ligação.


_ “Harleen? Até que enfim consegui falar com você!” Respondeu uma voz do outro lado da linha.


_ “Me desculpe se sou uma pessoa ocupada. Por que está me ligando? Aconteceu algo?” Ironizei.


_ “Só queria avisar que estou em Gotham. Rick veio aqui para uma reunião com aquele milionário... Como é mesmo? Bruce Wayne, e eu vim junto.” Ela disse.


_ “Ótimo! Faz tempo que não te vejo. Passe na minha casa. Podemos pedir comida japonesa.” Falei e logo depois desliguei.


Sai do Arkham Asylum e fui pra casa. Cheguei largando a minha bolsa em cima do sofá.


_ “Eu realmente amo minha cidade, mas tenho que reconhecer, não há nenhum restaurante japonês em Metropolis que seja tão bom quanto esses de Gotham.” Clarice falou enquanto devorava seu sashimi.


Estávamos na mesa da cozinha, conversando e jantando. A TV estava ligada passando o jornal, mas nenhum de nós prestávamos atenção.


_ “Então... Conheceu alguém legal?” Clarice começou.


_ “Clarice! Eu tenho vinte e dois anos e já cansei de dizer a você que não estou interessada em ninguém. Já disse que não vou me casar tão cedo.” Suspirei irritada.


_ “E você não tem medo de, sei lá, morrer sozinha?” Minha irmã perguntou e eu resolvi ignorar.


Clarice e eu éramos bem parecidas fisicamente, com cabelos loiros e olhos azuis. Porém, no quesito personalidade, nos diferenciávamos muito. Parecíamos irmãs gêmeas.


Meus pensamentos foram interrompidos quando notei finalmente a reportagem na televisão. Aumentei o volume e estava escrito "urgente" na tela.


_” Agora diretamente da Gotham News temos uma notícia urgente! Acabamos de receber a informação que The Joker acaba de ser preso agora a noite pelo Batman.” A repórter começou.


_” Depois de quase uma semana sem atentados contra a cidade, o Príncipe Palhaço do Crime invadiu a prefeitura, matando mais de vinte...” A repórter continuou...


Aumentei ainda mais o volume, o suficiente para ouvir que ele seria levado para o Arkham Asylum.


_ “Que horror! Como você pode viver nessa cidade?” Clarice desviou minha atenção.


_ “Com todo respeito fique quieta.” Bufei irritada.


The Joker era o criminoso mais perigoso de Gotham e seus atos eram tão cruéis que eram transmitidos pelo país todo. Eu me lembro das vezes que o vi sendo preso na TV, sempre pelo Batman. E agora eu conseguiria vê-lo ou quem sabe até mesmo arranjar uma consulta com ele. Senti um sorriso crescer em meu rosto. Não demorou muito para minha irmã ir embora. Tomei um banho mas antes de ir deitar peguei meu notebook e puxei na internet o pouco de informação que eu conseguiria sobre o palhaço assassino. Eu estava definitivamente muito empolgada com isso.


Era mais um dia de trabalho e ao me aproximar de minha sala, vejo o Sr. Arkham vindo em minha direção. E para estar ao meu encontro algo importante realmente havia acontecido. Sempre diziam que ele não era de falar com "novatos". Parei no mesmo instante que o vi se aproximar de mim estendendo a mão para me cumprimentar.


_ “Senhorita Quinzel podemos entrar? Gostaria de conversar em particular.” Engulo em seco sua postura e abro a porta sem cerimônias.


Algo me dizia que era muito importante o assunto. Ao entrar na sala o mesmo se senta na cadeira estendendo os braços para a outra cadeira à frente de minha mesa, observo sua reação e o sigo sem hesitar.


_ “Fiz algo de errado hoje, Sr. Arkham? Não me lembro!” Pergunto notando preocupação em seu olhar.


Era sexta-feira e eu estava na sala do Diretor Arkham.


_ “Doutora Quinzel, recebi informações que a senhorita tem muitas referências, principalmente em análise do comportamento humano e poucos psiquiatras se saem bem nessa área.”


_” Tenho um caso em especial para você, claro se aceitar. Sei que ainda é nova na área e pode se assustar por isso não quero te forçar a nada.” Ele diz se ajeitando na cadeira enquanto me apoio na mesa com os cotovelos deixando meu queixo sobre minhas mãos.


_” É um paciente diferenciado doutora. Já é conhecido pelo asylum, porém toda vez que volta sempre traz problemas.” Ele diz retirando uma pasta de dentro de sua maleta.


Ele se aproximou tão rápido que não notei que carregava algo. Isso me fez observar que a pasta era um pouco maior do que eu estava acostumada e era vermelha. Essa cor era usada para pacientes perigosos. Os meus estavam apenas com a cor verde e amarela.


_” E a maioria dos psiquiatras se recusam a atendê-lo. Como você é uma pessoa nova creio que pra ele vai ser melhor. Sua competência te colocou nesse patamar tão alto, que espero que aceite a responsabilidade.” Ele diz colocando a pasta fechada sobre a mesa.


_” Sr. Arkham, sou grata pela confiança, mas já estou com muitos pacientes. Não sei se conseguiria me dedicar também a este caso.” Digo confusa.


_” Como esse paciente é da ala vermelha de início deixaremos com você apenas alguns pacientes e com o passar do tempo nós vamos observando se está apta para tratar outros... Não se preocupe doutora, não ficará sobrecarregada.” Sr. Arkham diz me confortando.


_” Tudo bem então! E quando serão minhas consultas?” Digo pegando a pasta ainda sobre a mesa.


_” Cada consulta durará em média apenas uma hora, mas se for necessário, aumentamos esse tempo. Será três vezes por semana sendo às segundas, quartas e sextas na parte da manhã.” Ele falou.


_” A senhorita terá suas sessões com o paciente Harvey Dent as terças e quintas-feiras na parte da manhã apenas. Suas sessões com Pamela Isley irão mudar para segundas e quartas a tarde e as sessões com Edward Nygma serão as terças, quintas e sextas por apenas meia hora à tarde. Sua primeira consulta com o novo paciente será amanhã. Aproveite esse tempo para se preparar.” Ele se despede de mim se levantando e indo em direção a porta. Porém antes da porta ser fechada ele vira pra mim.


_ “Imagino que tenha visto nos jornais que o The Joker foi preso ontem à noite pelo Batman e logo veio pra cá.” Ele diz parado no lugar, ainda de costas pra mim.


_” Sim, eu vi...” Falei tentando entender o que estava acontecendo.


_” The Joker, mais conhecido como Coringa, o Rei de Gotham City será seu paciente.”


_” O que? O senhor só pode estar brincando.” Perguntei surpresa!


_” Estou falando sério, Dra. Quinzel! Algum problema com isso?” O homem na minha frente disse.


_” De forma alguma, Doutor.” Digo com expressão séria evitando demonstrar que estava entusiasmada.


_ “Se tiver qualquer dúvida pode me consultar no mesmo instante, estarei em meu escritório.” Ele disse e logo saiu em direção a sua sala.


Percebo pela janela à frente do corredor que chovia na cidade. O tempo tinha mudado. Noto a saída do lugar e vou em direção ao taxi que me espera na porta. Com toda certeza eu precisava descansar hoje, um calmante talvez me faça ficar melhor.



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Autor(a): harleenquinzel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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