Fanfic: Big Rock - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy
Vcs arrasaraaaam!!! Comentem mais e eu volto!
Quando abro a porta, entrego a dulce uma margarita virgem. Ela agradece e bebe um gole enquanto entra no apartamento. Está vestindo jeans, sapatos sem salto e uma elegante bata cinza sem manga com uma espécie de decote rendado.
Droga. Ela está camuflada. Com base nessas roupas, é difícil dizer quais são as intenções dela. Talvez eu esteja simplificando demais as coisas, mas, se ela estivesse usando um vestido preto curto e sapatos vermelhos com aqueles saltos enormes, eu teria muito menos dúvidas. Por outro lado, eu estou usando jeans e camiseta preta, então não sei ao certo se as minhas roupas passam a ela a mensagem de que estou disponível para o que ela quiser. Espero que sim.
Ela balança no ar um pacote de ursos de gelatina.
— Cem por cento natural e saudável — ela diz.
— E as calorias? Conferiu as calorias?
— Obviamente. Perdi várias calorias calculando as calorias.
— Nem sei por que perguntei — respondo, rindo. Gostamos de fazer piada com o modo politicamente correto de comer. Fico feliz por constatar que pelo menos ainda posso brincar com ela.
Baixando o tom de voz, ela se dirige a mim num sussurro conspiratório:
— Essas balas vêm do Brooklin. Sabe, tem uma coisa que eu não entendo: se já conseguiram até enviar o homem à lua, como não são capazes de remover as balas verdes do pacote?
— Eis um dos grandes mistérios da vida. — Eu fecho a porta e faço um gesto indicando a direção da sala. Dulce então segue à minha frente e eu não consigo evitar: olho direto para a bunda dela enquanto ela caminha pelo piso de madeira até meu sofá. Ela me deu esse tipo de liberdade hoje à tarde, se não me engano.
— Junto com a existência de aspargos gigantes — ela diz sarcasticamente.
— Eu nunca vou compreender a utilidade de vegetais gigantes. Mas você foi mesmo até o Brooklin para comprar balas de gelatina? — pergunto. Ela se acomoda em meu sofá bege. As portas de correr que levam à varanda estão abertas, deixando penetrar no ambiente um pouco desta noite quente de junho.
Dulce faz que não com a cabeça, tira os sapatos e coloca os pés no sofá.
— A loja no Brooklin que faz estas balas abriu outro ponto em Murray Hill.
— O importante é que você conseguiu encontrar essa ótima bala de gelatina que não é feita com gelatina — comento, juntando-me a ela no sofá.
Dulce jamais toca em doces que são feitos com gelatina, porque a gelatina é feita com partes de animais, ou seja, vem da carne; ela costuma dizer que se quisesse carne em seu doce comeria doce de bife, uma coisa que não pretende fazer. Simplesmente porque seria nojento. E é por isso que doce de bife não existe. Eu aponto o meu laptop.
— E então, o que vai ser? Netflix? Castle? Comédia romântica? Filme de espionagem? Canal de esportes para ver as últimas do basquete?
Ela rasga o pacote de doce e coloca na boca uma bala de urso amarela. A bala escorrega por entre seus lábios. Ursinho de sorte.
— Que tal Castle? — ela sugere. — Vamos ver aquele episódio com o gângster irlandês.
Sei exatamente a que episódio Dulce se refere, pois nós já assistimos a quase todos os episódios juntos. Eu encontro o do gângster rapidamente, dando graças a Deus por ter me lembrado de remover o vídeo pornô da noite passada. Fido perambula pela sala, arregala os olhos e mia. Tenho certeza de que ele está me dedurando para Dulce na linguagem felina, mas — novamente graças a Deus — ainda deve levar algum tempo para inventarem um programa que traduza a língua dos gatos.
Nós entramos na rotina que temos repetido ao longo dos anos. Ela está em uma ponta do sofá, afundada nas almofadas. Eu estou na outra ponta. E o laptop está na mesa de centro, transpondo o programa para a tela da televisão. Nós acabamos com metade do pacote de balas de gelatina, mas Dulce rejeita as verdes, que eu trato de devorar. Nós tomamos nossas margaritas e, a certa altura, enquanto assistimos ao episódio, ela coloca os pés sobre as minhas coxas.
Esse movimento me faz lembrar da noite em que jantamos com os Mendiola, quando, debaixo da mesa, Dulce esfregou o pé na minha perna. Algo então me ocorre: será que eu tenho algum fetiche por pés? Eu nunca pensei que tivesse, mas, quando os meus olhos se fixam nos pés dela e nas doces unhas pintadas, que simplesmente monopolizam a minha atenção, eu percebo que perdi quase todo o diálogo em que Castle revela a Beckett a sua opinião a respeito do assassinato deste episódio. Volto a me concentrar na tela da televisão, mas não consigo tirar Dulce do pensamento.
Agora, a consciência de que ela está bem ao meu lado parece ser mais forte que tudo. Dulce ajeita os ombros sobre uma almofada; eu capto a cena olhando de lado e me pergunto se ela gosta de ser beijada na região dos ombros. Com a mão, ela retira alguns fios de cabelo do rosto e isso me desperta o desejo de saber se ela gosta que lhe puxem o cabelo. Castle e Beckett estão bem perto de encontrar o assassino quando Dulce resolve mastigar uma bala de gelatina vermelha e eu então sou invadido pela curiosidade de experimentar o gosto de cereja na boca dessa mulher.
Dulce cutuca a minha barriga com o dedão do pé. Fico desconfortável por um breve instante, perguntando-me se de alguma maneira ela é capaz de adivinhar meus pensamentos. Mas ela, por sua vez, está claramente concentrada na televisão, já que não desvia o olhar dos nossos intrépidos heróis.
Não consigo entender isso — eu tinha certeza de que nós já estaríamos nus a essa altura. Eu estou longe de dominar a arte de interpretar sinais de Dulce. A única certeza que tenho sobre ela, no momento, é que ela quer uma massagem no pé. Começo então a lhe massagear o pé, o que não é nenhuma novidade para mim, pois já fiz isso várias vezes. Enquanto faço movimentos de pressão desde a sola até o calcanhar do pé dela, tento evitar pensamentos indecentes envolvendo essa parte da sua anatomia. Não, não são pensamentos em que eu coloco os dedos dos pés de Dulce em minha boca e os lambo, porque eu não tenho esse tipo de fetiche. São pensamentos nos quais eu seguro os calcanhares dela nas minhas mãos, abro suas pernas e faço sexo com ela.
No momento seguinte, meu pênis resolve despertar e se transforma em uma enorme tábua. O filho da puta traiçoeiro. Eu juro que se ele fosse uma pessoa ele trabalharia como informante, sempre entregando os meus segredos.
— Saco — eu me queixo num murmúrio. Dulce se vira na minha direção.
— Tudo bem com você? — ela pergunta.
— Ah, tudo bem. Acabou a minha bebida — respondo, pegando o copo de cima da mesa. É uma boa desculpa para poder ganhar tempo e me recompor. — Continue assistindo. Eu volto já.
— Não tem problema, eu posso esperar.
Ela aperta o botão de pausa, infelizmente, para mim, porque a última coisa de que eu preciso e que ela observe os meus passos enquanto eu vou à cozinha para pegar a bebida que não quero de verdade. Corro os dedos pelo meu cabelo e olho a jarra de margarita virgem, que está me irritando com a sua suavidade. Foda-se. Apanho uma garrafa de tequila do armário e desvirgino o drinque. Eu me abaixo, puxo a porta do freezer e o vasculho em busca mais gelo. Para o meu rosto. Alguns segundos em contato com o gelo já me ajudam a acalmar os ânimos. Volto para o sofá e ergo o meu copo diante de Dulce.
— Eu reforcei o meu drinque — admito, e então bebo um grande gole, com vontade.
Dulce estende a mão na minha direção em um gesto interessado. Entrego a ela o meu copo e ela bebe um pouco.
— Hmmm, delícia — ela diz.
Autor(a): Primasvondy
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Eu amo quando Vcs arrasam nos comentários!!!!! Eu ponho o copo na mesa e nós voltamos ao episódio na parte em que eles elucidam o assassinato — porém eu devo dizer que, francamente, não dou a mínima para isso neste momento. Não sei ao certo o que fazer com relação ao encontro ardente que tivemos &a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 748
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alicia_moura Postado em 04/02/2021 - 19:25:33
Terminado masi uma história sua! Ameiii
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anne_mx Postado em 07/11/2020 - 15:34:22
AAAAAAHHHHH já tinha começado Querido Vizinho quando lembrei que não tinha lido o epílogo dessa aqui, a história foi linda, viciante e eletrizante, me apaixonei do início ao fim, não sei o que suas histórias tem, mas deve ser açúcar porque eu sempre fico viciadaaaaa nelas <3
Primasvondy Postado em 12/11/2020 - 15:07:21
Ahhh que linda!! Obrigada por ter acompanhado
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bruvondy Postado em 05/11/2020 - 20:21:37
e la vamos nos para essa história e depois a próxima hahahahaha
Primasvondy Postado em 06/11/2020 - 02:30:10
Obaaaa. Vá mesmo
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:47:20
ó to chegado hein
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:48:10
Te espero lá!
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:47:03
ja terminando aqui e indo para o vizinho
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:48:00
Vai lá migaaaa
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:34
sem palavras para descrever o quanto amei
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:50
Não faz assim que eu emociono!
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:12
sensacional
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:36
Ounnnnn
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:04
ahuhauahuaua amei muitoooooo
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:29
Ahhh que bom
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thailavondy Postado em 04/11/2020 - 23:40:30
Esses dois epílogos foram perfeitos
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:18
Eu também AMEIII
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thailavondy Postado em 04/11/2020 - 23:40:12
Aí amiga que perfeita!!!! Ucker sendo ucker do começo ao fim!
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:07
Fidelíssimo