Fanfic: Big Rock - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy
Eu recebo o bat-sinal no início da tarde, depois de dois dias gloriosos transando sem parar, ou quase sem parar, pois fizemos pausas ocasionais para trabalhar e para algumas poucas horas de sono. O alerta chega a mim via mensagem de texto, quando estou correndo na avenida West Side:
Na academia do meu prédio. Paco está aqui. Está olhando para o meu anel .
Eu farejo a oportunidade, como um cão. Para começar, foi por causa de Paco que Dulce aceitou se passar por minha noiva, para se livrar dos presentes detestáveis dele e para iniciar sua astuta vingança. Ele a perdeu, graças a Deus. Ainda assim, ele não passa de escória e, pelo visto, eu vou ter de lhe esfregar o fracasso na cara.
Mudo de direção e começo a atravessar a cidade correndo, esquivando-me dos passantes: homens de terno, mulheres de vestido, operários da construção e tantos outros tipos que se encontram em Nova York nesta terça-feira à noite. Meu destino agora é Murray Hill. Quando chego ao prédio de Dulce, com a respiração acelerada e filetes de suor descendo pelo peito, eu digo ao porteiro que vim vê-la. Ele me deixa entrar, pois estou na lista de visitantes que têm autorização para entrar a qualquer hora. Pego o elevador e sigo para o andar da academia.
Em questão de segundos eu a encontro. Ela está correndo em uma esteira elétrica, em baixa velocidade, e Paco a observa enquanto pedala uma bicicleta ergométrica. Faço contato visual com Paco, aceno rapidamente com a cabeça na direção dele e vou até onde Dulce está se exercitando. Depois que aperto o botão que faz a máquina parar, começo a beijá-la com vontade. Ela não está me esperando, mas não pergunta nada.
Ela entra no jogo, retribuindo meus beijos com fome, com entrega. Estamos a um passo de partir para carícias mais íntimas quando Dulce salta da esteira, me abraça e me convida para subir até seu apartamento para uma rapidinha antes de irmos ao The Lucky Spot. Isso aí. Você sempre pode contar com o Capitão Noivão. Antes de sair do recinto, dou uma olhada em Paco. Ele está reclamando com as paredes e parece bem nervoso.
Bem... paciência.
O que eu posso fazer? A mulher me quer agora, poxa.
O bat-sinal seguinte vem da minha mãe, horas mais tarde, quando estou trabalhando no pequeno escritório nos fundos do nosso bar, cercado por caixas de guardanapo para aperitivo e por armários onde armazenamos nossas bebidas mais caras. A princípio parece que ela está me enviando um convite por meio de mensagem de texto.
Olá, querido! Nós temos entradas para a reapresentação de Um Violinista no Telhado amanhã à noite. Duas sobrando. Quer ir conosco e levar Dulce? Nós todos podemos ir ao Sardi`s antes
Dizer que eu não sou fã de musicais seria muito pouco. Na verdade, eu estou bem surpreso que minha mãe tenha me convidado, porque todos na família conhecem as desculpas deslavadas que sempre dei para escapar de convites para todo e qualquer evento que envolvesse números musicais; desculpas essas que vão de "estou esperando a tinta dessa parede secar" a "estou ocupado reorganizando minhas gravatas" ou até "não dá, porque tenho, ahn, um trabalho voluntário a fazer em favor dos... bancários aposentados."
Mas nenhuma dessas desculpas passa da minha cabeça aos meus dedos para ser digitada, porque a primeira coisa que me vem à mente é que Dulce adora a Broadway. Saio do escritório e a encontro preparando drinques na ponta do balcão.
— Perguntinha sinistra — eu digo quando a abordo. — Você quer ver Um Violinista no Telhado amanhã? Comigo?
Ela olha bem para mim e então põe a mão na minha testa.
— Com febre você não está, Christopher.
— Estou falando sério.
— Talvez a gripe ainda esteja no começo.
— É verdade, sério mesmo.
— Melhor levar você ao médico para ser examinado ou esperamos até começarem os primeiros espirros e dores?
Dou uma leva batida no meu relógio com o dedo indicador.
— Esse convite expira em cinco segundos. Cinco, quatro, três...
— Sim! — ela diz rápido, batendo palmas. — Sim, eu quero ir. Vai ser incrível. Não vou nem perguntar onde foi parar a sua coleção de desculpas. Só sei que não quero perder a oportunidade.
— Ótimo — eu digo e me aproximo mais para dar um rápido beijo em sua bochecha. No meio do caminho, porém, eu me detenho.
Vejo o pânico se insinuar nos olhos de Dulce. Ela faz um ligeiro aceno com a cabeça, como que me indicando alguma coisa. Jenny está aqui, assim como os garçons e garçonetes da casa, atendendo os clientes. Merda. O que é que eu estava fazendo? Eu não sou avesso a demonstrações públicas de afeto, mas não aqui no trabalho, com clientes, gerente e funcionários circulando.
— Desculpe — eu murmuro.
Em seu posto, preparando uma vodca com tônica, a morena Jenny ergue as sobrancelhas muito bem-feitas, mas não diz nada. Dulce não está usando seu anel aqui, mas a reação de Jenny me leva a suspeitar que nossos funcionários possam ter percebido a mudança, assim como os animais conseguem detectar a aproximação de uma tempestade. Mas será que o nosso pessoal sabe que seus chefes estão transando? Será que eles podem adivinhar que é um lance temporário? Meu cérebro dispara uma pergunta após a outra: estou perto demais de Dulce? Estou olhando para ela de um modo que não deveria? Pela maneira como olho para a minha sócia, será que fica óbvio que eu a estou imaginando nua e me implorando para cair de boca em cima dela agora?
Balanço a cabeça, expulsando os pensamentos lascivos. E tento minimizar a importância do meu deslize.
— Nós quase quebramos outra regra — eu comento apenas para Dulce ouvir.
— Qual delas?
— Evitar esquisitices.
— Não esquenta, Uckermann. Não tem nada de esquisito nisso. — Ela baixa a voz e fala apenas para que eu ouça. — Foi adorável, na verdade.
Ah, que droga, agora eu estou ficando com vergonha. Porque... Espere aí. Que diabos está acontecendo? Eu devo mesmo estar com febre. Eu concordei em encarar toda aquela dor e sofrimento do teatro musical e agora me taxam de adorável. Isso não é legal. Não é aceitável. Quando eu estiver comendo Dulce por trás, hoje à noite, ela vai descobrir que não sou nada "adorável". Eu sou simplesmente viril e rude.
— Que ótimo — eu respondo, batucando tranquilamente no balcão com as costas dos dedos, como se uma atitude descontraída pudesse retirar o meu nome da lama. — Então nós vamos amanhã, só porque você quer ir.
Meu celular vibra mais uma vez. Eu o apanho e meus ombros murcham quando leio:
Os Mendiola vão estar lá também :)
Eu me volto para Dulce.
— Foi uma cilada — digo, e então explico do que se trata.
— Tudo bem — ela comenta, sorrindo com confiança. — Eu não me importo com isso —ela se inclina para mais perto de mim e sussurra.
— Deixe que venham com a gente. Na verdade, tem sido mais fácil bancar a sua noiva nos últimos dias.
— Por quê?
— Pelo jeito como você me fode a noite inteira — ela responde baixando ainda mais a voz.
Uma onda de luxúria me atinge e eu penso em levá-la para o escritório, trancar a porta e transar aqui no trabalho mesmo. Mas Jenny a chama e eu volto para o computador levando apenas a minha mais nova ereção.
Enquanto respondo aos e-mails dos fornecedores, ocorre-me que o comentário de Dulce sobre eu ser adorável devia ter feito com que eu me sentisse estranho. Porém, ele não me incomodou e eu me pergunto por quê. Talvez porque Dulce tenha parecido tão feliz por ir ao espetáculo.
Diabos, levá-la à Broadway é o mínimo que posso fazer por ela, depois do desempenho fantástico que ela mostrou essa semana para ajudar a fechar o acordo com o comprador do meu pai.
Mistério solucionado. Eu gosto de fazer Dulce feliz porque ela é minha amiga, e amigos ajudam uns aos outros.
É isso, não é? Eu hesitei, mas evitei quebrar outra regra básica.
Autor(a): Primasvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 748
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alicia_moura Postado em 04/02/2021 - 19:25:33
Terminado masi uma história sua! Ameiii
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anne_mx Postado em 07/11/2020 - 15:34:22
AAAAAAHHHHH já tinha começado Querido Vizinho quando lembrei que não tinha lido o epílogo dessa aqui, a história foi linda, viciante e eletrizante, me apaixonei do início ao fim, não sei o que suas histórias tem, mas deve ser açúcar porque eu sempre fico viciadaaaaa nelas <3
Primasvondy Postado em 12/11/2020 - 15:07:21
Ahhh que linda!! Obrigada por ter acompanhado
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bruvondy Postado em 05/11/2020 - 20:21:37
e la vamos nos para essa história e depois a próxima hahahahaha
Primasvondy Postado em 06/11/2020 - 02:30:10
Obaaaa. Vá mesmo
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:47:20
ó to chegado hein
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:48:10
Te espero lá!
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:47:03
ja terminando aqui e indo para o vizinho
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:48:00
Vai lá migaaaa
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:34
sem palavras para descrever o quanto amei
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:50
Não faz assim que eu emociono!
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:12
sensacional
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:36
Ounnnnn
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taianetcn1992 Postado em 05/11/2020 - 04:46:04
ahuhauahuaua amei muitoooooo
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:29
Ahhh que bom
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thailavondy Postado em 04/11/2020 - 23:40:30
Esses dois epílogos foram perfeitos
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:18
Eu também AMEIII
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thailavondy Postado em 04/11/2020 - 23:40:12
Aí amiga que perfeita!!!! Ucker sendo ucker do começo ao fim!
Primasvondy Postado em 05/11/2020 - 10:47:07
Fidelíssimo