Fanfic: Dois corações e um destino | Tema: Yu-Gi-Oh!, ação, aventura, drama, magia, dragão, híbrida, romance, multiverso, AtemuXYuugi, puzzlesh
Ao verem a cena, eles ficam apavorados e começam a correr do local, pois temiam que aquela jovem fosse a filha da Deusa da Lua e não queriam sofrer uma punição divina por terem adentrado no solo sagrado.
Enquanto isso, alguns membros da parte do grupo que ficou para trás, se afasta dos outros e correm desesperados para a vila, procurando o Alto sacerdote e ao encontrá-lo, se ajoelham e clamam perdão aos Deuses pela tentativa de invadir as terras sagradas, enquanto que os demais se afastaram do local, pois sabiam que o Alto sacerdote iria até eles.
Na vila, o pai do Yuugi não conseguia compreender com exatidão a comoção dos jovens e seu desespero, pois eles estavam tão aterrorizados que não conseguiam articular qualquer frase coerente, com o Alto Sacerdote lutando para compreender o que eles falavam de forma truncada.
Após alguns minutos, ele consegue compreender o desespero deles e imediatamente, corre até os limites da terra sagrada e quando chega ao local, fica estupefato ao ver alguns jovens correndo de dentro das terras sagradas, identificando todos eles que ao vê-lo, caem de joelhos na frente dele, clamando desesperadamente para que intercedesse aos Deuses para não serem punidos, com eles priorizando a Deusa da lua, deixando-o confuso.
Então, ao ver que eles pareciam se acalmar, parcialmente, o Alto sacerdote arqueia o cenho e pergunta:
- Por que desejam o perdão, primeiro, da Deusa da Lua e depois, dos outros Deuses?
- A filha da Deusa da Lua está com o seu filho e tememos que ela tenha visto a nossa invasão. Queremos implorar por clemência.
- "Filha da Deusa da Lua"? – ele pergunta, estarrecido.
- Sim.
Então, ele entra nas terras sagradas e ouve os risos de seu amado filho e outro riso, que era feminino.
O Alto sacerdote avança lentamente, para depois, avistar a menina de cabelos alvos e olhos azuis, exibindo um símbolo de lua crescente na testa e um belíssimo vestido azul felpudo com bordas feitas de algodão, embora parecesse ser feito de nuvens e não de algodão, enquanto trajava joias belíssimas, fazendo o alto sacerdote crer que era a Deusa da Lua ou a filha dela, pela aparência jovem.
Rapidamente, ele vai até o seu filho e a menina, com as crianças ficando estarrecias ao vê-lo, sendo que Yukiko tremia de medo até que o pai de Yuugi cai de joelhos e depois, curva a fronte, apoiando as duas mãos na frente dele, falando de forma humilde:
- Peço desculpas pela transgressão de alguns jovens as terras sagradas, ó filha da Deusa Lua. Eles serão punidos adequadamente. Quero demonstrar nossa imensa felicidade pela sua vinda.
Ela para de tremer e olha com confusão em seu semblante para o seu amigo que sussurra em seu ouvido:
- Meu pai acha que você é filha da Deusa da Lua por causa do símbolo de Lua na sua testa. Vamos deixa-lo pensar isso. Assim, estará segura.
Ela fica hesitante, mas depois consente, sendo que o pai dele fala em tom de clemência:
- Por favor, mostre o seu respeito perante a filha da Deusa da Lua.
O jovem ia se curvar, quando a albina o detém, resolvendo encarnar o seu papel como entidade sagrada.
- Eu sou a filha da Deusa da Lua e minha vontade é lei. Yuugi é o único que não se curvará na minha presença. Eu sinto falta de brincar. Sou a única jovem entre os Deuses e escolhi o filho terreno da minha honorável genitora para brincar comigo.
- Eu compreendo agora. Por favor, venha ao Festival em homenagem a vossa honorável genitora, a Deusa da Lua. Ele será realizado daqui a dois meses. Iremos consagrar a sua honorável mãe.
- Ela está ansiosa pelo Festival.
- Será espetacular. Gostaria de solicitar autorização para me afastar. Preciso punir os que invadiram as terras sagradas. Esse crime é imperdoável. Serão punidos de acordo com as suas idades.
- Tem a minha autorização. – ela fala em um tom superior.
- Muito obrigado.
O alto sacerdote agradece e se afasta, sem dar as costas, somente virando longe dela e após se certificar que ele estava longe, ela pergunta de forma expectante ao Yuugi:
- O que achou da minha representação? Eu usei tudo o que você me ensinou sobre os seus Deuses.
- Ficou bem crível!
- Obrigada.
- Bem, não precisaremos pensar em comida, novamente. Acredito que teremos procissão de oferendas.
- Bem, eu gosto de pescar e não pretendo abrir mão disso.
- Não precisamos parar de fazer isso. Eu vou deixar as nossas varas nesse local. – ele fala sorrindo, fazendo-a sorrir.
Dois meses depois, Yukiko havia saído das terras sagradas acompanhada de Yuugi, sendo que o povo não estava surpreso, pois em tese, a casa dela ficava nas terras sagradas e por causa disso, ela desejava ficar naquele local.
O grupo que havia invadido as terras sagradas foi punido exemplarmente, assim como, os que sabiam da invasão e aqueles que os acompanharam por não avisarem as autoridades sobre o ato, no mínimo, desrespeitoso, pois os que fugiram foram denunciados pelos outros e após ser comprovada a culpa, tiveram castigos proporcionais a suas idades.
Quase um ano se passa e a amizade entre Yukiko e Yuugi crescia cada vez mais, enquanto se tornavam os melhores amigos e proporcionalmente ao crescimento da amizade entre eles, crescia o instinto de proteção da albina para com o humano que achava fofo, concordando com o fato de que ela adorava coisas fofas.
Com o advento dos meses, a dragoa alva se recordava da execução de certas magias, embora não soubesse a origem do seu conhecimento e se era mesmo, magia.
Ela se concentra e cria uma espécie de pulseira cristalina que ficaria invisível aos olhos dos outros, sendo visível somente para Yuugi que fica fascinado com o objeto, para depois perguntar:
- Por que invisível aos outros?
- Eu não sei. Simplesmente, aconteceu. Não era essa a minha intenção. – ela fala com evidente confusão em seu semblante – Eu nem mesmo sei como eu consigo usar essas técnicas.
Nisso, ambos olham as criaturas feitas de cristais de gelo que surgiram do vento gélido que a dragoa fez surgir do seu hálito e que tomaram a forma de animais, andando de um lado para o outro e que eram dotados de uma vida efêmera.
Os animais divertiam Yuugi, que os afagava sobre o olhar gentil de Yukiko, que também apreciavam eles e se divertia, junto do seu amigo.
No dia seguinte, eles estão deitados em cima de uma relva macia nas terras tidas como sagradas, apreciando a leve brisa que soprara naquele instante e que fazia alguns fios de cabelo da albina dançar ao sabor da brisa que soprara, sendo que eles estavam próximos de uma parte das terras sagradas que dava acesso para um dos vários precipícios que circundavam a vila.
Naquele instante, Yuugi olhava para o céu e comentava das nuvens de formato estranho, com ela nomeando as nuvens, também, enquanto aproveitavam a sensação de paz e os agradáveis sons da natureza no entorno deles.
Apesar de parecer tão relaxada quanto o seu amigo, Yukiko estava pensativa, saindo ocasionalmente dos seus pensamentos para comentar do formato das nuvens.
Afinal, na noite passada, ela teve alguns flashes que pareciam memórias.
Claro, estavam fragmentadas e pareciam desconexos, mas ela acreditava piamente que eram recordações do passado dela. Um passado que ela desejava lembrar o quanto antes.
Inicialmente, ela avistou um belo palácio que parecia ser feito de cristal e que dava a sensação de paz. Também avistou pessoas, embora não fossem nítidas. Depois, viu um casal e ao vê-los, mesmo que a aparência deles estivesse borrada, ela sentiu uma intensa felicidade, para depois, as suas lágrimas de felicidade se tornar de dor, com o choro de um bebê ecoando no ambiente, embora não conseguisse descobrir a origem.
Depois, a cena foi cortada para um monstro, na melhor definição que ela tinha, podendo distinguir um corpo negro, embora parecesse com um dragão e que possuía olhos cruéis. Olhos que a assustaram. Depois, havia o nada, com ela sendo tomada pela sensação de solidão que era esmagadora até que ouviu uma voz amável e gentil que ressoava onde ela se encontrava.
Por algum motivo, essa voz a fazia lembrar-se de Yuugi, enquanto que por algum motivo desconhecido, ela não conseguia reconhecer as palavras.
Depois, tudo o que viu foi mais destruição e outro monstro que era disforme, fazendo-a questionar se estava disforme por causa das suas lembranças fragmentadas ou era a aparência dele e conforme o via, sentia dor e desespero.
Ao terminar esse fluxo inconstante e fragmentado, levando-a a vários sentimentos que surgiam em seu peito, ela acordou abruptamente com o pelo encharcado pelo suor, enquanto que o seu focinho estava umedecido pelas lágrimas, com as sensações perdurando por vários minutos, mesmo após acordar.
Ela havia debatido consigo mesmo se deveria revelar para Yuugi o primeiro sonho que teve e que a remetiam as lembranças do seu passado. Pelo menos, era o que acreditava.
Ao ver a face feliz e relaxada do seu amigo, ela decide deixar para contar em outro momento, pois não queria vê-lo preocupado ou triste.
Afinal, sabia como era o coração dele e por isso, imaginava as possíveis reações que ele teria ao se inteirar dos sonhos dela ou pesadelos, dependendo do seguimento das lembranças que haviam surgido.
Ela sai de seus pensamentos ao ouvir a voz do seu amigo que comentava ao olhar para um bando de pássaros que voavam pelo céu.
- Deve ser tão legal voar pelo céu. Você e os pássaros tem tanta sorte por poderem voar. Eu queria tanto voar pelo céu.
Ele arregala os olhos ao ver que comentou o que mais desejava e tampa a boca com as suas mãos, olhando pelo canto dos olhos para a albina, exibindo preocupação em seus olhos ametistas.
Ela pergunta, arqueando o cenho, enquanto se sentava na relva, tentando compreender o motivo de Yuugi agir daquela forma, após confessar o seu desejo de voar pelo céu como os pássaros:
- Você não tem medo de altura?
- Não. Eu sempre tive curiosidade de saber como era a visão dos pássaros.
- Você deveria ter me contado do seu sonho, Yuugi – ela fala com uma leve tom de censura em sua voz – Esse é um desejo fácil de realizar. Como você nunca comentou sobre o seu desejo de voar, eu julguei, erroneamente, que não apreciava lugares altos e não quis que se sentisse constrangido ao confessar o seu medo de altura.
O jovem fica sem graça e bate os dedos indicadores um no outro, após sentar, desviando o rosto dela, sendo visível o leve rubor em suas bochechas:
- É que para fazer isso, eu teria que montar nas suas costas e você é minha amiga. A minha primeira e única amiga. Eu acho desrespeitoso, além de não querer perder a nossa amizade. Afinal, você não é um animal para ser montado.
Yukiko suspira e fala, se erguendo, enquanto sorria gentilmente para o seu amigo:
- Yuugi, você é o meu querido amigo. Nunca se esqueça disso. Eu ficaria mais do que feliz de mostrar o mundo visto do alto. Com certeza, me divertiria levando você em meu lombo. O mundo é maravilhoso quando visto do alto e eu amo voar. Adoro a sensação do vento em meu corpo e me sinto em paz quando voo. Eu ficaria muito feliz de compartilhar essa paz e visão com você. Eu não me sentiria ofendida de levá-lo em minhas costas, pois somos amigos.
Então, ela estende a mão e pergunta com um sorriso gentil:
- Gostaria de voar comigo, Yuugi?
Ele fica surpreso, para depois sorrir, consentindo:
- Sim – ele pega na mão dela que o ajuda a se levantar, para depois, o menino demonstrar preocupação em seu semblante, fazendo a albina arquear o cenho – Tem certeza de que não se sentirá mal em me levar nas suas costas?
- Não. – ela fala gentilmente e pega a mão dele, com ambos se aproximando da borda do precipício.
Então, ela assume a sua forma verdadeira e Yuugi nota que a sua amiga se concentra, fazendo surgir magicamente uma espécie de sela de cristal que era acolchoada na cor azul de onde saiam tiras grossas azuladas com detalhes dourados, sendo que uma parte delas trançava o seu tórax, enquanto que uma delas envolvia o seu tórax como uma faixa e duas delas circundavam, cada uma, a articulação de seus braços dianteiros, sendo visível o fato de que estava consideravelmente apertado, avistando em seguida tiras azuis que pareciam surgir da sela, com ela procurando deitar a barriga felpuda no chão, para que o seu corpo ficasse reto, visando ajudar o seu amigo a subir na sela.
- Yukiko?
- Eu preciso evitar que você caia das minhas costas. Use a sela e prenda o seu corpo nessas tiras, por precaução.
- Uma sela? Mas... – ele fica consternado ao ver a sela e se sente mal, por mais que tenha sido ideia da sua amiga.
Ela suspira e fala, virando o seu focinho para ele, fazendo Yuugi olhar para os olhos de safira dela que exibiam gentileza:
- Eu não conseguirei voar adequadamente se tiver que me preocupar com você. Afinal, os ventos são bem fortes. É impossível para você se manter no meu lombo sem o auxílio de uma sela. Ela não está me incomodando.
Ele suspira, não apreciando a ideia da sela, embora compreendesse a preocupação dela.
Então, resignado, a criança sobe na sela, percebendo que ela olhava atentamente para ele ao virar o seu pescoço comprido, visando se certificar de que ele estava adequadamente preso pelas tiras de segurança, para depois, virar a cabeça para frente, enquanto andava de forma meio bípede até a borda.
Yuugi se segurou na sela quando ela ergueu parcialmente a coluna e avistou um sorriso em suas mandíbulas, enquanto virava o seu focinho, com ele vendo que os orbes safira dela brilhavam com diversão, sendo visível o fato de que estava imensamente feliz.
- Você está pronto, Yuugi?
Autor(a): Yukiko Tsukishiro
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- Sim. – ele comenta animado, sendo tomado pela animação de poder ter a mesma visão dos pássaros. Então, ela abre as suas grandes asas possantes e salta para o ar em direção ao precipício, começando a batê-las, com Yuugi sentindo o ganho de altura, enquanto ascendia para o céu, percebendo a ...
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