Fanfics Brasil - O primeiro voo de Yuugi Dois corações e um destino

Fanfic: Dois corações e um destino | Tema: Yu-Gi-Oh!, ação, aventura, drama, magia, dragão, híbrida, romance, multiverso, AtemuXYuugi, puzzlesh


Capítulo: O primeiro voo de Yuugi

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- Sim. – ele comenta animado, sendo tomado pela animação de poder ter a mesma visão dos pássaros.


Então, ela abre as suas grandes asas possantes e salta para o ar em direção ao precipício, começando a batê-las, com Yuugi sentindo o ganho de altura, enquanto ascendia para o céu, percebendo a intensa felicidade que irradiava dos olhos dela e focinho, conforme realizava a ascensão em direção ao céu.


Em questão de minutos, eles se encontram há centenas de metros de altura, com o jovem vendo a terra se afastando e ao olhar para trás, observa a sua vila se tornando apenas um pontinho.


Após ascender, ele nota que ela mantém as asas abertas e pergunta com evidente surpresa em seu semblante:


- Como estamos voando se você não está batendo as asas?


Ela ri levemente, para depois, responder:


- Eu estou planando para relaxar as asas. Eu só consegui planar, porque peguei uma boa correnteza de ar. Dá para relaxar consideravelmente as asas.


Ele fica chateado e pergunta, tristemente.


- Eu estou pesado?


Ela sorri ao compreender o motivo dele estar triste, para depois, responder:


- Não. Sequer sinto o seu peso em minhas costas. É que pretendo fazer algumas manobras aéreas e quero guardar as minhas energias e asas.


- Manobras aéreas?


- Sim. Sabia que posso parar no ar, voar para trás, para cima e para baixo, assim como, para os lados? Isso é possível graças a mobilidade da articulação das minhas asas.


- Incrível! – ele exclama empolgado.


Ela sorri e pergunta:


- Nunca desejou ver o que há acima das nuvens?


Ele fica surpreso e pergunta:


- Podemos voar acima delas?


- Sim. Vou usar magia para ficarmos secos. Afinal, as nuvens tem muita umidade e não detecto nenhuma descarga elétrica no ar. Portanto, podemos transpassa-las e vou garantir que você tenha oxigênio. Eu estou voando em uma altura que permite a sua respiração, mas se eu ascender acima desse nível, você terá sérias dificuldades em respirar Ademais, conforme subimos, o ar ficará cada vez mais frio. Para mim, quanto mais frio, melhor. Para você, não.


Ele fica surpreso pelas informações ao mesmo tempo em que ficava feliz por aprender coisas novas, sendo que ele se lembra da parte do oxigênio e pergunta com evidente preocupação em sua face:


- Você precisa respirar.


- Sobre certas condições, isso pode ser contornado, por assim dizer.


- Como assim? – ele pergunta, exibindo uma face que era um misto de curiosidade e espanto.


- Se o ar estiver bem frio, eu consigo absorver tudo o que preciso dele. Por algum motivo, o ar congelado garante a minha vida, mesmo sem oxigênio. Na verdade, eu não consigo explicar, adequadamente, o processo envolvido nisso, mas se considerarmos o fato que eu sou uma dragoa da neve e que em uma nevasca, o oxigênio cai, assim como a temperatura, seria problemático para a minha espécie ter problemas em voar para um local frio e com baixa ou nenhuma oxigenação.


Yuugi fica pensativo e depois, consente, falando:


- Verdade. Tem lógica se analisarmos por esse ângulo.


- Está pronto?


- Sim.


- Vamos lá! – ela exclama animada.


Então, ela torna a bater as asas, saindo da corrente de ar que era usado por alguns pássaros, passando a ascender, com Yuugi notando que ele estava envolvido por uma espécie de esfera translúcida, sentindo-se aquecido, enquanto observava ela galgando o ar, ascendendo gradativamente e constantemente, para depois, ficar animado quando chegam até uma nuvem, a transpassando, com as nuvens ficando abaixo dele, enquanto ela voava cada vez mais alto.


O jovem olhava fascinado para os lados, enquanto via a beleza que havia naquele lugar, com Yukiko notando a felicidade dele, enquanto sorria.


Após alguns minutos de voo, ela o ouve comentar em um tom animado, apreciando cada instante do privilégio que Yukiko deu a ele ao permitir que ele voasse, de certa forma:


- Eu posso dizer que é bem extremo voar tão alto.


"Extremo"? – ela repete, arqueando o cenho.


- Sim. Extremo. Por quê? – o menino pergunta sem compreender a pergunta retórica de sua amiga e o sorriso de canto nas suas mandíbulas possantes.


- Isso não é ser extremo, Yuugi. Acredite. Você não sabe o que é um voo extremo. Até agora, eu estou fazendo um voo suave, mesmo com a minha ascensão no céu. Eu procurei ser o mais suave possível ao ascender.


O menino exibe uma face curiosa e ao mesmo tempo inocente, perguntando em seguida:


- O que seria um voo extremo?


- Digamos que é um voo com vários movimentos bruscos e que você gritaria de medo a todo o momento, testando assim, as suas cordas vocais.


- Cordas vocais?


- Elas se localizam em seu pescoço, por assim dizer e são responsáveis pelas palavras que você vocaliza.


Yuugi toca o pescoço e ela sorri, acenando negativamente com a cabeça, passando a olhar gentilmente para o seu querido amigo:


- É interno, Yuugi.


Ele consente e depois pede, sorrindo:


- Eu gostaria de vivenciar um voo extremo por curiosidade.


Ela fica surpresa e arqueia o cenho, aproximando o seu focinho dele para confirmar o que havia ouvido:


- Você quer mesmo esse tipo de voo, Yuugi?


- Sim.


- Tem certeza? Não ficará traumatizado?


- Não. Eu prometo. Por que a pergunta?


- Eu quero a sua companhia em meus voos. É mais divertido voar com você do que voar sozinha, como eu costumava fazer quando você voltava para a vila.


- Eu sempre vou voar com você! – ele exclama em uma felicidade genuína, fazendo-a sorrir.


Então, ele nota que surgem mais tiras azuis, com ela falando em um tom que não aceitava qualquer contestação dele:


- Vou me sentir mais segura para fazer essas manobras aéreas extremas que tanto pede, se você ficar firmemente preso a essa sela. É a minha condição para mostrar o que é um voo extremo.


Yuugi suspira e procura prender as tiras, vendo que Yukiko observava atentamente os seus movimentos e somente após confirmar que ele estava devidamente preso, ela consente, enquanto falava:


- Eu preciso que você confie em mim, Yuugi. Você sabe que tudo o que eu menos quero é vê-lo ferido. Eu não vou deixar você se machucar. Você sempre estará seguro comigo.


Ele fica preocupado pelas palavras dela, para depois, falar, enquanto sorria gentilmente:


- Eu confio em você, Yukiko. Você é a minha melhor amiga. Bem, pode ser a única, mas sempre será a minha amiga mais preciosa.


Ela fica aliviada e consente, exclamando ao virar seu focinho para frente:


- Se segure!


Ele fica estarrecido ao sentir um solavanco quando ela move as asas de forma brusca, elevando-se para o alto, ganhando mais alguns metros, com ele percebendo que os olhos azuis dela brilhavam, enquanto que as suas pupilas se dirigiam para baixo.


Então, ela sorri, fechando abruptamente as suas asas ao colocá-las coladas em seu corpo, passando a cair em direção ao chão, usando o porrete na ponta da sua cauda para fazer uma descida, praticamente, vertical, perdendo terreno de forma brusca e mesmo protegido pela esfera, Yuugi gritava ao ver que estavam despencando do céu.


Yukiko mantinha os seus olhos brilhando, estreitando o cenho em alguns momentos, para depois, ficar aliviada, enquanto usava magia para abafar os gritos dele antes que ficasse surda.


Yuugi observa o chão abaixo deles ficando gradativamente mais próximo, enquanto percebia que a sua amiga usava o movimento de sua cauda para desviar dos ocasionais pássaros que cruzavam o caminho deles, enquanto mantinha o seu mergulho vertical.


Conforme o chão ficava mais visível para ele, Yuugi sentia o seu medo se intensificar, pois a sua amiga não dava indícios de que abriria as suas asas ao mantê-las firmemente fechadas e rentes ao seu corpo felpudo.


Então, ele se recorda do pedido que ela fez e da promessa dele, se recordando do fato de que a sua amiga nunca permitiria que ele se machucasse e que tinha uma postura bem protetora.


"Yukiko nunca iria me ferir. Ela nunca permitiria que algo acontecesse comigo. Portanto, ela não vai causar nenhum ferimento. Inclusive, esse é o motivo dela me fazer ficar firmemente preso nessa sela. Eu prometi confiar nela e é o que eu vou fazer. Eu nunca estarei em perigo com ela."


Com essa convicção, ele para de gritar, embora ainda sentisse medo e passa a olhar de forma confiante para a sua amiga que fica aliviada ao ver que ele não gritava mais.


Claro, pelo canto dos olhos, ela podia ver que ele sentia medo e era o esperado naquela situação, pois estavam em um mergulho vertical em direção ao solo.


Porém, era um medo saudável e podia ver o brilho de confiança direcionada para ela e que fez o seu coração se aquecer, fazendo-a sorrir.


Então, há alguns metros do solo, Yuugi sente um solavanco abrupto e igualmente intenso, sabendo que teria sido pior se não estivesse firmemente preso na sela, enquanto identificava o solavanco violento como sendo proveniente da abertura abrupta das asas possantes de sua amiga que começou a batê-las vigorosamente, colocando o corpo em posição horizontal, com a barriga felpuda passando rente ao chão, para depois, ela fazer uma arremetida brusca em direção ao céu, passando a ganhar altura, novamente.


De volta ao ar, ela ascende em um nível que permitia planar ao pegar uma corrente de ar, enquanto perguntava:


- O que achou Yuugi?


- Isso foi incrível! Quer dizer...


Yukiko sorri ao ver que o seu amigo não conseguia expressar em palavras a emoção que sentiu, sendo que ela fala, em seguida:


- Ainda não terminamos. Aquela foi uma das manobras, sendo uma das mais intensas, se não, a mais intensa.


- Tem outras?


- Sim. Eu disse manobras e não manobra.


Ele consente e ela torna a bater as asas, passando a fazer loopings no céu, juntamente com mudanças bruscas de direção, chegando ao ponto dela voar de costas, enquanto descia em direção ao solo, para depois, rodar o corpo para tornar a voar ao girar em parafuso, enquanto fazia outros movimentos, girando sobre o seu próprio eixo, além de dar voltas para trás, com Yuugi dando ocasionais gritos, apenas quando ela começava o movimento brusco, para depois, controlar o seu medo, pois confiava em sua amiga.


Então, ela torna a planar e pergunta:


- O que achou?


- Eu adorei! Foi incrível!


- Agora, vamos relaxar. Eu quero mostrar algo. Para isso, preciso que você confie plenamente em mim.


- Eu confio plenamente em você. – ele fala, exibindo o seu típico sorriso gentil.


Sorrindo com satisfação pela confiança que o seu amigo depositava nela, ela sai de perto dos poucos pássaros que voavam próximos deles, enquanto continuava planando sobre uma planície, se limitando a ascender alguns metros, para depois, estabilizar a sua altura de voo.


Então, os olhos dela brilharam em um tom azul, com Yuugi estranhando a sua própria visão, pois era parecia mais nítida, não percebendo que os seus olhos estavam azuis, também.


- Incrível! O que você fez?


Ela fica aliviada ao ver que ele não estava com medo e que parecia genuinamente feliz e surpreso.


- Eu usei a minha magia para fazer a minha visão ser compartilhada com você. Eu posso aproximar as coisas no solo, enquanto voo. Os seus olhos estão brilhando azul, também.


Yuugi se recorda do primeiro voo extremo e comenta:


- Você fez isso quando mergulharmos.


- Sim. Eu precisava desviar de qualquer obstáculo que surgisse e para fazer isso com segurança era necessário que eu tivesse um tempo considerável para poder desviar, além de determinar o terreno adequado para a manobra aérea ser realizada com segurança. Nesse caso, precisava ser uma área totalmente plana e sem qualquer rocha.


- Você é bem precavida.


- É um voo arriscado. Se eu abrir as asas tarde demais, vou me chocar contra o solo e se tiver algum obstáculo, eu posso acabar me chocando contra ele, antes de conseguir alçar voo novamente. Portanto, é fundamental que eu faça isso em um terreno plano.


- Você não tem medo, Yukiko? Afinal, você pode abrir as asas tarde demais ao cometer um erro de cálculo.


- Eu gosto de vivenciar altas emoções. O risco sempre é tentador. Mas nunca arriscaria você, Yuugi. Essa sela é mágica. Se eu acabasse me chocando, você não sentiria nada, pois a sela iria se soltar e você flutuaria em segurança. Eu disse para você que nunca permitiria que se machucasse. Por isso, eu tomei tomas as medidas de segurança que eu podia dispor.


Ele sorri e consente, para depois, agradecer:


- Muito obrigado por me mostrar o céu, Yukiko. Eu sempre sonhei em voar como os pássaros.


- Se você quiser, podemos voar mais vezes e se desejar, podemos repetir algumas manobras.


- Eu adoraria.


- Antes de retornamos, quero mostrar algo para você e acredito que vai adorar. Na verdade, duas coisas.


 



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Autor(a): Yukiko Tsukishiro

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